MINISTRO JAPONES ADMITE POSSÍVEL VAZAMENTO NUCLEAR




O ministro do Comércio e da Indústria japonês, Banri Kaieda, admitiu a possibilidade de um pequeno vazamento na usina nuclear de Fukushima, província no nordeste do Japão, depois de funcionários relatarem um aumento da pressão em um dos reatores após o forte terremoto que atingiu o país nesta sexta-feira (11).
Kaieda disse que as autoridades pensavam em provocar a saída de fumaça radioativa no reator nuclear problemático para tentar diminuir a pressão.

Um porta-voz da Tokyo Electric Power, que controla a usina Fukushima No. 1, afirmou à AFP que  "a pressão aumentou no contêiner do reator e estamos tentando resolver o problema". O governo japonês informou que evacuou milhares de moradores de um raio de três quilômetros da usina.
Segundo informações da BBC, três ou quatro carros de energia chegaram na fábrica de Fikushima parafornecer energia de emergência , disse a Associação Nuclear Mundial.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que conversou com o premiê japonês, Naoto Kan, que disse não haver evidência de vazamento nuclear após o terremoto que devastou o país, apesar de a Força Aérea americana ter enviado líquidos de resfriamento para uma usina japonesa.

"Ele indicou que estavam monitorando a situação muito de perto. Até agora, não há evidências de vazamentos de radiação, mas obviamente precisam ser tomadas todas as precauções", disse Obama.
Após o terremoto, o governo japonês decretou estado de emergência nuclear. O chefe de gabinete Yukio Edano afirmou que a medida foi uma precaução.
A Força Aérea americana enviou um líquido de resfriamento para uma usina nuclear japonesa nesta sexta-feira, horas depois de o país ter registrado o maior terremoto de sua história. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que a ação foi tomada depois de operadores da usina terem afirmado que a instalação não tinha líquido suficiente.
O terremoto de 8,8 pontos na Escala Richter que atingiu o Japão nesta sexta-feira é considerado um dos maiores da história do país.
Pelo menos 337 pessoas morreram e 531 estão desaparecidas, segundo o último balanço divulgado pela polícia. Segundo a agência de notícias Kyodo, o número de mortos pode chegar a 1.000.
*Com agências internacionais
FONTE CPAD NEWS