LIÇÃO 5 MALES DESTE TEMPO - JUVENIS



Juvenis Aluno  - 2º trim/2011 
 TEXTO BÍBLICO

  1  Reis 19.1-21.
   Mateus14.22-33

  ENFOQUE BÍBLICO

   “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”
     (Mateus 11.28).


   OBJETIVOS


  Conscientizar-se de que o servo de Deus está sujeito às enfermidades desse mundo.
   Definir o que é depressão e síndrome de pânico.
   Aprender sobre os males causados pelo estresse.

O ESTRESSE


O estresse ocorre, quando “uma pessoa fica submetida à estimulação nociva  ou à ameaça dessa estimulação, especialmente quando ela é incapaz de evitar ou de pôr fim à condição. Descobriu-se que grandes mudanças na vida da pessoa costumam ser fontes de estresse, que deixam-na vulnerável à depressão” (Peter STRATTON E Nicky HAYES.  Dicionário de Psicologia, p.95).

As exigências da vida, conciliar trabalho, estudo podem ser fatores de estresse. O Juvenil está em uma época de decisões importantes. Além disso, esta se desenvolvendo emocionalmente, tendo de enfrentar alegrias e decepções.

Aliado aos fatores mencionados, talvez o Juvenil se sinta perdido em meio a tantas atividades, exigências e não durma o suficiente, não proporcione momentos de repouso à sua mente.

Às vezes, o estresse pode vir acompanhado de dores de cabeça, dificuldade de concentração ou insônia.

O certo é que Deus pode ser o Guia dos Juvenis e orientá-lo nos momentos decisivos, especialmente dando confiança e esperança: “Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te ensina pelo caminho em que deves andar” (Is 48.17).

A depressão

Define-se a depressão como “uma combinação de aflição e mal-estar, que ocorre espontaneamente ou que excede, em duração e intensidade, a reação normal  a qualquer desastre ou infortúnio” (Marcelo Aguiar. Por que algumas pessoas sofrem de depressão?, p.16). 

Na adolescência,  a depressão, muitas vezes é confundida com as manifestações típicas dessa fase. Assim, o adolescente  às vezes é agressivo, outras vezes é tímido, isolando-se dos demais. Em um momento é falante; em outro parece arredio e distante.

Em primeiro lugar, vamos destacar é normal qualquer pessoa sentir tristeza, passar por momentos angustiantes. Podemos estarmos tristes, em lágrimas. O problema é cairmos em um estado depressivo que nos iniba a ação. Convencionou-se nos que todos devem  estar radiantes, alegres sem demonstrar  tristeza. Jesus também sentou tristeza, alegria, cansaço. Ele disse:  “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”  (Jo 16.33). O cristão é um ser vivo, não é alguém distanciado da realidade: tem suas tristezas e alegrias. Sabe, no entanto, que “a alegria do Senhor é a nossa força”, ou seja, não deixa que a tristeza domine seu viver.

Por outro lado, as pessoas influenciadas pela mídia, a qualquer problema  que enfrentam, ou outros estão vivenciando declaram: “Estou deprimida”; “Acordei com uma depressão”; “Você está em depressão”. Precisamos fugir dos rótulos. Expressar nossos sentimentos de tristeza, insegurança é normal, é bom para a saúde. Reprimi-los é pior. Não significa que. A qualquer desilusão, circunstância negativa, entremos em depressão.

Uma vez constatada a depressão, temos de reunir todas as nossa forças para sair dela., buscarmos ao Senhor e refletir sobre a extensão dela. A depressão é um alerta do organismo, mostrando à pessoa que algo não vai bem, precisa ser reformulado, uma questão que precisa de atenção, cuidado. Talvez seja hora de diminuir o ritmo, de dar maior valor a certos aspectos como a convivência em família e não atribuir valor exagerado a outras coisas.



Em muitas ocasiões, entra o aspecto espiritual. Assim, um cristão pode estar vivendo dificuldades, porém isso não significa que Deus O abandonou. O crente é uma pessoa normal: sente  tristeza e alegria. O salmista menciona aquelas pessoas que, ao observar, a angústia do salmista faziam-lhe uma pergunta: “As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?” (Sl 42.3). As pessoas não o ajudavam, especialmente pessoas que serviam a Deus: “Quando me lembro disto, dentro de mim mesmo derramo a minha alma; pois eu havia  ido com a multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e de louvor, com a multidão que festejava” (Sl 42.4).

O mais importante na situação mencionada é que o salmista não perdeu a fé: Ele tinha convicção de que o Deus a Quem ele servia, faria, especialmente, duas coisas:  1)no meio da aflição, o Senhor o alegraria:“Contudo, o Senhor mandará de dia a sua misericórdia,  e de noite a sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida” (Sl 42.8); 2)Ele sabia que Deus lhe daria vitória: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus”  (Sl 42.11).

O profeta Elias também precisou enfrentar a depressão. Após uma grande vitória sobre os profetas de Baal, sofreu ameaças da rainha Jezabel, que procurou matá-lo. Em seu abatimento, o profeta pediu a sua morte (1Rs 19.4). Ele se julga só na batalha contra os falsos profetas  (1Rs 19.10).  Ainda bem que Eliseu expressou seus sentimentos ao Senhor: Este pôde dar-lhe a resposta de que necessitava! O profeta estava esgotado diante de tanta luta! Deus revelou-lhe que existiam 7.000 pessoas que também lutavam pela causa divina. Eliseu não estava sozinho em sua missão de proclamar o nome de Deus! Tendo suas forças renovadas, Eliseu tinha novas tarefas a cumprir: ungir o rei da Síria (1Rs 19.15); o rei de Israel  (1Rs 19.16) e também a Eliseu (1Rs 19.16).

Alguns fatores a serem considerados:

Muitos problemas aqui citados podem desencadear a depressão. Para pensarmos em depressão, devemos considerar a intensidade de nossa reação. . Também temos de encarar de forma positiva, ou seja, considerar que a pessoa realmente está passando por uma situação intensa: os sintomas são reais. Existem pessoas que não consideram os problemas das pessoas, os sintomas apresentados como se estes não fossem reais. 

Os aspectos da depressão são muito variados. Não é um fato isolado, mas uma série destes  a sua freqüência e a duração é que irão caracterizar a depressão.

  • Ausência do contato com os pais: Muitas vezes, a ausência da figura  do pai e da mãe pode causar uma situação de risco.  Os filhos ficam isolados. Os pais, ao chegarem do trabalho, não dialogam com os filhos. Assim, a ausência de um ambiente onde cada um pode expressar suas dificuldades  pode desencadear depressão, pois o integrante da família não pode “desabafar”. O fato de um Juvenil  poder falar sobre seus problemas, externar suas emoções, pode aliviar seus conflitos.  O ambiente onde um fala e outro escuta, dando importância aos sentimentos, auxilia na superação da crise,   é um fator que facilita a análise de uma situação aflitiva. . Além disso, os problemas não são agravados, pois, no início, podem ser tratados ou, pelo menos, diminuídos.  Por quê? Em alguns casos, pode-se perceber conversando, refletindo que  existem piores situações, e  é possível ultrapassar tal barreira.

  • Falta de contato com outros seres humanos reais.  O homem é um ser social, necessita de companhia, de interação. As horas excessivas  que se passam diante  do computador, em jogos produz  sobrecarga  pode causar transtornos depressivos. O fato de estar sempre competindo conduz a situações de angústia. È necessário que  a mente e o corpo tenham atividades diferenciadas.

  • Imagem corporal e psicológica negativa. O Juvenil   podem fazer do seu corpo imagem negativa. Não deseja aceitar-se a si próprio, gostaria de ter outra aparência. Julga-se a si próprio pelos que outros afirmam;  ou se  enxerga a si mesmo de uma forma exagerada. Outro problema é que gostaria de ser tão alegre, tão popular como outro. Às vezes se isola por causa disso, ou mergulha em profunda tristeza, por não se julgar amado apreciado.



  1. Os amigos. A pessoa acredita  não possuir amigos, ter dificuldades para conservá-los ou por pensar  que os colegas e amigos não a apreciam, da mesma forma que observa que outros têm maior facilidade em seus relacionamentos. Vive, comparando-se com outras pessoas.   Em primeiro lugar, vamos destacar: Precisamos desejar  ter amigos. Em segundo lugar, é necessário aproximar-nos das pessoas e as observarmos. Em terceiro lugar, que espécie de amigo sou eu? Como escolho minhas amizades? Pelo que a pessoa é, ou uma amizade de interesse? Em quarto lugar, para manter uma amizade, preciso preocupar-me com ela. Será que o meu amigo pode contar comigo? Assim, se eu telefono para alguém, envio um e-mail para ele, quando está doente, estou desenvolvendo uma amizade, não fico alheio a seus problemas amigos podem decepcionar-nos e devo estar pronto a perdoar-lhes. Não meça sua capacidade de ter inúmeros amigos, e sim a qualidade de amigos que pode ter. nunca é tarde demais para ajudar um amigo em uma dificuldade, em uma disciplina escolar:“Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão” (Pv 17.17). Seja aberto a fazer amizades reais.

  • Sentimentos de culpa. A pessoa mede o seu sucesso pelo sucesso dos outros. Nos estudos, apresenta dificuldades. Julga-se sem capacidade. Outras vezes, o problema pode ser de natureza espiritual. Necessita de arrependimento e de perdão.

  1. Os ressentimentos. Uma pessoa nos feriu? Temos de pedir graças a Deus para estender as mãos para o perdão:  “Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos” (Pv 17.9 -NVI). Geralmente é no lar onde as pessoas guardam muitos ressentimentos; seja entre irmãos, seja entre pais e filhos. Deus deseja que perdoemos como Ele nos perdoou! Temos de vencer os ressentimentos. Um exemplo marcante foi José: Ele perdoou seus irmãos e ainda os consolou, embora tenha sofrido muito no Egito: “E levantou a sua voz com choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e casa de Faraó o ouviu. E disse José a seus irmãos: peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face”  (Gn 45.2,4-5). Que teste para José. Ele já era o vice-governador do Egito e agora enfrentava o maior teste de sua vida: perdoar a seus irmãos. Ele Venceu! Não se deixou derrotar por ressentimentos. A Bíblia destaca: “Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”  (Pv 17.9– NVI).

OBS:  “Este provérbio diz que devemos estar dispostos a perdoar as falhas dos outros. Em   qualquer relacionamento, é necessário relevar as ofensas. É tentador, especialmente em uma discussão, apontar todas as falhas que a pessoa já  cometeu. O amor, porém, mantém-nos em silêncio, por mais difícil que isso seja. Em uma discussão, jamais aborde ou mencione qualquer fato  ou situação que não estejam relacionados à questão que estiver sendo discutida. À medida que nos tornamos mais semelhantes a Cristo, adquirimos a habilidade de Deus de nos esquecermos dos pecados do passado, já confessados”  (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, p.854, nota a Pv 17.9).

  1.     A perda de perspectiva, a perda da esperança. A pessoa  acredita que não sairá do quadro depressivo. O cristão, no entanto, não deve perder  a esperança:  “O laço do ímpio está na transgressão dos lábios, mas o justo sairá da angústia” (Pv 12.13).

  1. Choro excessivo: “As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite”  (Sl 42.3a).

  1. Pressão do grupo. Um cristão, muitas vezes, sofre muitas pressões, em seu trabalho, em sua escola.Existem momentos extremamente difíceis. O certo é que o Senhor lhe concederá vitória:  “Mas se sofrer como cristão, não se envergonhe disso, antes glorifique a Deus com esse nome”  (1 Pe 4.16).

  •  Perda de interesse. As pessoas perdem o interesse.  Passatempos habituais, até mesmo aqueles que lhe proporcionavam prazer, são abandonados. È necessário encontrar tarefas que preencham o tempo. Pouco a pouco, poderá readquirir o prazer de viver

  1. Ansiedade: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7).

      Atacando a depressão:

O processo de cura se inicia, quando a pessoa demonstra vontade de quebrar o círculo vicioso, lutar para obter vitória. A pessoa precisa desejar a libertação. Claro, que é preciso que ela seja  ajudada e acompanhada.



  1. Oração: “Coloquei toda minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor” (Sl. 40.1-3- NVI). O salmo pode retratar uma pessoa em depressão: estava em um “beco sem saída”, porém alcançou uma nova razão para viver. A vitória sobre a depressão  é um testemunho para aqueles que estão passando por situações semelhantes.

  1. Auxiliando, socorrendo. Fígelo e Hermógenes abandonaram Paulo, mas Deus levantou alguém para trazer-lhe alegria: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou de eu estar preso; ao contrário, quando chegou a Roma, procurou-me  diligentemente até me encontrar. Conceda-lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor! Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Roma” (2 Tm1.16-18– NVI). Quando consolamos, embora estejamos passando por problemas, somos consolados:

OBS:  Onesíforo quanto trabalho ele teve para encontrar Paulo. Não descansou até que o achou e o pôde socorrer. Onesíforo foi um exemplo de lealdade e de sinceridade cristã. Como disse Jo: “Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-poderoso” (Jó 6.14).

  1. Leitura da Bíblia: “Isto é a minha consolação na minha angústia. Porque  a tua palavra me vivificou”(Sl 119.50). Muitas pessoas com depressão não conseguem ler a Bíblia, porque seus pensamentos vagueiam; ela não consegue fixar a sua atenção. A solução é ler a Bíblia em voz alta: a palavra pronunciada penetrará em nossa mente.

  • Trabalhar para Jesus. Não se isole, procure fazer algo em prol do Evangelho. O Juvenil sentirá alegria por dedicar seu tempo ao Mestre.

  1. Louvor: Tal como Paulo e Silas louvaram ao Senhor na prisão (At. 16.25), devemos Louvá-lO. O louvor abre as portas  para a cura.

  1. Vivermos um dia por vez.: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt. 6.34).

  1. Saber que existe um Deus que se preocupa conosco, não nos abandona: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome  é Santo. Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivifica o coração dos contritos”  (Is 57.15).

     Síndrome do pânico

O medo é uma reação natural ao perigo. Faz parte do instinto de sobrevivência. O medo faz-nos afastar de situações perigosas: se sentirmos algo muito quente, afastamos a nossa mão. Quando percebemos carros em alta velocidade, avenidas muito movimentadas, tomamos o devido cuidado para não nos perdermos a nossa vida.

Já existem aqueles que são autoconfiantes, que apreciam coisas arriscadas, amam o perigo e acreditam que são imunes aos perigos. Mais de um jovem já perdeu a vida em “rachas”. Praticam corridas durante a noite em seus carros em alta velocidade.

Além do medo saudável,  aquele que faz com que protejamos a vida,  existe o medo maior que nos paralisa a ação, impede de termos uma vida normal.

Uma das doenças que se tem alastrado na vida moderna: a  Síndrome do Pânico, nem sempre fácil de ser detectada.

A síndrome de pânico  pode ser descrita como “crises de ansiedade aguda, as chamadas crises de pânico. Estas se caracterizam pela súbita, inesperada e freqüentemente avassaladora sensação de terror e apreensão, acompanhada de sintomas somáticos em muitos órgãos e sistemas, como falta de ar, palpitações e sensação de desfalecimento. Os sinais e sintomas de uma crise de pânico são semelhantes aos que ocorrem durante um esforço físico  intenso ou numa situação de risco”(http://www.geocities.com/HotSprings/Oasis/8478/sindromedopanico.html/200828 -acesso 28/04/08).



OBS: A síndrome de pânico só pode ser diagnosticada por um especialista. Em certos casos, necessita de medicação por um período.

Muitos fatores podem contribuir para uma crise de pânico. Um deles é a violência estampada nas manchetes dos jornais e na mídia. A abordagem repetitiva sobre a violência doméstica, a agressão  nas ruas provoca um forte sentimento de insegurança. Esta   faz com que muitas pessoas se isolem dentro de suas casas, não possuam  coragem para sair, par enfrentar a vida.

Observemos como a Bíblia se refere a nossos temores. Existe cura para o medo.  O cristão não é uma pessoa imune ao medo. Pode sentir medo, entretanto,  “No dia em que eu temer, hei de confiar em ti”  (Sl 56.3). O cristão ora no momento do perigo: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à  sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades”  (Sl 57.1).

Vamos analisar alguns tipos de medo:

  1. Medo do fracasso. Todos podemos sofrer algum tipo de fracasso. Este pode representar algum tipo de aprendizado. Podemos avaliar o que deu errado e prosseguir. Passar  por um fracasso é uma coisa; não significa “ser” fracassado. Não devemos desistir, mas prosseguir: “Os servos de Isaque cavaram no vale e descobriram um veio d’água. Mas os pastores de Gerar discutiram com os pastores de Isaque, dizendo: ‘A água é nossa!” Por isso Isaque deu ao poço o nome de Eseque, porque discutiram por causa dele. Então os seus servis cavaram outro poço, mas eles também discutiram por causa dele; por isso o  chamou Sitna. Isaque mudou-se dali e cavou outro poço,  e ninguém discutiu por causa dele. Deu-lhe o nome de Reobote, dizendo: ‘Agora o Senhor nos abriu o espaço e prosperaremos na terra’”  (Gn  26.19-22). Isaque não se considerou um  fracassado, perseverou em cavar poços, até que seus inimigos desistiram de persegui-lo, ao perceberam que Deus o abençoava  (Gn 26.28).

  1. Medo da opinião de outros. Josué e Calebe não se preocuparam com a opinião da maioria: eram dois contra dez. Eles argumentaram contra eles, pois compreenderam que era melhor realizar a vontade de Deus. Não foi fácil, eles foram corajosos.  “Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Js 13.30).  Não podemos seguir a opinião de outros, quando sabemos que essa não é a vontade do Senhor.Os dez se rebelaram, porque tiveram medo de enfrentar o povo cananeu.

  • Medo da rejeição. Podemos ser rejeitados, porém não podemos parar no tempo, permitindo que aceitemos tal situação. O fato é que realmente podemos ser rejeitados e isso pode até machucar-nos; outros nos aceitarão. Se formos cristãos sinceros, todos (aceitando-nos ou rejeitando-nos) verão que nossa obras glorificam a Deus. È bom termos um relacionamento com pessoas que professam a mesma fé. Assim, poderemos dividir nossas dificuldades, obtermos apoio e também oferecer conforto.

  1. Medo de guerras, rumores de guerras: “Ainda que um exército  me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria”  (Sl 27.3). O cristão pode enfrentar guerra, todavia confia no Senhor. Só partiremos para a glória, na hora em que o Senhor permitir.

  1. Medo de não ser capaz de sustentar-se. O cristão deve procurar progredir, estudar e trabalhar. Contudo, entrega seus caminhos ao Senhor:  “Confia no Senhor e faze o bem ; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado”  (Sl 37.3).
  2. Medo da morte:  “E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda  a vida sujeitos à servidão  (Hb 2.15).



CONCLUSÃO


Na vida atual, estamos sujeitos a  dificuldades de toda espécie.
As frustrações, tristezas, também podem ensinar-nos a depender de Deus, a confiar nEle.
Podemos enfrentar graves problemas, decepções,  porém, nessas situações, brilha a misericórdia divina.
Nas situações difíceis pessoais, sentimentais, existe um Deus que está conosco, consola-nos e dá a força par ultrapassar as barreiras.
As pessoas podem decepcionar-nos, podemos fracassar, contudo Ele não falha, não desiste de nós.
Quando tudo parece estar perdido, lembremo-nos do conhecido hino:  “De Deus mui firmes são as promessas/Mais firmes que as montanhas são./Quando o socorro terrestre cessa,/Os de Deus não falharão!/De Deus mui firmes são as promessas,/Falhando tudo não falharão;/Se das estrelas o brilho cessa,/Mas as promessas brilharão”  (1a estrofe e estribilho do hino 459 da Harpa Cristã).

Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu. (in memorian) 
fonte PORTALEBD