Edir Macedo ataca lei da homofobia, Globo e Igreja Católica


O bispo Edir Macedo, que normalmente é contido em relação a outros pastores neopentecostais, resolveu ir ao ataque, valendo-se de sua musculatura mediática e política. Os alvos sdos ataques do Bispo Edir Macedo são o projeto de lei que criminaliza a homofobia e os seus eternos inimigos, a Rede Globo e a Igreja Católica.

Na semana passada, o fundador da Igreja Universal se reuniu com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), seu sobrinho, e outros senadores para discutir um texto alternativo ao projeto contra a homofobia.

No domingo (15), ele publicou em seu blog texto de um “obreiro anônimo” criticando a “cartilha gay”, termo cunhado por pastores, que o governo pretende distribuir às escolas públicas. O suposto obreiro acusa o movimento gay, infiltrado no governo, de querer transformar o filho dele em homossexual. “É meu, somente meu, o direito de não desejar um filho gay!”, diz.

O principal telejornal da TV Record, cujo dono é Macedo, deu destaque ontem a uma reportagem segundo a qual pais acreditam que a cartilha do governo vai incentivar a homossexualidade entre os estudantes. A apresentador Janine Borba leu que os “pais estão indignados” e psicólogos, preocupados, além de “muita reclamação nas ruas do Brasil”.

Na Record, o clima é de festa, porque a sua programação se manteve ontem das 6h às 12h na liderança pela primeira vez, impondo à Globo o segundo lugar. O próprio bispo teria telefonado para a direção da emissora para parabenizá-la. Foi, até agora, o mais bem sucedido resultado de ibope da Record em sua investida contra a Globo.

No domingo, a Record, em seu principal programa da noite daquele dia, dedicou uma longa matéria sobre como a Igreja Católica se beneficiou dos negros escravos foram trazidos para o Brasil. Um repórter foi a Angola e mostrou, entre outras coisas, a capela onde os negros eram batizados antes de embarcarem para cá.

Houve a apresentação de descendentes emocionados de escravos e de estudiosos locais. O enfoque da reportagem do “Domingo Espetacular” não foi a escravidão no Brasil, mas o apoio da Igreja Católica à escravidão. "A Igreja Católica tinha seus próprios escravos", disse o repórter.

O bispo Edir Macedo está mais ativo do que nunca.

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