Egípcio convertido foge de perigos potenciais no Egito e na Síria

Policial armado patrulha a entrada de uma Igreja em Nag Hammadi
EGITO (19º) - Pai e filha que fugiram do Egito para a Síria depois de 2 anos e meio se escondendo por terem se tornado Cristãos aterrissaram na França e solicitaram asilo alo, informou defensores dos direitos humanos.

Maher Ahmad El-Mo’otahssem Bellah El-Gohary, 58, tornou-se alvo dos islamistas no Egito depois de tentar modificar sua afiliação religiosa de muçulmana para cristã no cartão nacional de identificação. Ele e a sua filha de 17 anos, Dina Mo’otahssem, chegaram em Paris no dia 30 de março depois de fugirem para Damasco, na Síria, no dia 22 de fevereiro no auge da revolução egípcia que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.

Os protestos que duraram do dia 25 de janeiro a 11 de Fevereiro no Egito também enfraqueceu o Ministério do Interior, uma agência que assediava El-Gohary e o impedia de deixar o país.

 El-Gohary fugiu para a Síria por ser o mais rápido e fácil caminho para sair do Egito, mas ele também temia que a oposição islâmica na Síria e a crescente intranqüilidade política em Damasco.

“Quando nós chegamos na embaixada francesa na Síria, estávamos com tanto medo de tudo o que estava acontecendo naquele país”, disse ele.

Ele levou mais de um mês para ter um visto e deixar a Síria de maneira segura. Anteriormente, no Egito, ele conseguiu sair por que ele recebeu uma decisão judicial que determinava o Ministro do Interior a autorizar a saída do país. Aproveitando-se da confusão nas agências do governo na onda dos protestos anti-Mubarak, ele saiu do país com sua filha.

Eventualmente El-Gohary e sua filha esperam receber um visto para os Estados Unidos e então imigrarem.

Apesar de sua nova segurança, El-Gohary e Dinaainda estão ainda sofrendo. Eles temem que um muçulmano radical na França possa encontrá-los e atacá-los. Eles também têm questões médicas para serem tratadas por causa do estresse de dois anos de esconderijos e por não terem podido receber cuidados médicos durante esse tempo.

Na segunda-feira (18 de abril) El-Gohary foi até a Embaixada dos Estados Unidos em Paris para pedir asilo. De acordo com um ativista que pediu anonimidade, a embaixada orientpi El-Gohary que a melhor alternativa seria a sua esposa, que vive nos Estados Unidos, solicitar um visto para que ele entre no país. El-Gohary também está solicitando um visto de turista Americano. Ativistas de direitos humanos orientaram ainda para que ele permaneça na Franca enquanto pede asilo ao invés de ir aos Estados Unidos com o visto de turista, que pode deixá-lo financeiramente exposto e afetar seus esforços de imigração.

Enquanto isso, o pedido de asilo de El-Gohary na França qualifica-o automaticamente para uma extensão de três meses o visto que estava programado para expirar no fim do mês. A extensão pode ser feita enquanto o seu caso não estiver resolvido. A condição de asilo também o qualifica a receber certos benefícios do governo.

Tradução: Cecília Padilha

fonte PORTAS ABERTAS