LIÇÃO 10 – É BOM COMPETIR?


3º Trim. 2011 - ADOLESCENTES – CPAD - Lição 10: É Bom Competir?

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a: Distinguir os aspectos negativos e positivos da competitividade, entender a necessidade de ser solidário.
Para refletir
“Como o louco que lança de si faíscas, flechas e mortandades, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.”(Pv 26.18,19 – ARC).
Palavras destrutivas geram discórdias e ferem profundamente. O impacto negativo das palavras maléficas na ficam despercebidas dos Olhos de Deus. Vigiemos!
Texto Bíblico em estudo: Lc 22.24-28.
Introdução
Em resposta a disputa que insurgiu entre os discípulos, o Senhor Jesus, redefine o significado da suposta “grandeza humana”, revertendo assim os valores existentes no mundo.
Competição espiritual?
No texto em estudo, vemos em um momento que se aproximava a prisão e crucificação do Mestre, os discípulos preocupados em competir: “Qual deles seria o melhor” – seria este o momento certo para competições?
O que é competição? – vejamos:
1.Ato ou efeito de competir.
2.Busca simultânea, por dois ou mais indivíduos, de uma vantagem, uma vitória, um prêmio, etc.
3.Luta, desafio, disputa, rivalidade.
Vivemos num tempo em que todo mundo quer ser o primeiro, o maior, o vitorioso. Todo mundo quer receber o diploma de honra, a medalha de ouro, o troféu e os parabéns. Ensinamos aos nossos filhos desde pequenos: se você for médico tem que ser o melhor, se for professor, tem que ser o melhor, se você é um engenheiro que seja o mais destacado. Enfim, vivemos numa cultura onde o último, não vale nada. Temos que ser os melhores; comprar o melhor carro, o melhor sapato, a melhor casa. Os discípulos não eram diferentes de nós.
Porém Jesus ensinou que entre os cristãos não deve ser assim, antes que todos devem reconhecer que é nosso dever ter coração de servos, voltados a realizar a vontade de Deus.
Que a grandeza de cada um não está em importância de nome, mas em termos de serviço, sem pensar em recompensas.
“Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.”(vv. 26,27).
Jesus não queria dizer que, no reino de Deus, um homem que tivesse um valor moral inferior ficaria mais alto no favor de Deus. Em vez de lutar por posição, como os líderes judeus, os cidadãos do reino devem sentir-se humildes e agradecidos pelo exaltado privilégio que Deus lhes proveu em Cristo – a salvação.
Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá-los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2.3-8).
Competição social
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para tirarem suas diferenças. 

O Martelo exerceu a presidência, entretanto lhe foi notificado que teria que renunciar. Por quê? Perguntou o martelo. Fazia demasiado ruído! E também, passava o tempo golpeando. O Martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso. Disse que ele necessitava dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa.  
Ante ao ataque, o parafuso aceitou também, mas, por sua vez, pediu a expulsão da Lixa. Fez ver que era muito áspera em seu tratamento e sempre teria atritos com os demais. 
A Lixa esteve de acordo, mas com a condição de que também fosse expulso o Metro, que sempre ficava medindo os demais segundo sua medida, como se fora o único perfeito.
Nisso entrou o Carpinteiro, pôs o avental e iniciou o seu trabalho. Utilizou o Martelo, a Lixa, o Metro e o parafuso. Finalmente, a grosseira madeira inicial se converteu em um lindo móvel.  
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia recomeçou a deliberação. Foi então que tomou a palavra o Serrote, e disse: 
Senhores, se há demonstrado que todos temos defeitos, entretanto o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isto é o que nos faz valiosos. Assim, não pensemos sobre nossos maus pontos, e nos concentremos na utilidade de nossos pontos bons. 
A assembléia concordou, então, que o Martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a Lixa era especial para afinar e limar asperezas e observaram que o Metro era preciso, exato. Sentiram-se, então, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria por poderem trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Observe e o comprovará. Quando em uma empresa as pessoas buscam pequenos defeitos nos demais, a situação se transforma em tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos demais, florescem as melhores conquistas humanas.
Não devemos fazer nada para que agradem aos olhos dos homens, mas sim de Deus, pois isto não nos traz benefício algum e Deus não reconhece. "E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes". (Mt 23.5).
Jesus nos disse que é necessário que o maior seja o menor, para que não sejamos como "o mundo". Aquele que quer ser maior, precisa primeiro ser humilde e menor. Precisa servir, do contrário será humilhado e diminuído: "O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado". (Mt 23.12)."Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve". (Lc 22.26-27).
Este princípio significa que, na Igreja todos os cristãos são Membros com direitos e deveres, que o Espírito de Deus quer lapidar-nos, preparando-nos para o encontro com Jesus, que todos são chamados à mesma e única Perfeição.
E é nosso dever mostrar essa perfeição, essa excelência de trato, de comportamento, de ações ao mundo, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.16)
Conclusão
“A verdadeira grandeza não está na posição, no cargo na função, no poder, na influencia, nos diplomas de nível superior, na fama, na capacidade, nas grandes realizações, nem no sucesso. O que importa (...) é o que somos em espírito interiormente diante de Deus (vv.25-27; Mt 18.3,4; 20.25-28).
(...) A verdadeira grandeza é questão de amor sincero, lealdade e dedicação à Deus, e aí o que importa é sermos consagrados e fiéis onde Deus quis colocar-nos. Por isso aos olhos dos de Deus os maiores no Seu Reino são aqueles que Lhe consagram à Sua Palavra, seu total amor, lealdade e dedicação (Lc 21.3; Rm 12.1,2)” – Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD – pág. 1558.
DINÂMICA
LIÇÃO 10 – É BOM COMPETIR?
Juntos somos melhores
Material: Folhas de papel e caneta
Objetivo:Avaliar o grupo e a contribuição de cada um de seus membros.
Desenvolvimento 
1. Cada um responde em particular às perguntas:
a) que me agrada no grupo?
b) que não me agrada?
c) que recebo dele?
d) o que deixaria de ganhar se ele se acabasse?
e) que recebo de cada pessoa?
f) que ofereço ao grupo?
g) qual foi a maior tristeza?
2. Cada um responde o que escreveu.
3. Depois de ouvir todo mundo, fazer uma discussão do que fazer para que o grupo melhore.
Aplicação:
A perfeição vem da soma do melhor de cada um, e mesmo quando há tristezas, disso advêm experiências que enriquecem o grupo e consolida a amizade e a confiança.
Quando entendemos isso, todos ganham.

                                                                           (Adaptação)
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.