LIÇÃO 5 – TRABALHANDO EM EQUIPE


4º Trim. 2011 - ADOLESCENTES – CPAD - Lição 5: Trabalhando em Equipe
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
4º Trimestre 2011
Tema: O atleta cristão
Comentarista: Silas Daniel

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Identificar as tentações que buscam minar a unidade da Equipe de Cristo;conscientizar-se da necessidade de manter-se unido, pois somente através da união verdadeiramente somos Corpo de Cristo, não há como ser Corpo sem a devida união de todos os membros para execução das funções de forma eficiente.
Para refletir
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos.”(Sl 133.1 – ARA).
A união que este Salmo descreve, expressa a mesma verdade espiritual que João 15.1-9; 17.20-25. Não é somente a união de cada irmão individualmente com o SENHOR, mas também com os irmãos – somente com esta união poderemos apresentar um testemunho eficiente perante o mundo para que vidas sejam alcançadas e conduzidas à Deus.
Texto Bíblico em estudo: 1 Co 12.12-14,17-23.
Introdução
A diversidade no Corpo não surge por acaso; é planejada por Deus e é essencial. Por isso, não deve existir inveja, vangloria, timidez, preguiça ou ambição. Os membros não podem funcionar no Corpo sem o apoio e serviço dos demais membros.
Na Equipe de Cristo, todos são importantes
A função de cada membro não é escolha nossa, mas de um Deus Soberano que opera tudo em todos.O Senhor fez assim para que não nos ensoberbecemos e pensemos que a vida cristã pode ser edificada individualmente, fora do Corpo de Cristo:
"Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular"(I Cor 12.25-27).
Também para aprendermos que todos os membros são importantes, até mesmo os mais fracos: "Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; e os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela" (I Co 12.22-24).
Todos os membros são importantes para a edificação do Corpo de Cristo, bem como todos os dons que esses membros possuem da parte do Espírito, por isso, nem Jesus que é a cabeça diz que não precisa deles:
"Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós"(I Co 12.20-21).
Na Equipe de Cristo, devemos cuidar uns dos outros
Sabemos que a Igreja é o Corpo de Cristo. O apostolo Paulo diz que da Igreja o Cristo é a cabeça, e nós somos os membros. Formamos um único corpo. Somos na verdade um corpo, o corpo de Cristo. Ele viveu sua vida em seu corpo terreno, nascido de Maria.
Nós, Igreja, formamos o seu corpo místico, unidos a Ele como o corpo se une à cabeça. A Igreja é o corpo de Cristo. Ora, se ao recebermos a  Santa ceia, participamos do Corpo de Cristo, evidentemente também devemos ter comunhão com a Igreja. Toda a ordenança foi deixado por Deus à sua Igreja. Não existe ordenança para ser celebrado individualmente, mas em Igreja.
Assim devemos guardar esse relacionamento com a totalidade do Corpo místico de Cristo – a Igreja. Termos comunhão com a Igreja.
Nunca sozinhos. E em cada Santa Ceia, celebramos com a Igreja inteira, unidos misticamente a ela, como Corpo de Cristo. É importante lembrarmos disso para não ficar pensando que a comunhão é simplesmente um acontecimento entre eu e Deus. A Igreja é realidade necessária também na comunhão.
A Santa Ceia, é importantíssima para nossa comunhão com Deus,  é a fonte e o ápice da vida cristã. E a vida cristã é vivida em Igreja. Somos o Corpo de Cristo. Guardamos relações uns com os outros, com a Igreja inteira. Por isso, não se celebra a Santa Ceia numa única intenção, com uma única pessoa, grupo ou movimento, é sempre celebrada em união com toda a Igreja, com a Igreja.
Paulo escrevendo aos em l Cor 10.17 diz:
“Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.”
Unindo-nos, pois participamos da mesma mesa, tomando o mesmo alimento. Daí que a comunhão não é só um acontecimento pessoal, mas eclesial, ligando-se à uma realidade maior, a toda a Igreja. Por outro lado, já que falamos de corpo, nós costumamos cuidar de nosso corpo, e isso deve acontecer. É justo e natural que cuidemos de nosso corpo. Pois bem, se somos Corpo de Cristo, Igreja, devemos também cuidar desse corpo.
Como Igreja, devemos cuidar dessa união. A unidade da Igreja diz respeito a todos nós, e a preocupação com ela deriva da própria realidade. Cuidar do corpo eclesial e de sua unidade é obrigação derivada da participação da Santa Ceia. E o cuidado com o corpo eclesial se dá, fundamentalmente, pela participação na comunidade.
Cuidamos da Igreja a partir de dentro, como quem dela faz parte. Da mesma maneira que cuidamos de nossa família. Não cuidamos dela como algo exterior, como se fosse exterior a nós e como se pudéssemos viver sem ela. Cuidamos a partir do interior, como interessados.
Esse cuidado se manifesta, claro, na oração que fazemos por toda a Igreja. Quando oramos, não oramos apenas por nós, mas por toda a Igreja. Mas é preciso mais que apenas oração, é preciso participação. Não freqüência simplesmente mas, participação, interesse, envolvimento.
A comunidade é construção nossa, somos nós que a fazemos. A Igreja é esta comunidade. Cuidamos de nosso corpo, cuidamos também do corpo eclesial. E é preciso que dele cuidemos que nos interessemos pelas coisas da comunidade, da Igreja, por sua situação, suas necessidades, suas realizações. Igreja não é os outros. Igreja somos nós. Sou também eu, que participo da Santa Ceia.

Alimentamo-nos de Deus para que nos tornemos capazes de nos alimentarmos uns aos outros, através da partilha e da caridade. Não se pode perder isso de vista, sob o risco de perder o significado mesmo da eucaristia. Não se pode falar do Corpo de Cristo e esquecer tantos irmãos nossos que fazem perdurar em seus corpos o sacrifício de Jesus.
Tentações contra a unidade
O culto ao prazer no mundo de hoje produziu uma geração incapaz de suportar adversidades, atribulações, provações. A alta incidência de pessoas deprimidas, em nossos dias, provavelmente, esteja, em grande parte, no fato de que elas não foram preparadas para enfrentar os fracassos, as frustrações, as perdas e os revezes que a vida trás.
Infelizmente, muitos meios evangélicos divulgam a moderna teologia, não bíblica, da prosperidade e da vida sem problemas, com promessas de soluções fáceis, sem que a pessoa precise lutar e se esforçar por uma mudança radical de vida, através de um contínuo amadurecimento aos pés do Senhor Jesus Cristo. Não estão pregando o evangelho do Reino que trás a visão de que é somente em Cristo encontramos a graça que nos faz vitoriosos sobre os insucessos, derrotas, malogros e reveses de cada dia.
O caminho do aperfeiçoamento dos santos, necessariamente, envolve o aprender a suportar com paciência as adversidades e provações da presente vida. Jesus advertiu aos discípulos: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Um discípulo incapaz de suportar sofrimento e provação é inútil para o serviço de Deus. Entretanto, aquele que é capaz de manter louvor e gratidão a Deus no meio dos problemas e lutas, desfrutará de uma privilegiada comunhão com Ele e, com isso, estará se conformando com a sua imagem. Esse crescerá na fé e se aperfeiçoará.
A comunhão espiritual entre os discípulos precisa ser convergente para a pessoa de Cristo. Quando, na família da fé, tudo converge para ele há concórdia, conciliação, entendimento e harmonia. Na vida cristã comunitária é importante que tudo convirja para Jesus. Sendo Ele o Cabeça do Corpo – a igreja – e, se os membros do corpo correspondam à sua vontade, haverá harmonia nas expressões do corpo.
O discípulo maduro se relaciona e trabalha junto com seus irmãos na fé, mesmo que eles sejam diferentes uns dos outros e, até mesmo, com os que, pessoalmente, não lhe são simpáticos. Deus se agrada e espera a perfeita unidade daqueles que, na glória, comporão a família eterna. Na comunhão cristã não pode haver melindres, pois, todos são um em Cristo e, consequentemente, buscam, em primeiro lugar, fazer a vontade de Deus e não as suas preferências pessoais.
A exortação de Romanos 15.1-3 é: ”Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós, agrade ao próximo no que é bom para a edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim”.
Se nós somos maduros não entramos em debates e dissensões, antes, somos edificados na diversidade de dons e ministérios, sem perder a unidade.
Conclusão
A medida com a qual valorizamos os dons e talentos dos irmãos revela o grau de crescimento que já alcançamos. É infantilidade querer ser superior e aparentar maturidade aos demais. O discípulo maduro é capaz de valorizar as manifestações, mesmo simples, dos demais irmãos. Ele não anda ansioso para ser edificado por coisas “espetaculares”, pelo contrário, ele vê no crescimento do irmão, no testemunho que o outro dá, na alegria que vem da comunhão, na participação da mutualidade e de tantas outras coisas simples que a vida dos irmãos apresenta e podem edificá-lo.
Para crescer é necessário que submetamos as nossas habilidades e dons à serviço do corpo. Em Romanos 12.3-8 o texto, discorre sobre a vida da igreja e ressalta que ninguém deve pensar de si mesmo além do que convém. Ninguém pode achar que é tão espiritual, ou tão abençoado, que não necessite de se edificar com os dons e os frutos do Espírito que estão presentes nos demais irmãos.
DINAMICA
LIÇÃO 5 – TRABALHANDO EM EQUIPE
Meu irmão, meu apoio
Objetivo:Mostrar-lhes a importância de se apoiar no irmão.
Como Fazer:
Peça a todos os participantes que se apóiem em um pé só, onde deverão dar um pulo para frente sem colocar o outro pé no chão, um pulo para a direita outro para esquerda, dar uma rodadinha, e por fim abaixar-se e levantar-se.
Aplicação:
Não podemos viver com o nosso individualismo porque podemos cair e não ter força para levantar. Por que ficarmos sozinhos se temos um ombro amigo do nosso lado?
Unidos iremos mais longe, venceremos os obstáculos somando o melhor de cada um.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.