PLANO DE AULA LIÇÃO 4 – A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO



    1º Trim. de 2012 - Lição 4: A Prosperidade em o Novo Testamento - Plano de Aula
    PORTAL ESCOLA DOMINICAL
    PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2012
    TEMA – A verdadeira prosperidade – a vida cristã abundante
    COMENTARISTA : José Gonçalves
    PLANO DE AULA
    LIÇÃO 4 – A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO                                          
    1º SLIDE 
    INTRODUÇÃO
    - Prosseguindo o estudo da prosperidade bíblica, veremos como o tema é tratado em o Novo Testamento.
    - Se no Antigo Testamento, a prosperidade já era apresentada como um estado primordialmente espiritual, este caráter é intensificado em o Novo Testamento, como também como uma forma de se demonstrar o amor ao próximo como prova de que se tem o amor de Deus.
    2º SLIDE   I – A PROSPERIDADE NAS PREGAÇÕES DE JOÃO BATISTA E DE JESUS
    -A palavra “prosperidade” aparece algumas vezes em o Novo Testamento:
    a) At.19:25 - “euporia” (ευπορία), cujo significado é de “riquezas, recursos”;
    b) I Co.16:2 -  “euodóo” (εύοδόω), cujo significado é “ter recebido sucesso”, “ter sido bem sucedido”.
    3º SLIDE
    - O significado de “prosperidade”, em o Novo Testamento, traz, praticamente, as mesmas ideias dos termos utilizados no Antigo Testamento, ou seja, de um estado de sucesso, de bom êxito, de abundância e de fartura, inclusive em termos materiais..
    - O sentido espiritual da prosperidade é intensificado em o Novo Testamento.
    4º SLIDE
    - Em sua pregação, João Batista desvinculou a ideia de felicidade, prosperidade seja da ascendência biológica dos judeus, seja da posse de bens materiais (Mt.3:2,8,9).
    - João mandou que houvesse a repartição dos bens e alimentos com os necessitados (Lc.3:11), a indicar, portanto, que a posse de bens materiais tinha de ser um instrumento de demonstração de amor, tendo, também, mostrado aos publicanos e soldados que a função na social não deve ser instrumento para exercício de ganância (Lc.3:12-14).
    5º SLIDE
    - A mensagem de Jesus não é diversa. Jesus começa pregando a respeito do arrependimento dos pecados (Mc.1:14,15) e, na chamada dos primeiros discípulos, mostra, claramente, que aqueles homens deviam deixar as suas profissões de pescadores para serem “pescadores de homens” (Mc.1:16,17).
    - No sermão do monte, ao falar das bem-aventuranças, ou seja, do significado da felicidade, o Senhor deixa bem clara a dissociação entre esta felicidade superior e a posse de bens materiais, posse esta que nem sequer é mencionada entre as bem-aventuranças (Mt.5:3-12).
    6º SLIDE
    - Ainda no sermão do monte, o Senhor Jesus afirma que não devemos ajuntar tesouros na terra, mas, sim, no céu, porque onde ajuntamos tesouros, ali estará o nosso coração (Mt.6:19-21).
    - Jesus, também, estabelece uma dicotomia entre os que servem a Deus e os que servem às riquezas, não podendo haver servo de Deus que também sirva a Mamom (Mt.6:24).
    7º SLIDE
    - O Senhor Jesus mostra, ainda, no sermão do monte, que o Seu verdadeiro e genuíno discípulo não pode ficar correndo atrás da comida, bebida e vestido, mas deve, sim, buscar o reino de Deus e a sua justiça, que tudo lhe será acrescentado (Mt.6:25-33).
    - No sermão do monte, o Senhor  ensina-nos que Deus promete a bênção material da suficiência, mas que o essencial é a nossa comunhão com Deus (Mt.6:25).
    8º SLIDE
    - Estes ensinos do sermão do monte são repisados pelo Senhor Jesus na parábola do rico insensato (Lc.12:13-15).
    - Ao nos contar esta parábola, o Senhor ensina-nos que a “vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”, que se deve “ser rico para com Deus” e não ajuntar tesouros para si.
    9º SLIDE
    - O Senhor também demonstrou a desvinculação que deve existir entre a prosperidade verdadeira e a posse de bens materiais no Seu encontro com o “mancebo de qualidade” (Mt.19:16-30; Mc.10:17-31 e Lc.18:18-30).
    - Aqui também o Senhor Jesus nos mostra que a posse de bens materiais nada tem que ver com demonstração de salvação ou de comunhão com Deus.
    10º SLIDE
    - Ao contar a história do rico e Lázaro (Lc.16:19-31), Jesus também mostra que não há vinculação entre riqueza e salvação.
    - O Evangelho de Cristo mostra-nos que a verdadeira prosperidade encontra-se em entrarmos em comunhão com o Senhor, em termos a vida eterna, algo que se consegue quando nos entregamos a Cristo, quando nos arrependemos de nossos pecados, crendo no Senhor como nosso único e suficiente Senhor e Salvador, que nos promete a bênção da abastança enquanto estivermos sobre a Terra, abastança que deve ser seguida pelo compartilhar com os necessitados.
    11º SLIDE  II – A PROSPERIDADE NOS ENSINOS DOS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS DO SENHOR JESUS
    - Os ensinos dos apóstolos e discípulos do Senhor Jesus sobre prosperidade seguem a mesma linha do seu Mestre.
    - Logo no limiar da igreja primitiva, vemos que os discípulos eram completamente desapegados à posse de bens materiais, a ponto de os discípulos se desfazerem de seus patrimônios para tudo repartirem com os irmãos (At.2:44,45).
    12º SLIDE
    - Pedro e João fizeram questão de dizer que não tinham prata nem ouro, mas, sim, o poder de Deus (At.3:6).
    - A primeira demonstração de amor do dinheiro e de tentativa de conciliação entre este amor e o serviço a Deus, manifestada pelo casal Ananias e Safira, foi severamente punida pelo Espírito Santo no seio da igreja (At.5:1-11).
    13º SLIDE
    - A reação que teve o apóstolo Pedro em Samaria com relação ao comportamento do ex-mago Simão, que pensou poder conseguir por dinheiro o dom de Deus (At.8:18-24), bem revela qual o pensamento vigente entre os apóstolos a respeito do papel do dinheiro para as coisas espirituais.
    - Não vemos, em momento algum, em o Novo Testamento, qualquer ensino dos apóstolos que dissesse que a salvação viria acompanhada de bênçãos de aumento patrimonial, ou que estava destinado aos salvos uma vida regalada sobre a face da Terra, ou, ainda, que devêssemos buscar em Cristo a abundância material.
    14º SLIDE
    - Ensinos de Paulo sobre a prosperidade (I):
    a) quem espera em Cristo somente para esta vida é o mais miserável de todos os homens (I Co.15:19);
    b) nunca usou a pregação do Evangelho como “pretexto de avareza” (I Ts.2:5);
    c) o trabalho é necessário como forma de aquisição de bens (II Ts.3:6-12);
    d) o crente que passa necessidade não deixa de ser “santo” (I Co.16:1);
    15º SLIDE
    - Ensinos de Paulo sobre a prosperidade (II):
    e) o crente não precisa ficar rico para ajudar os necessitados (II Co.8:2);
    f) o crente deve ser “rico em generosidade” (II Co.8:3-8);
    g) a abundância material tem o fim de suprir a necessidade do (II Co.8:14,15);
    16º SLIDE
    Ensinos de Paulo sobre prosperidade (III):
    h)  Deus quer nos dar é a suficiência, pois o importante é abundarmos em boas obras (II Co.9:8,9), as que devem ser buscadas por quem serve ao Senhor (II Co.9:10-15).
    i) dar prioridade aos bens materiais é sinal de desvio da fé (I Tm.6:10-12);
    j) os ricos não podem ser confiar na incerteza das riquezas, mas em Deus (I Tm..6:17);
    17º SLIDE
    - Pedro, em sua segunda epístola, mostra que uma das características dos falsos mestres é, precisamente, o estar preso aos bens materiais (II Pe.2:3, 13-15).
    - O escritor aos hebreus exorta os crentes a se contentarem com o que têm, confiando em Deus e na Sua promessa de suficiência (Hb.13:5).

    18º SLIDE
    -  Tiago, o irmão do Senhor, lembra os ricos de que as riquezas terrenas são passageiras, “como a flor da erva” (Tg.1:10,11), como também faz questão de dizer que “Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que O amam” (Tg.2:5).
    - “A riqueza na fé” tem de ser demonstrada através de obras, através de ações em prol dos necessitados (Tg.2:15,16).
    19º SLIDE
    - João, “o apóstolo do amor” mostra que o papel dos apóstolos era “anunciar a vida eterna” (I Jo.1:2), “ a comunhão com o Pai e seu Filho Jesus Cristo” (I Jo.1:3).
    - O amor a Deus é provado pelo amor ao próximo, que, por sua vez, é demonstrado pela ajuda ao necessitado (I Jo.3:16-18).
    20º SLIDE
    - Judas, outro irmão do Senhor, em sua epístola, faz coro com Pedro e mostra que os homens ímpios que se introduziram no meio da Igreja são pessoas que “convertem em dissolução a graça de Deus”, sendo homens “levados pelo engano do prêmio de Balaão” (Jd.11) e que “admiram as pessoas por causa do interesse” (Jd.16), ou seja, são pessoas movidas pelo amor às riquezas, pelas coisas materiais.
    - Já os verdadeiros salvos, diz Judas, são aqueles que se edificam sobre a fé, orando no Espírito Santo, conservando-se no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna (Jd.20,21), ou seja, pessoas que dão prioridade à “vida eterna”, que estão em busca do céu, que não se prendem pelas coisas passageiras desta vida.
    21º SLIDE
    - No livro de Apocalipse, a ideia de bem-aventurança é sempre vinculada a bênçãos e atitudes espirituais, jamais a posse de bens materiais (Ap.1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:14).
    - Neste mesmo livro do Apocalipse, a posse de bens materiais é apresentada como perfeitamente possível a quem se volta contra o Senhor Jesus (Ap.18:15,16).
    22º SLIDE
    - Por tudo isto, percebemos claramente que, em o Novo Testamento, mantém-se a ideia da prosperidade como algo sobretudo espiritual, o que foi intensificado em relação ao Antigo Testamento.
    - “…O Novo Testamento não apresenta uma religião venha-ver, mas uma religião vá-anunciar (…) A ênfase do Novo Testamento não são as riquezas que nos atraem para o pecado, mas o sacrifício que nos resgata dele.” (John Piper)
    Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Prof. Dr.Caramuru Afonso Francisco