LIÇÃO 8 – JEREMIAS, UM PROFETA CHORÃO OU UM HERÓI?


2º Trim. 2012 - JUNIORES - Lição: Jeremias, um profeta chorão ou um herói?

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
2º Trimestre de 2012
Tema: Heróis da Bíblia
Comentaristas: Damaris Ferreira da Costa & Luciana Alves de Sousa





Texto Bíblico: Jeremias 38.1-13


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a:
Compreender que os servos de Deus também passam por angustias e sofrimentos, mas Deus os auxilia confortando e dirigindo-os a vitória.


Exercitando a Memória
“Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.”(Mt 5.4 – NTLH)

Enfatizar aos pequenos que Deus se importa conosco e que tem o poder de nos ajudar em nossas tristezas e sofrimentos.


Crescendo no conhecimento
Jeremias, filho de Hilquias, foi um profeta da cidade levita de Anatote e talvez tenha sido descendente de Abiatar. O significado do seu nome é incerto, mas “O SENHOR exalta” “O Senhor lança” são possibilidades.

A vida pessoal desse profeta é mais conhecida do que a de qualquer outro profeta do Antigo Testamento porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos, preocupações e frustrações.
Teria sido chamado a ser profeta quando era rapaz,, no 13.° ano do reinado do Rei Josias, de Judá. Segundo demostram os textos sagrados, teria demonstrado receio ao assumir tal tarefa.

O Josias foi um rei bom que adiou temporariamente o juízo de Deus prometido por causa do governo terrível de Manassés. Os acontecimentos estavam mudando rapidamente o Oriente Próximo. Josias tinha iniciado uma reforma, a qual incluía a destruição dos lugares altos pagãos em Judá e Samaria. Entretanto, a reforma teve um efeito pouco duradouro sobre o povo. Assurbanipal, o último grande rei assírio, morreu em 627 a.C.

A Assíria estava enfraquecendo, e Josias expandindo o seu território para o norte. A Babilônia, sob o domínio de Nabopolasar, e o Egito, sob Neco, estavam tentando sustentar sua autoridade sobre Judá.
Em 609 a.C, Josias foi morto em Megido ao tentar impedir o Faraó Neco de ir contra o que restava da Assíria. Três filhos de Josias (Joacaz, Jeoaquim e Zedequias) e um neto  (Joaquim) sucederam-no no trono. Jeremias viu a insensatez da linha de ação política desses reis e alertou-os sobre os planos de Deus para Judá, mas nenhum deles deu atenção à advertência.  Jeoaquim foi abertamente hostil a Jeremias e destruiu um rolo enviado a ele, cortando-o em algumas colunas e jogando-as no fogo. Zedequias foi um governante fraco e vacilante, buscando às vezes os conselhos de Jeremias, outras vezes permitindo que os inimigos de Jeremias o maltratassem e o aprisionassem.

Jeremias era pesquisador e historiador, além de profeta. Acredita-se que tenha sido ele o autor do livro que leva seu nome e os dois livros de Reis, abrangendo a história de ambos os reinos (Judá e Israel) desde o ponto em que os livros de Samuel a deixaram (isto é, na última parte do reinado de Davi sobre todo o Israel), até o fim de ambos os reinos, e após, a queda de Jerusalém, teria escrito o Livro das Lamentações.

A cronologia do período dos reis, pelo método de comparação ou de confronto dos reinados dos reis de Israel e de Judá, é utilizada para datar certos eventos. No entanto, no livro que leva o seu nome, não há uma cronologia certa, pois ora os acontecimentos se cumprem no reinado de Jeoaquim e em outras ocasiões o leitor é remetido ao período do governo de Zedequias.

Jeremias foi um crítico da conduta do seu povo e com os julgamentos que este sofreu, mediante uma visão de que Israel era a nação de Deus, vinculada a Ele por meio de um pacto e sujeita à sua Lei, o que eles violavam claramente naqueles dias praticando a idolatria, desrespeitando o descanso no dia do sábado e não libertando os escravos no Ano do Jubileu.

As denúncias de Jeremias reivindicavam a atenção dos príncipes e do povo, para que fossem responsáveis pela Lei, a qual violavam constantemente. Suas críticas eram feitas em discursos acalorados em plena praça pública. Seus principais alvos eram os sacerdotes, profetas, governantes e todos aqueles que seguiam o legalismo do "proceder popular".

Todavia, ele reconhecia que sua comissão era também de 'construir e plantar' (Jr 1.10). Chorou diante da calamidade que sobreviria a Jerusalém (Jr 8.21, 22; 9.1).
O livro de Lamentações constitui evidência do seu amor e da sua preocupação com o povo de Jeová.

Segundo os relatos em seu livro, Jeremias não se julgava justo aos seus próprios olhos, mas incluía a si mesmo ao admitir a iniqüidade daquela nação (Jr 14.20, 21). Depois de liberto por Nebuzaradã, hesitou em abandonar aqueles que estavam sendo levados para o cativeiro babilônico, talvez achando que devia compartilhar a sorte deles, ou desejando continuar servindo aos interesses espirituais deles (Jr 40.5).

Por vezes, em sua longa carreira, Jeremias ficou desanimado e necessitou a confirmação do apoio de Deus, mas, mesmo em adversidade, não deixou de invocar a Deus, pedindo-lhe ajuda (Jr 20.7-13).

Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaquim, Jeconias e Zedequias. O seu chamado é datado de 626 a.C, e o seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C.


Aplicação da Lição
Enfatize aos pequenos que nenhum profeta no Antigo Testamento tem sido mais mal compreendido do que Jeremias. Por séculos tem sido conhecido como o profeta chorão, o profeta triste. Alguns acham que Jeremias era um sujeito temperamental, uma pessoa desajustada de sua época. Mas na verdade quando esse profeta chorão é entendido na ótica correta, Jeremias desponta como o grande profeta da esperança.

Na verdade Jeremias tinha uma imensa força interior para continuar nutrindo esperança apesar das adversidades. Apesar de ter a desagradável tarefa de anunciar o castigo e a destruição certa de Jerusalém, Jeremias conseguia ver, com os olhos da fé, um novo tempo, um dia melhor, das profundezas da tristeza, seus olhos conseguiram enxergar um horizonte distante onde haveria uma nova esperança. Jeremias foi um herói em seu tempo para o seu povo e para todas as  nações


Fontes Consultadas:
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal – Editora CPAD – edição 2003
·         Bíblia de Estudo Plenitude – SBB/1995 – Barueri/SP
·         Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD – Edição 2002.
·         Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
·         Bíblia de estudo da mulher – Editora Mundo Cristão/SBB – Edição 2003
·         Dicionário Vine – Editora CPAD – 3ª Edição 2003
·         365 Lições de vida extraídas de Personagens da Bíblia - Rio de Janeiro Editora CPAD


Colaboração para Portal Escola Dominical  – Profª. Jaciara da Silva