Origem do dia das mães


Origem do dia das mães
O Dia das Mães é uma festividade que nasceu na Escola Bíblica Dominical


Anna Reeves Jarvis, uma metodista solidária com o próximo
A idealizadora do “Dia das Mães”, Anna M Jarvis (1864-1948), nasceu em Webster, West Virginia, nos E.U.A., no dia 1º de maio de 1864. Era filha de Anna Reeves Jarvis e Granville E. Jarvis.
Anna Reeves Jarvis (1832-1905), mãe de Anna Jarvis,  viveu em Webster, Virgínia ocidental. Era uma metodista solidária com o próximo. Durante o ano de 1850 trabalhou para organizar diversos "clubes do trabalho do dia das mães". Foi vendo a mãe agir assim que Anna Jarvis cresceu.
Anna Reeves Jarvis organizou uma série de clubes do trabalho das mães em Webster, em Grafton, em Fetterman, em Pruntytown, e em Philipp, para melhorar a saúde e circunstâncias sanitárias. Entre outros serviços, os clubes levantaram o dinheiro para a medicina, mulheres empregadas para trabalhar para as famílias em que as mães sofriam de tuberculose etc. Ela incentivou aos clubes declararem neutralidade na guerra civil norte-americana e assim todos ajudarem tanto aos confederados como aos soldados da União. No tempo da guerra civil, ela organizou clube de mães para ajudar aos soldados feridos e os alimentava e vestia. Perto do fim da guerra, a família mudou-se para Grafton.
A vida de Anna Reeves Jarvis foi em torno da Igreja Metodista. Sob a liderança de seu esposo, Granville, o templo da igreja Metodista foi construído em Grafton e dedicada em 1873. Anna Reeves Jarvis ensinou na Escola Dominical da igreja pelos 25 anos seguintes
Anna Jarvis, a filha, recebeu educação primária em Gafton, West Virgínia e completou seus estudos secundários  e superiores na Faculdade Feminina de Augusta, no estado de Virginia, em 1881. Fez, a seguir, uma série de estudos especiais que incluíram Literatura inglesa, Psicologia, Filosofia, Latim, Alemão, Matemática e Música. Após estes estudos, regressou a Grafton, onde foi nomeada professora da Escola Estadual, lecionando por sete anos seguidos. 
William Tapp, superintendente escolar, disse dela o seguinte: “Em toda minha larga experiência de professor e como superintendente escolar, não conheci professora tão capaz, eficiente e culta. Mulher de visão, espírito combativo, idealista, foi uma oradora fluente, lógica e convincente".
A concretização da ideia
Em princípios de 1900, Anna Jarvis e sua família transferem residência para Filadélfia, onde sua mãe faleceu a 09 de maio de 1905 e seu pai a 31 de dezembro de 1905. Com a morte de sua mãe, tão próxima a do pai, Anna Jarvis sofreu muitíssimo, pois desde menina era conhecida como raro exemplo de amor filial.  
Anna Jarvis vendo sua mãe trabalhando com organizações das mulheres foi inspirada para a criação do dia da mãe como um feriado nacional.
Foi no segundo domingo de maio de 1907 que se realizou a primeira celebração de “Dia das Mães”, em uma reunião privada, em homenagem à mãe de Anna Jarvis. Entretanto, a primeira celebração pública deu-se a 10 de maio de 1908, conforme consta da placa comemorativa que se encontra na Igreja Metodista de Grafton, West Virgínia. Eis a inscrição ali existente: “IGREJA METODISTA EPISCOPAL DE ANDREWS – IGREJA MÃE DO “DIA DAS MÃES” – PRIMEIRA CELEBRAÇÃO DO “DIA DAS MÃES”, 10 DE MAIO DE 1908 – FUNDADORA: ANNA JARVIS – MINISTRO: DR. H. C. HOWARD – SUPTE. DA ESCOLA DA IGREJA: L. L. LOAR.”
Oficialização
Em maio de 1910, o Governador do estado de West Virgínia, William E. Glasscock, decretou a primeira comemoração oficial do “Dia das Mães” e em maio de 1914, por proposta do deputado Heflin, de Alabama e do senador Sheppard, de Texas, o “Dia das Mães” foi incluído no calendário federal dos Estados Unidos. O decreto foi assinado pelo Presidente Woodrow Wilson na presença de Anna Jarvis, do Secretário de Estado William Jennings Bryan e daqueles parlamentares. Entre outras resoluções, diz o decreto: “No segundo Domingo do mês de maio, o pavilhão nacional deverá flutuar em todos os edifícios governamentais dos Estados Unidos e suas possessões”. O deputado Heflin disse, no ato: “Nunca uma bandeira nacional foi usada para festejar tão bela quanto sagrada comemoração, Mães da América.”  
Museu Anna Jarvis
O museu do local de nascimento de Anna Jarvis fica situado quatro milhas de sul de Grafton narota 119/250 de EUA em Webster (condado) do alfaiate, Virgínia ocidental. Está aberto para excursões de março a dezembro, terça-feira com domingo e todos os feriados, 10:00 a.m. à admissão de 6:00 p.m.: Adultos-$4.00, Seniors-$3.00,Estudantes-$2.00. As crianças com menos de 6 anos estão livres. As excursões dabarra-ônibus são bem-vindas e o estacionamento é amplo.
No Brasil e em São Paulo  
Não passou muito tempo e a data foi aceita pela maioria dos povos cristãos, vindo a cumprir-se dessa forma, o sonho de Anna Jarvis.  
No Brasil coube à Associação Cristã de Moços introduzir a comemoração do “Dia das Mães”. Em recentes pesquisas, feitas pela A.C.M. paulista, verificou-se que o “Dia das Mães” foi introduzido pela sua congênere de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 12 de maio de 1918, em solenidade presidida pelo escritor Álvaro Moreira, sendo oficial a poetisa Júlia Lopes de Almeida. No ano seguinte, a associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro, até então considerada a introdutora do “Dia das Mães” no Brasil, realizou a primeira festividade na capital federal, também com a colaboração de Júlia Lopes de Almeida. Em São Paulo a efeméride foi celebrada, também, por iniciativa da A.C.M. em maio de 1921.
A oficialização no Brasil
A oficialização do “Dia das Mães”, no Brasil, partiu da iniciativa da Sra. Alice de Toledo Tibiriçá, que na qualidade de presidente do 2º congresso internacional Feminista, em junho de 1931, se dirigiu ao, então chefe do Governo Provisório, Sr. Getúlio Vargas, nos seguintes termos:
“As mulheres do Brasil, reunidas por um alto ideal de confraternização feminina, para  trabalhar pelo progresso do país e da sociedade, desejam homenagear as mães brasileiras – o maior fator de nosso aperfeiçoamento moral – pedindo através desta mensagem a oficialização do “Dia das Mães”, no segundo Domingo mês de maio, a exemplo do que já se fez nos Estados Unidos da América do Norte.”
Mais tarde, uma comissão do Congresso Feminista, composta das Sras. Berta Lutz, Carmem Velasco Portinho, Maria Eugênia Cellso Carneiro de Mendonça, Stela Guerra Duval, Alice Pinheiro Coimbra, Inês Mattihiesen, Marina Bandeira de Oliveira, Georgina Barbosa Viana, Edith Fraenkel, Orminda Bastos e Adelaide Cortes, visitaram o chefe do Governo Provisório, reforçando a pedido feito através da mensagem transcrita.
Atendendo àquela solicitação, o Governo Provisório promulgou o decreto n.º 21366, de 5 maio de 1932, instituindo oficialmente o “Dia das Mães”, no segundo Domingo de maio.  
Ampliam-se as comemorações
Em 1947, por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime Câmara, o “Dia das Mães”, no segundo Domingo do mês de maio, foi incluído no calendário oficial da igreja Católica. O gesto do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro foi recebido com viva simpatia pelos círculos religiosos e sociais do país. Daí para cá, vem intensificando-se as comemorações em torno do “Dia das Mães”, destacando-se entre elas as organizadas pela confederação das famílias Cristãs, Rótari Clube, SESI, SESC e outros. Pouco a pouco foi germinando a semente lançada entre nós pela Associação Cristã de Moços. Hoje, graças à compreensão de todos os cristãos, acima de credos e divisões eclesiásticas, o “Dia das Mães” é uma realidade no Brasil.
A tradição do cravos
Partiu de Anna Jarvis, também, a delicada idéia dos dois cravos: vermelho e branco. Ficou estabelecido que os filhos cujas mães estivessem vivas deveriam apresentar-se com um cravo vermelho na lapela e aqueles que fossem órfãos, um cravo branco. A sugestão foi bem acolhida e generalizou-se imediatamente.