LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA



LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
 
TEXTO ÁUREO 
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
 
 
VERDADE PRÁTICA 
A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 10.12,13 A rejeição do sacrifício formal
Terça - Is 1.15-17 Ritos sem piedade nada valem
Quarta - Mt 12.7 A piedade é maior que sacrifícios
Quinta - Mt 21.28-31 Prática e teoria da obediência
Sexta - Mt 23.23 O dízimo não substitui a piedade
Sábado - Lc 18.10-14 A lição do fariseu e do publicano
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Miqueias 1.1-5; 6.6-8
Miqueias 1.1-5
1 Palavra do SENHOR que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém. 2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade. 3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. 4 E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam em um abismo. 5 Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

Miqueias 6.6-8
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o DEUS altíssimo? virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS?
 
Miquéias 4—5: o alvo de DEUS —uma nova Jerusalém como cidade-templo à qual todos se dirigirão para adorar.
SIGNIFICADO DO NOME - Quem é igual a Jeová?
PROFETIZOU PARA: Israel e Judá
MENSAGEM: Ira divina
 
 
Esboço e comentários da BEP - CPAD
I. Juízo contra Israel e Judá (1.1—3.12)
A. Introdução (1.1)
B. Predição da Destruição de Samaria (1.2-7)
C. Predição da Destruição de Judá (1.8-16)
D. Pecados Específicos do Povo de DEUS Que Requerem Castigo (2.1-11)
1. Cobiça e Orgulho (2.1-5)
2. Falsos Profetas (2.6-11)
E. Primeiro Vislumbre do Livramento Prometido (2.12,13)
F. Pecados Específicos dos Líderes do Povo de DEUS (3.1-12)
1. Injustiça e Opressão (3.1-4)
2. Falsa Profecia (3.5-7)
3. Miquéias, Um Profeta Verdadeiro (3.8)
4. Resumo dos Pecados dos Líderes (3.9-12)
II. Mensagem Profética de Esperança (4.1—5.15)
A. A Promessa do Reino Vindouro (4.1-5)
B. Derrota dos Inimigos de Israel (4.9-13)
C. O Rei Que Virá de Belém (5.1- 8)
D. A Natureza do Novo Reino (5.6-15)
III. O Litígio de DEUS contra Israel e Sua Misericórdia Final (6.1—7.20).
A. O pleito de DEUS contra Seu Povo (6.1-8)
B. A Culpa de Israel e o Castigo Divino (6.9-16)
C. O Lamento Doloroso do Profeta (7.1-6)
D. A Esperança Pessoal do Profeta (7.7)
E. Israel Será Reestabelecido (7.8-13)
F. As Bênçãos Finais de DEUS para Seu Povo (7.14-20)

Autor: Miquéias
Tema: Juízo e Salvação Messiânica
Data: Cerca de 740—710 a.C.

Considerações Preliminares
O profeta Miquéias era originário da pequena cidade de Moresete-Gate (1.14) no sul de Judá, área agrícola a 40 km ao sudoeste de Jerusalém. À semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha com certeza de família humilde. Se Isaías, seu contemporâneo em Jerusalém, assistia ao rei e observava o cenário internacional, Miquéias, um profeta do campo, condenava os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos e os juízes venais, que havia em Judá. Pregava contra a injustiça, a opressão aos camponeses e aldeões, a cobiça, a avareza, a imoralidade e a idolatria. E advertiu sobre as severas conseqüências de o povo e os líderes persistirem em seus maus caminhos. Predisse a queda de Israel e de sua capital, Samaria (1.6,7), bem como a de Judá, e de sua capital, Jerusalém (1.9-16; 3.9-12).
O ministério de Miquéias foi exercido durante os reinados de três reis de Judá: Jotão (751—736 a.C.), Acaz (736—716 a.C.) e Ezequias (715—687 a.C.). Algumas de suas profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (cf. Jr 26.18), porém a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias.

Propósito
Miquéias escreveu a fim de advertir a sua nação a respeito da certeza do juízo divino, para especificar os pecados que provocavam a ira de DEUS, e para resumir a palavra profética dirigida a Samaria e a Jerusalém (1.1). Predisse, com exatidão, a queda de Israel; profetizou que destruição semelhante seria sofrida por Judá e Jerusalém em conseqüência de seus pecados e flagrante rebeldia. Este livro, portanto, preserva a grave mensagem de Miquéias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação. Além disso, faz uma contribuição importante à revelação total do Messias vindouro.

Visão Panorâmica
O livro de Miquéias consiste numa mensagem de três partes: (1) recrimina Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia e hipócrita; (2) adverte que o castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados; e (3) promete que a verdadeira paz, retidão e justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando. Igual atenção é dedicada aos três temas do livro.
Visto por outro prisma, os capítulos 1—3 registram a denúncia que o Senhor faz dos pecados de Israel e de Judá, e de seus respectivos líderes, e a iminente ruína destas nações e suas respectivas capitais. Os capítulos 4—5 oferecem esperança e consolo ao remanescente no tocante aos dias futuros, em que a Casa de DEUS será estabelecida em paz e retidão, e a idolatria e a opressão serão expurgadas da terra. Os capítulos 6—7 descrevem a queixa de DEUS contra seu povo, como se fora uma cena de tribunal. DEUS apresenta a sua causa contra Israel. Em seguida, Israel confessa a sua culpa, e logo há uma oração e promessa em favor dos filhos de Abraão. Miquéias encerra o livro, com um jogo de palavras baseado no significado do seu próprio nome: “Quem, ó DEUS, é semelhante a ti?” (7.18). Resposta: Somente Ele é misericordioso, e pode dar o veredito final: “Perdoado” (7.18-20).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Miquéias. (1) Defende, à semelhança de Tiago, a causa dos camponeses humildes explorados pelos ricos arrogantes (cf. 6.6-8; cf Tg 1.27). Em seguida, Miquéias pronuncia sua exortação mais grave e memorável acerca das exigências divinas a Israel: “que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS” (6.8). (2) Parte da linguagem de Miquéias é austera e direta; noutras ocasiões, é eloqüentemente poética com o complexo uso de jogos de palavras (e.g., 1.10-15). (3) Tal como o profeta Isaías (cf. Is 48.16; 59.21), Miquéias expressa nítida consciência de sua chamada e unção proféticas: “Mas, decerto, eu sou cheio da força do ESPÍRITO do SENHOR e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (3.8). (4) O livro traz uma das mais grandiosas expressões da Bíblia sobre a misericórdia de DEUS e a sua graça perdoadora (7.18-20). (5) O livro contém três importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (3.12; cf. Jr 26.18), outra que diz respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (5.2; cf. Mt 2.5,6), e ainda uma outra usada pelo próprio JESUS (7.6; cf. Mt 10.35,36).

O Livro de Miquéias ante o NT
Assim como outros profetas do AT, Miquéias olhou para além do castigo de DEUS a Israel e Judá, e contemplou o Messias vindouro e seu reino justo na terra. Setecentos anos antes da encarnação de CRISTO, Miquéias profetizou que Ele haveria de nascer em Belém (5.2). Mateus 2.4-6 narra que os sacerdotes e escribas citaram este versículo como resposta à pergunta de Herodes concernente ao lugar onde o Messias nasceu. Miquéias revelou, também, que o reino messiânico seria de paz (5.5; cf. Ef 2.14-18), e que o Messias pastorearia o seu povo com justiça (5.4; cf. Jo 10.1-16; Hb 13.20). As referências freqüentes de Miquéias sobre a redenção futura, revelam que o propósito e desejo permanente de DEUS para o seu povo é a salvação, e não a condenação. Tal verdade é desdobrada no NT (e.g., Jo 3.16).
 
CAPÍTULO 1
1.1 MIQUÉIAS. Miquéias, habitante do sul de Judá, profetizou entre 750 e 687 a.C. Era contemporâneo de Isaías (cf. Is 1.1) e Oséias (cf. Os 1.1; ver a introdução de Miquéias). Sua mensagem foi dirigida principalmente a Judá (o Reino do Sul), embora também houvesse tido revelações a respeito de Israel (o Reino do Norte). Apesar de o tema predominante de Miquéias ser o juízo, ele também discorreu sobre a restauração do povo de DEUS.
1.1 SAMARIA E JERUSALÉM. Samaria era a capital de Israel; e Jerusalém, a de Judá. Ambas as cidades representavam nações apóstatas condenadas por DEUS (vv. 5-7).
1.5 PREVARICAÇÃO... PECADOS. O povo seria castigado por causa dos seus pecados: idolatria (v. 7), imoralidade (v. 7), crime e injustiça (2.1,2). Os pecados que grassavam nas capitais eram os mesmos cometidos em todas as partes de Judá e Israel.
1.6 FAREI DE SAMARIA UM MONTÃO. Esta profecia tornou-se realidade em 722 a.C., quando os assírios destruíram completamente a cidade (ver 2 Rs 17.1-5). Deu-se o seu cumprimento, por conseguinte, pouco depois de Miquéias tê-la proferido.
1.8,9 POR ISSO, LAMENTAREI, E UIVAREI. Miquéias lamentou a queda de Samaria (Israel; cf. v. 6). Ficou profundamente infeliz por terem os israelitas rejeitado a DEUS, e agora, precisavam ser castigados. Também sentimos lástima e pesar quando nossos semelhantes persistem em pecar contra DEUS? Lamentemos por eles, pois estão a caminho de sua própria perdição.
1.9 CHEGOU ATÉ JUDÁ. Judá era igualmente culpada de transgressão e rebelião contra DEUS. Por isso, Miquéias convoca certas cidades em Judá (vv. 10-16) a lastimarem a destruição que estava prestes a se abater sobre elas. A profecia de Miquéias foi cumprida quando Senaqueribe tomou as cidades muradas de Judá (2 Rs 18.13). Segundo os registros assírios, foram tomadas quarenta e seis delas.
1.16 FAZE-TE CALVA. Tosquiar os cabelos era sinal de tristeza. Por isso, Miquéias conclama o povo de DEUS a se pôr de luto desde já. (1) O castigo seria severo. Os filhos dos hebreus seriam tirados destes e levados ao cativeiro. Miquéias exorta o povo a não desviar-se do Senhor, pois as conseqüências seriam terríveis. (2) Os que se apartam de DEUS e de sua Palavra, para se unirem com o mundo e suas atividades pecaminosas, descobrirão que DEUS está contra eles, e que poderá trazer calamidade às suas vidas.
CAPÍTULO 2
2.1-5 AI DAQUELES QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade contra certas pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o próximo a fim de atingir seus intentos egoístas. (1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio após sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem mais propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com o sofrimento infligido ao próximo. (2) DEUS tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam semeado. DEUS enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao cativeiro. (3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos, nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões.
2.6 NÃO PROFETIZEIS. Os falsos profetas de Judá censuravam Miquéias por trazer uma mensagem de condenação e castigo (cf. Is 30.10). (1) Rejeitavam sua sombria e calamitosa profecia, e asseguravam que a vergonha e a desgraça não sobreviriam ao povo, pois DEUS era um DEUS de amor e perdão. (2) A mensagem otimista de tais profetas permitia ao povo continuar em seus caminhos pecaminosos. Por isto, desrespeitavam as justas exigências de DEUS. (3) Às vezes a igreja manifesta a mesma insistência ao proclamar uma mensagem de amor, misericórdia e perdão, mas que desconsidera os justos padrões da chamada divina de um viver irrepreensível e santo. A igreja que tolera o pecado, deve ouvir de novo a mensagem clara dos profetas do AT e dos apóstolos do NT (cf. 1 Co 5;6).
2.11 DO VINHO E DA BEBIDA FORTE. Miquéias declara ironicamente que, se os falsos profetas de Judá estivessem profetizando prosperidade e abastança de bebida inebriante para todos quantos a desejassem, o povo aceitaria de bom grado semelhante mensagem. Hoje, ainda há pastores que se recusam a advertir o povo de DEUS a respeito das conseqüências de se adotar os hábitos de beber da sociedade em derredor.
2.12,13 O RESTANTE DE ISRAEL. Miquéias acrescenta uma palavra de esperança ao proclamar que DEUS pouparia um remanescente de Israel e de Judá, que acabaria por regressar à terra prometida (ver Is 6.13; 10.20; 17.7). A terra, então, voltará a ficar movimentada com o vai-e-vem de seus habitantes.
CAPÍTULO 3
3.1-12 CHEFES DE JACÓ. Este trecho protesta contra a crueldade das classes governantes (vv. 1-4), as fraudes dos falsos profetas (vv. 5-7) e as perversões dos líderes, sacerdotes e profetas apóstatas de Judá (vv. 9-12). DEUS condena a todos como merecem.
3.2 ABORRECEIS O BEM E AMAIS O MAL. Os líderes da nação haviam abandonado os padrões religiosos do passado, e, em seu lugar, adotado seus próprios códigos. Deliberadamente, amavam a iniqüidade e a injustiça em sua busca por ganhos materiais. DEUS, porém, nos chama a amar a justiça e a aborrecer o mal (ver Am 5.15; Rm 12.9; Hb 1.9).
3.3 COMEIS A CARNE DO MEU POVO. Esta expressão vívida descreve a opressão e a exploração sofrida pelo povo comum.
3.4 NÃO OS OUVIRÁ. Por causa do comportamento maligno e cruel dos líderes, DEUS se recusa a atender- lhes as orações. Conseqüentemente, teriam eles um triste fim: haveriam de ser abandonados por DEUS.
3.5-7 CONTRA OS PROFETAS. DEUS ansiava por trazer seu povo de volta aos caminhos da retidão e da verdade. Mas o interesse dos falsos profetas era bem outro. Levavam os israelitas a se sentirem à vontade com um modo de vida pecaminoso, pois lhes pregavam falsas esperanças. Ao invés de tomarem posição firme contra o pecado, chegavam mesmo a encorajar a iniqüidade. Por se recusarem a levar o povo de volta aos caminhos de DEUS, os tais seriam abandonados pelo Senhor.
3.8 MAS, DECERTO, EU SOU CHEIO DA FORÇA DO ESPÍRITO DO SENHOR. Miquéias havia sido vocacionado para ser porta-voz de DEUS. (1) Falava sob o poder e inspiração do ESPÍRITO SANTO (cf. Jr 20.9; Ef 3.7), que o inspirava a condenar o pecado na Casa do Senhor. Sua missão era revelar o coração de DEUS, encorajar a prática do bem e desencorajar a injustiça. (2) Os pastores e profetas de hoje têm a mesma tarefa. Não devem curvar-se às pressões dos crentes falsos e mundanos, nem se conformarem com o mundo. Devem, pelo contrário, ser a voz de DEUS em favor da verdade, da piedade e da justiça.
CAPÍTULO 4
4.1 NOS ÚLTIMOS DIAS. Miquéias profetiza acerca do período em que DEUS reinará sobre o mundo todo. (1) Será um período de paz, felicidade e santidade. DEUS será honrado e adorado não somente por Israel, mas por todas as nações da terra. (2) "O monte da Casa do Senhor" (i.e., Jerusalém) será o centro do governo divino. O reino de DEUS será estabelecido quando CRISTO voltar para destruir todo o mal e firmar a justiça (ver Ap 20.4).
4.5 NÓS ANDAREMOS NO NOME DO SENHOR. Como devemos viver enquanto aguardamos a vinda do reino de DEUS em sua plenitude? Vivendo para DEUS, andando nos seus justos caminhos, e testemunhando a todas as nações (cf. 2 Pe 3.11,12).
4.9-13 PORQUE FARÁS TÃO GRANDE PRANTO? O profeta volta a falar sobre o fim da Jerusalém de seus dias. Diz que seus habitantes serão levados em cativeiro para Babilônia. A profecia foi proferida cem anos antes de os babilônios tornarem-se no formidável império mundial. Estes haveriam de destruir Jerusalém em 586 a.C. Miquéias também previu que, futuramente, Judá retornaria em liberdade à sua terra (v. 10).
CAPÍTULO 5
5.2 E TU, BELÉM. Miquéias profetiza que um governante surgiria de Belém para cumprir as promessas de DEUS ao seu povo. Este versículo refere-se a JESUS, o Messias (ver Mt 2.1,3-6), cuja origem é "desde os dias da eternidade" (cf. Jo 1.1; Cl 1.17; Ap 1.8). Não obstante, Ele nasceria como ser humano, para em tudo fazer-se semelhante a nós (v. 3; ver Jo 1.14; Fp 2.7-8).
5.3 PORTANTO, OS ENTREGARÁ. Israel seria abandonado por DEUS até ao nascimento do Messias. "A que está de parto" refere-se fisicamente à virgem Maria, a mãe de JESUS e, espiritualmente, ao remanescente piedoso. Toda a esperança de Israel e das demais nações acha-se no nascimento, vida, morte e ressurreição de JESUS. "O resto de seus irmãos" é uma referência às tribos do Norte, e demonstra que o Messias seria para as doze tribos de Israel.
5.4 ATÉ AOS FINS DA TERRA. À semelhança de Isaías (cf. Is 9.6,7; 61.1,2), Miquéias não faz distinção entre a primeira e a segunda vindas de CRISTO. Quando JESUS voltar para destruir todo o mal, Israel viverá em segurança, e o Senhor reinará sobre o mundo inteiro.
5.5 ESTE SERÁ A NOSSA PAZ. Somente JESUS, o Messias, trará paz perpétua a Israel. Não precisamos esperar sua segunda vinda, pois através de sua primeira vinda, Ele proporciona paz com DEUS, perdão do pecado e garantia de vida eterna aos que se arrependem, e o acolhem pela fé (ver Rm 5.1-11). Os verdadeiros crentes não serão condenados, pois crêem na sua morte expiatória (ver Jo 14.27; Ef 2.14).
5.5 A ASSÍRIA. A Assíria representa todos os inimigos de DEUS. Mas virá o dia em que o Messias livrará o seu povo dos que se opõem à adoração a DEUS.
5.10-14 DESTRUIREI OS TEUS CARROS. Quando o Messias voltar para julgar a iniqüidade do mundo, limpará também a Israel de seu poder militar, (vv. 10,11) e do pecado, feitiçaria e idolatria (vv. 12-14). Todos os que não forem leais a DEUS e aos seus caminhos, hão de ser destruídos.
CAPÍTULO 6
6.1-5 OUVI, AGORA, O QUE DIZ O SENHOR. O Senhor tinha uma acusação contra o povo, por isto os conclama a ouvir-lhe a queixa, e a justificar suas ações iníquas, caso o pudessem. Que direito tinham de rejeitar a seu DEUS segundo o concerto, e desobedecer-lhe às leis? As acusações formais contra o povo são alistadas nos versículos 9-16.
6.3-5 QUE TE TENHO FEITO? DEUS pergunta ao seu povo se Ele os decepcionou de alguma maneira. (1) Seria sua culpa terem eles desobedecido à sua palavra? DEUS negligenciara os seus, deixando de amá-los? A resposta é óbvia. Israel não tinha desculpa. DEUS havia tratado o seu povo com bondade e paciência no decurso de sua história. (2) Hoje, DEUS poderia repetir as mesmas perguntas a todos quantos lhe viram as costas. Se nos tornarmos desleais a Ele e aos seus justos padrões, conformando-nos com o mundo, não será porque DEUS nos tem sido infiel. Pelo contrário: será devido aos nossos próprios desejos egoístas e à nossa ingratidão para com a sua graça e amor.
6.8 QUE É O QUE O SENHOR PEDE DE TI? Miquéias oferece uma tríplice definição do modelo divino concernente à nossa fidelidade a DEUS: (1) agir com justiça, sendo imparciais e honestos em nosso trato com o próximo (cf. Mt 7.12); (2) amar a misericórdia, demonstrando compaixão e misericórdia genuínas aos necessitados; (3) andar com o nosso DEUS, humilhando-nos diante dEle todos os dias, com piedoso temor e reverência à sua vontade (cf. Tg 4.6-10; 1 Pe 5.5,6). A adoração pública é apenas uma mínima parte de nossa dedicação total a CRISTO. O amor genuíno ao Senhor deve manifestar-se em solicitude incessante pelos necessitados.
6.9-16 A VOZ DO SENHOR CLAMA. O Senhor alista alguns dos pecados de Israel, e anuncia a condenação que a nação teria de sofrer.
CAPÍTULO 7
7.1-7 AI DE MIM! Miquéias lastima a corrupção da sociedade em que vive. A violência, a desonestidade e a imoralidade grassavam em Israel. Poucos eram os piedosos (v. 2). O amor à família havia quase que desaparecido (v. 6). Se realmente nos dedicarmos ao Senhor e aos seus caminhos, também lastimaremos a iniqüidade que predomina nos dias de hoje. Intensificaremos a nossa intercessão, pedindo a intervenção do DEUS de nossa salvação (vv. 7-9).
7.7 EU, PORÉM, ESPERAREI NO SENHOR. Em meio a uma sociedade moralmente enferma, Miquéias coloca a sua fé em DEUS e em suas promessas. Ele sabia que DEUS o sustentaria, e que haveria de executar o castigo contra toda a iniqüidade, fazendo a justiça triunfar (v. 9). (1) DEUS conclama os crentes em CRISTO a viverem "no meio duma geração corrompida e perversa", onde devem "resplandecer como astros no mundo" (Fp 2.15). (2) Ainda que o mal aumente e a sociedade se desintegre, ofereçamos a salvação gratuita de DEUS a todos quantos nos ouvirem. Oremos e antegozemos o dia em que Ele endireitará todas as coisas (cf. vv. 15-20).
7.8-13 LEVANTAR-ME-EI. O justo remanescente de Judá estava prestes a passar por dias sombrios em conse-qüência dos pecados da nação . No entanto, Miquéias proclama em alto e bom som, em favor destes, palavras de fé e esperança. O profeta olha para além do triunfo temporário dos inimigos, e vê o dia glorioso de sua restauração. "Levantar-me-ei" é uma afirmação de fé comparável à de Jó (ver Jó 19.25-27 notas).
7.14-20 APASCENTA O TEU POVO. Estes versículos são uma oração de súplica, rogando a DEUS que cumpra as palavras dos versículos 8-13. O desejo de Miquéias era que DEUS voltasse a cuidar de Israel, assim como o pastor cuida de suas ovelhas.
 
Miquéias, o profeta dos pobres (Pr. Cleber Barros)
I - Nome – Miquéias teve um nome que por si mesmo era um credo, pois a forma mais ampla e provavelmente mais antiga - Mikayahu - significa “Quem é semelhante a Javé?” (Mq. 1:1; 7:18; Jr. 26:18). Como Miguel, que significa “Quem é como DEUS?".
Miquéias tem quase o mesmo significado. Nosso profeta não deve ser confundido com Micaías, que era detestado por Acabe (1 Reis 22:8).

 
II - Lugar - Ele é chamado “morastita” (1:1), visto ter nascido em Moreset-Gat (Mq. 1:14), local situado 32 Km. ao sudoeste de Jerusalém. Jerônimo colocou Moreset a leste de Eleutherópolis, a moderna Beit-gibrin. Como Amós, Miquéias era natural do campo. Em geral existe mais religião no lar do campo do que no da cidade. Aparentemente Miquéias não gostava da cidade (Mq. 1:5;5:11;6:9).
III - Personalidade - Miquéias deve ter tido uma personalidade muito forte. Era um homem valoroso e de fortes convicções. O segredo de sua força está revelado em Mq. 3:8: “Mas eu estou cheio do poder do ESPÍRITO do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado”. Como um verdadeiro patriota e pregador fiel, ele denunciou vibrantemente o pecado e assinalou o local da vinda de CRISTO. Ele foi, antes de tudo, um profeta dos pobres e um amigo dos oprimidos. Sentia a mesma paixão de Amós pela justiça e tinha o mesmo coração amoroso de Oséias. Miquéias era um Amós redivivo. Sua grande sinceridade contrasta notavelmente com os lisonjeiros ensinos de seus contemporâneos, os quais, como falsos profetas, idealizavam as mensagens conforme os seus soldos (Mq. 3:5).
IV - Seu tempo - Conforme o título do seu livro, Miquéias profetizou “nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Mq. 1:1). Esta é uma data amplamente confirmada por evidência interna e também por Jeremias 26:18, o qual cita Miquéias 3:12. Foi, portanto, um contemporâneo de Isaías. Ele deve ter pregado tanto antes como depois da queda de Samaria (722 a. C) e muito provavelmente desde cerca de 735 até 715 a.C. Ele pregado por mais de 40 anos.
Sob o reinado de Jotão, o luxo era esplêndido. Sua ambição de construir fortalezas e palácios em Jerusalém custou a vida de muitos camponeses. Sob o reinado de Acaz, Judá foi obrigada a pagar tributos à Assíria, tributos que juntamente com o custo da guerra sírio-efraimita, em 734 a.C., caíram como uma pesada carga sobre todas as classes. Tanto os ricos como os pobres sofreram. Os arrendatários egoístas e avarentos usavam o seu poder para oprimir, confiscando os bens dos pobres e até mesmo expulsando as viúvas de suas casas. Todo tipo de crimes era perpetrado, com os ricos devorando as classes humildes, “como ovelhas comendo a erva”. Sob Ezequias, que procurou reformar o estado, as condições se tornaram ainda mais desesperadoras. Os homens deixaram de confiar uns nos outros, enchendo Jerusalém de facções e intrigas. Os conselheiros do rei se dividiram na política, alguns advogando uma aliança com o Egito contra a Assíria e outros advogando uma submissão à Assíria. Os encarregados da lei abusavam de seus poderes. Os nobres roubavam os pobres. Os juízes aceitavam suborno. Os profetas adulavam os ricos e os sacerdotes ensinavam em troca de remuneração (Cap. 2). A cobiça das riquezas imperava de todos os lados. Os tiranos opulentos se enganavam quanto a um possível juízo. Em semelhante crise apareceu Miquéias, procurando conduzir a nação de volta a DEUS e aos seus deveres.
V - Mensagem - A mensagem de Miquéias suplementou a de Isaías. Miquéias um rústico e Isaías era um estadista, Miquéias um evangelista e um tipo de ‘sociólogo’. Isaías tratou das questões políticas, Miquéias quase exclusivamente da religião pessoal e da moralidade social. Ele era mais democrático do que Isaías. Suas relações pessoais não eram com o rei, mas com o povo. Era um profeta do povo. Isaías ensinou a inviolabilidade de Sião, Miquéias predisse a sua destruição (Mq. 3:12). A nobreza tinha um conceito equivocado de DEUS, imaginando que, por serem pessoas respeitáveis, o castigo era impossível. E como argumento indagavam: “Não está o Senhor no meio de nós?” Completando: “Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq. 3:11).
Miquéias possuía idéias avançadas sobre o reino de DEUS e elevou muito alto o modelo da religião e da ética, conforme Mq. 6:8: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS?” Toda a sua mensagem poderia ser expressa nesta declaração: “os que vivem de modo egoísta e luxuoso, mesmo que ofereçam sacrifícios dispendiosos, aos olhos de DEUS são vampiros que sugam o sangue vital dos pobres”.
 
VI - Análise - Apesar da fórmula “OUVI”, repetida três vezes (Mq. 1:2; 3:1 e 6:1-2), a qual introduz as três principais seções do livro, a melhor divisão do material, conforme o caráter dos assuntos, é como segue: Caps. 1-3 - Juízo; Caps. 4-5 - Consolo; Caps. 6-7 - O caminho da salvação.
Caps. 1-3 – Denúncia severa e completa condenação. Estão cheios de repreensões apaixonadas contra os oficiais do templo e do estado, acompanhadas de trovões de juízo, admoestação e ameaça, até que as censuras do profeta se tornam desagradáveis e os que as escutam ordenam que se cale (Mq. 2:6). Miquéias foi o primeiro entre os profetas a ameaçar Jerusalém com a destruição (Mq. 3:12). Contudo, a sorte do restante da nação foi clara e distintamente resguardada da sorte da capital. Suas ameaças, felizmente, foram seguidas de promessas de restauração.
Caps. 4-5 - Vislumbres da glória vindoura, com promessa se salvação, incluindo esperanças messiânicas e escatológicas. Miquéias olha para trás do mesmo modo como contempla o futuro. Como sempre acontece no Velho Testamento, sua visão do futuro está alicerçada nos feitos do presente. No livramento vindouro de Judá (como de Senaqueribe, 701 a.C.), Miquéias vê o futuro triunfo da justiça. Dois quadros se apresentam em sua mente - a exaltação de Sião e o nascimento do Messias, em Belém.
a) Mq.4:1-5 - fazem uma descrição de Sião destinada, conforme ele vê, a se tornar a metrópole espiritual do mundo inteiro (sob a soberania do DEUS de Israel), com as nações aceitando a lei do Senhor como o seu árbitro, um tempo de paz universal. Israel será supremo no que toca à religião. A idade áurea, por tanto tempo ansiada, tornar-se-á uma realidade.
b) Mq.5:2 e seguintes - profetizam que o Messias haveria de nascer em Belém, como Davi. Isaías 7:14 havia predito: “...Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”. Miquéias prediz o seu nascimento numa vila. Setecentos anos depois, no reinado de Herodes, o Grande, os magos que procuravam o local, com a ajuda dos rabinos judeus, obtiveram desta passagem a direção para prosseguir sua viagem (Mateus 2:1-6).
Caps. 6-7 - A controvérsia de Javé, diálogo sumamente dramático, que vindica a providência de Javé. O povo enxerga DEUS como um Senhor austero, avarento e exigente, o qual procura submetê-lo a requisitos injustos. Eles querem saber quando DEUS ficará satisfeito. Por meio de métodos cruéis e equivocados, os judeus tentam apaziguar a ira divina, oferecendo os frutos do seu ventre pelos pecados de suas almas (Mq.6:7). Javé lhes responde na que é considerada uma das maiores passagens do Velho Testamento: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS” (Mq. 6:8). O profeta prossegue fazendo, com grande ênfase, uma das mais amargas críticas a uma comunidade comercial que se encontra em toda a literatura, denunciando: “a medida escassa” (Mq. 6:10) e os pecados sociais da nação, os quais estão empurrando todo o povo, irremediavelmente, para a destruição (Mq. 6:15-16). Nesta seção, todas as classes, e não somente os líderes, como nos caps. 1-3, e todo o povo comum é denunciado como sendo mau. Não existe homem bom (Comparar com Romanos 3:10-18). “O melhor deles é como um espinho...” (Mq. 7:4). O profeta termina com uma lindíssima oração, como uma nobre apóstrofe a Javé, o incomparável DEUS do perdão e da graça (Mq. 7:7-20).
 
VII - Os três grandes textos de Miquéias
1. Mq. 3:12: “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque”. Este texto é a chave e o clímax da mensagem do profeta, famoso por ter sido lembrado depois de um século, o que possibilitou a salvação da vida de Jeremias: “Então disseram os príncipes, e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem não é réu de morte, porque em nome do SENHOR, nosso DEUS, nos falou” (Jr. 26:18). Muito raramente um profeta do Velho Testamento cita outro. Evidentemente, a reforma de Ezequias pode ter sido animada, até certo ponto, por Miquéias (Comparar com 2 Reis 18:4).
2. Mq. 5:2 : “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias foi o primeiro entre os profetas a fixar os olhos em Belém, como sendo o local do nascimento do futuro Libertador. Ele seria um servo. Não iria nascer ali na capital, ignorando todas as necessidades rurais, irmão dos patrícios. Seria um homem de origem humilde, participante das cargas dos pobres - de fato, um Libertador dos pobres. Miquéias, o profeta dos pobres, previu um Messias dos pobres.
3. Mq. 6:8 : “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu DEUS? “ Este verso é o lema escrito no Departamento de Religião, no salão de leitura do Congresso de Washington. Contém os três maiores requisitos da verdadeira religião, isto é, fazer justiça, usar de misericórdia e andar humildemente. Ele resume nestas três fases todo o ensino da religião hebraica. A simplificação da religião sempre foi a vocação do profeta. Davi reduziu - como sugere o Talmude - os 613 mandamentos do Pentateuco ao que está no Salmo 15. Miquéias os reduziu a três. E JESUS os reduziu a dois: “Amarás o Senhor teu DEUS de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento... Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37,39). Comparem estas passagens com Tiago 1:27.
a) Fazer justiça - a justiça na Bíblia é reconhecida como a moral elementar. Ela é a base de todo o caráter moral, a qualidade essencial de um homem bom. É um dos atributos de DEUS. Ela significa dar aos semelhantes tudo quanto estes têm o direito de esperar. De preferência a justiça ideal do profeta é a eterna Regra de Ouro citada por JESUS em Mateus 7:12: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhos também vós, porque esta é a lei e os profetas”.
b) Amar a bondade (hesed), a compaixão e a misericórdia - Esta é a palavra favorita de Oséias e expressa uma qualidade mais elevada que a mera justiça. Muitos cumprem esta deixando de cumprir aquela. A misericórdia inclui a bondade. Às vezes a justiça denota uma dúvida, enquanto a bondade sempre denota graça e favor. É a bondade que, realmente, garante a prática da justiça. Quando alguém não ama um princípio ele faz o possível para evitar a sua aplicação. A verdade é que a pessoa que faz o bem sem amar não é uma boa pessoa. Ela até finge que é boa, mas deixaria de fazer o bem, se isso lhe fosse possível. DEUS deseja menos dos outros do que de nós mesmos.
c) Andar humildemente - Este terceiro requisito é uma conseqüência dos dois anteriores. Não se pode obedecer aos dois primeiro sem obedecer ao terceiro (Amós 3:3: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”) Andar humildemente significa render-se à pessoa, “inclinando-se para baixo”, como o fazem as crianças. A humildade é o maior adorno da religião.
Estes três requisitos: a justiça, a misericórdia e a humildade - a honestidade, a magnanimidade e um coração manso - são, conforme Miquéias, as três coisas essenciais de uma vida religiosa. O Cristianismo não as modifica perceptivelmente e dá-lhes uma aplicação mais ampla e profunda. Só que Miquéias deixa de nos falar do poder de DEUS, a fim de podermos cumprir esses requisitos. Somente na cruz poderemos encontrar o caminho.

VIII - Estilo - Vivência e ênfase, relâmpagos de indignação pelos males sociais, rápidas transmissões de ameaça, de misericórdia, emoção veemente e simpática ternura. A força, a cadência e o ritmo retóricos, muitas vezes elevados e sublimes. São estas algumas das características mais notáveis do estilo literário do profeta. Ele escreveu em excelente Hebraico. Tanto os seus pensamentos como a sua linguagem justificam sua pretensão de falar com o poder e a inspiração de Javé: “Mas eu estou cheio do poder do ESPÍRITO do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq. 3:8). Pr. CLEBER BARROS
 
INTERAÇÃO
Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra "rito". Explique que rito é "o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé". Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritual levítico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa.  Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a DEUS nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que DEUS não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o "adore em espírito e em verdade", que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc 12.29-31).
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias. 
Definir a obediência bíblica 
Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com DEUS e nem salvação.  
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro abaixo. É importante que os alunos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.  Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de DEUS; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno.
 
ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUEIAS
Capítulos 1 — 3
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Introdução (1.1).
Destruição de Samaria (1.2-7).
Destruição de Judá (1.8-16).
Pecados específicos do povo (2.1-11): cobiça e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).
Vislumbre de um livramento (2.12,13).
Capítulos 4 — 5
Mensagem de esperança:
Mensagem de esperança:
Promessa do reino vindouro (4.1-5).
A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).
O Rei virá de Belém (5.1-8).
O novo reino (5.9-15).
Capítulos 6 — 7
Juízo de DEUS contra Israel e sua misericórdia final:
DEUS contra o seu povo (6.1-8).
Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).
O lamento do profeta (7.1-6).
A esperança do profeta (7.7).
Israel será restabelecido (7.8-13).
Bênçãos finais de DEUS para seu povo (7.14-20).
 
RESUMO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
1. Contexto histórico.
2. Estrutura e mensagem.
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
1. O conceito bíblico de obediência.
2. A desobediência das nações.
3. A ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
III. O RITUAL RELIGIOSO 
1. O rito levítico.
2. O diálogo de DEUS com o povo (6.6).
3. Sacrifício humano (6.7).
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
1. A vontade de DEUS.
2. O sumário de toda a lei (6.8b).
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)- O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com DEUS e, muito menos, proporciona salvação.   
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O grande mandamento é este: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico
"Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. Eles viveram no período do esplendor profético dos hebreus. Isaías era profeta da corte e conselheiro da casa real, ao passo que Miqueias era profeta do campo. Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria.
O título de cada livro profético nem sempre quer dizer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 116).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: 'E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade'. A associação do futuro rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma predição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 11.1,10) e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado. 
Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de DEUS elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6). 
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de DEUS e prevê o dia da justificação e restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13)" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).
 
VOCABULÁRIO 
Pitoresca: Divertido, recreativo.
Antropomórfica: Conceito que visualiza DEUS como possuindo forma humana.
Controvérsia: Disputa, polêmica.
Retórica: Pergunta que não exige resposta.
Libação: Líquido ou mistura de líquidos derramados sobre a oferta como parte do sacrifício.
  
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
  
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.39.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e __sacrifícios__ como em que se __obedeça__ à palavra do SENHOR? Eis que o __obedecer__ é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
A mensagem de __Miqueias__ leva-nos a __pensar__ seriamente acerca do tipo de __cristianismo__ que estamos vivendo.
 
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
3- De onde era o profeta Miquéias e qual seu contexto histórico?
(    ) Miqueias era de Moresete-Gate (1.1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém.
(    ) Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos.
(    ) Seu ministério aconteceu no período dos reinados "de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá" (1.1).
(    ) O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias (26.18).
(    ) Considerando os últimos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.
 
4- Qual a estrutura ea  mensagem de Miqueias?
(    ) Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2; 3-5; 6,7).
(    ) Cada uma das partes marca o imperativo: "Ouvi" (1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
(    ) O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.
(    ) Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional (1.5; 2.1,2; 3.9-11).
(    ) Miqueias anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6).
(    ) O profeta chegou a ser citado pelo Senhor JESUS (7.6 cp. Mt 10.35,36).
 
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
5- Qual o conceito bíblico de obediência?
(    ) O verbo hebraico shemá: "ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer", não significa apenas receber uma comunicação ou informação.
(    ) Obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.
(    ) O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para "obedecer" em 1 Samuel 15.22 e Jeremias 42.6.
(    ) É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).
(    ) A mesma ideia é vista nos ensinos de JESUS (Mt 11.15; 13.43).
(    ) Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26).
(    ) A obediência pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a DEUS.
 
6- Complete segundo a desobediência das nações:
O Senhor não é uma divindade __tribal__, que habita em quatro paredes. Ele é o DEUS de toda a terra e o __Soberano__ de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como __juiz__ e testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as __nações__ da terra (1.2).
 
7- Como reage a ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
(    ) O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo.
(    ) Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país.
(    ) O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz 5.4; Sl 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7). 
 
III. O RITUAL RELIGIOSO 
8- O que é rito?
(    ) Basicamente, o rito é um conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé.
(    ) O termo vem do latim ritus, que significa "cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo".
(    ) O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4).
(    ) A própria circuncisão é também um ritual (At 15.1).
 
9- O que é rito em se tratando do Cristianismo?
(    ) No cristianismo a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30).
(    ) Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com DEUS, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).
 
10- Como foi o diálogo de DEUS com o povo (6.6)?
(    ) O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia.
(    ) O que DEUS fez de mal para Israel rejeitá-lo? (6.1-3).
(    ) Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5).
(    ) Em uma pergunta retórica, o próprio DEUS antecipa a resposta da nação.
 
11- A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). Qual era o problema de Judá?
(    ) O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a DEUS.
 
12- O sacrifício humano (6.7) era uma ordenança de DEUS?
(    ) Oferecer o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo.
(    ) A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27).
(    ) Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35).
(    ) Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que DEUS nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida 
 
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
13- Complete segundo a vontade de DEUS:
O estilo de vida que agrada a DEUS foi comunicado ao povo desde __Moisés__. Portanto, toda a nação tinha o __dever__ de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças __sociais__, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para autojusticar-se diante de DEUS. Estavam enganados, pois DEUS não se __deleita__ em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
 
14- Qual o sumário de toda a lei (6.8b), considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 613 preceitos depreendidos da lei de Moisés.?
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
 
15- Qual declaração da bíblia, mais precisamente no livro de Miqueias, que é vista por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento?
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
 
16- Explique os preceitos: Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS. Complete:
Os dois primeiros preceitos falam do compromisso __horizontal__ com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso __vertical__ com DEUS. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de JESUS: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a __nós__ mesmos (Mt 22.37-40). 
 
CONCLUSÃO 
17- Complete:
A lição para todos nós é esta: O que importa para DEUS não é o que __fazemos__ na Igreja, mas a nossa __vivência__ com a família, o que fazemos no __trabalho__ e como relacionamo-nos com a __sociedade__ Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo compromisso com DEUS, todas as práticas religiosas não passam de __rituais__ vazios e completamente desprovidos de __valor__ espiritual.
 
 
fonte http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm