PRE ADOLESCENTES - Lição 8: As ordenanças da Igreja


4º Trim. 2012 - PRE ADOLESCENTES - Lição 8: As ordenanças da Igreja

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRE ADOLESCENTES – CPAD
4º Trimestre 2012
Tema: O pré adolescente e a Igreja
Comentaristas: Damaris  Ferreira da CostaVerônica AraujoTelma Bueno

LIÇÃO  8 - AS ORDENANÇAS DA IGREJA

Texto bíblico:  Atos 2.37-39;1 Corintios 11.23-26
Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.

Objetivos 
Após a aula seu aluno devera  identificar os simbolismo do batismo 
e os elementos da Santa Ceia, bem como reconhecer a necessidade
de batismo para fazer parte do corpo de Cristo – a Igreja

Introdução
Na lição de hoje estaremos estudando as ordenanças da igreja.
Especificamente a Igreja possui 2 ordenanças; a palavra ordenança deriva-se  do latim “ordo”, que significa  “uma fileria”,  “uma ordem”.
Assim entendemos que a palavra ordenança está  relacionadas as cerimônias  sagradas instituídas por  mandamento; ordem de  Cristo. As duas ordenanças são:  O batismo e a Santa Ceia

I-A importância do batismo
A seriedade e importância inquestionável do batismo está claramente defendida na bíblia quando aprendemos sobre o batismo de Jesus. O filho de Deus, que se fez carne, e agora era homem, com o propósito de livrar a humanidade do pecado, estava diante de João Batista com o propósito de ser batizado.
“Então, veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.” Mateus 3:13-15
O próprio João Batista, num primeiro momento, não compreendeu a importância, e disse que ele (João Batista) era quem deveria ser batizado por Jesus. Em seguida Jesus explica que a justiça deve ser cumprida. O batismo de Jesus pode ser compreendido de várias formas, ou, em outras palavras, pode-se extrair diversos valores deste ato.
Entre estes significados o maior deles é compreender a importância inquestionável do batismo para todos nós. Quando Jesus procurou João Batista para ser batizado, ele não somente deu apoio ao ministério de João Batista como também deu exemplo a todos nós de que devemos ser batizados
Fonte: http://www.comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos

II-O significado do batismo
Para muitos o batismo em água é visto como sendo não mais do que um simples dever de todo Cristão. Para estes batizar-se, significa obedecer ao mandamento e exemplo de Jesus. De acordo com os registros bíblicos, o batismo em água era considerado de máxima importância para a Igreja Primitiva. A julgar pelo livro de Atos, era administrada logo após a conversão da pessoa. Isto era natural, porque Jesus ordenara como um dos ritos distintos da Sua Igreja. O batismo em água é um ato de obediência à ordem de Cristo para que fôssemos batizados, bem como uma declaração do intuito de sermos seus discípulos (Mat 28.19; João 15.14).
Para a maioria das pessoas, ser batizada em água significa; "ter o direito de participar da Santa Ceia", isto é verdade. Mas muitos, no entanto, precisam saber por que é que somente depois do batismo em água é que se deve participar da Santa Ceia. O  Batismo em água não é somente osímbolo da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ainda há um profundo significado por trás disso.

Tem uma abrangência espiritual muito fundamental para a nossa salvação e, é também de caráter  sagrado (Atos 2.38; Rom 6.3; Col 2.12). O batismo em água não é em si a nossa salvação, mas tem a ver com a nossa salvação, está ligado de modo íntimo com a nossa salvação (veja 1 Pedro 3.21).
Não podemos desprezar o batismo em água a ponto de considerá-lo insignificante; se foi de máxima importância para a Igreja de Cristo, no primeiro século, e o próprio Jesus não desprezou o batismo de João, que considerou como cumprimento de toda a justiça; e como faríamos nós? Filipe ensinou o Evangelho de Cristo ao eunuco etíope e, não se esqueceu e nem menosprezou o batismo em água, ensinou a sua importância e o seu valor, de maneira que o eunuco sentiu a sua necessidade e «creu» no batismo, de modo que na primeira água que encontraram, ele não resistiu, quis batizar-se e foi batizado por Filipe (Atos 8.36,38).

O simbolismo manifesto pelo batismo é bastante profundo, e, engloba vários propósitos
a) O  batismo é um rito de iniciação; assim como a circuncisão era para os israelitas, denotando o ingresso do recém-convertido à comunidade cristã, especificamente como símbolo da nossa incorporação no Corpo de Cristo.  
b) Testemunho publico de nosso arrependimento e da conversão a Jesus Cristo:         Essa a é idéia essencial do cristianismo primitivo, assim também era essencialmente o batismo de João, Atos 2.38 mostra-nos isso. Sendo assim, o batimo é um ato de obediência, o qual visa, especificamente, mostrar ao mundo que o batizando assumiu uma nova lealdade. O compromisso feito é que agora Jesus é o Senhor de sua vida, que agora viverá para a santidade, cultivando a mentalidade espiritual, porquanto ele morreu para o mundo, a esfera de sua antiga mentalidade. Por isso é no batismo em água, perante os olhos de todos, é que demonstramos o arrependimento dos nossos pecados e do recebimento de Jesus Cristo como Nosso Salvador pessoal. É verdade que o arrependimento e a conversão precedem o batismo.
O batismo representa um arrependimento já ocorrido (Atos 2.38). O arrependimento nasce no interior da pessoa, sendo representado pelo exterior. Portanto, para batizada a pessoa precisa fazer uma profissão de fé em Cristo. Não se batiza uma pessoa que não esteja realmente convertida a Jesus Cristo (Atos 8.36-38). O Batismo Espiritual (vede) tem que preceder o Batismo em Água
c) Testemunho publico de que temos aceitado o sacrifício  eficaz de Cristo:
Batismo em água é o testemunho público de que temos crido e aceitado os atos Redentores de Nosso Senhor Jesus Cristo. O batismo é a nossa resposta positiva de tudo o que Jesus fez por nós (Jo 3.16-21,36; Ef  5.2; Tito 2.14; Heb 9.26; 1 Ped 3.18; 1 Jo 3.16). No batismo, reafirmamos a história Redentora de Jesus Cristo, testificando publicamente a sua eterna eficácia. Não se pode batizar que «não crê» no Sacrifício Eterno e Eficaz de Jesus.
É preciso verdadeiramente «crer» que o Santo Sacrifício de Cristo foi Total, Eficaz e Eterno, que assim é testificado publicamente no batismo em água (João 3.16-21,36). Não é «crendo intelectualmente», mas é «crer no íntimo», ou seja, alma da pessoa é quem deve crer, o homem essencial, somente esta crença é legítima. Quando passamos a crer dessa maneira, há uma grande mudança em nossas vidas (2 Cor 5.17). O batismo é também um testemunho externo da operação do Espírito Santo, um testemunho prestado perante aos homens de que tal pessoa é agora um seguidor de Cristo, que proclama a sua fé no Senhor Jesus e em sua graça salvadora.
d) Simboliza a nossa identificação e união com Cristo, na sua morte, sepultamento e ressurreição:
Esta é uma das principais importâncias representadas pelo batismo. O ensino de Paulo sobre a importância do batismo é bastante salientado nas suas epístolas, principalmente quando se refere a nossa identificação com Cristo. Não há como fugir desta realidade. Paulo equipara o batismo em Romanos 6, como nossa rejeição do pecado e da dedicação a Cristo. Ele disse:
«Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição» (Rom 6.2-5).
De acordo como os ensinamentos do apóstolo, o batismo em água simboliza profundamente, a nossa «identificação» e «união» com Cristo na Suamorte-imersão, sepultamento-submersão e ressurreição-emersão. No batismo, o recém-convertido testifica que estava em Cristo, quando Ele morreu, que foi sepultado com Ele e ressuscitou para uma nova vida nEle.
   No batismo, significa que o recém-convertido morreu para o velho modo de viver, da vida de pecado e rebeldia, para o início de uma nova vida em Cristo, mediante a redenção, chamada por Paulo de «Novidade de Vida» (Rom 6.3,4,7,10-12; Col 2.12,13; 3.8-14). Mediante a morte de Cristo, o velho homem do salvo é crucificado, e o corpo do pecado é destruído; outrossim, o crente em Cristo, no batismo, se professa  morto para o pecado e para o mundo, e o batismo é uma obrigação que é imposta a fim de se viver para a retidão. Por isso, o batismo, inclui o compromisso “vitalício” de se virar às costas ao mundo e tudo quanto é mau (Rom 6.6,11-14), e comprometer a viver uma nova vida no Espírito, que demonstre os padrões divinos da justiça (Col 2.1-17).
 No batismo temos proclamado a nossa morte ao pecado e assumido o compromisso de rejeitá-lo e, de viver uma nova vida em e para Jesus Cristo (Rom 6.3-22). Portanto, o batismo em água, é um compromisso de santidade, é o compromisso ou determinação de andar no novo caminho. É o seloque simboliza a nossa participação na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo e, com isso, nós nos identificamos e unimos com Ele. Lembrando que este selo, somente é válido, quando ratificado pela  (Col 2.12). Nisso, os atos redentores de Cristo é simbolizado pelo batismo em água (Rom 6.4,5).

e) Símbolo da nossa regeneração:O que nos purifica realmente de todo pecado, é o precioso sangue de Jesus Cristo (1 João 1.7). Fomos comprados, remidos e justificados peloincontaminado sangue de Nosso Senhor Jesus, o verdadeiro Cordeiro Pascal (Mat 26.28; Jo 1.29; Atos 20.28; Rom 5.9; Col 1.20; Heb 9.14; 1 Ped 1.18,19; Apoc 1.5). Todavia, essa purificação interior e espiritual é simbolizada por uma lavagem ou purificação externa, isto é, pelo batismo em água (Ef 5.26; Heb 10.22). No batismo, o recém-convertido testifica que internamente está purificado; é o símbolo externo da lavagem interna;  «Levante-te,  recebe  o  batismo, e lava os teus pecados, invocando o seu nome» (Atos 22.16 – Tito 3.5). A água é o símbolo da operação do Espírito Santo.
Fonte: http://www.doutrinasbiblicas.com

III- Tipos de batismo
Está é uma questão que há diferença de opinião. Historicamente são três as formas principais de batismo: A imersão, a efusão (derramamento)e a aspersão.
  1. o batismo de aspersão, no qual a água é borrifada, ou seja, aspergida sobre o batizando;
  2. o batismo de efusão com a água sendo derramada em pequena quantidade sobre a  cabeça da pessoa
  3. e o batismo de imersão, ritual em que a água não é colocada sobre a pessoa e sim mergulhada.
De acordo com eruditos da língua grega, a palavra "batizar" significa literalmente "mergulhar" ou "imergir". Os batismos de aspersão e efusão surgiram a partir do instante em que a igreja, interpretando de forma errônea o batismo como essencial à salvação, passou a batizar enfermos com medo de que, não sendo ainda batizados, viessem morrer sem salvação. Se não poderiam ser levados às águas para o batismo, então se levaria a água até os enfermos, batizando-os por aspersão ou efusão.
O batismo por aspersão começou a ser realizado no século II, principalmente nos casos de batismos clínicos, isto é, para aquele que já estavam próximo da morte e desejavam o batismo cristão.
Evidentemente à base da definição do batismo, já mencionado, o batismo cristão é a completa imersão ou submersão em água, não um mero derramamento ou aspersão de água sobre a pessoa; os próprios exemplos bíblicos de batismos confirmam este fato.
O eunuco etíope pediu para ser batizado quando chegara a certo lugar onde havia água (Atos 8.36). «Ambos desceram à água» (Filipe e o eunuco), e depois ambos saíram da água (8.38,39). Fica subentendido, que o eunuco não foi batizado numa poça de água e nem numa pequena lagoa cuja água dava até os tornozelos, mas era um grande corpo de água, de modo que tiveram de andar para entrar e sair.
Além disso, o batismo cristão é o símbolo da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Isto indica a «submersão completa», enquanto, que o batismo por aspersão e por derramamento, nada tem a se identificar com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo;

IV- Pra quem é o batismo?
O batismo não poder ser administrado a uma pessoa não convertida, pois, Jesus ordenou que seus discípulos fizessem discípulos e os batizassem. Nunca os ensinou a batizarem infantes ou não convertidos (Mat 28.19). Tudo isto está bem claro em todos os exemplos bíblicos nos quais registramos abaixo:
a) Os quase três mil batizados em Pentecostes: Mostra-nos que o batismo em água seguiu-se à pregação e à conversão dos ouvintes; «Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados» (Atos 2.38, cf. v42). 
b) Os convertidos de Samaria: Foram somente batizados depois que «creram» nas palavras de Filipe que lhes pregava a Cristo, isto é, depois de convertidos (Atos 8.5-13).
c) O eunuco etíope: Após ouvir a pregação de Filipe a respeito de Jesus Cristo que, acarretou no arrependimento e conversão do eunuco, o mesmo disse a Filipe: «Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?» (Atos 8.36). «E mandou parar o carro e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou (v. 38)»
d) Saulo de Tarso: Foi batizado após o terceiro dia da sua conversão (Atos 9.3-18).
e) Cornélio e os seus: Foram batizados somente depois de ouvirem a Palavra de Cristo e também depois do recebimento do Dom do Espírito Santo, confirmando que haviam convertidos a Jesus Cristo (Atos 10.36-48).
f) Lídia e sua casaForam batizados depois da «decisão de fé». O Senhor Jesus lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia, isto é, evangelho de Cristo (Atos 16.14, cf. vv.13,15).
g) O carcereiro de Filipos e os seus receberam  o batismo após «crerem» em Jesus Cristo (Atos 19.30-33).
h) Alguns de Éfeso: Assim que creram no Senhor Jesus é que foram batizados (Atos 19.2-5).
i) Muitos dos Coríntiosouvindo a Paulo, criam e eram batizados (Atos 18.8). 

Os exemplos que acabamos de citar, provam cabalmente de que o batismo nas águas somente poderá ser ministrado a uma pessoa realmente «convertida» a Cristo. Atualmente existe um seguimento religioso que têm por hábitos batizar pessoas sem exigir delas o arrependimento. O método sempre consiste em explorar os sentimentos das pessoas; que se batizam porque sentiram desejo, vontade, como se o batismo fosse um impulso dosentimentodo desejo e da vontade do indivíduo.
Para tal seguimento, o batismo em água está «alienado do arrependimento», da «salvação» em Jesus Cristo caracterizado mediante uma fé viva no Sacrifício Vicário de Jesus. Quem não «crê» (inclui aceitar a Jesus Cristo como Salvador pessoal e obediência contínua em Seus mandamentos) já está condenado, porquanto, não «crê no nome de Jesus Cristo» (João 3.16-21).
Por isso, batizar alguém sem exigir dele o arrependimento, que resulta na conversão e no batismo espiritual, é muita falta de responsabilidade e desconsideração para com a verdade.
 
Outra questão a ser enfocada é esta; qual é a idade mínima para o batismo? Como uma criança pequena não pode ser batizada (conforme já visto), há uma idade limite (embora haja um pouco de diferença de uma criança para outra) onde o período da inocência se acaba. Por isso, a idade propícia que se adequada com os padrões divinos, outorgada pelo Senhor Jesus é «a partir dos 12 anos» (Lc 2.42), este é o período da «maturidade».
 A partir dos 12 anos de idade o menino ou a menina pode ser batizado(a), desde que se tenha arrependido(a) de seus pecados, nascido de novo (Atos 2.38). Mesmo os filhos de pais convertidos ao Senhor Jesus Cristo (que tenham passado pela experiência do batismo), precisam também se converter ao Senhor Jesus, ao completar os 12 anos idade; para daí poderem batizar-se. Apesar de serem “santos” como ensinou Paulo (1 Cor 7.14), todavia,  isto não significa que estarão «isentos» de uma futura confissão pessoal de seus pecados, pelo contrário, a confissão dos pecados pessoais (e o abandono deles), é ato necessário para a salvação (Prov 28.13; 1 João 1.9).
Em suma; o batismo em água somente pode e deve ser administrado a pessoas que tenham realmente convertidas, que tenham recebido o batismo espiritual,  e que tenham consciência da necessidade e importância do batismo no plano salvífico. Além disso, o batismo só pode ser administrado a alguém que tenha 12 anos idade, ou mais (At 2.38; 10.48; Rom 6.3-11; Col 2.12). E assim, o batismo era administrado aos novos convertidos que podiam fazer uma «profissão inteligente de fé» no Senhor Jesus Cristo (Atos 8.36,38). Essa profissão de fé deve ser estendida a uma profissão «eterna de fidelidade» e obediência aos mandamentos de Jesus (Mat 10.22; Apoc 2.10). Por fim, não se pode batizar alguém que não esteja comprometido com a Causa de Cristo e principalmente com Cristo. Para se batizar é preciso estar «...em Cristo» (2 Cor 5.17), e não fora ou distante de Cristo. Pois o batismo está reservado a pessoas convertidas.

V- A Santa Ceia
 A instituição da Ceia do Senhor Jesus ocorreu no decorrer da Última Páscoa, celebrada por Jesus e os Seus discípulos, na noite em que Jesus foi traído. Foi instituída na sexta-feira do dia 14 de Nisã (João 13.30), antes de Sua saída para o Getsêmani, onde Jesus orou em agonia ciente do que estava por suceder (Mat 26-27). Portanto, ocorreu no mesmo dia da crucificação e morte de Jesus Cristo.   
     
Por ocasião da Última Páscoa, Jesus tomou dois dos elementos que faziam parte da Páscoa e, transforma a antiga Páscoa na Ceia do Senhor Jesus. A Páscoa judaica havia cumprido seu propósito. Pois, profeticamente ela apontava para o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29). O Êxodo deu vida à nação de Israel. O sacrifício de Cristo fez nascer a Igreja, um povo proveniente de todas as nações.
  «Enquanto comiam, tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Concerto, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados» (Mat 26.26-28).

    «...Enquanto comiam...» (o cordeiro assado). Enquanto pensavam na grande libertação que Deus concedera a Israel segundo a Antiga Aliança; o Senhor Jesus providenciava a comemoração de um novo livramento, segundo a Nova Aliança, mediante o derramamento do sangue, e o sacrifício de um Cordeiro diferente. Cumpre Jesus as verdades tipificadas na Páscoa judaica, deixando-a de lado para dar lugar à Páscoa da Nova Aliança, A Ceia do Senhor Jesus Cristo, a Santa Ceia.
    «...tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo». Lucas acrescenta dizendo: «que por vós é dado; fazei isto em memória de mim» (Luc 22.19, ver também em 1 Cor 11.24). Jesus tomou um pão asmo (sem fermento) disponível na Páscoa, proferiu uma bênção, partiu-o e deu aos seus discípulos, dizendo: «...isto é o meu corpo», isto é, Jesus deu um novo significado ao rito, dizendo que o pão representava o Seu corpo. Jesus considerou a Si mesmo como o Cordeiro Pascal, oferecendo-se em sacrifício para a libertação da humanidade. Na Páscoa judaica, o pão sem fermento significava os sofrimentos dos filhos de Israel, por isso chamado de «o pão da aflição» (Dt 16.3).
Na Santa Ceia, o pão sem fermento, ilustra o sofrimento e morte de Jesus Cristo. A distribuição dos pedaços significa para que os que recebem, participação nos benefícios daquele Santo Sacrifício. Por isso, a Santa Ceia é também chamada de «comunhão» (gr koinonia), que literalmente significa «participação». Embora que Jesus na ocasião não estivesse ainda literalmente sido oferecido em sacrifício, contudo, Ele antecede o acontecimento, conscientizando assim os Seus discípulos sobre o Novo significado da Páscoa: «Fazei isto em memória de mim» (Luc 22.19). Isto comemora e renova o que Jesus fez por nós
.
    «...E, tomando o cálice, e dando graças...». Este era o terceiro cálice de vinho (isto é, vinho não-fermentado misturado com água) que se bebia na Páscoa, chamado de «o cálice da bênção» (1 Cor 10.16), porque uma benção especial era pronunciada sobre ele; era considerado o cálice principal, já que era tomado depois de comer o cordeiro (comer o cordeiro era a hora mais sublime da Ceia pascal, por isso, é que Judas não comeu o cordeiro, mas saiu antes). Assim, como Jesus abençoou o pão antes de partir, também deu graças pelo cálice, antes de distribuir aos Seus discípulos.
    «...Bebei dele todos..». A distribuição do cálice lembra-nos a «comunhão» do sangue de Cristo (1 Cor 10.16), ou seja, compartilhar dos benefícios obtidos através da Sua morte redentora. Na ocasião todos os discípulos de Jesus (exceto Judas Iscariótes) compartilharam do corpo e do sangue de Jesus Cristo, representados pelo «pão asmo» e pelo vinho».

    «...Porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança...». Na distribuição do cálice, Jesus anuncia aos Seus discípulos que uma Nova Aliança estava sendo instituída, mediante a Sua morte sacrificial, que estava sendo selada com o Seu próprio sangue, representada pelo cálice. A Aliança instituída por Cristo é chamada «Nova» porque contrasta àquela feita com Israel no monte Sinai, ao iniciar o período da Lei.
A primeira Aliança foi estabelecida pelo sangue aspergido de animais sacrificados (Heb 9.16-22). A Nova Aliança tornou-se válida, através do Sangue Imaculado de Jesus Cristo, vertido na cruz (Heb 8.6-13). A Antiga Aliança era das obras; requeria obediência a Lei (Êx 24.3-8). A Nova Aliança leva ao perdão dos pecados e à transformação da natureza humana; que permite que a Lei do Senhor Jeová seja amada e guardada (Jer 31.31-34; Rom 3.23-31).

    «...Derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados». Todos aqueles que, pela fé aceitam para si o sacrifício expiatório de Cristo, recebe o perdão dos seus pecados. «Todos»: A redenção é oferecida para «todo aquele que crê»; todos podem vir, ninguém é excluído senão àquele que assim o deseja. A religião certa, é aquela que soluciona o problema do pecado. O Verdadeiro Cristianismo é esta religião, porque o Seu fundador é Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos (1 Tim 1.15; 2.3-6).


Conclusão
Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, veio à terra para aniquilar o pecado e dar oportunidade à humanidade de obter a eterna e feliz vida no Reino dos Céus. O renascimento espiritual no homem, se inicia na fé em Jesus Cristo, no verdadeiro desejo de ser libertado do jugo do pecado e levar uma vida de acordo com a vontade de Deus. Com esse renascimento, nosso Senhor Jesus Cristo ainda nos consentiu a ressurreição dos mortos, quando Ele diz:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão" (João 5:25).
Porém, somente a fé e o desejo do ser humano não são suficientes. É preciso aforça da graça, para que se realize o renascimento espiritual do indivíduo. Esta força da graça penetra a alma da pessoa, submergindo-a em água, durante o batismo.
Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o mistério do batismo, após a Sua ressurreição dos mortos, quando Ele apareceu aos Seus discípulos e disse:"Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei..." (Mt 28:19-20). "O que crer e for batizado, será salvo; o que, porém, não crer, será condenado" (Mc 16:16).

Fonte: http://www.fatheralexander.org

Obras consultadas:
www.doutrinasbiblicas.com
 www.PalavraPrudente.com.br

Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira
fonte portal ebd