Lição 13 - Malaquias, a sacralidade da família I


4º Trim. 2012 - Lição 13 - Malaquias, a sacralidade da família I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2012
OS DOZE PROFETAS MENORES - advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

FELIZ 2013
                                                                                                                           

LIÇÃO Nº 13 – MALAQUIAS, A SACRALIDADE DA FAMÍLIA
                                               O livro de Malaquias mostra-nos que a família tem um valor sagrado diante de Deus.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos o livro de Malaquias, o décimo segundo e último livro no cânon do Antigo Testamento, o terceiro profeta pós-exílico.
No livro de Malaquias, o valor sagrado da família é realçado.
I – O LIVRO DE MALAQUIAS
- Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos hoje o livro de Malaquias, o décimo segundo livro do cânon, encerrando, assim, o estudo destes livros.
- Depois dos ministérios proféticos de Ageu e de Zacarias, que foram de grande valia para que o povo reedificasse o templo de Jerusalém, o Senhor levantou dois valorosos homens para a conclusão da tarefa da reconstrução nacional de Israel, Esdras e Neemias. Após o período destes homens, entretanto, o povo reiniciou uma perigosa onda de indiferentismo e de formalismo religioso, que poderia comprometer (como acabou comprometendo) a própria manifestação de Deus no meio do povo. Diante deste novo estado de indiferentismo, Deus, então, levanta mais um profeta, o último antes do chamado "período de silêncio", a saber, Malaquias.
- Malaquias profetiza numa época em que o templo já está edificado e quando já existe um regular sistema cerimonial (cfr. Ml.1:6-8), mas havia uma série de abusos e um menosprezo pelo culto a Deus, a refletir um indiferentismo e um formalismo que, mais uma vez, ameaçavam a comunhão de Deus com o Seu povo. Este estado de coisas faz com que alguns estudiosos entendam que o ministério de Malaquias tenha se dado no período de ausência de Neemias na Palestina, quando o governador retornou para a Pérsia (cfr.Ne.13:6). Outros, porém, diante da não referência alguma do profeta a Neemias, que, afinal de contas, restaurou as coisas conforme a lei do Senhor, seja ao profeta Malaquias nos livros de Esdras e Neemias (livros que mencionam Ageu e Zacarias), entendem que Malaquias é posterior a estes dois homens valorosos, de forma que seria o livro mais recente das Escrituras hebraicas.
- Malaquias, em hebraico "Mala'kh-Yah" (מלאכי), que significa "anjo ou mensageiro de Jeová" , ou ainda, "seu mensageiro", que, aliás, foi a tradução dada pela Septuaginta ("angelou autou"- άγγέλου αυτου), que, assim, não considerou a expressão como a de um nome próprio. Isto fez alguns estudiosos a acharem que o livro é anônimo, ou seja, não se saberia quem seria o autor do livro, que teria se identificado apenas como "mensageiro de Deus" e muitos até entendem que o livro teria sido escrito por Esdras (assim foi considerado no Targum de Jônatas, ideia que foi acolhida por Jerônimo), no período de ausência de Neemias, sem identificação de autoria. A tradição judaica, entretanto, sempre afirmou ter existido um profeta com o nome de Malaquias e não seria a única vez em que Deus teria levantado alguém cujo próprio nome indica a natureza de seu ministério diante do Senhor. Malaquias foi o último mensageiro antes do silêncio de quatrocentos anos, o último escritor do Antigo Testamento.
- Como temos visto nas duas lições anteriores, Malaquias toca o grande problema que surgira no meio do povo de Deus depois do cativeiro da Babilônia. Curado da idolatria, cujo remédio fora o cativeiro (cfr. II Cr.36:14-16), Israel passa a sofrer de um mal tanto ou mais perigoso: o indiferentismo, ou seja, a insensibilidade para com as coisas de Deus. Tão mau ou pior do que adorar a outros deuses, é não dar a Deus o devido louvor e adoração, é achar que as coisas de Deus são comuns e não devem ser tratadas com prioridade e dedicação. Este mal que afligia o povo de Israel nos dias de Malaquias é, também, o mal que acomete a Igreja do Senhor. Assim como nos últimos dias antes do silêncio de Deus na antiga aliança, o povo estava despercebido e tratava as coisas do Senhor com desdém, também, nos últimos dias de nossa dispensação, antes do terrível silêncio da grande tribulação, muitos estarão insensíveis ao Senhor e à Sua obra. "Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará"(Mt.24:12). Por isso, acordemos, despertemos enquanto é dia, para que não sejamos apanhados, como foi a geração de Malaquias, pelas trevas da noite ! (Jo.9:4; Ef.5:14-17).
- O livro do profeta Malaquias, que tem 4 capítulos, pode ser dividido em sete partes, a saber:
a) 1ª parte - primeiro oráculo - Ml.1:1-5
b) 2ª parte - segundo oráculo - Ml.1:6-2:9
c) 3ª parte - terceiro oráculo - Ml.2:10-16
d) 4ª parte - quarto oráculo - Ml.2:17-3:5
e) 5ª parte - quinto oráculo - Ml.3:6-12
f)  6ª parte - sexto oráculo - Ml.3:13-4:3
g) 7ª parte - conclusão - Ml.4:4-6
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4º Trimestre de 2012 - CPAD
Os Doze Profetas Menores - advertências e consolações para a santificação da 
Igreja de Cristo
Comentários da revista da CPAD: Esequias Soares da Silva
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
LIÇÃO Nº 13 – MALAQUIAS, A SACRALIDADE DA FAMÍLIA
O livro de Malaquias mostra-nos que a família tem um valor sagrado diante de 
Deus. 
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos profetas menores,  estudaremos o livro de Malaquias, o décimo segundo e 
último livro no cânon do Antigo Testamento, o terceiro profeta pós-exílico.
- No livro de Malaquias, o valor sagrado da família é realçado.
I – O LIVRO DE MALAQUIAS
- Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos hoje o livro de Malaquias, o décimo segundo 
livro do cânon, encerrando, assim, o estudo destes livros.
- Depois dos ministérios proféticos de Ageu e de Zacarias, que foram de grande valia para que o povo 
reedificasse o templo de Jerusalém, o Senhor levantou dois valorosos homens para a conclusão da tarefa da 
reconstrução nacional de Israel, Esdras e Neemias. Após o período destes homens, entretanto, o povo reiniciou 
uma perigosa onda de indiferentismo e de formalismo religioso, que poderia comprometer (como acabou 
comprometendo) a própria manifestação de Deus no meio do povo. Diante deste novo estado de 
indiferentismo, Deus, então, levanta mais um profeta, o último antes do chamado "período de silêncio", a 
saber, Malaquias.
- Malaquias profetiza numa época em que o templo já está edificado e quando já existe um regular sistema 
cerimonial (cfr. Ml.1:6-8), mas havia uma série de abusos e um menosprezo pelo culto a Deus, a refletir um 
indiferentismo e um formalismo que, mais uma vez, ameaçavam a comunhão de Deus com o Seu povo. Este 
estado de coisas faz com que alguns estudiosos entendam que o ministério de Malaquias tenha se dado no 
período de ausência de Neemias na Palestina, quando o governador retornou para a Pérsia (cfr.Ne.13:6). 
Outros, porém, diante da não referência alguma do profeta a Neemias, que, afinal de contas, restaurou as 
coisas conforme a lei do Senhor, seja ao profeta Malaquias nos livros de Esdras e Neemias (livros que 
mencionam Ageu e Zacarias), entendem que Malaquias é posterior a estes dois homens valorosos, de forma 
que seria o livro mais recente das Escrituras hebraicas.
- Malaquias,  em hebraico "Mala'kh-Yah" (מלאכי), que significa "anjo ou mensageiro de Jeová" , ou 
ainda, "seu mensageiro", que, aliás, foi a tradução dada pela Septuaginta ("angelou autou"- άγγέλου αυτου), 
que, assim, não considerou a expressão como a de um nome próprio. Isto fez alguns estudiosos a acharem que 
o livro é anônimo, ou seja, não se saberia quem seria o autor do livro, que teria se identificado apenas como 
"mensageiro de Deus" e muitos até entendem que o livro teria sido escrito por Esdras (assim foi considerado 
no Targum de Jônatas, ideia que foi acolhida por Jerônimo), no período de ausência de Neemias, sem 
identificação de autoria. A tradição judaica, entretanto, sempre afirmou ter existido um profeta com o nome de 
Malaquias e não seria a única vez em que Deus teria levantado alguém cujo próprio nome indica a natureza de Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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seu ministério diante do Senhor. Malaquias foi o último mensageiro antes do silêncio de quatrocentos anos, o 
último escritor do Antigo Testamento.
- Como temos visto nas duas lições anteriores, Malaquias toca o grande problema que surgira no meio do povo 
de Deus depois do cativeiro da Babilônia. Curado da idolatria, cujo remédio fora o cativeiro (cfr. II Cr.36:14-
16), Israel passa a sofrer de um mal tanto ou mais perigoso: o indiferentismo, ou seja, a insensibilidade para 
com as coisas de Deus. Tão mau ou pior do que adorar a outros deuses, é não dar a Deus o devido louvor e 
adoração, é achar que as coisas de Deus são comuns e não devem ser tratadas com prioridade e dedicação. 
Este mal que afligia o povo de Israel nos dias de Malaquias é, também, o mal que acomete a Igreja do Senhor. 
Assim como nos últimos dias antes do silêncio de Deus na antiga aliança, o povo estava despercebido e tratava 
as coisas do Senhor com desdém, também, nos últimos dias de nossa dispensação, antes do terrível silêncio da 
grande tribulação, muitos estarão insensíveis ao Senhor e à Sua obra. "Por se multiplicar a iniquidade, o amor 
de muitos esfriará"(Mt.24:12). Por isso, acordemos, despertemos enquanto é dia, para que não sejamos 
apanhados, como foi a geração de Malaquias, pelas trevas da noite ! (Jo.9:4; Ef.5:14-17).
- O livro do profeta Malaquias, que tem 4 capítulos, pode ser dividido em sete partes, a saber: 
a) 1ª parte - primeiro oráculo - Ml.1:1-5
b) 2ª parte - segundo oráculo - Ml.1:6-2:9
c) 3ª parte - terceiro oráculo - Ml.2:10-16
d) 4ª parte - quarto oráculo - Ml.2:17-3:5
e) 5ª parte - quinto oráculo - Ml.3:6-12
f) 6ª parte - sexto oráculo - Ml.3:13-4:3
g) 7ª parte - conclusão - Ml.4:4-6
- Na Bíblia Hebraica, o livro de Malaquias tem apenas 3 capítulos, pois o quarto capítulo de nossa Bíblia 
corresponde aos versículos 19 a 24 do terceiro capítulo da Bíblia Hebraica, ou seja, aqui acontece o contrário 
do que se fez no livro de Joel, em que se considerou parte do nosso capítulo 2 como sendo o capítulo 3. Em 
Malaquias, o nosso capítulo 4 corresponde a Ml.3:19-24 na Bíblia Hebraica.
- Em Malaquias, Deus mostra Seu desagrado com diversos aspectos da vida cotidiana de Seu povo e 
conclama Israel a retornar aos estritos caminhos da Sua vontade. Também é feita a promessa de um outro 
profeta, que, como Elias, chamaria o povo ao arrependimento, numa referência ao último profeta, João Batista, 
como nos explana a respeito o próprio Jesus, bem como de que, em breve, viria o "Sol da justiça"(Ml.4:2) para 
promover o reatamento definitivo entre Deus e o Seu povo. Assim, mesmo a um povo indiferente e formal, 
Deus não deixa de manter vivas na memória as Suas promessas.
OBS:  " O Livro de Malaquias ante o Novo Testamento - Três trechos específicos de Malaquias são citados no NT. (1) As frases 'amei a Jacó' 
e 'aborreci a Esaú' (1.2,3) são registradas por Paulo em suas considerações sobre a eleição (Rm.9.13(...).(2) A profecia de Malaquias a respeito do 
'meu anjo, que preparará o caminho diante de mim' (3.1; cf. Is.40.3) é citada por Jesus como referência a João Batista e Seu ministério (Mt.11.7-
15); (3) Semelhantemente, Jesus entendia que a profecia de Malaquias a respeito do envio do 'profeta Elias', antes do 'dia grande e terrível do 
Senhor'(4.5), aplicava-se a João Batista (Mt.11.14; 17.10-13; Mc.9.11-13). Além destas três claras referências a Malaquias no NT, a condenação 
que o profeta faz do divórcio injusto (2.14-16), antevê o ensino do NT sobre o tema (Mt.5.31,32; 19.3-10; Mc.10.2,12; Rm.7.1-3; 1 Co.7.10-16,39). 
A profecia de Malaquias a respeito do aparecimento do Messias (3.1-6; 4.1-3) abrange tanto  a primeira quanto a segunda vinda de Cristo." 
(BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, p.1369-70).
               "Cristo Revelado - No último livro do AT, nós encontramos claras elocuções proféticas com respeito ao repentino aparecimento de 
Cristo - o anjo do (novo) concerto (3.1). Aquele dia será um tempo de julgamento. 'Quem subsistirá, quando ele aparecer ?' (3.2). Ninguém, por 
suas próprias forças, pode, mas, para aqueles que temem ao Senhor, 'o sol da justiça [; o anjo do concerto', Jesus (3.1)] nascerá e salvação trará 
debaixo das suas asas', isto é, em triunfo vitorioso (4.2). (BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, p.930).
- Segundo Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Malaquias tem 4 capítulos, 55 versículos, 27 
perguntas, 32 pecados de Israel, 5 ordenanças, 5 promessas, 30 predições, 19 versículos de profecias, 6 
versículos de profecias cumpridas, 13 versículos de profecias não cumpridas e 28 mensagens distintas de Deus 
(1:2,6,7,8,9,10,11,12,13,14; 2:1,4,8,11,16,17; 3:1,5,7,8,10,11,12,13,14,17; 4:1).
- Segundo alguns estudiosos da Bíblia, o livro de Malaquias, o 39º livro da Bíblia, está relacionado com a 
décima sétima letra do alfabeto hebraico, “pey” ( פ), cujo significado é “boca” e que é utilizado como raiz para Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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a palavra “pessoa”, ou seja, aquele  ser de onde vem o som (“persona”). O livro de Malaquias mostra o 
contraste entre a honra devida à Pessoa divina e o desdém, o desprezo a Ela dado pelo povo judeu.
II  – OS DOIS PRIMEIROS ORÁCULOS DE MALAQUIAS  – A INGRATIDÃO DO POVO E O 
FORMALISMO DOS SACERDOTES
- Malaquias apresenta seis mensagens ao povo, denunciando, assim, a sua indiferença religiosa. A lição, 
dentro da proposta do comentarista já anunciada no início do trimestre, enfoca a questão da sacralidade da 
família. Sem descuidar deste ponto, apresentaremos, ainda que sucintamente, todo o conteúdo do livro do 
profeta, visto que seus oráculos são atualíssimos.
- Malaquias inicia seu livro trazendo à lembrança do povo judeu o amor de Deus para com eles. “Eu vos 
amei, diz o Senhor” (Ml.1:2). O  Senhor mostra aos judeus que Seu amor a Jacó precedeu, inclusive, ao 
nascimento do patriarca, um desígnio divino, como, aliás, explicaria, mais tarde, o apóstolo Paulo em 
Rm.9:11-13.
- Esta recordação do profeta tinha o objetivo de mostrar aos judeus que deveriam ser eles extremamente gratos 
ao Senhor, visto que haviam sido escolhidos para ser a propriedade peculiar de Deus dentre todos os povos, 
por mera escolha soberana do Altíssimo, sem qualquer merecimento ou valor que tivessem os judeus em si 
mesmos.
- A expressão do amor de Deus para com Israel deveria se traduzir numa gratidão extrema e em uma 
fidelidade. Gratidão não se expressa com meras palavras, mas com atitudes concretas, até porque o amor não 
se expressa por palavras, mas por gestos, por comportamento (I Jo.3:18). “…O Senhor pesa a nossa gratidão 
pela harmonia entre nossas ações exteriores e nossas atitudes interiores. Quando o que falamos não concorda 
com o que fazemos, Deus não Se agrada de nós.…” (MIKI, Mário. Ser grato. Pão diário, n. 15, 29 out. 2012). 
- O amor de Deus para com os judeus era comparado com o ódio divino em relação a Edom, cuja destruição é, 
uma vez mais, anunciada pelo profeta Malaquias, que, neste ponto, repete a profecia de Obadias. A destruição 
de Edom seria mais uma demonstração de quanto Israel deveria ser grato a Deus.
- No entanto, diz o profeta, apesar deste gesto de amor divino para com os judeus, os sacerdotes não davam ao 
Senhor a devida honra, desprezando-O. E como se dava este desprezo? Mediante a oferta de pão imundo no 
altar, mediante o desprezo que se dava à mesa do Senhor. Os sacerdotes permitiam que o povo trouxesse 
animais cegos, coxos e enfermos para o sacrifício, havendo muito menos temor a Deus do que às autoridades 
humanas.
- O Senhor diz ao povo que não aceitava tais ofertas e que, por causa do desprezo que sofria dos judeus, 
mostraria a Israel que Seu nome era grande e que receberia ofertas puras da parte de todas as nações. O que 
para os israelitas era uma canseira, um enfado, seria motivo de alegria por parte das nações.
- O Senhor, então, conclama os sacerdotes a que reavaliassem o seu comportamento, que desse a Ele a 
devida honra, sob pena de serem amaldiçoados, maldição, aliás, que já tinha vindo sobre o povo diante do 
comportamento desonroso e de desdém para com as coisas santas, restabelecendo-se, então, o concerto 
que o Senhor havia feito com Levi, a tribo que havia sido escolhida para o sacerdócio, depois do episódio do 
bezerro de ouro, já que haviam sido zelosos para com as coisas do Senhor.
- Esta mesma realidade temos contemplado nos dias hodiernos. Infelizmente, não são poucos os que também 
desonram a Deus oferecendo ao Senhor aquilo que não é digno. Muitos têm levado diante de Deus “pão 
imundo”, “animais cegos, coxos e enfermos”, desprezando o que é sagrado, profanando as coisas do Senhor.
- Lamentavelmente, não são poucos os que, na atualidade, também veem o culto a Deus como uma mera 
formalidade, como uma “canseira”, como um enfado, a ponto de, por exemplo, não verem a hora de o cultoAjude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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terminar para que possam, então, retornar às suas casas ou ir a locais de entretenimento. Sem falar que muitos 
já chegam atrasados às reuniões justamente porque estavam entretidos com coisas desta vida que lhes dão 
mais prazer do que as coisas de Deus (v.g., quantos que não vão ao culto aos domingos somente depois de 
assistirem aos jogos de seu time de futebol?).
- São pessoas que perderam o temor a Deus, que não sabem avaliar o grande privilégio que temos de termos 
sido alcançados pelo amor de Deus, de termos sido alvo de Sua graça e misericórdia. Pessoas que não sabem 
avaliar o enorme preço que o Senhor Jesus pagou pela nossa salvação, que foi o preço do Seu precioso sangue 
vertido na cruz do Calvário, muito mais precioso do que ouro ou prata (I Pe.1:18,19).
- Deus não muda, como diz o próprio profeta Malaquias (Ml.3:6) e, por isso, este comportamento Lhe é 
extremamente desagradável, visto que as pessoas não dão o devido valor ao que é sagrado, ao que é santo, ao 
que foi determinado e santificado pelo próprio Deus.
- E o que dizer da forma irreverente com que se cultua a Deus em quase todas as nossas igrejas locais, onde se 
tem confundido liberdade no Espírito Santo com irreverência, falta de respeito com o sagrado, a ponto de se 
introduzir na liturgia o profano, a começar de músicas mundanas, de ritmos musicais criados para o sensual, 
quando não para a própria adoração a Satanás, como também de danças e outras condutas que em nada louvam 
ao Senhor, mas tão somente tornam “a mesa do Senhor desprezível”.
- Mas, mais grave ainda do que isto, é o que muitos andam fazendo com a ceia do Senhor. O apóstolo Paulo 
mostra-nos que não podemos ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (I Co.10:21), ou 
seja, somente participar da ceia do Senhor se estivermos em santidade, em comunhão com o Senhor e com a 
Igreja, mas, infelizmente, muitos têm tido esta “dupla participação”, fazendo com que a mesa do Senhor seja 
considerada desprezível.
- Há, ainda, alguns que, de forma irresponsável e totalmente antibíblica, têm distribuído a ceia do Senhor a 
todos indistintamente, sejam, ou não, batizados nas águas, numa banalização que nada mais é senão a 
profanação condenada pelo profeta Malaquias.
- Por fim, temos aqueles que, sem motivo justo, participam da ceia do Senhor fora do culto específico, de 
forma apressada e não poucas vezes irreverente ao término de um outro culto, numa simples formalidade que 
não deixa nada a dever ao comportamento daquele povo dos dias de Malaquias. Uma tal participação na ceia 
do Senhor é abominável aos olhos do Senhor, não passa de desprezo e desdém para com uma ordenança 
divina.
- Esta profanação tem como causa a indiferença com as coisas sagradas, com o próprio Deus. Somente quem 
não dá valor algum ao que se refere ao Senhor age  desta maneira. Para ele, “tanto faz quanto fez”, não vê 
qualquer valor na soberania divina, tem um projeto de vida completamente independente do Senhor, “não está 
nem aí” com Deus. São tais pessoas que têm o comportamento condenado pelo profeta Malaquias, que acham 
que estão fazendo “um grande favor” ao Senhor quando Lhe veem “cultuar”. Tomemos cuidado, amados 
irmãos, pois o Senhor nos mostra que quem age desta maneira está debaixo da maldição. Cuidado!
II  – O TERCEIRO ORÁCULO DO PROFETA MALAQUIAS  – OS CASAMENTOS MISTOS E O 
DIVÓRCIO
- A terceira mensagem de Malaquias diz respeito ao tema central abordado pelo comentarista, atinente ao 
mau procedimento vivido pelo povo judeu no tocante à vida familiar.
- O profeta Malaquias denuncia a profanação do concerto entre Deus e o povo de Israel, chamando de 
deslealdade o fato de que os judeus estavam a se casar com estrangeiros, “profanando a santidade do Senhor” 
(Ml.2:10,11).Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- O mal dos casamentos mistos era uma recorrência no período pós-exílico, ou seja, após  o cativeiro da 
Babilônia. Os livros de Esdras e de Neemias mostram como estes homens de Deus tiveram de combater o 
casamento dos judeus com os povos gentios que estavam à sua volta e o que se percebe é que o profeta 
denuncia também estes abusos, que teriam voltado anos depois do ministérios daqueles homens de Deus.
- É interessante notar que, antes de falar dos casamentos mistos, o profeta afirma que o povo judeu tinha um 
mesmo Pai e um mesmo Deus. O casamento é mostrado, portanto, como um sinal da aliança firmada entre 
Deus e Israel, como um símbolo da aliança, do pacto que fazia com que o povo de Israel fosse reino sacerdotal 
e povo santo do Senhor (Ex.19:5,6).
- Não podemos entender a doutrina bíblica a respeito da família se não compreendermos isto. A família foi 
criada pelo Senhor para ser o ambiente propício para que se tenha o relacionamento entre Deus e o 
homem, para que o home cumpra o propósito estabelecido para ele pelo seu Criador, pelo próprio Senhor.
- A família não é um simples grupo social, a família não é tão somente a “célula mater” da sociedade, o que já 
não é pouca coisa e dá à família um papel importantíssimo na própria vida humana. Mais do que isto, porém, a 
família é o ambiente pelo qual o Senhor quer fazer cumprir todo o seu propósito para o homem.
- Não foi por outro motivo, aliás, que a primeira bênção de Deus à humanidade se deu somente depois da 
formação da família, como se verifica de Gn.1:28, quando é dito que “o Senhor OS abençoou”, ou seja, a 
bênção somente veio ao homem depois que macho e fêmea haviam sido criados, ou seja, depois que a família 
surgira (Gn.2:24).
- A família é uma instituição divina, é a obra-prima da criação sobre a face da Terra, visto que é o 
ambiente especialmente criado para que o homem possa cumprir o desiderato do Senhor. Não há como haver 
frutificação, multiplicação, enchimento da Terra e domínio sobre a criação terrena (Gn.1:28) sem que haja a 
família como base, ambiente para proporcionar os meios e condições para que sejam cumpridas as tarefas 
dadas por Deus ao ser humano.
- Ora, diante deste quadro do que significa a família, vemos, claramente, que a vida familiar é sagrada, visto 
que decorre diretamente de uma ação divina. Por isso, não se pode conceber um relacionamento seguro, firme 
e pleno para com Deus se não se partir da família, pois a própria Igreja é chamada de “família de Deus” 
(Ef.2:19).
- Não é por outra razão que um dos requisitos para o exercício do ministério na casa de Deus é o de se ter uma 
boa vida familiar (I Tm.3:4,5), pois é inconcebível que se possa governar a casa de Deus se não se tem 
condições sequer de governar bem a sua própria casa.
- Dentro desta concepção sagrada da família, vemos, também, que o ato fundador da família só pode ser o 
casamento, este máximo compromisso que se firma entre um homem e uma mulher em que ambos assumem 
uma comunhão de vida, comunhão esta que é marcada pela fidelidade, exclusividade e perpetuidade.
- Sendo a família o ambiente criado para que se possa ter um profícuo relacionamento com Deus, não se pode 
ter como ato fundador da família outra instituição senão o casamento, pois, em nosso relacionamento com 
Deus, temos de assumir um compromisso de fidelidade ao Senhor, pois Ele é fiel e temos de também ser fiéis 
para podermos nos relacionar com Ele; temos de assumir um compromisso de exclusividade para com o 
Senhor, pois só há um Deus e não podemos servir senão a este Deus; temos de assumir um compromisso de 
perpetuidade, pois Deus é eterno e devemos servi-l’O para sempre.
- Destarte, cabimento algum têm os pensamentos que andam surgindo nestes dias difíceis, segundo os quais é 
possível formar-se validamente uma família sem que se tenha o casamento. A única instituição criada por 
Deus como fundadora da família foi o casamento, precisamente porque o casamento é o sinal, o símbolo do Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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relacionamento que deve haver entre Deus e o homem, relacionamento este que deve ser caracterizado pela 
fidelidade, exclusividade e perpetuidade.
- Assim, não tem qualquer fundamento bíblico querer considerar como igualmente legítimos outros tipos de 
relacionamento como a união estável, o concubinato, a união livre ou, mesmo, a chamada “união 
homoafetiva”. Somente o casamento foi criado por Deus como forma legítima e válida de constituição da 
família. Somente o casamento agrada a Deus e nada mais!
OBS: A união estável é conceituada como sendo “a união entre homem e mulher configurada na convivência pública, contínua e duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição de família” (art.1723 do Código Civil); o concubinato, como sendo “as relações não eventuais entre o 
homem e a mulher impedidos de casar” (art.1727 do Código Civil); a união livre é nome que é dado para outras formas de união  e as “uniões 
homoafetivas” são as uniões de pessoas do mesmo sexo.
- O casamento, e nenhuma outra figura, é o que dá nascimento válido e legítimo a uma família, casamento
este que é  um compromisso firme, que somente pode ser dissolvido pela morte de um dos cônjuges
(Rm.7:1-3; I Co.7:39)  ou, então, quando surge um impasse entre o relacionamento conjugal e o 
relacionamento com Deus, o que se dá nos casos de impureza sexual, da chamada “porneia” (Mt.19:9).
- No caso da morte de um dos cônjuges, poderá haver novo casamento, porquanto, embora seja o casamento 
um sinal, um símbolo da aliança entre Deus e o homem, não devemos nos esquecer que o casamento é uma 
realidade atinente a este mundo, ou seja, algo que passa, algo que não perdura na eternidade, pois ali não 
haverá casamento (Mt.22:29,30).
- No caso da “porneia”, tem-se uma situação de impasse que autoriza o divórcio. Com efeito, exige a Palavra 
de Deus que os cônjuges mantenham relacionamento íntimo contínuo (I Co.7:1-5), mas, também, diz que não 
podemos manter relacionamento íntimo com quem se prostitui, sob pena de nos tornarmos participantes de 
seus pecados (I Co.6:15-20). Assim, um cônjuge de alguém que tenha se enveredado pelo caminho da 
“porneia” fica num impasse: ou mantém relacionamento íntimo com ele e, assim, se torna participante de 
pecados; ou não mantém relacionamento íntimo com ele e, assim, descumpre preceito das Escrituras. Diante 
deste impasse, a Palavra de Deus permite o divórcio, caso o cônjuge prostituído não queira mudar a sua 
maneira de viver, permitindo-se, assim, o novo casamento.
- Vemos, portanto, que o único caso autorizado de divórcio é uma decorrência lógica da própria razão de 
ser do casamento e da família: o de criar um ambiente em que se possa ter um eficaz e profícuo 
relacionamento com Deus. O divórcio só é permitido precisamente para que o cônjuge possa continuar a 
servir a Deus e não entrar em “porneia”.
- Fora destas hipóteses, o divórcio será tão somente o que o profeta Malaquias bem chama de 
“deslealdade”, de “profanação do concerto de nossos pais” (Ml.3:10,14), será tão somente uma expressão 
de infidelidade, de desonra aos compromissos assumidos, de descumprimento de promessas assumidas quando 
do pacto conjugal.
- Por isso mesmo, o profeta Malaquias traz uma mensagem que precisaria ser melhor entendida e 
compreendida nos dias hodiernos: “Porque o Senhor Deus diz que aborrece o repúdio, e aquele que encobre a 
violência com o seu vestido, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais 
desleais” (Ml.2:16).
- O Senhor afirma categoricamente que odeia o divórcio. Ora, amados irmãos, se Deus odeia o divórcio, 
como podemos nos divorciar senão no caso extremo previsto pelo próprio Senhor Jesus? Como podemos 
querer agradar a Deus se fazemos algo que ele odeia? 
- Nos dias em que vivemos, lamentavelmente, o número de divórcios entre os que cristãos se dizem ser está no 
mesmo nível dos que não professam o nome de Cristo, como afirmou recentemente, com base em estatísticas, 
o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes. Tal fato, chocante, mostra, com absoluta clareza, que vivemos Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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os mesmos dias do profeta Malaquias, em que os que se diziam pertencer ao povo de Deus eram 
completamente indiferentes ao valor sagrado da família.
- Malaquias diz que o Senhor fora testemunha no compromisso assumido entre o sacerdote e a mulher da sua 
mocidade, com quem o sacerdote havia sido desleal, dela se divorciando, motivo pelo qual o Senhor não 
aceitava as ofertas apresentadas, visto que tais ofertas estavam cobertas de choros, gemidos e lágrimas das 
mulheres que haviam sido abandonadas (Ml.3:13,14).
- Isto nos mostra claramente que  não podemos servir a Deus, não podemos ser-Lhe agradáveis se não 
estivermos cumprindo com nossos deveres familiares, se não tivermos uma vida familiar digna, que leve 
em conta a sacralidade da família. Como diria séculos mais tarde o apóstolo Paulo: não há como bem 
governarmos a casa de Deus, se não governarmos bem as nossas famílias.
- Este é um dos motivos principais pelos quais, atualmente, muitos ministros estão sem qualquer credibilidade 
espiritual, não  são agradáveis ao Senhor, visto que possuem uma vida familiar destruída, marcada pela 
deslealdade e pela infidelidade. Já há, inclusive, aqueles que, por terem fracassado na sua vida conjugal, 
estejam, inclusive, incentivando e estimulando os servos de Deus a seguirem o mesmo caminho, somente para 
terem “condições” de “apascentá-los”. A que ponto chegamos!
- Não podemos dissociar a vida familiar, a vida conjugal de nosso relacionamento com Deus, visto que 
aquela é decorrência deste, aquela é figura, símbolo, sinal deste. É indispensável que tenhamos uma vida 
familiar de acordo com os preceitos da Palavra de Deus, a fim de que sejamos agradáveis ao Senhor e, deste 
modo, possamos estar em comunhão com Ele. Temos feito isto?
- Mas, além da deslealdade decorrente do divórcio indiscriminado, o profeta Malaquias, como já observamos, 
também apontava como grave falha existente na vida familiar os casamentos mistos que o povo judeu havia 
retomado, apesar das medidas que haviam sido tomadas por Esdras e Neemias.
- Os casamentos mistos eram feitos em expressa desobediência à lei de Moisés que, inclusive, mandava que 
todos os israelitas deveriam casar-se apenas com pessoas de sua própria tribo, a fim de evitar a alteração das 
heranças de cada tribo na terra que lhes havia sido dada por Deus (Nm.36:7-9).
- A razão de ser para a proibição dos casamentos mistos não era étnica. Deus não faz acepção de pessoas, 
mas o fundamento para que os israelitas não se casassem com pessoas de outras nações é que não poderia 
haver aliança, pacto, concerto entre o povo escolhido de Deus e as demais nações (Ex.34:12-16).
- Por isso, o profeta Malaquias começa sua mensagem lembrando que havia um concerto, uma aliança entre 
Deus e Israel, segundo a qual Deus era o Pai dos israelitas e não poderia haver outro. Os casamentos mistos 
ocasionavam a mistura da semente santa com os povos das terras, o que levou os judeus a se misturarem com 
as abominações dos gentios (Ed.9:1,2).
- Os casamentos mistos representam a entrada do que não é agradável a Deus, do que Deus abomina no 
lar, na família, impedindo, assim, que a família seja o ambiente propício para a realização do propósito divino 
para o homem. Os casamentos mistos formam famílias que não são santas, que não podem, portanto, servir e 
adorar ao Senhor, que impedem que o objetivo divino para a família se cumpra, que o homem possa fazer a 
vontade do Senhor.
- Nos dias hodiernos, não é diferente. O apóstolo Paulo mostra, com toda clareza, que não pode haver jugo 
desigual, que não há comunhão entre a luz e as trevas, de forma que não há como se permitirem casamentos 
mistos no povo de Deus (II Co.6:14-18).
- Se não atentarmos para o preceito bíblico de nossa separação do pecado e das abominações dos que não têm 
compromisso com Deus, de forma alguma poderemos ter a Deus como Pai, estaremos a violar o concerto que Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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assumimos com o Senhor e a colocar em sério e grave risco a nossa própria salvação, já que, como já 
estudamos na lição referente ao livro do profeta Ageu, o santo não santifica outrem, mas o imundo torna o 
outro imundo (Ag.2:12,13).
- A mistura entre o santo e o profano sempre resulta em profanação, ou seja, o santo torna-se profano, 
mas o contrário não se efetiva. Ninguém pega saúde de outrem, mas muitos pegam doenças dos outros. O 
pecado, o mau contagia, mas a santidade, não. Por isso, sempre que um santo se mistura com o profano, a 
tendência é de que haja profanação. Cuidado, amados irmãos! Precisamos nos manter separados do mundo, do 
pecado e do mal!
- Não é por outro motivo que a Bíblia, ao se referir ao casamento de Acabe com Jezabel, denomina este 
casamento misto de algo pior do que a idolatria dos bezerros de ouro, o chamado “pecado de Jeroboão”. E, 
como resultado deste casamento misto, a Bíblia mostra que, em pouco tempo, o culto a Baal já praticamente 
destruíra o culto ao verdadeiro e único Deus (I Rs.16:31-33).
- Muitos, no entanto, na atualidade, estão a proceder como os judeus dos dias de Malaquias, pouco se 
importando se a pessoa desejada é, ou não, um genuíno e autêntico servo(a) do Senhor. Não vislumbram o 
caráter sagrado da família e, assim, casam-se sem observar que um casamento misto é demonstração de 
deslealdade para com o Senhor. Sejamos prudentes ao escolhermos os nossos cônjuges, lembrando, sempre, 
que o casamento é um sinal, um símbolo, uma figura de nosso relacionamento com Deus.
- Malaquias deixa claro que “o Senhor busca uma semente de piedosos; portanto guardai-vos em voso espírito 
e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml.2:15). Esta semente de piedosos exige que 
casemos no Senhor (I Co.7:39), ou seja, de acordo com a Sua vontade, e um dos pontos principais desta 
vontade é que seja com alguém que seja um genuíno servo de Deus, um integrante do Seu povo.
III – OS TRÊS ÚLTIMOS ORÁCULOS DE MALAQUIAS – O ANÚNCIO DA VINDA DO SENHOR, O 
DESPREZO PARA COM OS DÍZIMOS E O DESCUIDO NA OBRA DE DEUS
- Conquanto nosso comentarista tenha se jungido à questão da sacralidade da família, ainda que sucintamente, 
também mencionaremos as três últimas mensagens do profeta Malaquias, que indicam o nível de indiferença 
religiosa que havia no povo judeu nos dias deste que é o último profeta antes do “silêncio profético” de 
quatrocentos anos.
- Após ter apontado a frivolidade da vida familiar dos judeus, o profeta  Malaquias indica que os 
israelitas estavam, também, descrentes do juízo divino. Perguntavam eles: “onde está o Deus do juízo?” 
(Ml.2:17 “in fine”).
- Uma das maiores armadilhas do inimigo de nossas almas é fazer-nos crer de que Deus é inerte, de que a 
demora na execução da ira divina seria uma demonstração de que tal manifestação não virá. É assim que agem 
os escarnecedores e os que vivem em concupiscência, pecadores contumazes, como nos faz lembrar o apóstolo 
Pedro. Hoje em dia, não são poucos os que cristãos se dizem ser que já estão a dizer que “a vinda de Jesus é 
uma utopia” e que nada do que está predito nas Escrituras sobre os últimos tempos ocorrerá (II Pe.3:3,4).
- No entanto, nós temos de ser diferentes, sabendo que Deus, no momento certo, agirá e cumprirá a Sua 
Palavra e os que não creram nela sofrerão as duras consequências de sua incredulidade. Malaquias, 
respondendo àqueles que diziam que Deus não agiria, diz que o Senhor viria, mas, antes d’Ele, viria um 
mensageiro, que prepararia o Seu caminho (Ml.3:1).
- O profeta, também, diz que, quando o Senhor viesse, viria para purificar e afinar os filhos de Levi assim 
como se afina e se purifica a prata, dizendo que não seria fácil suportar o dia da vinda do Senhor, pois viria 
Ele como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros (Ml.3:1,2).Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- Somente depois desta obra de purificação, os sacrifícios e ofertas de Judá e de Jerusalém voltariam a ser 
aceitáveis diante do Senhor, Senhor que seria testemunha veloz contra os feiticeiros, os adúlteros, os que 
juram falsamente, os que defraudam o jornaleiro, os que pervertem o direito da viúva, do órfão e do 
estrangeiro, enfim, os que não temem ao Senhor (Ml.3:5).
- Aqui, mais uma vez, vemos uma profecia a respeito do “dia do Senhor”, do dia do acerto de  contas com o 
nosso Deus, em que os que viveram pecando deverão ser alvo da ira divina. Será que temos temido ao Senhor? 
Será que O temos respeitado? Será que Lhe obedecemos? Ou seremos alvo desta “testemunha veloz” que Se 
levantará contra todos os pecadores impenitentes? Arrependamo-nos enquanto é tempo, amados irmãos!
- O profeta lembra que Deus é imutável e que, somente por isso, o povo de Israel não tinha sido consumido 
(Ml.3:6), pois havia um compromisso da parte do Senhor de torná-los reino sacerdotal e povo santo. 
Lembremos disto, amados irmãos, pois não passamos do zambujeiro que foi enxertado na oliveira (Rm.11:19-
25).
- A quinta mensagem de Malaquias é uma das suas mensagens mais conhecidas, atinente ao desprezo que os 
judeus estavam dando aos dízimos. Em mais uma demonstração da indiferença reinante no meio do povo, 
Israel não estava trazendo os dízimos à casa do tesouro, fazendo com que faltasse mantimento na casa do 
Senhor.
- O profeta, então, lembra aos judeus que tudo pertencia ao Senhor e que o fato de eles não entregarem nos 
dízimos fazia deles ladrões, visto que se apropriavam daquilo que não lhes pertencia, mas, sim, a Deus.
- O Senhor lembra-lhes que tinha o compromisso assumido no monte Sinai e, depois, nos montes Ebal e 
Gerizim, de dar o devido sustento ao povo de Israel na terra de Canaã para que eles pudessem cumprir a sua 
missão de ser reino sacerdotal e povo santo para todos os povos, mas que isto dependia da fidelidade que 
Israel tivesse na entrega dos dízimos, precisamente para sustento da tribo de Levi, que efetuava o serviço 
sacerdotal. Somente assim teriam os israelitas abundância material.
- Em nossos dias, não é diferente. Devemos, também, contribuir para que haja os necessários recursos 
materiais para a manutenção da obra de Deus, até porque estamos neste mundo para pregar o Evangelho e 
fazer com que todos glorifiquem o nome do Senhor. Quem não contribui financeiramente para a obra do 
Senhor, está sendo indiferente com as coisas de Deus e, deste modo, cai, também, na maldição divina, pois tal 
comportamento reflete a mesma indiferença com que se oferece pão imundo ou se considera desprezível a 
mesa do Senhor.
- A sexta mensagem do profeta diz respeito ao  descuido no serviço do Senhor. Os judeus dos dias de 
Malaquias achavam que não havia qualquer benefício em servir ao Senhor, visto que os soberbos e os ímpios 
tinham prosperidade material sem que, para tanto, tivesse de trabalhar para Deus (Ml.3:14,15).
- Para quem pensava desta maneira, o profeta traz uma mensagem da parte de Deus em que o Senhor lembra 
que havia um memorial diante d’Ele e que, no final, veremos a diferença entre quem serve a Deus e quem não 
O serve, sendo certo que os tementes a Deus são seu “particular tesouro”, ou seja, estão escondidos em Deus, 
não sofrerão a Sua ira (Ml.3:16-18), como, aliás, vimos no livro do profeta Sofonias (Sf.2:3).
- Esta mesma realidade é a daquele que serve ao Senhor na atual dispensação. Temos a nossa vida escondida 
com Cristo em Deus (Cl.3:33) e, por isso mesmo, pensamos nas coisas que são de cima, estamos mortos para o 
mundo e nada dele pode nos atrair (Cl.3:1,2).
- Os judeus dos dias de Malaquias tinham perdido a visão do espiritual, do que estava além do material. 
Viam a prosperidade material dos soberbos e dos ímpios e os  consideravam “bem-aventurados”, como se a 
vida se reduzisse apenas ao aspecto material, à dimensão desta Terra. O profeta, porém, lembrava-lhes que há Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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algo além desta dimensão e que ali se verá a diferença que existe entre o justo e o ímpio, entre quem serve a 
Deus e quem não O serve.
- Qual tem sido a nossa visão, amados irmãos? Será que estamos a contemplar a cidade celeste que nos 
aguarda, ou temos preferido correr atrás das coisas desta vida? Se não temos a visão do espiritual, realmente 
será “inútil servir a Deus”, visto que o galardão, a recompensa que nos aguarda não se encontra neste mundo, 
mas está com o Senhor Jesus (Ap.22:12).
- O profeta, então, lembra, mais uma vez, a respeito do “dia do Senhor”, “aquele dia [que] vem ardendo 
como forno; todos os soberbos e todos que cometem impiedade serão como palha e o dia que está para vir os 
abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Ml.4:1).
- Este mesmo dia, porém, para os que temem ao Senhor, será o dia do nascimento do sol da justiça “e salvação 
trará debaixo das suas asas, e saireis, e crescereis com os bezerros do cevadouro, e pisareis os ímpios, por que 
se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que farei, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml.4:2,3).
- Antes do grande e terrível dia do Senhor, o Senhor promete mandar o profeta Elias, que converteria o 
coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que o Senhor venha e não fira a terra com 
maldição (Ml.4:5,6). 
- Nesta promessa do Senhor feita pelo profeta, temos, mais uma vez, e terminando mais um livro de profeta 
menor, a promessa da restauração de Israel, restauração que se daria pela recuperação da família, pois se fala 
em pais e filhos, a observar que a renovação espiritual não se faria sem a restauração da família, que estava, 
como vimos, completamente desmantelada nos dias de Malaquias.
- A vinda do profeta Elias, o mensageiro que já fora anunciado no quarto oráculo do profeta (Ml.3:1), foi 
confirmada pelo Senhor Jesus como tendo sido a vinda de João Batista, que levou o povo ao arrependimento 
antes da primeira vinda do Messias (Mt.17:12; Mc.9:13). No entanto, como vaticinado, o fato é que o povo 
não suportou a mensagem de Cristo Jesus, tendo-a rejeitado (Jo.1:11;  5:43), motivo pelo qual sofrerão 
terrivelmente antes de se converterem (Ml.3:2,3), o que se dará durante a Grande Tribulação.
- Alguns estudiosos, inclusive, entendem que esta profecia da vinda prévia de Elias se concretizará por 
completo quando da vinda das duas testemunhas durante a Grande Tribulação (Ap.11:1-14), que prepararão o 
caminho para que Israel, ao término da Grande Tribulação, possa se converter ao Senhor Jesus na iminência da 
batalha do Armagedom.
- Aos impenitentes, aqueles que não se recordassem do compromisso assumido com Deus no monte Sinai 
(Ml.4:4), sofrerão a maldição divina. Que possamos, antes, nos converter, ouvir a Palavra de Deus, a fim de 
que não tenhamos este fim. Se hoje ouvirmos a voz do Senhor, não endureçamos os nossos corações para que 
não venhamos a ser alvos da ira divina.
- Qual é a nossa situação? Temos sido leais para com o Senhor? A lealdade com Deus exige não só o cuidado 
com a obra do Senhor, não só o cuidado com a entrega de recursos materiais ao Senhor, não só a pureza e 
santidade no culto a Deus, mas também uma vida familiar consonante com as Escrituras Sagradas. Será que 
estamos habilitados para escapar da ira de Deus? Que a nossa resposta seja afirmativa.
- Terminamos mais um ano letivo da Escola Bíblica Dominical. Que tenhamos podido não só aprender mas 
pôr em prática tudo quanto aprendemos neste ano e que, assim, tenhamos crescido na graça e no conhecimento 
de Cristo Jesus. Feliz 2013!
Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Caramuru Afonso Francisco
fonte portal ebd