Lição 7 - A vinha de Nabote I


1º Trim. 2013 - Lição 7 - A vinha de Nabote I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013
ELIAS E ELISEU - Um ministério de poder para toda a Igreja
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


                                                                                             
                                                                               

LIÇÃO Nº 7 – A VINHA DE NABOTE
                                               O episódio da vinha de Nabote traz a Elias a resposta divina sobre o destino de Jezabel.

INTRODUÇÃO
- Na sequência de estudos sobre o ministério do profeta Elias, estudaremos hoje o episódio da tomada por Acabe e Jezabel da vinha de Nabote.
No episódio da vinha de Nabote, Deus dá ao profeta Elias a resposta às suas indagações sobre Jezabel.
I – A DIGRESSÃO DA NARRATIVA BÍBLICA EM I REIS
- Deixamos o profeta Elias revigorado espiritualmente, depois de sua experiência no monte Horebe, na lição 5, antes de fazermos o retrocesso cronológico da lição 6. Agora, retomaremos “o fio da meada”.
Elias, após seu revigoramento espiritual, partiu em busca de Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá (I Rs.19:17), iniciando, assim, os preparativos para a sua própria sucessão. Entendia que tinha algo a fazer ainda para o Senhor, deixando de lado as suas preocupações excessivas com a mantença de Jezabel no trono e de sua nefasta influência sobre o povo de Deus.
- O Senhor, porém, não havia se esquecido desta indagação do profeta, decorrente de seu justo e dedicado zelo pela manutenção do culto ao Senhor no meio do povo de Israel, e, por isso, a partir do instante em que o profeta se dispôs a retomar a obra que lhe fora confiada, tratou de, com fatos, mostrar ao profeta que daria, sim, um jeito na situação existente, ou seja, da manutenção de Jezabel como a verdadeira governante de Israel apesar da derrota dos profetas de Baal e de Asera.
- A narrativa bíblica segue uma trajetória que parece, mesmo, que Deus havia Se esquecido de que Jezabel não havia sido destronada e que, com isso, a idolatria continuava a imperar sobre Israel, apesar da contundente vitória do Senhor no monte Carmelo.
- Esta sequência da narrativa bíblica é mais uma preciosa lição que temos de que o nosso tempo não é o tempo de Deus, de que o Senhor faz tudo o que é necessário no tempo certo. Não é à toa que, se valendo da existência de duas palavras para tempo em grego, os estudiosos das Escrituras costumem dizer que o “tempo de Deus” é o “kairós” (καιρός), como se vê em Lc.21:36, enquanto que o “tempo do homem” é o “kronos” (κρονος), o tempo medido por anos, meses, dias, horas, minutos e segundos.
- Deus bem sabia que jamais poderia haver restabelecimento espiritual do povo de Israel enquanto Jezabel e a casa de Acabe permanecessem no trono e, como já dissera a Elias, já estava a providenciar a mudança de governo em Israel, visto que uma das tarefas destinadas ao profeta seria a unção de um novo rei, a saber, Jeú, filho de Ninsi (I Rs.19:16). No entanto, para que isto fosse feito, decorreria ainda um tempo.
- O profeta Elias bem entendeu a lição e partiu para cuidar daquilo que era prioritário, ou seja, a formação de seu sucessor, Eliseu. Sabia que a erradicação da idolatria e do culto a Baal ainda demandaria um tempo e era fundamental que, para tanto, estivesse bem preparado o novo profeta.
- Temos tido esta mesma mentalidade do profeta Elias? Sabemos que estamos no final da dispensação da graça, que Jesus está às portas, que breve virá o juízo sobre o mundo impenitente. Mas, a exemplo de Elias, temos dado prioridade às coisas de Deus, à obra do Senhor? Observemos que o profeta sabia que teria um sucessor e, mesmo assim, tratou de fazer o que se espera dele, ou seja, a preparação deste sucessor. E nós, que parece sermos a última geração desta dispensação, temos “arregaçado as mangas” e feito a obra do Senhor? Ou estamos, ainda, dentro da caverna, achando que nada temos mais que fazer para Deus? Pensemos nisto!
- Após o texto bíblico dizer que se iniciou o discipulado de Eliseu por Elias, muda totalmente o foco do embate entre a casa de Acabe e o Senhor.Sobreveio uma guerra entre Acabe e o rei da Síria, Bene-Hadade, guerra na qual um profeta é levantado pelo Senhor para ajudar Acabe, que saiu vitorioso do conflito (I Rs.20:1-30)
- Desta maneira, o Senhor mostrava, uma vez mais, a sua superioridade sobre todas as nações, o Seu absoluto controle sobre todas as coisas, mas, apesar disto, uma vez tendo vencido o inimigo, Acabe se alia a ele, fazendo paz com a Síria (I Rs.20:31-34) e demonstrando que se mantinha, apesar de tudo o que ocorria, debaixo dos “estatutos de Onri”(Mq.6:16), o seu pai, que, como já vimos na lição 1, prezava por fazer alianças com os outros povos, mesmo que isto significasse o prejuízo espiritual do povo e o descumprimento da aliança firmada com Deus no monte Sinai.
- Esta digressão da narrativa não se trata, pois, de uma genuína digressão motivada por circunstâncias histórico-cronológicas. A guerra com a Síria foi mais uma oportunidade que Deus deu a Acabe para que se convertesse, para que, diante da demonstração da majestade divina, da soberania do Senhor sobre as falsas divindades, tomasse uma resoluta atitude de servir ao Senhor. Entretanto, em mais esta chance que se lhe deu,Acabe preferiu seguir os tortuosos caminhos de seu pai e de se manter em uma atitude de rebeldia contra o Senhor.