Lição 8 - O legado de Elias I


1º Trim. 2013 - Lição 8 - O legado de Elias I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013
ELIAS E ELISEU - Um ministério de poder para toda a Igreja
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


                                                                                              




LIÇÃO Nº 8 – O LEGADO DE ELIAS
                                               Elias foi instado por Deus a providenciar a continuidade de seu ministério após a sua saída deste mundo.
                                      
INTRODUÇÃO
- Na sequência de estudos sobre os ministérios de Elias e de Eliseu, veremos o trabalho do profeta Elias para a continuidade do ministério após a sua partida.
Todo servo de Deus deve se preocupar na continuidade da obra do Senhor após a sua partida desta Terra.
I – ELIAS FOI CONSCIENTIZADO POR DEUS A RESPEITO DA CONTINUIDADE DA OBRA DO SENHOR
- Na sequência do estudo dos ministérios dos profetas Elias e Eliseu, estudaremos hoje o “legado de Elias”, ou seja, o trabalho que Elias fez para que a obra do Senhor tivesse sua continuidade após a sua partida deste mundo. Como afirma o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa,“legado” é “o que é transmitido às gerações que se seguem”. Elias foi conscientizado pelo Senhor de que sua obra de manter a identidade de Israel como povo de Deus não se esgotaria com ele, mas deveria ter continuidade.
- Ao longo do trimestre, temos visto que o profeta Elias era extremamente zeloso com a Palavra de Deus, que se angustiou a tal ponto com a apostasia generalizada vivida por seu povo que pediu ao Senhor que se permitisse não chovesse, tendo sido atendido pelo Senhor (Tg.5:17).
- Este zelo fez com que o profeta, depois de devidamente experimentado pelo Senhor, voltasse a se apresentar ao rei Acabe e fizesse o desafio com os profetas de Baal e de Asera, de tal maneira que Deus atendeu à sua oração e fez com que fogo do céu descesse a fim de demonstrar a Israel que só Ele era o Senhor.
- Ainda neste zelo, o profeta, então, saindo da direção de Deus, correu até Jizreel, esperando o destronar de Jezabel e, decepcionado, caiu em depressão, tendo, porém, o Senhor o levantado, como tivemos ocasião de estudar na lição 5.
No monte Horebe, “o monte de Deus” (Ex.3:1), local onde Deus Se manifestara a Moisés para iniciar a libertação do povo (Ex.3) e, também, o local onde o povo firmou com Deus o compromisso de servi-l’O e de ser Seu reino sacerdotal e povo santo (Ex.19,20), Elias aprendeu a importante lição de vencer o seu “eu” e de entender que a obra de Deus não se faz solitariamente, como ele tinha achado até então.
- Conforme já vimos na lição 5, o profeta estava equivocado ao achar que somente ele servia ao Senhor naquele tempo. Esquecera-se de que Obadias, o mordomo do rei Acabe (e ele próprio um servo do Senhor – I Rs.18:3), noticiara a existência de pelo menos cem profetas do Senhor que haviam escapado das mãos de Jezabel (I Rs.18:13), a indicar, portanto, que não estava sozinho, como entendia e, por duas vezes, assim declarou a Deus (I Rs.19:10,14).
- Elias tinha de ter aquela experiência da decepção com a expectativa frustrada do destronar de Jezabel para que aprendesse algumas lições importantíssimas da parte do Senhor, absolutamente necessárias para quem tinha alcançado a estatura espiritual que o profeta alcançara com as experiências tidas durante o longo período da seca.
- A primeira lição que Elias tinha de aprender é a de que Deus efetua a Sua obra segundo os Seus desígnios e não segundo o pensamento do homem, ainda que seja o homem escolhido por Deus para ser o protagonista na Sua obra.
- Elias havia pedido a Deus que não chovesse para que o povo de Israel reconhecesse que só o Senhor era Deus e não, Baal. O Senhor consentiu com aquele pedido e houve a longa seca sobre a Terra. Todavia, o fato de Deus ter consentido com o pedido do profeta não significava que deveria fazer as coisas como o profeta imaginava.
- Eis um grande erro que, até hoje, os servos do Senhor cometem, qual seja, o de acharem que Deus está submetido a nossa lógica, ao nosso modo de pensar e de agir. Ainda que Deus consinta com aquilo que pedimos ou pensamos, jamais achemos que conseguimos reduzir Deus a nossos parâmetros, ilusão que tem sido intensificada no meio do povo de Deus em virtude dos falsos conceitos da teologia da confissão positiva.
- Deus é o Senhor, nós, os seus servos; Deus manda e determina, nós confiamos e obedecemos. A longa seca não serviu apenas para que Israel se desse conta de que só o Senhor era Deus, mas também serviu para que o profeta experimentasse a soberania divina, vivesse integralmente na dependência do Senhor.
- Depois do fim da longa seca e da vinda da chuva, Elias achava, dentro de seu conceito, que o culto a Baal seria totalmente exterminado, mas o Senhor, que conhecia bem os corações, algo que o profeta não tinha condições de conhecer (I Sm.16:7), sabia muito bem que só o sinal do fogo do céu bem como a vinda da chuva eram insuficientes para a promoção da restauração espiritual de Israel.