Lição 5 - As virtudes dos salvos em Cristo I

3º Trim. 2013 - Lição 5 - As virtudes dos salvos em Cristo I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013
FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
COMENTARISTA: ELIENAI CABRAL
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP




ESBOÇO Nº 5
LIÇÃO Nº 5 – AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
                                               O salvo deve ser inculpável no meio de uma geração corrompida e perversa.
INTRODUÇÃO
- Após ter mostrado o exemplo de todo cristão, que é a pessoa de Jesus Cristo, Paulo mostra aos filipenses que devem ser inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa.
O cristão não deve “fazer diferença”, mas, sim, ser diferente dos homens sem salvação.
I – O CRISTÃO DEVE SER UMA PESSOA VIRTUOSA
- Depois de ter mostrado como exemplo a pessoa de Jesus Cristo para os crentes de Filipos, o apóstolo Paulo, como em uma transição para a chamada “parte prática” de sua carta (o que desmonta o argumento de que a epístola aos filipenses seria uma reunião aleatória de várias cartas que Paulo escrevera para os crentes de Filipos), após ter descrito qual era o sentimento que havia em Jesus e que deveria estar em cada cristão, começa a minudenciar o que esperava ver naqueles crentes quando, uma vez mais, retornasse a Filipos, depois da sua libertação que já lhe fora revelada pelo Espírito Santo.
- Neste segmento de sua carta, em que descreve quais as qualidades que aguardava ver na vida de cada um dos membros da igreja em Filipos, o ilustre comentarista e o Setor de Educação Cristã da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) viram aqui as “virtudes dos salvos em Cristo”.
- Ante esta constatação, devemos, pois, perscrutar o que significa “virtude”. “…Virtude (latim: virtus; em grego: ἀρετή) é uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação.Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o hábito.…” (Virtude. In: WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Virtude  Acesso em 28 maio 2013).
- A definição de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), este grande filósofo grego, revela-nos algo importante, qual seja, a de que a virtude é uma “disposição adquirida de fazer o bem”, ou seja, não é algo que tenha nascido com a pessoa, mas que se agrega à personalidade dela consoante a convivência com as demais pessoas.
- Gregório de Nissa (330-395), um dos chamados Pais da Igreja, ou seja, aqueles grandes nomes da Igreja em seus primeiros séculos depois da era apostólica, “…a virtude é ‘uma disposição habitual e firme para fazer o bem’, sendo o fim de uma vida virtuosa tornar-se semelhante a Deus…”.
- Quando vemos este entendimento cristão a respeito do que é a virtude, notamos que a virtude, para o ser humano, vai além de uma perspectiva meramente humana, é mais do que um simples conviver voltado para o bem neste mundo, mas representa uma força que nos impele a nos assemelharmos cada dia com o Senhor, de buscarmos a perfeição, o que somente pode advir a partir da obtenção da santidade.
- Não é por outro motivo que verificamos nas Escrituras Sagradas que a vida virtuosa deve se iniciar com a salvação na pessoa de Jesus Cristo, pois, enquanto não temos a salvação, não podemos nos libertar da nossa natureza pecaminosa e decaída, que herdamos de Adão (Gn.5:3).
- Dominados por esta natureza pecaminosa, que a Bíblia denomina de “carne” (em grego, “sarx” - σάρξ), o homem, ainda que queira fazer o bem, não consegue fazê-lo (Rm.7:14-24), pois se encontra sob o domínio do pecado, escravizado por ele (Gn.4:7; Jo.8:34).