ADOLESCENTES - Lição 6: Abaixo a violência


3º Trim. 2013 - ADOLESCENTES - Lição 6: Abaixo a violência
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2013
Tema: A vida em sociedade
Comentarista: Esdras Costa Bentho


LIÇÃO 6 – ABAIXO A VIOLÊNCIA


Ao Mestre
Amado (a), todos sabemos, mas sempre é bom relembrar.

O preparo do professor:
·         Espiritual: (1 Pe 3.15; Ed 7.10) é ser cheio, controlado e motivado pelo Espírito Santo de Deus (1 Co 2.15; Gl 6.1).
·         Intelectual (cultura geral).
·         Social (apresentação pessoal).
·         Físico (estado saudável)
   
        Os homens a quem Deus tem usado, passaram por uma fase de preparo:
        Moisés, Daniel e seus companheiros, o apostolo Paulo, todos passaram por uma fase de
        preparo.
        O professor precisa saber o que vai fazer – Jesus sabia “o que ia fazer” (Jo 6.6).
        Um aluno que quiser aprender de fato, não terá desejo de voltar a uma classe para ouvir um
        professor dizer coisas que ele sabe que está errado.
        Devemos ter em mente, o cumprimento de nossos deveres como professor (Sl 101.6;
        1 Co 4.2).
       
        E, não somente ser fiel, mas disciplinado, e ter:
·         Paciênciaé o mesmo que longanimidade, é o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
·         Dedicação é o serviço feito da melhor maneira – Ec 9.10; é zelo com entendimento – Rm 10.2; e há uma maldição para o que não fizer assim – Jr 48.10ª.
·         Pontualidadeé chegar na hora, começar na hora e terminar na hora.

Ser professor (a) de EBD é andar lado à lado com o pastor da igreja, esmeremos-nos no ministerio que Deus nos confiou.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Viver pacificamente, lembrando que a Bíblia nos ensina a ter paz com todos; entender que é nosso dever orar por aqueles que nos odeiam e perseguem.


Para refletir
“Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas, louvor.”(Is 60.18 – ARC).

A ordem do Reino de Deus está em pleno contraste com a desordem dos governos humanos, cujas violências e injustiças impostam tem sido uma constante. Mas chegará o dia em que a paz será instaurada, a justiça e a equidade serão notórias no período do Milênio.


Texto Bíblico em estudo: Gn 4.5-8; Mt 5.43-48.


Introdução
Na Bíblia vemos a Paz ser descrita sob vários aspectos tanto no sentido interno como externo:
a Paz entre os homens; a Paz de Deus; a Paz entre Deus e a Humanidade; Paz interior.

Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação.
Derivada do latimPax = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo; a nossa saudação cristã: A paz do Senhor)

A palavra “Paz” possui alguns significados que se expressam em nossa vida de forma externa e interna, no âmbito material e espiritual.
Ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranqüilidade pública; concórdia.
Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento, harmonia.
Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego.
Situação de um país que não está em guerra com outro.
Restabelecimento de relações amigáveis entre países beligerantes; cessação de hostilidades.
Tratado de paz.
Ausência de agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego.

Como cristãos devemos procurar promover a paz, pois esta é a vontade de Deus, o Senhor Jesus afirmou no Sermão do Monte:
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5:9).


Lameque
A Bíblia fala de um homem que nunca deixava barato qualquer ofensa que recebesse voluntária ou involuntária. Ele inaugurou o comportamento que ficaria conhecido como lei do talião, aquela do “dente por dente”, “olho por olho”. Seu nome era Lameque (Gn 4.18-24).

“E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Sete vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete.”(Gn 4.23-24)

Terrível este Lameque!
Quem lhe machucou foi punido com a morte. Alguém que, talvez involuntariamente, lhe pisou no seu pé pagou com a própria vida. Seu padrão era não permitir que o estilo de vida de Caim fosse esquecido. Lameque tinha orgulho de ser como seu ancestral, considerando-se uma pessoa justa, que fazia o bem a quem lhe fazia bem, mas trazia o mal a quem lhe trazia o mal. O retrato bíblico de Lameque é o retrato da natureza humana.

Se alguém é simpático conosco, somos simpáticos com ele. Se alguém é generoso conosco, procuramos uma forma de retribuir. Se alguém nos cumprimenta, nós os cumprimentamos. Não somos tão maus como Lameque. Sempre retribuímos na mesma medida, não com o excesso dessa exagerada personagem bíblica.

Mas não é assim que a Bíblia nos ensina:
“Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal. Pelo contrário, procurem em todas as ocasiões fazer o bem uns aos outros e também aos que não são irmãos na fé.” (1Ts 5.15 – NTLH).

Jesus ensinando aos discípulos disse:
“... Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.”( Mt 4.44,45 – ARC).
Através da Bíblia somos orientados a não brigar com ninguém, mesmo se estivermos sendo injustiçados e jamais desejemos vingar-nos.

O padrão desejado por Jesus é que nós (todos os cristãos) renunciemos o “eu”, e amamos nosso próximo, amar ao próximo como a nós mesmo, é fruto do Amor de Deus me nosso ser. É mostramos que estamos em Deus.
É a oportunidade que temos de testemunhar com os próprios atos, diante de amigos e inimigos que temos compromisso com Cristo, e que estamos levando nossa “cruz” após Ele.


Deus condena a Violência 
A maioria de nós é adepta da indiferença pacífica. Jesus pregou a resistência pacífica ao mal, quando pediu que oferecêssemos o outro lado do rosto à bofetada (Mt 5.39).
Nós inventamos a indiferença pacífica, ou seja, se Fulano não é simpático comigo, não serei simpático com ele e nada lhe fico devendo. Se Beltrano não pergunta o meu nome, também não pergunto o seu e estamos quites. Se Sicrano não me sorri, não sou eu lhe que vou abrir os dentes, para, talvez, receber uma cara feia de volta.
Se vivemos assim, precisamos ser incomodados pelo Espírito Santo, porque a indiferença não vem de Deus.
Quando lemos Lucas 10.25-47, a parábola do Samaritano, vemos que aqueles homens evitaram a calçada em que se debatia o homem ferido na estrada, certamente não foram repreendidos pelos seus amigos, pois tinham feito como todo mundo faz.

Quanto a nós, somos capazes de os condenar e, ao mesmo tempo, de agir como eles agiram, talvez esquecidos que eles foram indiferentes, pacificamente indiferentes, para tristeza de Jesus.
Podemos ser indiferentes e nos achar cristãos, quando o somos pela metade, porque somos apenas meio-cristãos quando a mensagem completa do Evangelho não nos está incomodando. Somos meio-cristãos quando vivemos do Cristianismo apenas a parte fácil.
Então, quando lemos a lista paulina do fruto do Espírito (Gl 5.22), não podemos nos acomodar à indiferença pacífica, pois ali se descreve como deve viver um cristão, desabrochando em:
  • Amor
  • Alegria
  • Paz
  • Longaminidade (paciência)
  • Benignidade
  • Bondade
  • Mansidão
  • Temperança (domínio próprio)

A benignidade é uma dimensão do fruto do Espírito que não pode faltar ao cristão.
Não é fácil conceituar o que é a benignidade, palavra que aparece (ela e suas variantes) 42 vezes na Bíblia. Na pena de Paulo, é uma palavra específica diferente de misericórdia e de bondade.
Benignidade é a virtude que uma pessoa tem de fazer com que os outros se sintam à vontade em sua presença. Ela também se caracteriza pelo esforço demonstrado por alguém para evitar que algum mal venha sobre os outros.
Quando temos o Espírito Santo frutificando em nós, podemos alcançar duas dimensões essenciais, mas não únicas, da benignidade, uma no domínio do sentimento e outra no território do tratamento.
1. Benignidade de sentimento é empatia, que é o interesse que alguém tem em sentir o que seu próximo sente. Se o outro chora, o benigno chora. Se o outro ri, o benigno ri. Se o outro está angustiado, o benigno se angustia. Assim, em lugar de "não estar nem aí" pelo outro, o benigno se interessa não só pelas necessidades do outro, mas pelos seus sentimentos. Benigno, portanto, é aquele que se interessa pelos sentimentos dos outros.
Numa cultura que venera a privacidade, não é fácil pôr em prática a benignidade empática. Os gestos nesta direção sempre parecem uma invasão. Por isto mesmo é que precisamos prestar atenção no outro que, às vezes, nos manda secretamente pedidos de socorro. As mensagens secretam do seu próximo também interessam a quem é benigno, cujo prazer é apoiar o outro, mesmo que sejam pessoas que são hostis a nós, aí está a oportunidade de fazer com que eles conheçam o amor de Deus que está derramado em nosso coração.
2. Se a empatia é difícil, a benignidade de tratamento é mais acessível, embora não necessariamente mais fácil. Estamos falando da simpatia, que tem a ver com o desejo de se relacionar, e com todos os esforços decorrentes deste desejo. Simpatia tem a ver com polidez, calor, aplauso, sorriso.
Polidez é cumprimentar o outro, procurando tornar a convivência agradável, de modo que, num encontro, ninguém precise fazer "cara de elevador". Benignidade tem a ver com receptividade ao gesto do outro. Se alguém vem em sua direção, corresponda educadamente. Mais que polida, a benignidade é calorosa, na iniciativa de cumprimentar, procurar e abraçar, e na retribuição do cumprimento, da procura e do abraço.

Simpatia tem a ver a com o sorriso, este perfume que se vê. Há o sorriso que toma a iniciativa, mesmo sem saber qual será a resposta. Há o sorriso que responde o sorriso do outro. Quando dois rostos se abrem em sorrisos, um para o outro, a conversa flui melhor, a comunicação acontece, os relacionamentos se tornam possíveis.
Para que esta cara fechada?
Para que esta "cara de bad boy"?
Para que esta cara de "poucos amigos"?

Pratiquemos a benignidade do sorriso, que faz bem a outro e a nós também.
Deixe de ser grosso, para ser macio; deixe de ser amargo, para ser doce com os outros, mesmo que não haja platéia e nem uma câmera não esteja filmando. Mesmo quando tiver que ser firme diante da injustiça, não perca a ternura.
Os relacionamentos cheios de benignidade são mais uma ação do Espírito Santo em nós e por intermédio de nós.
Poderíamos resumir o que vimos dizendo, afirmando que ser benigno é tratar os outros como Deus nos trata. É olhar para os outros como Deus os olha.
Uma pessoa benigna jamais cometerá ato de violência contra alguém.


Conclusão
Deus não deseja que “seus filhos” sejam maus, sem afeto, sem piedade.
Deus não quer que pratiquemos violência, seja em palavra, gestos ou ações.
Deus não deseja que os homens façam guerras, que briguem, que maltratem à outros.

É por essa razão que a Bíblia nos ensina que o melhor caminho é “viver em paz com todos”, é sempre fazer o bem ao próximo, mesmo que ele seja nosso inimigo.
Então... fujamos das brigas, das discussões, mostremos-nos como filhos de Deus, como Jesus nos afirmou em Mateus 5:9:  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
Agindo assim você estará mostrando que não dá lugar à raiva e que conflitos com outras pessoas não fazem parte de sua vida – você é pacificador, é filho de Deus.



DINÂMICA
LIÇÃO 6 – ABAIXO A VIOLÊNCIA
Amar ao Próximo.
Material: papel, lápis.
Desenvolvimento: 
Divida a turma em grupos ou times opostos.
Sugira preparar uma gincana ou concurso, em que cada grupo vai pensar em 5 perguntas e 1 tarefa para o outro grupo executar.

Deixe cerca de 15 minutos, para que cada grupo prepare as perguntas e tarefas para o outro grupo.
Após este tempo, veja se todos terminaram e diga que na verdade, as tarefas e perguntas serão executadas pelo mesmo grupo que as preparou.
Observe as reações. Peça que formem um círculo e proponha que conversem sobre:
Se você soubesse que o seu próprio grupo responderia às perguntas, as teria feito mais fáceis?
E a tarefa? Vocês dedicaram tempo a escolher a mais difícil de realizar?
Como isso se parece ou difere do mandamento de Jesus? "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".
Aplicação:
Como nos comportamos no nosso dia a dia?
Se assim fazemos com aqueles que chamamos amigos, o que não desejamos aos que são considerados “não amigos”?

Será que estamos como Lameque? - Os que chamamos “não amigos” pode ser que nada fizeram de forma premeditada contra nós.
Encerre com uma oração pedindo que a Deus que faça de cada um de nós verdadeiros pacificadores.

Se houver tempo, cumpram as tarefas sugeridas, não numa forma competitiva, mas todos os grupos se ajudando. 

                                                                          (Adaptação)

Colaboração para Portal Escola Dominical  – Profª. Jaciara da Silva.
 fonte  Portal ebd