PRE ADOLESCENTES - Lição 8: Ele pagou a minha vida

3º Trim. 2013 - PRE ADOLESCENTES - Lição 8: Ele pagou a minha vida

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PRÉ-ADOLESCENTES - CPAD

3º Trimestre de 2013

Tema: O Plano da Salvação
Comentarista: Dâmaris Ferreira da Costa

LIÇÃO 8 – ELE PAGOU A MINHA DIVIDA

Objetivos da lição
Fazer os alunos entenderem que Jesus pagou a divida que o homem tinha com Deus
Incentiva-los a evangelizar

Texto em Estudo     Rm 3.22-26, 5.10
Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

Depois de terríveis fatos relatados por Paulo acerca da nossa natureza pecaminosa e do castigo de Deus, ele passa a escrever a forma como podemos ser inocentados, ou seja, crer no Senhor Jesus; para que os pecados sejam apagados, o Senhor perdoa nossas iniqüidades e nos torna justos diante de Deus.

Paulo explica que pela graça Deus nos declara inocentes, quando um juiz declara em um tribunal que o réu é inocente, as acusações são retiradas de todos os registros, legalmente é como se a pessoa nunca houvesse sido acusada.

Cristo nos liberta da escravidão do pecado, na época do Antigo Testamento uma pessoa por conta de sua divida poderia ser vendida como escravo, porem um parente próximo podia redimi-lo comprando a liberdade dela. Assim do mesmo modo o Senhor Jesus compra a nossa liberdade e o preço foi seu próprio sangue.



Introdução
Com a lição 08 estamos encerrando um panorama acerca do plano da salvação; nas lições anteriores estudamos os variados passos para sermos salvos. Nesta lição abordaremos o desfecho da obra de Cristo em favor da humanidade.

As demais lições do trimestre estaremos estudando o homem já salvo, na sua nova vida com Deus; iremos ver os benefícios imediatos e futuros da salvação (lição 9); nossa condição de filhos de Deus; (lição 10) a nova vida na família de Deus (lição 11); o crescimento espiritual (lição 12) e por ultimo a nossa missão como um cristão salvo. (lição 13)

Ao longo das lições deixamos claro que para que haja salvação é necessário que o homem esteja disposto a isto, o que lhe cabe fazer é se arrepender, crer no Senhor para que assim possa experimentar um novo nascimento.
Mas quanto o que o homem não podia fazer, Deus o fez por meio de Jesus, a qual pagou a nossa divida para com Deus. Estávamos condenados e destinados a morte, pois o salário do pecado é a morte. Nesta lição estudaremos a divida paga por Cristo em nosso favor.


I- A divida
Na lição passada havíamos estudado que Deus no jardim do Éden condenou o homem por causa do pecado, com a morte física ele estava para sempre destinado a separação de Deus, não havia um meio pelo qual o homem pudesse escapar dessa sentença, era algo inevitável.
O homem passou a ter uma natureza pecaminosa a qual não poderia atender a justiça de Deus, que veio por meio dos mandamentos; assim vivendo no pecado o homem não conseguia obedecer as leis de Deus.

Assim aquilo que o homem não pode fazer; o Senhor fez, ou seja, pagou a divida que tínhamos com Deus, porque a divida era de ordem espiritual. A este processo dentro do plano da salvação chamamos de justificação, ou seja, o Senhor Jesus nos justifica diante de Deus, nossos pecados são perdoados e passamos a ser visto por Deus como não tivéssemos pecado antes, pois toda nossa divida foi paga.
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. (Rm 5.18)

Para entendermos melhor tomemos por analogia o que ocorre nos tribunais, segundo a justiça dos homens.
No tribunal há um juiz que liga o réu, existe uma condenação por ter violado uma lei, a justiça apenas fica satisfeita quando a sentença é cumprida pelo réu, pois não é algo próprio da justiça perdoar um criminoso, somente em caso de morte do réu é que não há mais condenação.

Assim o mesmo ocorre em relação a nós e Deus.
Ele é o juiz, os mandamentos são a Lei, por termos infringido a lei (pecamos) fomos condenados por Ele, a justiça divina fica apenas satisfeita quando a divida for paga, pois Deus não perdoa o pecado.

Assim o Senhor intervem, pois Ele se coloca como advogado em nosso favor:
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. (1Jo 2.1)

Ele se propôs a pagar nossa divida, ou seja, nos substituir na morte, pois esta era a sentença; o salário do pecado é a morte; assim tendo realizado isto em nosso lugar não somos mais condenados, pois Ele cumpria a exigência da Lei, morrendo na cruz do Calvário.
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. (Cl 2.14)


II- Boa noticia
Como firmamos acima, somos justificados por Jesus, pois Ele pagou nossa divida, mas o que é justificação? Verifiquemos com detalhes:

A justificação é o ato instantâneo, completo e definitivo e judicial da parte de Deus ao declarar que o homem pecador que se arrependeu e creu no Senhor Jesus; não mais será punido; mas será considerado como sendo justo.Assim sendo, Deus quando nos olha nos vê como um justo, pois Ele vê o sacrifício de Cristo em nosso favor, pois o Senhor levou os nossos pecados.
Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. (1 Pe 2.24)

A justificação realizada por Deus em nossa vida por meio de Jesus é total, um presidente da república pode até perdoar um criminoso, porém não pode o colocar na mesma posição de um cidadão que nunca tenha cometido um crime. Mas Deus não apenas perdoa o pecado, mas torna o pecador um justo, como se nunca houvesse pecado antes.
Porque serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. (Hb 8.12)

Logo o homem aceite Cristo como seu Salvador, a justiça de Jesus é creditada em seu favor, deste modo justificado do pecado, o homem é absolvido da condenação.
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. (Rm 8.1)

Assim o fundamento da justificação está na justiça de Cristo; Deus atribui esta qualidade de justo ao pecador por meios dos méritos do Senhor, que foi obediente a Deus em tudo, nele não houve pecado algum.
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte e morte de cruz. (Fl 2.8)

II.1- Entendendo o que é justificar;
Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há
em Cristo Jesus(Rm 3.24)

Neste versículo o apostolo Paulo nos informa os meios pela qual a justificação de Deus vem sobre nossa vida, pois é uma dádiva de Deus, a qual não alcançamos por mérito algum, unicamente pela sua graça. Portanto temos de entender afim de não confundirmos o seu significado pois o pecador não foi absolvido:
a) merecidamente; por natureza estávamos destinados à morte, éramos culpados.
b) imerecidamente (declarado como inocente, sem o ser) O Senhor Jesus pagou as nossas
   dividas
c) perdoado, anistiado, receber indulto e uma 2a. chance; Deus não perdoa o pecado, a lei exige 
    o seu cumprimento.

Portanto não podemos entender a justificação conforme citado acima, pois a justificação é um ato realizado por Deus mediante a sua misericórdia. Na justificação esta envolvido:
a) O perdão dos pecados;
b) Restauração da comunhão com Deus.
c) Imputação de justiça

Assim sendo a Justificação não é mera absolvição, ou indulto, ou liberdade condicional, pois o justificado passa a ser considerado amigo de Deus, herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo.
Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo
de Israel, e não a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre? (2Cr 20.7)
E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e
co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também
com ele sejamos glorificados. (Rm 8.17)

II.2- Alcançando a justificação
Já vimos que a justificação dos nossos pecados é uma obra divina e isto não é pelas obras, ou seja, por alguma coisa que façamos, mas é Deus quem realiza mediante alguns fatores.

a) Pela Graça de Deus
Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. (Tt 3.7)
Graça é o favor imerecido de Deus, não merecíamos o perdão, mas Ele nos ama e segundo à Sua misericórdia Deus nos salvou.
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, (Tt 3.5)A justificação tem sua origem no terno coração de Deus: em Suas infinitas  misericórdia e graça

b) Pelo sangue de Cristo
O pecado não podia ser meramente ignorado ou perdoado, mas tinha que ser punido! E o foi pelo derramamento do sangue de Cristo em nosso lugar, como nosso substituto. É somente porque Cristo tomou a punição do nosso pecado sobre seu próprio corpo que Deus pode remir (perdoar) a penalidade. A bíblia afirma que sem derramamento de sangue não há perdão dos pecados.
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos
por ele salvos da ira. (Rm 5.9)

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. (Hb 9.22)


c) Pela fé em Cristo
Está fé necessária para justificação não é a fé natural, mas a fé em Cristo, ou seja, crer na sua Pessoa, na sua Obra conforme descrito nas Escrituras, pois Ele afirma que não outro meio a qual o homem possa ser justificado.
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.  (Gl 2.16)


III- Gratos para sempre
Segundo o dicionário a gratidão é um reconhecimento por um benefício recebido; agradecimento. A Bíblia nos afirma que após a conversão o homem já estando em Cristo sabe reconhecer o que está recebendo de Deus. é neste momento que a gratidão a Deus deve ser exercida. Ainda mais quando se refere a justificação, existem uma serie de fatos que nos levam ser gratos a Deus; vejamos alguns:

a) Razões materiais
Deus é quem nos dá a vida, os alimentos e as necessidades da vida (Mt 6.11)
Desde o jardim do Éden Deus se preocupou com nosso sustento, se por alguma razão isto veio a mudar foi unicamente pela influencia má do pecado, porém Ele tem cuidado de nós nos mínimos detalhes, as Escrituras afirmam que o Senhor faz com sua chuva caia sobre bons e maus.

b) Razões espirituais
Deus enviou seu único filho para morrer em nosso lugar.
A sua Palavra foi revelado a nós de maneira que possamos entende-la

Resumindo, devemos lembrar que Deus é a fonte de todas as coisas boas que recebemos
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. (Tg 1:17)

Ele nos ama e mostra o seu amor em tudo que faz para conosco. Devemos viver constantemente agradecidos ao Senhor, e não fazer como algumas pessoas no mundo que não reconhecem o que Deus faz por eles, pois mesmo distante de Deus, também usufruem das benção divinas, não estamos falando das espirituais propriamente, mas Deus é bom para com todos.

A nossa obediência a Deus reflete a gratidão que temos para com Ele, a Bíblia afirma que somente os que amam a Deus guardam os seus mandamentos. Ser grato a Deus significa fazer a sua vontade, pois o pecador após ser justificado precisa conservar este estado através da santificação.
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, (Tt 2.11,12)

Devemos ainda ser gratos a Deus porque:
a) Deus mostrou seu amor nos salvando
b) temos esperança em Cristo
c) Jesus sacrificou por nós
d) Ele nos purificou para ser seu povo especial
e) Recebemos a renovação do Espírito Santo
f) Jesus nos fez herdeiro de Deus

Por fim podemos ser gratos a Deus evangelizando, ou seja, pregar o evangelho de Jesus Cristo. Devemos falar para as demais pessoas o amor de Deus, a sua bondade, devemos transmitir a mesma mensagem que recebemos de Deus, para que assim muitas pessoas possam também ser alcançadas pela justificação de Deus.

O Rei Davi é um exemplo de alguém que tinha prazer em falar de Deus para outras pessoas, ele escreveu assim no Salmo 51.
Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores
a ti se converterão. (Sl 51.13)

De igual modo o apostolo Paulo deu grande importância a evangelização, e não somente isto mas também trabalhou para que a mensagem do evangelho fosse transmitidas a outras gerações.
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! (1Co 9.6)
E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. (2Tm 2.2)


Conclusão
Concluímos nossa lição de hoje deixando a celebre frase de Pedro e João:
Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. (At 4.20)

Assim o crente não pode deixar de falar do que tem recebido do Senhor, pois temos visto sua obra, seu reino, e temos ouvido a sua voz por meio da sua Palavra.
Cada cristão foi resgatado pelo amor de Deus manifestado na cruz de Cristo. A nossa gratidão nos motivará a adorar a Deus, viver por Ele, e divulgar a boa nova para todos ao nosso redor.

Que Deus os abençoe.

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profº Jair César S. Oliveira fonte portal ebd