JUVENIS - Lição 13: Vivendo em santificação

3º Trim. 2013 - JUVENIS - Lição 13: Vivendo em santificação
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS – CPAD
3º Trimestre de 2013
Tema: FUNDAMENTOS DA NOSSA FÉ
COMENTARISTA: Israel de Santana Brito


LIÇÃO 13 - VIVENDO EM SANTIFICAÇÃO


TEXTO BÍBLICO  2 Co 6.16-18; 7.1


ENFOQUE BIBLICO
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)

OBJETIVOS
Explicar os motivos pelos quais devemos ser santos.
Descrever conseqüências de uma vida impura e desagradável a Deus.
Demonstrar atitudes que nos levam a uma vida de santificação.

INTRODUÇÃO
“Pela fé o crente é considerado justo perante Deus um santo.” (Carl B. Gibbs)

PORQUE DEVEMOS SER SANTOS?
Primeiro precisamos conhecer os termos bíblicos para santificação e santidade, no AT, o termo usado para “santificar” era “qadosh”. O significado da palavra é incerto, alguns acreditam que a palavra esteja associada com “chadash”, que significa “brilhar”, isso estaria em harmonia com o aspecto qualitativo da idéia bíblica de santidade. Há outros que acreditam que a palavra vem de “qad”, cujo significado é “cortar”, trazendo a idéia de separação. As palavras hebraicas indicam isolamento, separação, os termos santificação e santidade são também empregados para descrever qualidades morais e espirituais, indicando a idéia de posição ou de relação entre Deus e algo a ele consagrado.

No NT, a palavra usada é o verbo “hagiazo” que é derivado de “hagios”, assim como a palavra “qadosh”, expressa a idéia de separação. No NT, é empregado de varias formas diferente: No sentido mental referindo a pessoas ou coisas (Mt 6.9; Lc 11.2; 1Pe 3.15), neste caso reconhecemos a santidade, atribuímos santidade ao objeto de adoração. Também empregamos o termo ocasionalmente, num sentido ritual, isto é, no sentido de separar o ordinário para os propósitos sagrados (Mt 23.17-19; Jo 10.36; 2Tm 2.21).

Santificação é como o antigo espelho citado pelo apostolo Paulo em (2Co 3.8), era feito de metal, um pedaço de metal que quanto mais batia com o objeto que poderia ser um martelo, melhor ficava a imagem. Não era como o espelho de hoje que se pode ver tão nítido, a imagem a principio era distorcida que aos poucos conforme se trabalhava esmerilava o espelho melhorava a imagem. A imagem melhorava de forma progressiva, assim também a santificação, conforme vamos nos transformando a imagem de Cristo vai aparecendo melhor em nós. Quanto mais a imagem de Cristo aparecer em nós significa que estamos sendo polidos assim como era o espelho, a imagem não aparecia distorcida, podia o cidadão ver exatamente seu rosto, à medida que melhorava o espelho, quanto mais nos santificamos melhor a imagem de Cristo aparece (Rm 8.29).

A santificação não é o processo de alguém tornar-se santo, mas, sim, o processo de aperfeiçoar um santo. É um ato de separação, um processo divino que leva o crente a uma conformação cada vez melhor de Jesus Cristo. O metal usado para fazer o espelho era batido, polido pelo artífice, assim o crente, precisa se submeter a uma vida de serviços diários a o Senhor. Somente assim ele vai refletir a imagem de Cristo sem que haja distorção. O processo de santificação acontecerá em toda a vida cristã, enquanto na terra, só terminará no céu (2Co 7.1; Ef 4.12,13; Ef 5.26).

Vida santificada não significa perfeição, significa progressão, Deus não reduziu seus padrões de perfeição, no nível da possibilidade humana. Pelo contrario ele apresentou alvos para a santificação (Mt 5.48), isto significa que o Pai quer que seus filhos tenha o mais alto padrão de santidade possível. Não há em Deus uma exigência de santidade em padrão absoluto para a salvação. Mas uma ordem para que todos  se esforcem e atinja o alvo (Jo 14.23). A salvação não será pelos nossos padrões de vida, mas pelo nosso relacionamento com Deus, portanto pela fé devemos procurar obedecer as leis divina, procurar por em pratica no dia a dia.    

O apostolo Paulo, sabia da necessidade de progredir na santificação, porem sabia que estava longe do ser perfeito (Fp 3.12). Mas continuava se esforçando, procurando olhar o exemplo perfeito de santidade que é Cristo (Fp 3.12-14). Santificação significa: separação, dedicação, purificação, consagração e serviço. Pode ser posicional e instantânea, no momento em que a pessoa se entrega a Cristo, ele se torna justo e é libertado dos atos pecaminosos. Mas a santificação é pratica e progressiva, o cristão deve ter por objetivo o parecer-se com Cristo, a imagem de Cristo deve aparecer nele.  

CONSEQUENCIAS DE UMA VIDA IMPURA E DESAGRADAVEL A DEUS.
O crente precisa viver de modo que agrade a Deus, do contrario, seria inútil dizer: “sou cristão”. O pecador é transformado em santo, todos os seus pecados são perdoados, a partir daí ele passa a viver uma vida nova, vida em Cristo. Isso não significa dizer que a velha natureza desapareceu para sempre! Ela continua ativa, ela coexiste com a nova natureza, Paulo vai ao desespero ao pensar nisso (Rm 7,8).

O crente não deve viver enganado, pensando que sua velha natureza pecaminosa esteja morta, erradicada para sempre. Enquanto o crente está em Cristo, a natureza velha está sufocada, pela ação do Espírito na vida do crente. Ao momento que damos lugar a velha natureza, passamos a viver uma vida impura e desagradável diante de Deus. Como saber se a vida que vivemos é agradável a Deus? Primeiramente quanto mais cheio do Espírito mais nos sentimos pecadores (Rm 7.23,24).

A fonte da santificação é o poder do Espírito Santo, mas somente a aceitação da pessoa pode libertá-lo do mundo pecaminoso. Não se trata aqui de um robô espiritual, mas de um controle sobrenatural, que por termos ainda a natureza pecaminosa em nós está longe de acontecer. O Espírito Santo, nunca forçará ninguém a ser santo e justo, ele não age contra a vontade de ninguém, é o crente quem precisa escolher viver em retidão, procurar agradar a Deus mediante o poder do Espírito.

 Como não dar atenção a velha natureza pecaminosa? O apostolo Paulo faz a ilustração de um escravo, que uma vez morto não está sujeito a servir seu antigo dono. Assim o crente deve considerar-se morto para o pecado, seu antigo senhor, mas vivo para o Senhor (Rm 8.10). Alguns desagradam a Deus quando querem servir o antigo senhor e enganar a Deus, procurando parecer crente. Não há como servir a Deus, sem antes morrer para o mundo pecaminoso, saindo de vez do domínio do pecado, procurando esforçar-se para servir ao novo Senhor com toda a fidelidade e Constancia (Rm 8.12).

Em resumo santificação soluciona o problema da escravidão do homem pela sua própria natureza pecaminosa. Ao ser regenerado é comunicado ao pecador uma vida nova, porém a natureza velha continua no crente, cabe a pessoa escolher. O crente pode viver uma vida vitoriosa, subjugando a natureza pecaminosa mediante o Espírito Santo ou viver cometendo pequenos delitos e viver de forma desagradável diante de Deus.

ATITUDES QUE NOS LEVAM A UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.
Como permanecer em santidade? Ser santo é ser separado, viver distante do pecado, melhor ainda, ser santo é estar morto para o pecado. Logo é preciso algumas decisões de nossa parte, como:
a)      Procurar-se distanciar da natureza pecaminosa (Rm 7.23,24; Rm 8.10-12)
b)      Andar no Espírito (Rm 8.5-9)
c)      Libertar-se dos maus pensamentos (2Co 10.3- 5)
d)      Procurar destruir as fortalezas – fortaleza intelectual baseia suas suposições em filosofias e saber humano, desprezam a Bíblia (Cl 2.8); fortaleza moral, preferem tudo aquilo que a sociedade está fazendo, mesmo que firam a ética cristã (Rm 12.2); fortaleza espiritual, são falsas filosofias religiosas que invadem as mentes, mudando os conceitos bíblicos (2Tm 3.5).
e)      Procurar controlar a mente (Pv 23.7; Is 26.3; 2Co 10.5).
f)       Se desvencilhar da carnalidade (Gl 5.13; Rm 6.1,2)

Não é o tanto fazer que nos leva, a galgar o mais alto nível de santidade, mas um contínuo crescimento na graça de Deus enquanto aqui vivermos nos levará a perfeição da santidade. A santificação não se dá por padrões de uma igreja local, pelas exigências que se impõe a sua membrezia, tais padrões apresentam apenas uma fração daquilo que Deus tem para o seu povo. O obreiro não tem o poder de vigiar os crentes em seus lares, nos comércios, nos meios de transportes ou enquanto patrão.

O padrão de Deus é o próprio Cristo (1Pe 2.21), não há livros de regras que pode descrever as situações e respostas necessárias para se seguir o padrão cristão com perfeição. Portanto a Bíblia ressalta que o crente deve ser muito mais do que aquilo que deve fazer. O homem é demonstrado naquilo que ele faz.

Meios que levam a santificação:
a)      Aceitando a purificação por meio do sangue de Cristo, (santificação posicional) (Hb 13.12; 1Jo 1.7)
b)      Recebendo o Espírito Santo, para uma vida frutificadora (santificação interna) (1Co 6.11, Rm 15.16)
c)      Meditando a todo instante na Palavra de Deus (santificação externa) (Jo 17.17)

CONCLUSÃO
A santificação é essencial para o cristão. É separar-se do mundo e de suas praticas para viver a cada dia se submetendo ao senhorio de Jesus Cristo. É como subir uma escada continuamente, sem descer um degrau sequer, pois estamos caminhando em direção ao céu. Não deve ser vista pelo crente com uma opção, mas como um mandamento, pois “sem santificação ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Deus é santo, e exige que seus servos também o sejam, que busquem a santificação. Ninguém pode tentar agradar a Deus andando na carne (Rm 8.8). É evidente que não é fácil, para o homem, deixar de andar na carne para andar com Cristo. Entretanto, Deus promete a vida aos que mortificarem as obras do corpo para viverem uma vida em santificação (Rm 8.13) (Revista Ensinador Cristão, n 25, Pg 39, CPAD)

OBRAS CONSULTADAS
  • PEARLMAN, Myer – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, 15ª edição, 1990, VIDA.
  • GIBBS, Carl Boyd – A Doutrina da Salvação, 2ª Edição, 1995, EETAD, Campinas SP

Colaboração Portal Escola Dominical  – Pr. Jair Rodrigues
fonte portal ebd