Líderes da Igreja cubana publicam declaração conjunta sobre liberdade religiosa


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Líderes religiosos cubanos encerraram visita a Washington DC com a publicação de uma declaração conjunta que leva o nome de "Trinta questões para o governo cubano". A elaboração do documento visa demonstrar que a liberdade de religião e crença não é respeitada pelo governo de Cuba


Responsáveis pela redação do documento, o Reverendo Mario Felix Lleonart Barroso, a missionária Yoaxis Marcheco Suarez e o Apóstolo Omar Gude Perez representam uma organização religiosa histórica legalmente reconhecida e um novo movimento religioso, considerado ilegal pelo governo cubano. O trio passou uma semana em Washington numa visita facilitada pela Christian Solidarity Worldwide (CSW). Eles se reuniram com líderes políticos e ONGs, para informá-los sobre as constantes violações da liberdade de religião ou crença em Cuba.
A declaração e as perguntas delinearam as preocupações mais proeminentes levantadas pelo grupo, incluindo a contínua recusa do governo em estender o reconhecimento oficial de grupos religiosos mais recentes; a aprovação ou negação de direitos a grupos registrados com base no apoio político e cooperação; e a autoridade absoluta sobre as organizações e atividades realizadas pela Secretaria de Assuntos Religiosos (ORA) do Comitê Central do Partido Comunista Cubano.
O grupo levantou questões como: prisões em massa durante a visita do Papa Bento XVI e novas restrições impostas no país, incluindo um decreto que, a partir de janeiro de 2014, fará com que as igrejas e os grupos religiosos não sejam mais capazes de manter contas bancárias. Esse fato também faz com que contas individuais existentes sejam consolidadas em uma única conta por denominação/organização, o que prova que o governo não está interessado em reformas verdadeiras que protejam a liberdade religiosa.
O missionário Marcheco, blogueiro e professor do Seminário Batista Luis Manuel Gonzalez Peña, também chamou a atenção para a intromissão excessiva do governo nos assuntos internos das organizações religiosas, apontando que as atas e decisões de cada reunião interna deve ser entregue para a aprovação da ORA.

O Apóstolo Gude Perez, líder nacional de um grupo carismático do Movimento Apostólico dentro de Cuba, expressou frustração com o contínuo assédio contra suas igrejas afiliadas, supostamente por seu grupo não possuir registro legal, praticado pelos mesmos oficiais do governo que negaram repetidamente suas sucessivas tentativas de registro.
FonteCSW
TraduçãoAllan Augusto - ANAJURE   VIA PORTAS  ABERTAS