Lição 9 - O tempo para todas as coisas


4º Trim. 2013 - Lição 9 - O tempo para todas as coisas I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2013
SABEDORIA DE DEUS PARA UMA VIDA VITORIOSA: A atualidade de Provérbios e Eclesiastes

COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


                                                                                                                  
ESBOÇO Nº 9
LIÇÃO Nº 9 – O TEMPO PARA TODAS AS COISAS
                        Através do tempo, aprendemos as limitações humanas e a nossa dependência de Deus.
INTRODUÇÃO
- No início do estudo sobre o livro de Eclesiastes, analisaremos a questão do tempo.
Através do tempo, aprendemos as limitações humanas e a nossa dependência de Deus.
I – A VIDA DEBAIXO DO SOL
- Damos início ao segundo bloco de nosso trimestre, em que iremos estudar o livro de Eclesiastes, cujas características e estrutura já tivemos ocasião de estudar na lição 1 deste trimestre.
Eclesiastes é o livro da velhice de Salomão, o livro em que o sábio rei de Israel faz uma reflexão a respeito da “vida debaixo do sol”, ou seja, da vida sobre a face da Terra, depois de ter tido uma existência em que pôde desfrutar de tudo quanto o mundo terrenal pode oferecer:  prazeres, riquezas, fama e poder.
- O pregador (que é o significado da palavra grega “Eclesiastes” e também do nome hebraico do livro, “Qohelét”), que é “o filho de Davi, rei em Jerusalém”, expressão que só pode se referir a Salomão, o único filho de Davi que reinou em Jerusalém, começa o seu livro afirmando com toda a convicção: “vaidade de vaidades! Diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Ec.1:2).
- A palavra hebraica aqui utilizada, ou seja, “hebel” (חבל) tem o significado de “aquilo que é vazio; aquilo que é vão; vapor; sopro”, ou seja, algo “sem sentido”, algo “transitório”, algo temporário, que não deixa vestígio, como é o vapor que sai de uma chaleira com água fervendo, que se perde no ar e não deixa qualquer rastro.
- Logo em sua primeira exclamação, o pregador, que vai se dedicar neste livro a falar a respeito da “vida debaixo do sol” (Ec.1:3), mostra-nos que, após uma grande reflexão, chegou a uma conclusão: a de que a “vida debaixo do sol”, em sua dimensão terrena, não tem sentido algum, nada deixa de rastro, é algo absolutamente passageiro e sem valor.
- De pronto, ao chamar de “vaidade de vaidades” tudo o que existe, por si só, na vida debaixo do sol, o pregador está a nos mostrar uma realidade que é, inclusive, o objeto de nossa lição: a transitoriedade da vida terrena, a sua submissão ao tempo.
O tempo é uma das “travas”, dos “limites” que o Senhor impôs para a vida terrena, para a vida debaixo do sol. Logo no limiar da narrativa da criação, percebemos que tudo foi feito sob o domínio do tempo: ‘No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn.1:1). A criação teve “um princípio”, “um começo”, ou seja, tudo ficou preso ao tempo.
- Como se não bastasse isso, a própria existência humana ficou limitada pelo tempo, em virtude do pecado. Se o plano divino é que o homem tivesse um início, como toda criatura, mas não tivesse fim, podendo ter uma vida indefinida mediante o acesso pleno e irrestrito à árvore da vida (cf. Gn.3:22), com a entrada do pecado, esta existência perene foi interrompida, na vida debaixo do sol, impondo-se-lhe a morte física (Gn.3:19).
OBS: Pela sua biblicidade, reproduzimos aqui o que diz o Catecismo da Igreja Romana a respeito do estado do homem antes do pecado: “Pela irradiação desta graça, todas as dimensões da vida do homem eram fortalecidas. Enquanto permanecesse na intimidade divina, o homem não devia nem morrer nem sofrer. A harmonia interior da pessoa humana, a harmonia entre o homem e a mulher e, finalmente, a harmonia entre o primeiro casal e toda a criação constituíam o estado denominado "justiça original".” (§ 376 CIC).
 fonte PORTAL EBD