PRE ADOLESCENTES - Lição 8: Rico, porém tolo

2º Trim. 2014 - PRE ADOLESCENTES - Lição 8: Rico, porém tolo
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRE ADOLESCENTES – CPAD
2º Trimestre 2014
Tema: As Parábolas de Jesus
Comentaristas: Damaris Ferreira da Costa, Telma Bueno, Verônica Araujo


LIÇÃO 8 – RICO, POREM TOLO

Texto bíblico   Lucas 12.16-21
Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância;
e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos.
Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens;
e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te.
Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.


Objetivos 
Após a aula seu aluno deverá:    Estar ciente do perigo da avareza, que é um pecado
                                                     Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas

Introdução
A parábola em estudo desta aula se refere a parábola do rico insensato, ou louco, trata-se de uma parábola  onde o Senhor ensina sobre o perigo da avareza. Mas o que é avareza?
Segundo o dicionário avareza é: Apego excessivo às riquezas. Apego demasiado e sórdido ao dinheiro; desejo imoderado de adquirir e acumular riquezas.2 Mesquinhez, sovinice.
Logo o  sovinista é adjetivo de  Mesquinho, miserável Antônimo: liberal, generoso. Pessoa que sofre privações, mas não gasta dinheiro; avaro, mesquinho, miserável.

I – Contando uma historia
Este estudo baseia-se na parábola do rico insensato, narrada em Lc12:16-21, que diz respeito a um dos grandes problemas que interferem, decisivamente, em nossa vida cristã: o problema da ganância.

Neste estudo, veremos que Jesus nos chama à atenção para um fato que parece não ser percebido por muitas pessoas: não nos será permitido cruzar com nenhum bem material a fronteira da morte. Veremos que a ganância é uma loucura, porque como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão (Ec 5:15).
O PROPÓSITO DA PARÁBOLA
Jesus contou a parábola do rico insensato após alguém da multidão ter apelado para que ele interferisse na partilha de uma herança familiar: Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo (Lc12:13). Ao que Jesus respondeu, energicamente: Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês? (Lc12:14), e alerta: Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra toda sorte de ganância, pois a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens (Lc12:15).

Ao falar com Jesus, o homem da multidão o chamou de “mestre”. Isso não era um elogio: é que os mestres da época (rabinos ou escribas) eram também procurados para resolver questões judiciais, principalmente as que envolviam a divisão de heranças familiares.
A situação desse homem podia ser a de um irmão mais novo descontente com a lei que dava ao irmão mais velho o dobro da herança, na hora da partilha dos bens. No fundo, o que havia no coração era um perigoso e ambicioso desejo de ter mais dinheiro, mais riqueza, mais herança.

Na verdade, essa ganância por riqueza estava presente também em muitos corações daquela multidão; afinal, a vida nunca foi fácil. Aquela gente vivia sob o abusivo domínio político e militar do império romano; a cobrança injusta de impostos trouxera pobreza e miséria para quase todos. Por isso, o povo vivia sonhando e buscando a falsa segurança da riqueza. Contudo, a proposta da parábola é outra: Buscai, antes de tudo, o seu reino (Lc12:31).
Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.

OS DESAFIOS DA PARÁBOLA
• 1o Desafio: Jesus deseja que evitemos o consumismo
Aprendamos a separar aquilo de que precisamos daquilo que desejamos. Se não tomarmos cuidado, será fácil fazermos que nossos desejos se tornem necessidades urgentíssimas. As propagandas televisivas são especializadas em fazer que desejemos e consumamos coisas de que não precisamos; e o consumismo leva ao endividamento; este, à ansiedade, que nos faz desconfiar do cuidado providencial de Deus, garantido na Palavra (Lc12:27-34).
Fique atento, pois talvez você nem precise dos bens móveis ou imóveis que deseja e cobiça ansiosamente! Aprenda a viver modestamente e com contentamento (I Tm 6:8).

• 2o Desafio: Jesus deseja que deixemos o individualismo
Tudo na vida do rico da parábola girava em torno do próprio eu: “meus frutos”, “meus celeiros” , “meu produto”, “meus bens”. Em sua vida, não havia espaço para Deus e nem para o próximo, pois tudo era planejado e pensando em função de sua satisfação pessoal: “Direi à minha alma...”. Não há dúvida de que esse apego excessivo às coisas é um dos mais danosos hábitos que alguém pode ter. Como é uma atitude bastante natural no ser humano, raramente reconhecemos a malignidade dela; mas suas conseqüências são trágicas (lTm 6:9). Meu irmão, cuidado com o egoísmo!(Lc12:19). Guarde-se de toda e qualquer avareza (Lc 12:15).

• 3o Desafio: Jesus deseja que vivamos a solidariedade
Solidariedade e misericórdia são palavras banidas do vocabulário do rico da parábola. Isso nos ensina que, com dinheiro, podemos fazer muita coisa boa e muita coisa ruim: com dinheiro, uma pessoa pode, egoisticamente, atender a seus próprios desejos, mas também pode, generosamente, atender às necessidades daqueles que a cercam. Caro irmão, quanto mais você ajudar as pessoas carentes, mais se afastará dos efeitos espiritualmente destruidores da ganância. Saiba que teremos de prestar contas a Deus de como usamos as coisas que recebemos nesta vida para abençoar o próximo e edificar o reino de Deus (Lc12:33-34). Doar é a essência do cristianismo (Jo 3:16).

II – Tesouros no céu
A verdade principal ensinada pela parábola do rico insensato é a de que devemos tomar cuidado com a ganância e com a avareza. O discípulo do reino de Deus deve ter os seu coração nos tesouros do reino de Deus. Insistentemente, somos alertados pela Palavra de Deus quanto ao perigo de termos um coração exercitado na avareza (II Pe 2:14), pois quem amar o dinheiro jamais dele se fartará .
Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do ganho; também isso é vaidade. (Ec 5.10)
E algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.
Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.( 1 Tm 6.10)

Fazer das riquezas o propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição eterna. O amontoar egoísta de bens materiais é indicação de que a vida já não é considerada e avaliada do ponto de vista da eternidade. O egoísta e o cobiçoso já não centralizam o seu alvo e a sua realização em Deus, mas em si mesmos e nas suas possessões.
O cristão não deve apegar-se às riquezas materiais como um tesouro que lhe dê garantia pessoal; ao contrário, deve colocar essas riquezas nas mãos de Deus, para uso do seu reino. Cada crente deve atentar para essa advertência de Jesus e examinar se há egoísmo e avareza em seu próprio coração. A Bíblia identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, que é demoníaca (Ef 5:3; Cl 3:5; Hb13:5).

É verdade que existem irmãos cristãos ricos, fazendo bom uso de sua riqueza material, utilizando seus recursos para abençoar o próximo e edificar o reino do Senhor. Porém, para alguns, a riqueza traz grandes problemas e prejuízos espirituais, porque, infelizmente, apegam-se demasiadamente ao dinheiro, e, nessa ânsia de tê-lo cada vez mais, acabam se descuidando dos princípios cristãos, que ensinam a integridade e a honestidade de caráter. Quem não se guarda do espírito de ganância (Pv1:19) incorre em outros pecados, tais como: injustiça, furto, mentira, homicídio, idolatria, apostasia, (Leia: Mq 2:2; Js 7:21; II Rs 5:22-26; Ez 22:12; Jr 17:11; Ef 5.5).
Muitos alem de estarem correndo risco de perderem a sua salvação por confiar nas riquezas, ainda aflige a sua alma pela preocupação que lhe serem tiradas os seus bens, por devemos seguir o conselho do Senhor Jesus.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração  (Mt 6.19-21)
Se o nosso tesouro for o celestial, certamente o nosso coração estará voltado para as coisas celestiais, estas nenhum ladrão rouba.

Conclusão
Através do homem rico da parábola, o Senhor Jesus nos adverte a não depositarmos nossa esperança nas riquezas desta terra. Devemos ter consciência de que, muito embora elas possam nos trazer conforto e prestígio, em nada contribuirão, além daqui. Mas é possível afirmar que maior perigo é canalizar tanta energia, tanto vigor, tanta ansiedade em busca de algo que, na verdade, não é o bem mais precioso que nossa alma possa adquirir.

Lição baseada no texto:
http://radioportasabertas.com/estudo.asp?id=137

 Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira
 FONTE PORTAL EBD