3º Trim. 2014 - Lição 8 - O cuidado com a língua I Plano de Aula

3º Trim. 2014 - Lição 8 - O cuidado com a língua I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2014
FÉ E OBRAS: ensinos de Tiagos para uma vida cristã autêntica
COMENTARISTA: ELIEZER DE LIRA E SILVA
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


ESBOÇO Nº 8
LIÇÃO Nº 8 – O CUIDADO COM A LÍNGUA
1º SLIDE   INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da epístola universal de Tiago, estudaremos hoje a passagem de Tg.3:1-12, onde o irmão do Senhor fala da necessidade que temos de manter nossa língua sob controle.
- A vida cristã depende do controle da nossa língua pelo Espírito Santo.
2º SLIDE  I – O PAPEL DA LINGUAGEM NO SER HUMANO
- Quando Deus criou o homem, fê-lo um ser inteligente, e, para mostrar ao homem que ele era um ser racional, mandou que ele desse nome aos animais (Gn.2:19,20).
- Neste gesto, o Senhor mostra-nos que a linguagem, a capacidade de criar palavras e de elaborar um discurso é a principal manifestação da inteligência, da racionalidade humana.
3º SLIDE
- Nas Escrituras Sagradas, as expressões “boca”, “lábios” e “língua” referem-se a  mente do homem, a seu raciocínio, meio de expressão do que está no seu íntimo, que a mesma Bíblia Sagrada chama de “coração” e “rins”.
- O falar do homem é a manifestação da sua própria individualidade, é a exposição daquilo que ele é verdadeiramente no íntimo.
4º SLIDE
- A língua, que era uma expressão do domínio do homem sobre a criação terrena, passou a ser um instrumento de escravidão do homem em relação ao pecado e ao mal.
- O homem perdeu o controle da língua, sendo dominado por ela, na verdade, sua língua passou a ser uma manifestação do domínio do pecado sobre o homem (Tg.3:1-12; Mt.15:17-20).
5º SLIDE  II – A RESPONSABILIDADE DE SER MESTRE
- Após ter mencionado que a fé sem obras é morta, o irmão do Senhor toca num assunto que, para o ambiente judaico, era sobretudo importante: a condição de ser mestre.
- Desde o retorno do cativeiro da Babilônia, os judeus passaram a dar grande importância aos “doutores da lei” ou “escribas”, ou seja, aqueles que estudavam a lei e as ensinavam ao povo.
6º SLIDE
- Não é à toa que o Senhor Jesus tenha sido reconhecido como mestre durante o Seu ministério terreno, título, aliás, que sempre foi aceito e assumido por Cristo durante o Seu ministério terreno.
- Havia uma diferença marcante entre os ensinos do Senhor Jesus e os ensinamentos dos escribas e doutores da lei ; Jesus ensinava o que vivia (At.1:1), mas aqueles apenas ensinavam, mas não viviam (Mt.23:2,3).
7º SLIDE
- Quando Tiago passa a falar sobre os mestres, está continuando o seu raciocínio a respeito da necessidade de uma fé autêntica, que é acompanhada de obras que a manifestem.
- Se qualquer salvo em Cristo Jesus precisa demonstrar a sua fé através de boas obras,  é evidente que aquele que queira ser mestre, tenha de ter uma conduta ainda mais exemplar, pois, caso contrário, estará sujeito à mesma condição dos escribas e doutores da lei judaicos, que haviam sido duramente repreendidos pelo Senhor Jesus.
8º SLIDE
- Tiago mostra que, na Igreja, não havia lugar para escribas e doutores da lei que apenas ensinavam, mas não viviam o que ensinavam. Ser mestre no meio do povo de Deus é:
a) viver como exemplo;
b) ser imitador de Cristo.
9º SLIDE
- Tiago reproduz aqui o ensino do Senhor Jesus no sermão do monte a respeito da justiça que deve ter todo aquele que O servir (Mt.5:20).
- É dura a missão do mestre na Igreja. Aqueles que o Senhor escolhe para este ministério (Ef.4:11) devem estar cientes de que lhes foi dado um grave encargo, uma responsabilidade muito grande, devendo, por isso mesmo, ter integral dedicação a esta tarefa (Rm.12:7), dedicação esta que não se resume em um intenso estudo das Escrituras e de sua interpretação, mas que deve, sobretudo, demonstrar-se por uma vida piedosa, por uma vida de efetiva imitação de Cristo Jesus.
10º SLIDE  III – O NECESSÁRIO CONTROLE DA LÍNGUA
- Tiago reconhece que todos nós tropeçamos em muitas coisas.
- O irmão do Senhor admite, uma vez mais, a imperfeição do homem e a necessidade de ele caminhar em direção à perfeição, que é, propriamente, a peregrinação terrena do salvo em direção ao céu.
11º SLIDE
- Existe um ponto na vida cristã que pode nos dar uma segurança nesta caminhada à perfeição: o controle da língua (Tg.3:2b).
- O domínio da língua é um elemento que nos permite ter segurança e firmeza nesta caminhada rumo à perfeição, neste contínuo aperfeiçoamento dos santos.
12º SLIDE
- Quem domina a língua, diz Tiago, consegue dominar o corpo inteiro. Quem deixa a sua língua sob controle do Espírito Santo, faz com que todo o seu ser esteve sob o domínio do Espírito Santo.
- A língua é o órgão que faz com que exteriorizemos o nosso próprio “eu”, o nosso ser, a nossa vontade, a nossa razão, os nossos sentimentos. Assim como as obras revelam a fé que há em nós, a língua revela aquilo que somos, aquilo que está em nosso interior.
13º SLIDE
- O Senhor Jesus disse que “o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem” (Mt.15:11).
- O falar é decorrência do que há em nosso interior.
14º SLIDE
- Tiago, usando das costumeiras ilustrações dos sermões judaicos, compara a língua:
a) com o freio posto na boca dos cavalos;
b) com o leme das naus.
15º SLIDE
- Numa outra ilustração, a língua é comparada por Tiago a um fogo que incendeia todo um bosque.
- Uma pequena fagulha de fogo numa região seca provoca incêndios que, para serem controlados, exigem um enorme esforço.
16º SLIDE
- Tiago mostra que a língua pode ser a demonstração de uma vida que se encontra em sequidão espiritual.
- Assim como uma pequena fagulha numa mata seca pode causar um enorme incêndio, que destruirá tudo que encontrar pela frente, a língua de alguém que não se encontre nos “pastos verdejantes” também poderá causar um enorme prejuízo espiritual.
17º SLIDE
- Para que o bosque esteja verdejante, faz-se necessário que estejamos sendo guiados pelo Senhor, que é o nosso pastor, que nos faz deitar a pastos verdejantes e nos guia mansamente a águas tranquilas, refrigerando a nossa alma (Sl.23:1-3).
- Somente quando nos deixamos guiar pelo Senhor, quando seguimos a Sua direção, podemos ter um ambiente interior que impede que a língua seja utilizada como instrumento de destruição não só de nossas vidas espirituais, como também daqueles que nos cercam.
18º SLIDE
- Quando seguimos o Senhor, negamos a nós mesmos e tomamos nossa cruz, impedimos que a língua tenha ambiente favorável para se tornar um instrumento de iniquidade.
- Quando nos alimentamos da Palavra de Deus, quando ouvimos a voz do Senhor, também impedimos que a língua nos faça pecar.
19º SLIDE
- A língua aqui representa o velho homem, o homem carnal, que, morto em seus delitos e pecados, anda segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef.2:1,2).
- Ela é o membro que exterioriza toda esta natureza pecaminosa que herdamos de nossos primeiros pais (Gn.5:3), natureza esta que é totalmente inutilizada e neutralizada pela nova criatura nascida em Cristo Jesus (II Co.5:17).
20º SLIDE
- Esta natureza pecaminosa não pode ser dominada pelo próprio homem. Tiago mostra que, embora o homem possa dominar todas as criaturas terrenas, pois foi assim criado por Deus, não pode, entretanto, com suas próprias forças, dominar a natureza pecaminosa que nele habita, devendo, para isto, ter fé em Cristo Jesus, o único que o liberta do pecado (Jo.8:32-36).
- O homem não tem poder de, por si só, controlar a natureza pecaminosa e esta natureza se revela através da língua, este membro que exterioriza o que há em nosso interior.
21º SLIDE
- Tiago volta a insistir na necessidade de termos uma vida cristã autêntica, de aplicarmos a lei real, que é o amor ao próximo.
- Tiago afirma que não se pode bendizer a Deus e Pai com a língua e, simultaneamente, amaldiçoarmos os homens, com esta mesma língua, uma vez que os homens foram criados à imagem e semelhança de Deus (Tg.3:9).
22º SLIDE
- Se, com a língua, bendizemos a Deus e Pai, chamamos a Deus de Pai, é porque estamos a dizer que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos de Deus, se estamos em comunhão com Ele, fazemo-nos participantes da Sua natureza (II Pe.1:4) e, deste modo, temos o mesmo amor que Deus para com todos os homens, amor este que se provou quando Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8).
- Se temos este amor que Deus tem em relação aos homens, como, então, podemos amaldiçoar os homens, que são estas criaturas extremamente amadas pelo Senhor? Como podemos amaldiçoar os homens, querer-lhes mal se recebemos o amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5)? À evidência, isto é impossível!
23º SLIDE
- Tiago afirma que não convém que de uma mesma boca proceda bênção e maldição, pois de uma fonte de um mesmo manancial não se pode ter, simultaneamente, água doce e água amargosa, como também não pode uma figueira produzir azeitonas ou a videira, figos, como também não pode a mesma fonte dar água salgada e água doce (Tg.3:10-12).
- Ao fazer estas ilustrações e demonstrar a impossibilidade de isto acontecer em a natureza, o irmão do Senhor está a retomar o que ele já afirmara anteriormente, ou seja, de que não existe uma fé apenas de palavras, mas uma fé efetiva que se manifesta em boas obras.
24º SLIDE
- O homem espiritual é alguém que tem o controle da língua, não pela sua própria força, pois isto é impossível, mas alguém que, por estar numa vida de comunhão com o Senhor, permite que o Espírito de Deus domine todo o seu ser.
- O homem carnal, que tem apenas aparência de religiosidade, mas que, na verdade, não serve a Deus, está d’Ele separado por causa da vida pecaminosa que leva, este sempre terá uma língua que, embora utilizada para bendizer a Deus, na sua falsa e vazia religiosidade, na verdade, é empregada como uma arma de destruição e de morte, como um instrumento satânico.
25º SLIDE
- O Senhor Jesus, no sermão do monte, disse que homicida era tanto aquele que matava fisicamente o próximo, como aquele que falasse mal do semelhante, chamando-o de “louco” ou “imbecil” (que é o significado da palavra “Raca”), como se verifica de Mt.5:22.
- Aquele que maldiz o seu próximo revela que é um homem carnal, que se trata de alguém que não ama a Deus, que é dominado pelo pecado e que, portanto, usa a sua língua cheia de peçonha mortal para matar o próximo.
26º SLIDE
- O apóstolo João chama de homicida a todo aquele que aborrece o seu irmão (I Jo.3:15), pois, se aborrece a seu irmão, é porque não o ama e, se não o ama, nada tem de Deus, é um falso religioso, um ímpio, que se encontra dominado pelo pecado e, por isso mesmo, se torna um agente de Satanás, cujo trabalho outro não é senão matar, roubar e destruir (Jo.10:10).
- O homem no pecado somente maldiz o seu próximo, porquanto, dominado que está pelo pecado, é pessoa individualista, orgulhosa, soberba e egocêntrica (II Tm.3:1-5).
27º SLIDE
- Somente Jesus Cristo, a semente de Abraão que fez benditas todas as famílias da terra (Gn.12:3), pode fazer com que esta atitude maldizente, inerente à natureza pecaminosa do homem, seja transformada em uma atitude abençoadora, pois, quando passamos a fazer parte do corpo de Cristo, assumimos a condição de descendência de Abraão, passando a ser uma bênção para todos os que nos cercam (Gn.12:2; Gl.3:29).
- Assim, embora não seja possível uma vida espiritual somente de palavras, estas mesmas palavras revelam o nosso interior e, por isso mesmo, tem-se mais uma evidência da espiritualidade do ser humano, mais um fruto pelo qual reconheceremos os verdadeiros servos do Senhor Jesus.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
 fonte portel ebd