3º Trim. 2014 - Lição 12 - Os pecados de omissão e de opressão I Plano de Aula

3º Trim. 2014 - Lição 12 - Os pecados de omissão e de opressão  I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2014
FÉ E OBRAS: ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
COMENTARISTA: ELIEZER DE LIRA E SILVA
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


PLANO DE AULA Nº 12
LIÇÃO Nº 12 – OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO
1º SLIDE   INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da epístola universal de Tiago, estudaremos hoje a passagem de Tg.4:17-5:6, quando o irmão do Senhor trata dos pecados de omissão e de opressão.
- O servo de Cristo Jesus deve sempre fazer o bem.
2º SLIDE   I – O PECADO DE OMISSÃO
- Após ter demonstrado alguns perigos para a nossa vida espiritual, Tiago vai tratar de um tema extremamente sério: o pecado de omissão  (Tg.5:17).
- Este ensino de Tiago, que encerra a parte relativa à presunção humana, mostra-nos que o pecado pode ser praticado tanto por uma atitude como pela ausência dela.
3º SLIDE
- Tiago, ao nos mostrar que devemos renunciar a nós mesmos para podermos servir a Cristo, sujeitando-nos a Ele e à Sua vontade, também nos apresenta a outra parte da realidade do pecado, que é a do pecado por omissão.
- Se imitamos a Cristo, se passamos a seguir as Suas pisadas, tendo recebido a unção do Espírito Santo e a virtude advinda de tal unção, necessariamente teremos de andar fazendo bem, pois foi assim que Jesus agiu em Seu ministério terreno (At.10:38).
4º SLIDE
- Como somos, por natureza, maus (Mt.7:11), temos de aprender a fazer o bem e somente o podemos fazer  se tivermos a sabedoria divina (Tg.1:5,17).
- Não nos é suficiente saber o bem que devemos fazer, ter a orientação do Espírito Santo do que devemos fazer. Torna-se indispensável que façamos efetivamente este bem, pois o saber não pode ser meramente intelectual, precisa se traduzir em atitudes.
5º SLIDE
- Quando sabemos o bem que precisa ser feito mas não o fazemos, praticamos o pecado de omissão.
- É possível pecar sem que se tenha uma atitude externa, uma ação neste mundo.
6º SLIDE
- Para que se cometa o pecado de omissão, faz-se preciso que a pessoa “saiba fazer o bem”, ou seja, é necessário que a pessoa tenha “sabedoria do bem”.
- No pecado de omissão, estamos diante de alguém que tem um dever, qual seja, o dever de fazer bem. Todo salvo na pessoa de Cristo Jesus, na medida em que está a seguir o Senhor, deve fazer bem.


7º SLIDE
- É dever de todo salvo fazer o bem e, deste modo, não podemos nos omitir de fazê-lo. Se não o fazemos, pecamos e, por isso mesmo, geramos morte espiritual para nós mesmos, pois o salário do pecado é a morte (Rm.6:23).
- Esta é a realidade cada vez mais abundante entre os que cristãos se dizem ser. A falta da prática do bem sufoca a nossa vida espiritual, torna-a apenas uma aparência, uma ilusão.
8º SLIDE
- Quando, depois de termos aprendido qual é a vontade de Deus para as nossas vidas, deixarmos de fazer o bem, estamos, na verdade, fazendo ressurgir em nós o velho homem, a carne.
- Se Deus é conosco, também devemos andar fazendo bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Não há qualquer possibilidade de deixarmos de fazer bem e continuarmos sendo pessoas que estão em comunhão com o Senhor.
9º SLIDE  II – O PECADO DE OPRESSÃO
- Mas, depois de nos mostrar o risco do pecado de omissão, Tiago também vai tratar de outro assunto extremamente sério e que revelava outro grande perigo para a nossa vida espiritual: o pecado de opressão.
- “Opressão”  - “apertar contra, comprimir, fechar, tapar (apertando), sufocar; calcar, esmagar, apagar (o fogo); matar; vencer, subjugar”.
10º SLIDE
- Neste mundo, o diabo faz com que as pessoas sejam “oprimidas”, ou seja, levadas para baixo, sufocadas em sua dignidade, esmagadas, pois o objetivo do inimigo outro não é senão matar, roubar e destruir (Jo.10:10), ou seja, reduzir o ser humano a uma situação de total indignidade.
- A opressão é a aplicação de uma força para esmagar, subjugar, sufocar alguém, uma demonstração de ódio e de total desconsideração pelo outro, onde se tenta, de todas as maneiras e formas, fazer com que apenas um prevaleça, a saber, o opressor.
11º SLIDE
- A opressão sempre é mostrada na Bíblia Sagrada como uma situação de quem está longe de Deus, de quem não se encontra em comunhão com Ele (Dt.28:29,33; Is.3:5; Os.5:11).
- O próprio Jesus, ao Se fazer pecado por nós (II Co.5:21), foi oprimido (Is.53:7), mostrando, assim, que esta é a condição daquele que não serve ao Senhor.
12º SLIDE
- Tiago alerta os ricos a que não oprimam os pobres, pois este é mais um perigo para a nossa vida espiritual.
- Ser rico não é pecado, mas Tiago alerta que o rico não pode se deixar iludir pela sua condição de superioridade na sociedade, pois, quando isto acontece, acaba por produzir a opressão do pobre, porquanto a riqueza será utilizada para a satisfação do ego, da carne.
13º SLIDE
- Se o rico deixar de olhar para esta realidade do caráter passageiro da vida terrena e se deixar iludir pela opulência momentânea, fazendo dela um objetivo de vida, um fim em si mesmo, deve estar preparado para chorar e prantear, pois terá amado este mundo e sua concupiscência, terá trocado o eterno pelo efêmero.
- Quem ama as riquezas não ama a Deus. O amor às riquezas exclui o amor a Deus. Por isso mesmo, quem ama as riquezas parte para a opressão do outro, passa a fazer do esmagamento do outro o seu modo de vida, a sua maneira de viver.
14º SLIDE
- O amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm.6:10). Quem quer ser rico cai em tentação e acaba submergindo na perdição e ruína (I Tm.6:9), desviando-se da fé e traspassando a si mesmo com muitas dores (I Tm.6:10).
- Tiago, ao ver que alguém passa a se iludir com as riquezas deste mundo, não tem outra recomendação a fazer senão a que a pessoa que assim se deixa levar pelo amor ao dinheiro passe a chorar e prantear, pois é uma pessoa miserável, uma pessoa que está a caminhar para a perdição eterna, que é a única coisa que pode esperar quem passa a buscar as riquezas materiais, que passa a cobiçar a prata e o ouro.
15º SLIDE
- Enquanto o rico oprime o pobre a fim de ter cada vez mais, Tiago procura mostrar que, num futuro bem próximo, as riquezas amealhadas estarão apodrecidas, ou seja, deixarão de ter qualquer valor.
 - Em vez de procurarmos ter vestes que ostentem uma posição social privilegiada, em vez de buscarmos “roupas de grife”, “calçados de marca”, que, lamentavelmente, muitos têm considerado como “marcas de salvação”, como “atestados de prosperidade”, que tal buscarmos ter as vestes da salvação (Is.61:10), as vestes espirituais lavadas no sangue do Cordeiro (Ap.7:14), as vestes brancas pelas quais poderemos andar com Cristo e alcançar a glorificação (Ap.3:4,5)?
16º SLIDE
- O caráter perecível das riquezas deste mundo é a própria testemunha contra os ricos, quando, no juízo do trono branco, forem confrontados com sua atitude opressora.
- Tiago aqui repete as palavras dos profetas que, no Antigo Testamento, denunciaram a injustiça social, que é resultado do pecado e do se deixar levar pela cobiça desenfreada, pela concupiscência.
17º SLIDE
- Quando o povo não abandona o pecado, o bem que Deus dá se torna em mal, visto que a prosperidade material é consumida pela cobiça dos poderosos que, além de amealharem para si as riquezas produzidas e decorrentes da bênção divina, ainda procuram retirar cada vez mais dos necessitados, impondo uma opressão sobre aqueles menos favorecidos.

- Este cenário, aliás, é o mais fiel retrato da “Babilônia comercial”, ou seja, do sistema econômico dominado pelo pecado que se estabelece em nosso planeta e que somente será destruído quando do triunfo do Senhor Jesus sobre o Anticristo, como é descrito no capítulo 18 do livro do Apocalipse.
18º SLIDE
- Tiago conclama os ricos a enxergarem a realidade das coisas desta vida e a não confiarem em suas riquezas e, com base nelas, oprimirem os pobres.
- Tiago faz questão de mostrar aos ricos que eles estão entesourando para os últimos dias (Tg.5:3 “in fine”), mas este tesouro acumulado não lhes dará o prazer e o regalo do tempo presente, mas, como diria o escritor aos hebreus, “…uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Tg.10:27).
19º SLIDE
- Tiago denuncia a injustiça social e a opressão dos ricos pelos pobres. É este o papel que deve ter o salvo em Cristo Jesus: não compactuar com a opressão, nem tampouco praticá-la, mas denunciá-la e fazer ver o desagrado e desaprovação de Deus para com uma situação como esta.
- Tiago não defende que os pobres se rebelem contra os ricos e, de modo violento, promovam uma revolução para apear os ricos do poder e, inclusive, destruí-los a fim de que a posse dos bens em poder deles seja distribuída para os pobres.
20º SLIDE
- O discurso de Tiago não é um discurso comunista, revolucionário, que nada tem a ver com o Evangelho de Cristo Jesus.
-  “…O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador” (Ruy Barbosa)
21º SLIDE
- Tiago denuncia que os ricos estão a diminuir o “jornal dos trabalhadores”, ou seja, o pagamento pelo dia de serviço daqueles que, nada tendo, tinham apenas a sua mão-de-obra para oferecer aos ricos proprietários e que, ao final do dia, não eram pagos ou pagos aquém do mínimo necessário para a sobrevivência.
- Esta prática é uma indevida apropriação de trabalho alheio, de uma manobra para um ilícito enriquecimento por parte dos ricos, uma clara demonstração da opressão que era feita contra os mais necessitados.
22º SLIDE
- Diante de tão grande injustiça, os pobres clamam a Deus e o Senhor os ouve e não tardará a fazer justiça, pois é Ele o juiz de toda a terra (Gn.18:25).
- A vingança é d’Ele, nunca nossa (Dt.32:35; Sl.94:1; Is.61:2; Jr.11:20; 50:15; Na.1:2; Hb.10:30).
23º SLIDE
- A vida sobre a face da Terra poderá ser para os ricos opressores uma vida de delícias, vida esta que não terá a resistência do justo, uma vida regalada que não encontrará qualquer obstáculo ou impedimento enquanto eles estiverem aqui na Terra, mas isto passará e chegará o momento da prestação de contas na eternidade.
- Lembremos da história do rico e de Lázaro (Lc.16:19-31). O rico viveu sempre regaladamente até o fim de seus dias, mas, quando esta vida terrena cessou, começou a sofrer tormentos.
24º SLIDE
- Diante da injustiça existente no mundo, o salvo na pessoa de Cristo Jesus deve lutar pela justiça, denunciando a injustiça, chamando os opressores à consciência, alertando-os de que, mais cedo ou mais tarde, terão eles de prestar contas diante de Deus.
- Esta “luta pela justiça” não se apresenta por meio de um “ativismo social”, de uma “luta revolucionária” nem tampouco pela aquisição de uma “consciência revolucionária”, mas por uma vida pautada pelo Evangelho e pela denúncia do pecado.
25º SLIDE
- Sempre haverá pobres e ricos na sociedade humana (Jo.12:8). Destarte, é totalmente antibíblico achar que qualquer sistema sócio-político-econômico, saído de mentes humanas, erradicará a pobreza ou promoverá a superação da existência de classes numa determinada sociedade.
- Isto não significa que devamos compactuar ou consentir com a opressão dos pobres, algo que é produto e consequência do domínio do pecado no mundo, do sistema maligno que impera no mundo. Como filhos do dia, como servos de Cristo Jesus, como luzes do mundo, devemos lutar contra este sistema e pregar o Evangelho, o poder de Deus que traz a salvação e, por conseguinte, a justiça social.
26º SLIDE
- Nosso papel é o de denunciar esta opressão e de, a partir de nossas próprias vidas, mostrar ao mundo que é possível debelarmos tal injustiça e desigualdade, a partir do momento em que entramos em comunhão com o Senhor Jesus.
- Somente quando abandonamos o pecado é que se desfará o “pecado social”, expressão que significa as estruturas de pecado que são o fruto, a acumulação e a concentração de muitos pecados pessoais. Se abandonarmos os pecados pessoais, tais estruturas de pecado se desfarão, pois o pecado é iniquidade, injustiça (I Jo.3:4).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

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