4º Trim. 2014 - Lição 7 - Integridade em tempos de crise I Plano de Aula

4º Trim. 2014 - Lição 7 - Integridade em tempos de crise I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2014
INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL: o legado do livro de Daniel para a Igreja hoje
COMENTARISTA: ELIENAI CABRAL
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


PLANO DE AULA Nº 7
LIÇÃO Nº 7 – INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE
1º SLIDE   INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro do profeta Daniel, analisaremos hoje o seu capítulo seis.
- O episódio de Daniel na cova dos leões revela-nos que a fidelidade se demonstra cabalmente nos momentos de aflição.
2º SLIDE   I – DANIEL SOBRESSAI-SE NO REINADO DE DARIO, O MEDO
-  Quando terminou o Império Babilônico, os medos e persas instituíram um novo império mundial. As inscrições encontradas e que relatam a invasão de Babilônia dão conta de que as tropas dos medos e persas eram comandadas por Gobrias, também chamado de Ciaxares e de Dario.
- Dario era o rei dos medos e Ciro, o rei dos persas. “…Dario comandou também os exércitos que conquistaram Babilônia, enquanto Ciro se ocupava em suas guerras, no Norte e no Oeste. Dario reinava em seu lugar. Fora predito que os medos seriam os conquistadores de Babilônia (Ver Is.13:17; Jr.51:11,20).
3º SLIDE
- Dario, o medo, manteve Daniel como alto funcionário do seu governo, uma situação inusitada e que não se repetiria mais em toda a história da humanidade.
- Certamente, Dario foi informado a respeito da mensagem escrita na parede do palácio real e que Daniel a havia interpretado e se tornado o “terceiro dominador do reino” e isto foi de grande impacto para o novo governante que resolveu mantê-lo na administração do novo governo.
4º SLIDE
- Dario, o medo, vinha de um reino muito cuidadoso em termos administrativos. Dentro desta realidade, não é surpresa que Daniel tenha registrado  precisamente a preocupação de rei em bem organizar administrativamente o seu reino, constituindo sobre ele cento e vinte presidentes (Dn.6:1).
- Mas, além destes cento e vinte presidentes, Dario, o medo, pensou em constituir três príncipes, que supervisionassem os cento e vinte presidentes e que se reportassem ao rei. Ao nomear estes três príncipes, um deles foi o próprio Daniel.
5º SLIDE
- A situação de Daniel era inusitada e delicada, pois:
a) era um “corpo estranho” neste triunvirato, visto que se tratava de um funcionário do governo anterior;
b) tinha idade avançada, cerca de noventa anos;
c) não compactuava com coisas erradas na corte.
6º SLIDE
- Sabendo que era a vontade de Deus que se tornasse príncipe de Babilônia, Daniel começou, então, a dedicar-se com esmero nesta sua nova função.
- Daniel era um íntegro servo de Deus. Integridade representa precisamente esta conduta que faz com que a pessoa inteira, em todas as áreas da sua vida, tem o mesmo porte, o mesmo comportamento e, em termos espirituais, a pessoa que se dedica inteiramente a agradar a Deus, tudo fazendo não para os homens, mas para Deus (Ef.6:5-8).
7º SLIDE
- Nesta sua conduta dedicada e íntegra, Daniel, mais uma vez, apresentou-se como tendo “um espírito excelente
- Daniel era constante, ou seja, permanecia e perseverava em sua integridade e comunhão com Deus.
8º SLIDE
- A constância não se obtém senão mediante uma vida de meditação nas Escrituras e de oração.
- A inconstância, na Bíblia, é fruto de quem não se mantém em comunhão com o Senhor e, por isso mesmo, se deixa levar pela engano (Ef.4:14; I Pe.2:14; II Pe.3:16).




9º SLIDE  II – DANIEL É PERSEGUIDO NA CORTE DE DARIO, O MEDO
- Diante do desempenho de Daniel, o rei Dario pensava em constituí-lo como um “vice-rei”, um “primeiro-ministro”.
- Diante da perspectiva de alteração administrativa e da criação do cargo de “vice-rei” ou de “primeiro-ministro”, os príncipes e presidentes iniciaram uma verdadeira “devassa”, para tentar encontrar algo que denegrisse a imagem de Daniel no reino, algum senão, alguma falha que o descredenciasse para a função que se lhe pretendiam dar.
10º SLIDE
- Na corte de Dario, o medo, como em qualquer lugar deste mundo que está no maligno (I Jo.5:19), não faltam inimigos aos servos de Deus, pois o servo do Senhor é um “corpo estranho” neste mundo, é alguém que está no mundo mas não é do mundo (Jo.17:11,14,16).
- A fidelidade a Deus, a vida de integridade traz simultaneamente a nossa consideração por nos apresentarmos como um “espírito excelente”, como também o ódio do mundo contra nós (Jo.15:18-21), porque esta vida de integridade se apresenta como “cheiro de morte para a morte” para os que se perdem (II Co.2:15,16).
11º SLIDE
- Os demais príncipes e os presidentes começaram a procurar algo que viesse a comprometer a imagem de Daniel diante do rei, mas nada encontraram.
- Daniel era íntegro, era fiel a Deus e não houve o que encontrassem que pudesse ser usado contra ele diante do rei Dario.
12º SLIDE
- Daniel é a prova indelével que não há qualquer senão em um servo de Deus dedicar-se à vida pública, à vida política. Entretanto, para alguém dedicar-se a esta área, a exemplo de Daniel, precisa:
a) ter chamado de Deus para esta vocação (o que exclui os chamados ao ministério pastoral), não ser um aventureiro;
b) desempenhar a função com integridade, querendo tão somente fazer a vontade de Deus, ou seja, promover uma vida quieta e sossegada, com toda piedade e honestidade (I Tm.2:2).
c) ser fiel e não ter nenhum vício ou culpa (Dn.6:4).
d) manter sua identidade de servo de Deus mesmo em meio à corrupção e ao poder.
13º SLIDE
- Por causa da identidade de servo de Deus que Daniel possuía, é que se forjou um plano para eliminá-lo.
- Os inimigos de Daniel sabiam que ele amava a Deus sobre todas as coisas e, por isso, tinham plena convicção que, se criassem uma lei que contrariasse as crenças de Daniel, Daniel não titubearia em continuar servindo ao Senhor.
14º SLIDE
- Não podemos nos iludir. O inimigo de nossas almas sempre nos fará sofrer e nos perseguirá mediante o confronto entre a lei do Senhor e o sistema gentílico em que vivemos.
- Por isso, os inimigos de Daniel urdiram um astucioso plano. Foram até o rei Dario e o adularam, dizendo que o rei fizesse um edito segundo o qual, durante o prazo de trinta dias, não fizesse petição a qualquer deus, senão ao próprio rei Dario e que, quem não fizesse, fosse lançado na cova dos leões (Dn.6:6,7).
15º SLIDE
- Dario, o medo deixou-se levar pela adulação de sua corte e assinou o edito real, proibindo qualquer pessoa de fazer petição a qualquer deus senão ao próprio rei pelo prazo de trinta dias (Dn.6:9).
- A adulação, bajulação ou lisonja é sempre uma característica de quem não serve a Deus (Jó 32:22; Pv.6:24; 7:21; Rm.16:18; Is.30:10; Dn.11:32,34)
16º SLIDE
- Daniel foi para a sua casa, como se nada tivesse acontecido. Entrou em sua casa, abriu as janelas da banda de Jerusalém e começou a orar ao Senhor.
- O servo de Deus não pode querer se amoldar a leis e regras que contrariam frontalmente a Palavra de Deus, devendo manter o seu modo de vida, sem revolta, sem afronta, sem desonra à autoridade.
17º SLIDE
- Todos sabiam que Daniel iria orar e, por isso, seus inimigos, juntos, foram até a casa de Daniel, pois tinham plena convicção que o velho profeta estaria orando, de joelhos, com as janelas abertas da banda de Jerusalém, e, deste modo, estaria fazendo petições ao seu Deus, em flagrante desobediência ao edito real.
- Dito e feito. Daniel estava orando, como sempre fazia. Os inimigos de Daniel então se apresentaram ao rei Dario e lhe contaram a desobediência do profeta com relação ao edito real, exigindo que ele fosse lançado na cova dos leões, como constava na lei (Dn.6:12,13).
18º SLIDE
- Dario, então, percebeu o erro que cometera, o que estava por trás daquela adulação e bajulação que o fizera se achar um deus.
- Diante disto, Dario imediatamente propôs no seu coração livrar Daniel daquela cilada que ele mesmo havia armado, mas seus esforços foram em vão, não havia como evitar a condenação de Daniel, pois o delito havia sido praticado e a lei não podia ser revogada. Até o pôr do sol, tentou livrá-lo, mas nada pôde conseguir (Dn.6:14,15).
19º SLIDE
- Daniel é lançado na cova dos leões e passa lá a noite inteira, uma noite diferente para três grupos de pessoas diferentes:
a) noite de vigília e oração para Daniel, milagrosamente preservado em vida na cova;
b) noite de alegria e festa para os inimigos de Daniel, que achavam ter eliminado aquele que os incomodava;
c) noite de angústia e insônia para o rei Dario, cuja consciência o atormentava pelo mal que praticara.

20º SLIDE
Algumas observações importantes sobre o episódio de Daniel na cova dos leões:
a) Daniel não ficou dormindo durante a noite, nem usou a juba de leão como travesseiro;
b) Deus enviou um anjo para fechar a boca dos leões, não houve qualquer teofania (aparição de Jesus Cristo antes da encarnação);
c) Durante a vigília e oração do profeta, Deus revelou a Daniel que enviara um anjo e que este fechou a boca dos leões;
d) Os leões não “jejuaram”, estavam extremamente famintos, mas não podiam abrir suas bocas para devorar o profeta.
21º SLIDE
- Veio o amanhecer, que trouxe destinos diferentes para todos:
a) para Daniel, o amanhecer trouxe a retirada da cova e o testemunho do livramento de Deus;
b) para os inimigos de Daniel, o amanhecer trouxe a condenação e a morte, esmigalhados que foram pelos leões quando lançados na cova;
c) para o rei Dario, o amanhecer trouxe alegria em si mesmo e o reconhecimento da soberania de Deus, o Deus de Daniel, o Deus vivo, cujo reino jamais terminará.
22º SLIDE
- Após este grande milagre e livramento feito por Deus, Dario não teve dúvida de substituir aquele decreto tolo por um outro, segundo o qual os homens sob seu domínio deveriam temer e tremer perante o Deus de Daniel.
- O segundo império mundial reconhecia, assim como o primeiro, que Deus era o único e verdadeiro Deus, o Deus Soberano, aquele cujo reino era eterno, cujo domínio era até ao fim.
23º SLIDE
- Daniel, com esta declaração de Dario, tinha a confirmação das visões e revelações que já estava a ter. Deus confirmava que tinha o absoluto controle da história e que estava acima dos poderes humanos.
- Dario testificava que o Deus de Daniel era o Deus vivo, o Deus permanente, e nós devemos ter esta mesma convicção.

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