Pastores negros progressistas apoiam partido de Obama

Comentário de Julio Severo: De acordo com reportagem do jornal esquerdista Folha de S. Paulo, pastores negros esquerdistas são hoje a grande esperança do partido de Obama. Um deles disse: “Nossa agenda é antipobreza, antirracismo, antiguerra e antidiscriminação.” Com um forte tempero marxista, essa também sempre foi a agenda da CNBB. E qual foi o resultado? A criação do Partido dos Trabalhadores (PT). Parece que os pastores negros dos EUA estão seguindo os velhos passos da CNBB. Já sabemos como essa novela termina.
Eles estão fazendo tudo isso para se opor ao Partido Republicano, que, embora seja amplamente visto como direitista, não é lá grande coisa. Mike Huckabee, importante líder conservador, ameaçou sair desse partido por causa de suas tendências pró-“casamento” homossexual.
Meu amigo Rev. Scott Lively está concorrendo, de forma independente, para governador do estado de Massachusetts contra o Partido Republicano e contra o partido de Obama. Ele não escolheu o Partido Republicano por seu falso conservadorismo.
Portanto, se os pastores negros não queriam o Partido Republicano, bastava que fizessem como Lively, que não apoia o partido de Obama e o falso conservadorismo do Partido Republicano.
Mas o que eles querem é esquerdismo. Estão criando a CNBB evangélica dos EUA. Tudo isso produzirá frutos — muito podres, como sempre.
Eis a reportagem esquerdista da Folha:

Aleluia, Obama!

Pastores evangélicos negros, todos de esquerda, viram esperança dos democratas para evitar derrota na eleição congressual de terça-feira
RAUL JUSTE LORES
Um grupo de pastores, quase todos negros, de igrejas batistas do sul dos EUA criou uma versão evangélica do "Occupy Wall St.", movimento contra os excessos do capitalismo surgido em 2011.
Semanalmente, eles organizam marchas de protesto e ocupam assembleias legislativas e outros prédios públicos em cidades como Charlotte e Raleigh (Carolina do Norte), Atlanta (Geórgia) e Charleston (Carolina do Sul).
Chamados de pastores progressistas, eles querem o aumento do salário mínimo, lutam contra cortes na educação e na saúde e se opõem a restrições ao voto das minorias. Defendem o direito ao aborto e o casamento gay.
Às vésperas das eleições legislativas americanas, na próxima terça (4), eles têm liderado comícios bem mais animados que os dos candidatos democratas que tentam desafiar o controle republicano do conservador sul do país.
Como o Partido Democrata do presidente Barack Obama pode perder o controle do Senado (e continuar sendo minoria na Câmara), os pastores viraram a esperança de aumentar a participação de um eleitorado desanimado com a gestão de Obama. O voto nos EUA não é obrigatório.
Na quarta (29), o reverendo Raphael Warnock, 44, líder da Igreja Ebenezer, em Atlanta, fez um minicomício na calçada em frente ao templo. Ao lado do candidato democrata ao governo da Georgia, Jason Carter, o pastor dizia que "economia é boa quando não só os negócios crescem, mas quando os pobres e a classe média vivem melhor".
Com oratória empolgante e usando "Amém" entre as frases, foi bastante mais aplaudido que o apagado neto do ex-presidente americano Jimmy Carter.
"Tem algo errado quando você precisa ter dois empregos e mal consegue pagar seu plano de saúde. E quando o governo de seu Estado se nega a participar do plano de saúde do governo federal", continuou o pastor, diante da igreja onde Martin Luther King Jr., herói do movimento contra a segregação racial, foi pastor nos anos 60.
Em rápida conversa com a Folha, ele brincou que "pregava para os convertidos". "Os fiéis aqui sabem que política é parte integral do que somos", disse.
OCUPAÇÕES E PRISÕES
O movimento começou no ano passado na Carolina do Norte, logo depois do governo estadual republicano aprovar um pacote de leis que cortavam fundos para serviços sociais, dificultavam o registro de eleitores de minorias e se negar a participar do plano de saúde universal do governo federal americano.
O reverendo William Barber 2º e a pastora lésbica Nancy Petty, de igrejas batistas de Raleigh, começaram a fazer as "Moral Mondays" (segundas-feiras morais), marchas que combinam atos de desobediência civil.
Já nas primeiras manifestações, dezenas de pastores foram presos. Mas o movimento continuou a crescer --estima-se que 900 pessoas já tenham sido presas durante as ocupações, que se espalharam para outros 11 Estados.
Numa delas, dezenas se sentaram pelo gabinete do presidente da Assembleia Legislativa local. Foram retirados pela polícia.
Na semana passada, em um evento em Charlotte, que a Folha pôde assistir, o reverendo Barber 2º disse que sua plataforma vai além dos partidos políticos.
"Nossa agenda é antipobreza, antirracismo, antiguerra e antidiscriminação", disse o carismático e corpulento pastor de 50 anos de idade. Isso apesar de claramente fazerem campanha para os democratas (do jeito que outras igrejas no Texas militam para os republicanos).
"Toda religião diz que amor e justiça deveriam estar no centro da política", discursou Barber. E citou a Bíblia, capítulo 10 do profeta Isaías: "Ai dos que decretam leis injustas que privam dos direitos os mais necessitados".
Divulgação: www.juliosevero.com