4º Trim. 2014 - JUVENIS - A febre dos anjos

4º Trim. 2014 - JUVENIS - A febre dos anjos
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS – CPAD
TEMA: O perigo da falsa ciência e das filosofias antibíblicas
COMENTARISTA: Silas Daniel


LIÇÃO 13 – A FEBRE DOS ANJOS


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Compreendera função real dos anjos em nosso favor; distinguir o que os anjos podem fazer, e que existem anjos bons e maus.


Para refletir
“E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.(Ap 22.9).

Devemos adorar somente a Deus. Não podemos adorar, e nem cultuar a anjos, nem nada deste mundo.

Texto Bíblico: Col. 2.4,18,19.


Introdução
Nos últimos anos, têm surgido modismos que claramente chocam-se com as Sagradas Escrituras e significam um retrocesso na luta protestante de retorno às Escrituras. Muitos grupos que se dizem protestantes pregam e praticam coisas que envergonham o Evangelho de Cristo.


Angelolatria
A angelolatria é culto a anjos, e isso é heresia (Cl 2.4,18-19; Ap 22.8-9). Porém, nos últimos anos, o culto aos anjos se infiltrou fortemente na cultura popular e depois nas igrejas. Isso se deve, obviamente, à forte onda do movimento Nova Era, que se ergueu no final do século 20.

Em 1993, quando os ensinos da Nova Era  estavam em alta, a revista Newsweek chegou a colocar em destaque em uma de suas edições uma matéria intitulada: “Anjos estão aparecendo em todos os lugares da América”. Essa matéria foi um marco da angelomania que tomava conta dos Estados Unidos na época. Na reportagem, pessoas de todas as partes do país garantiam ver constantemente anjos, conversar com eles e até pô-los em contato com outras pessoas. Era o auge da febre dos anjos.

Com essa onda, a Nova Era passou a popularizar a concepção de que a idéia do Deus cristão estava falida. Para eles, o Deus dos cristãos era duro e antipático, enquanto os anjos eram dóceis e simpáticos. Assim, as pessoas passaram a conversar com seus “anjos da guarda”, a dirigir-lhes lacrimosas orações e a atribuir qualquer sucesso na vida a esses seres, e não mais à misericórdia divina.

A escritora norte-americana Sophy Burnham, adepta da Nova Era, foi uma das fomentadores dessa substituição de Deus pelos anjos na mente das pessoas. Em seu livro A book of angels, ela diz que a corrente popularidade dos anjos se deve ao fato de “termos criado este conceito de Deus como punitivo, judicioso e ciumento, enquanto os anjos nunca o são. Eles são completamente compassivos.” Em entrevista à revista Time nos anos 90, Burnham afirmou ainda que “para aqueles que se sentem sufocados facilmente por Deus e suas regras, os anjos são a concessão fácil, a ausência de julgamento; são todos fofos e suspiros. E estão disponíveis a todos, como aspirina”.

Batalha espiritual
Essa febre, infelizmente, acabou atingindo também as igrejas. O escritor evangélico Ron Rhodes acredita que os primeiros indícios da angelomania no meio evangélico surgiram após o sucesso, nos anos 70, do livro Anjos: agentes secretos de Deus, de Billy Granham. Não que o livro do famoso evangelista trouxesse heresias em seu bojo, mas, nas palavras de Rhodes, “muitos receberam um impactante direcionamento para esse fascinante assunto pela leitura do livro de Granham”.

Segundo Rhodes, um dos mais fortes incentivadores da moda dos anjos no meio cristão foi, na verdade, o mega best-seller de ficção Este mundo tenebroso, de Frank Peretti. Basta lembrar a exacerbação em torno do tema batalha espiritual após o sucesso do livro. Seminários e mais seminários eram feitos sobre o assunto, e muitos deles foram os grandes criadores de modismos e conceitos absurdos sobre a vida cristã e o mundo espiritual.

Especialmente no meio pentecostal, os anjos passaram a ganhar uma notoriedade que nunca deveriam ter. A doutrina bíblica sobre os anjos, que é esposada pelas igrejas pentecostais tradicionais, como a Assembléia de Deus, é veementemente contra essa relevância bizarra que se tem dado aos seres angelicais. No entanto, influenciados por novas igrejas (que por ainda não terem se cristalizado convivem, na sua maioria, com uma teologia inexata, sempre a caminho de Deus sabe onde), muitos crentes acabam tornando-se angelomaníacos. São aqueles que vêem anjos a todo instante e não fazem nada sem a orientação angelical. Muitos afirmam ter audiências diárias com os arcanjos Gabriel ou Miguel!

A exacerbação da idéia de batalha espiritual é um dos modismos neopentecostais que promoveram os anjos a uma posição acima do normal. Esse modismo vê demônios e anjos em tudo. Se a água está muito quente, é demônio; se está muito fria, demônio. Se o vento soprou forte pela janela, são seres celestiais. Arrepiou-se? Tem “capiroto” na área!

Além de ver agentes espirituais do bem e do mal em tudo, esse modismo também levou as pessoas a crer em um mundo espiritual que pode ser manipulado ao bel prazer do crente. Esquece-se da soberania de Deus e valoriza-se demais os seres criados. Essa distorção teológica é na verdade um retrocesso, pois lança as igrejas de volta à teologia medieval anterior à Reforma Protestante.

A Reforma Protestante combateu a superstição da Idade Média, implementado por um catolicismo cada vez mais decadente. O mundo medieval, cheio de entidades, fantasmas, demônios, anjos e santos, era mentalmente carregado. Nesse mundo, Cristo era fraco, os demônios eram fortes e os anjos e santos importantes. Veio, então, a Reforma e centralizou tudo na cruz de Cristo, que representa a vitória para todo o que crê e serve a Deus. Porém, infelizmente, muitos parecem querer reeditar esse hostil mundo cósmico através de uma má interpretação do tema batalha espiritual.

O perfil dos angelólatras
O apóstolo Paulo, ao advertir os cristãos em Colossos sobre os falsos ensinamentos, definiu bem o perfil dos angelólatras: “E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas (...) Ninguém vos domine a seu belprazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus” Cl 2.4,18-19.

Paulo afirma no texto supracitado que os falsos mestres ensinavam a necessidade de reverenciar e adorar os anjos, pois, segundo eles, os seres angelicais funcionariam como uma espécie de mediadores na comunhão do crente com Deus. O apóstolo rebate veementemente isso, lembrando que invocar anjos é fazer com que estes tomem o lugar de Jesus, que é o único mediador entre Deus e os homens e, por isso, a única e suficiente cabeça da Igreja (v19).

Paulo também destaca que esses falsos mestres posam de humildes e santos, por causa dessa conversa de anjos, quando, muito pelo contrário, encontram-se “inchados na sua carnal compreensão”. Ainda hoje, os angelólatras se apresentam como pessoas avivadas, espirituais, santas, humildes, mas na verdade estão, como afirmou o apóstolo, embriagados por uma compreensão carnal.

Essa história de ver e conversar com anjos todo dia e o dia todo, se prostrar diante deles, ter audiências com arcanjos, ser secretariado por “Gabriel” ou “Miguel” e outras coisas do tipo não passa de uma grande tolice e blasfêmia. Sim, blasfêmia, porque valorizar mais a presença de anjos do que a do próprio Deus, se prostrar diante da criatura e não do Criador, e não poucas vezes atribuir curas, milagres e libertações não a Deus, mas às criaturas angelicais, é deixar de adorar a Deus e colocar os anjos no centro do culto.

A coisa está tão cimentada que, em muitas reuniões, lembrar que Deus está presente no ambiente de adoração não tem mais o menor significado, enquanto um simples “Há um anjo passeando neste recinto” é o suficiente para que o povo se arrepie, chore e celebre. O reflexo também se vê nos hinos, onde quem cura, batiza no Espírito Santo e transforma vidas não é mais Deus, mas os anjos. “Quer ser curado? Receba o toque do anjo! Quer ser batizado? Deixa o anjo te tocar! Quer ser transformado? Dê lugar ao anjo de Deus na sua vida!”
Isso é abominável.

Razões de tanta superstição nas igrejas
A existência de casos de superstição entre evangélicos é resultante da ausência de orientação bíblica. Nas igrejas onde o povo recebe o ensino sistemático e sadio da Palavra, raramente existe isso.

A Bíblia condena a supersticiosidade
A Bíblia, diferentemente de muitas obras religiosas do mundo, não é baseada em superstições, mas é a Palavra de Deus (2Tm 3.16-17).

A Arqueologia tem mostrado dia após dia a veracidade da narrativa bíblica, mostrando que tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos não são depositários de mitos. O Evangelho está enraizado em fatos históricos, não em mitos. Ele é baseado no testemunho ocular de vários homens, como enfatiza o apóstolo Pedro: “Porque não nos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2Pe 1.16).

Além disso, a Palavra de Deus condena veementemente a magia e a feitiçaria, bem como a supersticiosidade. As fábulas, crendices e os falsos ensinos são combatidos nas Sagradas Escrituras (2Tm 4.1-4). A expressão grega traduzida por fábula nesse texto de 2 Timóteo e em 1 Pedro é mythos. Ela é usada para descrever uma narrativa que, além de fictícia, é enganosa, sendo geralmente elaborada por um mestre falso com o objetivo de iludir.

Em 1 Timóteo 1.4, Paulo exorta seu filho na fé para que “não se dê a fábulas”, neste caso uma referência às lendas forçosamente relacionadas a narrativas do Antigo Testamento. Elas aparecem descritas pelo mesmo apóstolo em Tito 1.14 como “fábulas judaicas”.

Paulo ainda chega a ironizar a superstição judaica, chamando tais crenças sem fundamento de “fábulas profanas e de velhas” (1Tm 4.7). O apóstolo estava querendo dizer a Timóteo que, por não terem base bíblica, por serem simplesmente invenções humanas, criações que se tornaram populares para enganar o povo, eram ímpias, só servindo mesmo para entreter as conversas de velhinhas caducas.

Já no caso do texto de 2 Pedro 1.16, a referência é às histórias fabulosas, crenças e superstições criadas pelos primeiros mestres gnósticos, que para difundi-las se utilizaram da divulgação de evangelhos apócrifos por eles mesmos escritos. Enfim, a Bíblia é enfática contra a superstição. Portanto, fujamos de todo tipo de superstição. Que a nossa fé seja absolutamente bíblica!


A Verdade Sobre Os Anjos
Eles não são seres humanos glorificados e nem possuem definição sexual: “Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, seu irmão casará com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão. Ora, havia entre nós sete irmãos: o primeiro, tendo casado, morreu: e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão; da mesma sorte também o segundo, o terceiro, até o sétimo. depois de todos, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa, pois todos a tiveram? Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus; pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no céu. E, quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Deus: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos” (Mt.22:24:32).

O texto em supra refere-se a pergunta feita pelos saduceus (que não acreditavam na ressurreição) sobre o sexo dos ressurretos, ou seja, aqui está sendo discutido sobre a sexualidade de alguém, no caso os ressurretos. Jesus, entretanto, acrescenta os anjos na conversa e os declara como assexuados. Ele diz que os salvos serão como os anjos que não se casam e nem se dão em casamento, ou seja, desprovidos de qualquer órgão sexual. Gravem bem isso anjos não possui sexo e nem são pessoas boas que tornaram-se anjos. Apesar de todas as vezes que anjos, que tomaram formas humanas (não corpos humanos) aparecerem como varões, provavelmente isso ocorreu pelo fato de que nos tempos bíblicos a mulher tinha menos expressão. Imagine Abraão conversando com três lindas mulheres em sua tenda! Com certeza ia ser meio constrangedor.

Eles são espíritos: “Não são todos eles (os anjos) espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb.1:14) . A Bíblia não declara do que é feito o espírito, mas declara que tudo que é vivo e racional é composto de espírito. Certa feita observei uma matéria sobre espírito em uma revista científica. Os cientistas querem saber qual é a composição do espírito, se é luz concentrada ou energia decomposta e formatada de outra maneira. Acredito que vão ter que estudar muito, mas se vão chegar a alguma conclusão só Deus sabe. Fiquemos com o que a Bíblia fala sobre o assunto. Na Quarta dimensão (a dimensão do espírito) nada é da mesma composição daqui, mas um dia Deus nos revelará tudo. O que podemos afirmar é que criaturas invisíveis estão andando por ai, umas boas que querem o seu bem, outras querendo o contrário.

Eles são numerosos:“E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares (Ap.5:11). A quantidade exata de anjos só Deus sabe. Um terço rebelou-se contra o Senhor (Ap.12), mas dois terços estão conosco. Devemos ficar certos que o número não deve ser pequeno, pois é falado de miríades que refere-se a uma quantidade incalculável.

Sábios: “Sábio, porém, é meu senhor, conforme a sabedoria do anjo de Deus, para entender tudo o que há na terra” (2 Sm.14:20). A Bíblia nos mostra que os anjos tem grande sabedoria, mas não são oniscientes, ou seja, não sabem todas as coisas. Só Deus pode e sabe todas as coisas.

Eles são poderosos: “Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles: e, levantando-se os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles eram todos cadáveres ( 2 Rs.19:35). O poderio angelical supera a mais forte bomba nuclear e deixa longe qualquer poder humano mesmo somado a esse as máquinas modernas. Entretanto, mesmo com tanto poder, não são onipotentes. Só Deus é Todo Poderoso.


Aos Anjos - Um Exército Bem Organizado
No exército brasileiro temos uma hierarquia formada com zelo e ordem. Do soldado até o Ministro das Forças Armadas vemos perfeita ordem. Cada um tem o seu papel e função bem definida e com rigor cada posto cumpri a sua função. Agora, se no exército terreno temos tamanha ordem imaginemos no celestial! Vejamos agora algumas dessas hierarquias reveladas na Bíblia:

Arcanjo
“Mas quando o arcanjo Miguel...”(Jd.Vrs.9

O texto bíblico não fala de arcanjo no plural, mas no singular, palavra que a Bíblia só aplica a Miguel, se bem que haja vestígios de que antes da sua queda, Lúcifer também era um arcanjo. O prefixo arca sugere um anjo chefe, principal ou poderoso. Assim, Miguel é agora o anjo acima de todos os anjos, reconhecido como sendo um dos primeiros príncipes dos céus (Dn.10:13). Ele é uma espécie de administrador angélico de Deus para o juízo. O seu nome ocorre por cinco vezes na Bíblia, em Daniel 10.13 e 21; 12.21, Judas vrs.9 e Apocalipse 12.7. É sugerido em I Tessalonicenses 4:16. (Fonte: EETAD)


Serafins
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória”.(Is.6:1-3)

É uma ordem de anjos, somente mencionada na visão de Isaías. Os serafins de seis asas estavam por cima do Senhor. Clamavam proclamando os atributos da santidade de Deus. Louvavam a santidade e a glória do Senhor dos exércitos com tanto vigor que as bases do limiar se moveram e o santo lugar se encheu de fumaça, enquanto desempenhavam o seu ministério de expiação. (Boyer)

Acredito que na hora que a Igreja se reuni para louvar a Deus os serafins se fazem presentes (ICor.11:10), não que outras classes de anjos deixem de estar presentes, mas louvor e serafins estão intimamente ligados.

Aprendendo com os Serafins
Observemos três importantes comportamentos dos serafins no culto a Deus:

1) “...com duas (asas)cobriam os seus rostos...” (Is.6:2). Neste ato de cobrir os rostos devemos notar a postura de reverência ao Senhor nosso Deus na hora da adoração. Quanta falta de respeito notamos nesses últimos dias em nossos cultos. As pessoas comparecem diante de Deus de qualquer maneira e qualquer jeito. Igrejas, na hora do louvor, parecem menos comportadas que discotecas. Que aprendamos com esses seres e sejamos mais reverentes diante do nosso Santo Deus.

2) “...e com duas(asas) cobriam os seus pés...” (Is.6:2). No cobrir dos pés vemos prudência. Isso é pelo fato de nossos pés serem nossos condutores. Leiamos: ”Tornou-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Replicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo” (Jo.13:8). Preste mais atenção aonde você anda pisando, observe se Jesus iria freqüentar os mesmos lugares que você. Entretanto, se andou em lugares desagradáveis, peça perdão agora e o Senhor te lavará.

3) “...e com duas(asas) voavam” (Is.6:2). Agora sim, depois de aprendermos a ter reverência e prudência podemos nos entregar a Deus em adoração. Esse voar na presença de Deus significa uma entrega total em espírito e em verdade.

Querubins
Uma das categorias de anjos. Eles estavam ao oriente do jardim do Éden, Gn.3:24. Querubins foram feitos de ouro no propiciatório, Ex.25:18. As cortinas do Tabernáculo eram bordadas com figuras de querubins, Ex.26:1. Senhor dos exércitos, entronizado entre os querubins, I Sm.4:4, cavalgava em um querubim, II Sm.22:11; Sl.18:10. Foi feito dois querubins de madeira de oliveira, I Rs.6:23. Eles estendiam as asas sobre o lugar da arca, I Rs.8:7. Eles estavam ao lado (Ez.10:13), e são querubins da glória (Hb.9:5). (Boyer)

Suas características de inteligência, atitudes de servo, poder e natureza estão representados nos seus quatro rostos, nas faces: do homem, do boi, do leão e da águia. Tinham mãos para servir e quatro asas para mobilidade, moviam-se ao impulso das ordens de Deus (Leia: Ez.1 e 10). Parece que havia também querubins de duas asas, leiamos:” No oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um com dez côvados de altura. Uma asa de um querubim era de cinco côvados, e a outra de cinco côvados; dez côvados havia desde a extremidade de uma das suas asas até a extremidade da outra(I Rs.6:23-24). Apesar do texto ser insuficiente para provar que há querubins de duas asas, não deixar de ser uma evidência. É claro que pelo texto os querubins seriam bem pequenos e de madeira, o que não é verdade, mas temos que levar tudo em consideração. No caso do profeta Ezequiel é vista criaturas exóticas com quatro rostos, quatro asas (Ez.1 e 10) e não têm dúvidas ao declarar serem os querubins.

O Mensageiro
A palavra anjo, tanto no hebraico como no grego, significa mensageiro. Sabemos que há anjos que se ocupam em louvar, outros em guerra, outros em guardar nações, mas sempre trazendo o recado de Deus. Quero frisar a classe que se incumbe de trazer o recado de Deus. O mais sublime desses mensageiros é Grabriel. O seu nome significa “homem de Deus”. É de alta categoria angelical, mas não é chamado de arcanjo nas Escrituras. Foi enviado para explicar a visão de um carneiro e um bode, a Daniel (Dn.8:16). Enviado para explicar a profecia das setenta semanas(Dn.9:21). Enviado, especialmente, a Zacarias e a Maria (Lc.1:”19-26). (Boyer com algumas mudanças).


Os Ministérios Dos Anjos
- Com Cristo: Predisseram o seu nascimento (Lc.1:26-33); anunciaram seu nascimento (Lc.2:13); Protegeram a criança (Mt.2:13); Fortaleceram a Jesus depois da tentação (Mt.4:11); Estavam preparados para defendê-lo (Mt.23:53); Confortaram-no no Getsêmani (Lc.22:43); Rolaram para longe a pedra que fecha o sepulcro do Senhor (Mt.28:2); Anunciaram a ressurreição (Mt.28:6).

- Com os crentes: Os ajudam (Hb.1:14); Estão envolvidos com as respostas de orações (At.12:7); Observam os crentes e suas experiências (ICor.4:9; Itm.5:21); Os encorajam em casos específicos (At.27:23-24); Estão interessados nos esforços evangelísticos (Lc.15:10; At.8:26); Ministram aos justos na hora da morte (Lc.16:22; Jd.vrs.9).

- Com as nações: O arcanjo Miguel parece ter um relacionamento estreito com Israel (Dn.12:1); Os anjos estão envolvidos nos juízos da Tribulação (Ap.8; 9; 16).

- Com os descrentes: Anunciam juízos iminentes(Gn.19:13;Ap.14:6-7); Aplicam o juízo divino (At.12:23); Agem como ceifeiros na separação no fim dos tempos (Mt.13:39). (Bíblia Anotada)
 
Conclusão
O culto dos anjos, desenfreadamente difundido nos dias de hoje, surge por todos os lados, especialmente no mundo cibernético, onde é difícil encontrar matéria de fonte confiável. Basta fazer uma pesquisa em qualquer site de busca para se constatar as gritantes invencionices sobre o tema.  Numa baralhada de misticismo, ocultismo e esoterismo, os seres angelicais parecem precipitados ao plano das  fadas e duendes.  Os Arcanjos, inclusive, já foram por eles nominados um a um,  quando sabemos que há somente um arcanjo.

E por aí afora, uma série de impropérios e mentiras ultrajam a existência divina dos Anjos. Fazem o jogo de Satanás, o pai da mentira, que semeia no campo da ignorância, propício para uma fácil conquista.

Lembremo-nos da advertência de Cristo:
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.”(Mt 7:15)


Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva.
http://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/item/3726-juvenis.html