4º Trim. 2014 - Lição 10 - As setenta semanas I Plano de Aula

4º Trim. 2014 - Lição 10 - As setenta semanas I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2014
INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL: o legado do livro de Daniel para a Igreja hoje
COMENTARISTA: ELIENAI CABRAL
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


PLANO DE AULA  Nº 10
LIÇÃO Nº 10 – AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
1º SLIDE  INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro do profeta Daniel, estudaremos hoje o capítulo 9 deste livro, onde se tem a revelação das setenta semanas a Daniel.
- A revelação das setenta semanas a Daniel é a chave para a compreensão da doutrina das últimas coisas.
2º SLIDE   I – DANIEL BUSCA A PRESENÇA DE DEUS
- Apesar de sua posição de destaque após a subida de Dario, o medo, Daniel continuou tendo como foco a esperança messiânica, a redenção de seu povo, sabendo que tudo quanto havia sido profetizado e prometido a respeito iria se cumprir.
- Ao perceber que se completavam os setenta anos previstos pelo profeta Jeremias para a duração do cativeiro (Jr.25:11,12; 29:10 e II Cr.36:21), Daniel, então, resolveu buscar ao Senhor, a fim de que Deus cumprisse aquilo que havia sido profetizado (Dn.9:3).
3º SLIDE
- Daniel ensina-nos ao relatar este importante episódio de sua vida: com oração, rogos, com jejum, saco e cinza.
- Daniel confessa não só o seu pecado, mas, também, o pecado do povo.
4º SLIDE
- Daniel confessa a rebelião do povo de Judá e que, com Deus, estavam a misericórdia e o perdão, também reconhecendo a justiça do cativeiro, visto que previsto na lei de Moisés e resultado único e exclusivo do pecado cometido pelo povo (Dn.9:7-14).
- Daniel apela à misericórdia divina, pedindo, então, que Israel retornasse para sua terra, que Jerusalém fosse reconstruída e que o povo fosse espiritualmente restaurado, para ser o reino sacerdotal e povo santo prometidos.
5º SLIDE
- Daniel clamava a Deus e, não tinha terminado a sua oração, eis que se lhe apresenta o anjo Gabriel.
- Não sabemos quanto tempo Daniel orou, pois, nesta passagem, isto não é revelado pelo profeta. Ainda que isto tenha durado apenas um dia, sabendo que Daniel orava três vezes ao dia, somente na terceira oração lhe veio a interpretação. Isto nos mostra, amados irmãos, que a oração deve ser sempre exercida com perseverança (Lc.18:1).
6º SLIDE  II – A REVELAÇÃO DAS SETENTA SEMANAS: AS PRIMEIRAS SESSENTA E NOVE SEMANAS
- Gabriel foi mandado para trazer a resposta da oração a Daniel logo no princípio das súplicas do profeta, porque Daniel era “mui amado”.
- Quem é “mui amado” por Deus recebe a resposta de suas orações. Não estamos a dizer que a resposta será sempre positiva.
7º SLIDE
- Gabriel vem, então, dizer a Daniel que a redenção de Israel ainda demoraria setenta semanas.
- Este seria o tempo necessário para extinguir a transgressão, dar fim aos pecados, expiar a iniquidade, trazer a justiça eterna, selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos santos (Dn.9:24).
8º SLIDE
- Estas “setenta semanas” correspondem a 490 (quatrocentos e noventa) anos, ou seja, setenta vezes sete (70 x 7). Israel somente se converteria ao Senhor, alcançaria a sua redenção depois de 490 (quatrocentos e noventa) anos.
- Trata-se de uma revelação concernente ao futuro de Israel, à esperança messiânica de Israel e isto é importantíssimo, porquanto não podemos, em hipótese alguma, querer relacionar esta revelação com a Igreja. Trata-se de uma revelação adstrita ao futuro de Israel, à redenção do povo israelita.
9º SLIDE
- O ponto de partida para a contagem destas setenta semanas é “a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém” (Dn.9:25), ou seja, o dia 14 do mês de Nisã (abril) do ano 445 a.C., data da ordem para reedificação da cidade Santa (Ne.2).
- Gabriel diz a Daniel que da ordem dada para a reedificação de Jerusalém até ao Messias, o Príncipe, decorreriam sete semanas e sessenta e duas semanas, ou seja, sessenta e nove semanas de anos, o que corresponde a 483 (quatrocentos e oitenta e três anos).
10º SLIDE
- A reedificação de Jerusalém demoraria sete semanas, ou seja, 49 (quarenta e nove) anos, pois tal reedificação se faria, mas em “tempos angustiosos” (Dn.9:25).
- Depois da completa reconstrução de Jerusalém, haveria ainda sessenta e duas semanas até ao Messias, o Príncipe, ou seja, mais 434 (quatrocentos e trinta e quatro) anos.
11º SLIDE
- Este segundo período de sessenta e duas semanas inicia-se em continuidade ao primeiro período, daí porque Gabriel a ela se refere na expressão “sete semanas e sessenta e duas semanas”.
- Há uma perfeita continuidade cronológica entre estes dois períodos, expressão que não se repetirá na terceira porção das setenta semanas, algo importantíssimo e que nos permite evitar os equívocos constantes de certas interpretações.
12º SLIDE
- Este período, iniciado com a reconstrução completa de Jerusalém, encerrar-se-ia com a “tirada do Messias, que não seria mais” (Dn.9:26).
- Este período termina com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, em 10 de Nisã de 33 d.C., única ocasião em que o Senhor Jesus é coletivamente aclamado como Messias durante Seu ministério terreno.
13º SLIDE
- Por este motivo, o Senhor Jesus, após a entrada triunfal, chorou sobre a cidade  (Lc.19:42).
- Jesus chorou sobre Jerusalém porque sabia que, naquele gesto de rejeição, perdia Israel a oportunidade de ser salvo. Ante a rejeição, o Messias seria tirado, ou seja, não mais conviveria com os judeus. Viera para os Seus, mas os Seus não O receberam (Jo.1:11).
14º SLIDE
- Jesus foi morto, mas, ao terceiro dia, ressuscitou, mas não tornou ao convívio do povo judeu, antes tendo subido aos céus, pois “convém que o céu O contenha até aos tempos da restauração de tudo” (At.3:21).
- Por isso, Gabriel diz que o Messias seria tirado e “não seria mais” ao final das sessenta e nove semanas (Dn.9:26).
15º SLIDE  III – A REVELAÇÃO DAS SETENTA SEMANAS: A SEPTUAGÉSIMA SEMANA
- O período das setenta semanas seria para a “extinguir a transgressão, dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, trazer a justiça eterna, selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos santos” (Dn.9:24).
- Tendo ocorrido o cumprimento das sessenta e nove semanas no dia 10 de Nisã de 33 d.C., é óbvio que a semana que falta ainda não se cumpriu.
16º SLIDE
- Antes de começar a falar da septuagésima semana, Gabriel afirma que “o povo do princípe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação e até ao fim haverá guerra, estão determinadas assolações”.
- Assim, após a retirada do Messias, que “não seria mais”, a cidade e o santuário seriam novamente destruídos.
17º SLIDE
- No mesmo dia em que se completaram as sessenta e nove semanas, o Senhor Jesus  “chorou sobre Jerusalém” e também aludiu à destruição da cidade (Lc.19:43,44).
- Por causa da rejeição de Cristo por Israel, a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos, o que ocorreu em 70 d.C., quando o general Tito, filho do imperador Vespasiano e ele próprio sucessor de seu pai, invadiu Jerusalém e destruiu totalmente a cidade e o templo.
18º SLIDE
- Segundo Gabriel, a destruição da cidade de Jerusalém e do templo ali situado, o que, efetivamente, ocorreu no ano 70,  seria feita pelo “povo do príncipe, que há de vir”.
- Quem destruiu Jerusalém foi o povo romano, ou seja, o Império Romano, e será deste mesmo império que surgirá o “príncipe, que há de vir”, que outro não é senão o Anticristo, a “ponta pequena” da visão do carneiro e do bode, a ponta que surgiu do quarto animal simbólico, o “animal terrível e espantoso” da visão que Daniel teve no primeiro ano do reinado de Belsazar.
19º SLIDE
- O fim da cidade e do santuário seria com uma “inundação”, ou seja, mediante um juízo divino operado por intermédio de um homem, que foi, efetivamente, o que ocorreu.
- Além da destruição da cidade e do santuário, após o período das sessenta e nove semanas, o anjo Gabriel também diz que haveria guerra até ao fim, demonstrando que a guerra jamais se apartaria de Jerusalém a partir da destruição do templo.
20º SLIDE
- Não se teria apenas “guerra até o fim”, mas, também, “assolações”, que algumas versões traduzem por “desolações”, ou seja, “grande aflição causada por desgraça ou infortúnio; tristeza, consternação”.
- Desde a destruição de Jerusalém e do templo, a história dos judeus tem sido a história das inúmeras perseguições que sempre caracterizaram este povo desde o ano 70.
21º SLIDE
- Neste quadro de guerras e de assolações, então, iniciar-se-á a última semana, cujo  iníciol, disse o anjo Gabriel, seria um “concerto entre o príncipe que há de vir e muitos” (Dn.9:27), concerto que terá a duração de “uma semana”, ou seja, sete anos.
- Este acordo entre o “príncipe que há de vir”, que é o Anticristo, e “muitos”, entendidos aqui como sendo a maior parte do povo de Israel, terá como objeto a restauração do templo, já que a “quebra do concerto”, na metade da semana, será “fazer cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (Dn.9:27).
22º SLIDE
- O cumprimento da última semana é algo futuro, algo que não ocorreu, pois ainda não há templo em Jerusalém onde se possam oferecer sacrifício e oferta de manjares.
- Tal acordo, entretanto, durará apenas até a metade da semana, ou seja, terá uma duração de três anos e meio, ocasião em que o “príncipe que há de vir” iniciará uma guerra contra os santos, como, aliás, já havia sido revelado a Daniel na visão dos quatro animais simbólicos (Dn.7:21,25), guerra em que será vitorioso, tanto que fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares.
23º SLIDE
- Este príncipe é chamado de “o assolador”, pois será permitido que vença os santos, e isso até à consumação (Dn.9:27), ou seja, até o término da semana, quando, então, se completarão as setenta semanas, mas este “assolador” sofrerá o juízo divino, conforme determinado e, aí, então, Israel será liberto do pecado.
- O príncipe promoverá uma “abominação”, o que permite inferir que haverá introdução de ídolos no templo de Jerusalém a ser reconstruído graças ao acordo entre Israel e o Anticristo.
24º SLIDE
- O assolador, porém, sofrerá o juízo que lhe está determinado, ou seja, será vencido por uma operação divina, o que lembra a “pedra cortada sem mão” do sonho da estátua de Nabucodonosor (Dn.2:44) bem como  a “quebra sem mão” da visão do carneiro e do bode (Dn.8:25).
- O profeta era, uma vez mais, consolado e, deste modo, nada poderia abalar a sua fé em Deus. Israel se converteria e as promessas de Deus se cumpririam no devido tempo.
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