1º Trim. 2015 - JUNIORES - Lição 1: O Deus Criador

1º Trim. 2015 - JUNIORES - Lição 1: O Deus Criador
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
1º Trimestre 2015
Tema: Conhecendo a Deus
Comentarista: Susana Cirqueira


LIÇÃO 1 – O DEUS CRIADOR

Ao Mestre
Prezado (a) estamos iniciando mais um trimestre, e com um tema de suma importância para os dias atuais de relativismo moral e espiritual - Conhecendo mais sobre Deus.

Como resultado da inversão de valores que atualmente presenciamos, o caos moral, espiritual e até mesmo na sensibilidade humana tem tomado proporções alarmantes. É como se as pessoas perdessem sua capacidade de raciocinar e refletir. O individualismo a cada dia, sendo mais exercitado através de redes sociais tem empobrecido o relacionamento - comunhão - tão necessário para o desenvolvimento pessoal do ser humano.
É o conhecer a Deus que reconduzirá a humanidade ao seu encontro, e a transformação individual e social tão necessária em nossos dias.

Prepare as liçoes, ore e coloque-se à disposção do Espirito Santo e o SENHOR fará abundar em ti a unção que precisas para conduzir seus alunos a Cristo.
Deus vos abençoe!

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir
 o aluno a compreender o poder criador de Deus e seu cuidado e amor por cada ser humano.


Memorizando
“Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas”. (Ap. 4.11 – NVI)

Toda a criação é resultado do poder criador de um Deus pessoal e onipotente. Ele criou todas as coisas existentes nos céus e na terra (At. 17.24).


Texto Bíblico: Gn. caps. 1 e 2.


Subsidio Teológico
Não é novidade da pós-modernidade  pessoas negarem a existência de Deus. Temos duas fontes de revelação sobre Deus, a Bíblia Sagrada e a natureza, que nos revela Seus atos na história humana. O Salmo 14.1, nos afirma que somente o insensato diz que não há Deus.

Teologicamente a doutrina da Criação do Deus Trino e Uno é de grande importância. É o conceito mais fundamental de Deus que conhecemos. No decorrer de sua história a Igreja lutou por manter com clareza a confissão de crer no Deus Criador. O Credo dos Apóstolos traz a frase:" Criador dos céus e da terra". A Declaração Trinitariana do Concilio de Nicéia (325 d. C.) fala do"Deus Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis". O Concilio de Calcedônia (451 d.C.) identifica Deus como "Soberano de tudo, Criador de todas as coisas".

A Igreja tem sustentado com firmeza essa doutrina em contraste com outras opiniões sobre Deus e a criação. O evolucionismo tenta impor suas especulações. O panteísmo ensina que Deus é tudo e tudo é Deus, ou seja, Deus é o mundo e o que nele há, filosoficamente isso é denominado de monismo. A Escritura Sagrada e a própria ordem harmoniosa do Cosmo nos declara um Deus Pessoal que cria, ordena e sustenta todas as coisas, não como parte do que criou, mas como Soberano no controle e manutenção de tudo.


Conhecendo a Pessoa do Criador
As principais características de Deus revelada é Sua Onipotência e amor. Ele possuí poder total, absoluto, e infinito. O relato da criação em Genesis no original hebraico é descrito com a raiz כרא (bãrã) que tem o sentido básico de "criar", que denota "iniciar algo novo do nada", ou seja, "trazer a existência" sem matéria preexistente. A criação mostra a majestade (Am. 4.13),  a ordem (Is. 45.18) e a soberania (Sl. 89.11-13) de Deus.

O relato de Genesis nos mostra que tudo foi criado por Sua palavra e vontade e sobre tudo exerce autoridade e domínio. As Escrituras Sagradas não apenas registra que Deus criou todos os astros e planetas, mas que os estabeleceu (Is. 40.26).
Um Deus poderoso, soberano e amoroso, o qual sustenta todo o Universo e cuida amorosamente de cada ser humano.


A ordem dos eventos da Criação
As fases da ação divina na Criação se estendeu por seis dias (que alguns interpretam como Eras Geológicas):
  1. Criação da luz cósmica (Gn. 1.3):Disse Deus: "Haja luz", e houve luz. A força de atração (Gravidade) e o choque dos átomos produziram a luz e o fogo.  "E a luz existiu". Imaginemos o clarão de uma imensa bola de fogo explodindo no espaço. (Calcula-se que essa explosão radioativa se deu há cerca de 18 bilhões de anos)
  2. Criação do firmamento(Gn. 1.6-8): Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras. Houve a separação, ordenação e solidificação das massas criadas.
    "E Deus chamou o firmamento de céu" (não se trata, ai porém, do céu/paraíso, mas sim da atmosfera terrestre). Uma parte daquela massa cósmica, solidificada, passou a constituir a terra propriamente dita.
  3. Aparecimento da terra firme e da vegetação(Gn. 1. 9-13): A partir do "terceiro dia", deixando os outros astros, que continuaram a se formar, Deus ocupa-se exclusivamente com a terra. Neste período (calculado por estudiosos em alguns milhares de anos depois de formada), a terra, em fusão, pelo contínuo resfriamento, passou do estado gasoso para o líquido. Continuando a perda de calor, formou-se a crosta sólida. "As águas que estão debaixo do céu juntem-se num só lugar e apareça o elemento árido. E Deus chamou ao elemento árido, terra e ao conjunto das águas, mares". Com o solo úmido e sob a influência do calor e da luz, formou-se o ambiente para o surgimento da vida. E nasceram as plantas.
  4. Organização do Sistema Solar(Gn. 1.14-19): No quarto dia Deus disse: "Sejam feitos, luzeiros no firmamento do céu e separem o dia da noite, sirvam para sinais e para distinguir os tempos, os dias e os anos". Pelo contínuo resfriamento da terra, com as águas exalando menos vapor, os outros astros tornaram-se visíveis e, ao mesmo tempo, a influência do sol se manifesta na distinção dos dias e das noites e nas estações do ano.
  5. Surgimento da vida marinha(Gn. 1.20-31): No "quinto dia" surgem os peixes e as aves. Pela primeira vez aparece a palavra VIDA. Aqui o autor volta ao verbo criar (omitido nos outros "dias"), querendo, talvez, significar que a vida, como a matéria bruta, só se poderia originar por especial intervenção divina.
  6. Criação de animais terrestres e do ser humano(Gn. 1.24-26): No "sexto dia", Deus fez os outros animais e, por fim, o SER HOMEM – o homem, como síntese, como acabamento, sendo em si todas a coroa de todas as formas de vida (vegetativa, animal e racional). O homem diferente das demais criações foi formado em duas etapas, primeiro a parte espiritual (Gn. 1.26,27), e a física que o Todo-poderoso modelou a parti de matéria preexistente - o barro - soprando depois nele o fôlego de vida. E depois de uma de suas costelas formou a mulher.
  7. No "sétimo dia", "Deus descansou". "E abençoou o sétimo dia e o santificou". Santificar, significa "reservar para Deus". "Descansando", "abençoando" e "santificando" o "sétimo dia", Deus nos adverte que o homem, elevando consigo as demais criaturas, deve voltar-se para Deus, onde tudo encontra repouso e consumação.


Aplicação da Lição
O ser humano foi criado a Imagem de Deus. Ao fazer isso, teve um objetivo, que o homem e mulher o tivesse como amigo. Essa amizade deve ser voluntária e fiel. Ao criar Adão, Deus formou toda a criação (cósmica, animal e vegetal) para que o homem vivesse confortavelmente, e todas as tardes conversava com Adão.

O termo Imagem de Deus significa que o ser humano é dotado das faculdades de raciocionar, de expressar emoções e de agir voluntariamente. Isso indica a capacidade que o ser humano possui de manter intima comunhão com seu Criador. Percebemos no capitulo 2, o ser humano surgindo como a coroa da criação, dando início a historia, na administração que Deus lhe confiou.

Enfatize aos alunos esse propósito pelo qual fomos criados, para ser amigos de Deus e glorificá-lo através de nossas ações e palavras. Que sempre Deus procura relacionar-se com o ser humano. Sempre o ajuda, nunca despreza. Ele nos quer compartilhar de sua eternidade conosco. Mas para isso temos responsabilidade a cumprir, conserva-nos NELE e proteger, preservar o planeta que nos foi confiado para administrar.


Fontes Consultadas:
·         BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição, 1889.
·         HARRIS, R. Laird; JR, Gleason L. Archer; WALTKE, Bruce K.Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição 1989, Reimpressão 2008.
·         ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã.São Paulo, Reimpressão em 1 volume, 2009.

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
 http://www.portalebd.org.br/classes/juniores/item/3751-juniores.html