1º Trim. 2015 - JUNIORES - Lição 6: O Deus que perdoa

1º Trim. 2015 - JUNIORES - Lição 6: O Deus que perdoa
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
1º Trimestre 2015
Tema: Conhecendo a Deus
Comentarista: Susana Cirqueira



LIÇÃO 6 - O DEUS QUE PERDOA


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a compreender que o perdão de Deus é completo e real, mas há uma condição para obter - um real e completo arrependimento, que é seguido de uma genuína mudança de vida.

Memorizando
“Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de bom grado”.(Is. 55.7 – NVI).

Quando Deus nos perdoa, põe um fim à situação desastrosa em que nós estávamos condenados à morte como consequência do nosso pecado de desobediência. Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno é restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal com ele fez conosco.


Texto Bíblico:Jo. 8.1-11.


Subsidio Teológico
Em Sua morte na cruz, Jesus foi morto injustamente. Ele morreu não para pagar o preço do Seu próprio pecado, por que nunca cometeu pecado, mas para pagar o preço os do mundo inteiro. Como podemos saber que todos os nossos pecados são perdoados por Deus?

"Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem... todos pecaram... [e são] justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus... mediante a fé, pelo seu sangue".(Rm. 3:22-25).

"Todos pecaram" mas por causa da "graça" de Deus, todos são "justificados", mediante a "fé" no poder purificador do "sangue" de Cristo. Quando somos justificados, Deus nos declara inocentes, eliminando a culpa de nossos pecados passados. E Deus nos declara justos; "justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo".

Por mais que nos esforcemos, jamais somos suficientemente bons, a fim de nos elevarmos a nós mesmos ao patamar no qual fomos criados a "imagem de Deus", mas podemos encontrar descanso real na aceitação graciosa de Cristo. Ele promete: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso" (Mateus 11.28). Todos nós que estamos sobrecarregados com o pecado e pelas dores de um sentimento de inadequação e vergonha podemos encontrar paz e completude em Cristo


A mulher adúltera
"E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando". (Jo. 8.3-4).

Assim, neste fato narrado no livro de João 8, vemos que somente a mulher adúltera é trazida ao mestre, para ser julgada. Desta forma, os fariseus começaram a sua hipócrita tentativa de induzir Jesus ao erro. A lei exigia que o casal adúltero fosse apresentado. Onde estava o homem que com ela cometeu tal pecado?

"Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera."(Lv. 20.10). Jesus sabia que para aquela geração corrupta, a vida daquela mulher não tinha valor algum. Ninguém se importava com as condições que a levaram àquele pecado. O que faria com que uma mulher, sabendo que a pena capital de morte seria aplicada, em caso de ser pega em flagrante adultério e, ainda assim, cometesse tal ato?


Promessas e Abandono
O medo do repúdio e do estigma, assombravam as mulheres do primeiro século. Era um certificado de péssima esposa. Qual homem, decente, com posses e considerado casaria com uma repudiada? O repúdio, para a mulher, mesmo que legalizado, era quase que ser "jogada no vento". Assim alguns homens judeus da época, usavam e consumiam a juventude de suas mulheres. Quando já não suportavam mais, repudiavam-na por qualquer motivo e procuravam outra mulher mais nova.

Por isso, mesmo com amargura no olhar e sofrimento no rosto, o medo fazia com que uma mulher desprezada por seu marido, já sem receber a devida atenção e carinho, continuasse a suportar o casamento.

E ali ela estava diante de Jesus. Abandonada, envergonhada, desiludida, enganada e xingada por todos aqueles homens insensíveis, próxima da morte. Vítima da vida. Quanta incompreensão.
Jesus olha para a mulher adultera e diz: "Vai e não peques mais"


O Amor de Deus Perdoa
O grande mestre que tudo discernia, abaixou-se a escrever no solo, dando tempo para que aqueles homens refletissem suas atitudes. Jesus estava dando tempo para que eles examinassem suas consciências primeiro.

Um cego não pode guiar outro cego. Quantas vezes aqueles homens tinham desejado a mulher do próximo. Quantos adúlteros não estavam entre eles? "E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela." (Jo. 8.7)

Que grande ensinamento! Aquela mulher pôde experimentar do grande amor de Cristo. Em sua íntima compaixão, Deus se importa com cada detalhe de nossas vidas. Ele sabe as dificuldades que cada um de nós enfrentamos. Inclusive na área sentimental.

E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. (Jo. 8.11).


Aplicação da Lição
Enfatize aos seus alunos que esta é a graça de Deus derramada por seu filho Jesus. Perdão sem cobrar nada por isso. Prova que Deus conhece e entende as dificuldades humanas. Como diz o escritor dos Hebreus: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." (Hb. 4.16)




Fontes Consultadas:

BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição, 1889.

BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional. São Paulo, Editora Geográfica, 9ª Edição, 2001.

HARRIS, R. Laird; JR, Gleason L. Archer; WALTKE, Bruce K.Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição 1989, Reimpressão 2008.

ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo, Reimpressão em 1 volume, 2009.


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
 http://www.portalebd.org.br/classes/juniores/item/3863-juniores.html