3º Trim. 2015 - ADOLESCENTES - Lição 1: O que é sociedade?

3º Trim. 2015 - ADOLESCENTES - Lição 1: O que é sociedade?
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES - CPAD
3º Trimestre 2015
Tema:Vivendo em sociedade
Comentarista:Telma Bueno



LIÇÃO 1 – O QUE É A SOCIEDADE


Ao Mestre
Amado (a) pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo estamos iniciando mais um Trimestrecujo tema vem de encontro ànecessidade de nossos adolescentes“Vivendo em sociedade”.
Ser professor de EBD da faixa etária de adolescentes requer muito mais que disposição. Requer muita dedicação e oração para que se possa atingir os corações desse grupo tão complexo em suas necessidades, pois estão em mudanças físicas e psicológicas.
É fundamental que o professor (a) reveja seus conceitos, mantendo-se nos princípios da Palavra de Deus, é claro. Mas que revise seus métodos;se aprimore, dedique-se verdadeiramente à pesquisas e na oração a cada aula que venha a preparar. Nesse período em que vivemos, a pós-modernidade, onde temos uma verdadeira avalanche de informações à disposição na internet, e outros meios de comunicação, mais do que nunca os professores precisam de aprimoramento, nossos adolescentes querem aulas dinâmicas, e cobram conhecimento prático.

Por essa razão preparemo-nos, com afinco e dedicação, sejamos zelosos, investigativos e criativos, mas acima de tudo roguemos à Deus a capacidade que necessitamos para desempenhar nossa função, e no poder do Espírito Santo vencermos os desafios, para que nossos alunos sejam alcançados pela Palavra de Deus, tornando-se servos fiéis e dedicados, expandindo o reino dos céus. Deus vos abençoe.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Compreenderque para ser fiel a Deus não precisamos estar alienados do social, desde que nos mantemos obedientes aos ensinos contidos na Palavra de Deus. Sabercontrastar e definir os valores sociais com as Escrituras, portando-se com equilíbrio e decência em nosso convívio social.


Para refletir
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2a - NTLH).

Brilhar como estrelas no céu escuro. É assim que deve ser nossa vida, nosso comportamento, em contraste com os que ainda não aceitaram a Cristo como Salvador. Devemos viver de forma semelhante como Cristo viveu na terra.


Texto Bíblico em estudo: Jo 17.15-19.


O que uma sociedade
Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é o objeto de estudo das ciências sociais, especialmente da Sociologia.

Em Biologia, sociedade é um grupo de animais que vivem em conjunto, tendo algum tipo de organização e divisão de tarefas, sendo objeto de estudo da Sociobiologia.

Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semiaberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros".

Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesses ou preocupação mútua sobre um objetivo comum. Sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.

Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, competidoras e conflitantes.


A sociedade pós- moderna
A pós-modernidade provoca o surgimento de uma nova religião e de uma nova ética, que em sua maioria, contradiz os moldes bíblicos para uma vida de santificação para com Deus e respeito com o proximo.. Sem compreender os valores e a cultura pós-moderna, torna-se difícil compreender as pessoas, os novos valores sociais e individuais e provocar uma mudança.
Vejamos algumas:

a) Materialismo:faz com que um indivíduo obtenha certo reconhecimento social pelo simples fato de ganhar muito dinheiro, ter objetos que todos têm ou que são moda no momento. Para isto, não se medem esforços e se cancelam os valores éticos: “ter” acima do “ser” ou “ter” para “ser”!

b) Hedonismo:A lei máxima de comportamento é o prazer acima de tudo, a qualquer preço. A busca de uma série de sensações novas e excitantes. O prazer é passageiro, sem compromisso e nem amor. O outro vale enquanto objeto de prazer sexual e cada um pensa na sua própria satisfação. Não há vínculos. Se consome sexo, tudo a baixo preço. É um momento de prazer fugaz, que não colabora para o amadurecimento da personalidade; é um consumo de sexo em diferentes versões. A pornografia, as revistas, os vídeos, os serviços telefônicos eróticos, etc., se converteram num grande negócio, no qual se exploram paixões mais ligadas aos instintos. “Essa juventude pós-moderna é fruitiva. Estabelece o dogma principal do prazer em torno do qual erige os cultos, os ritos, os símbolos. E busca um prazer a curto prazo, imediato, presente”.

c) Permissivismo:Tudo é permitido, o que arrasa os melhores propósitos e ideais. A busca ávida do prazer e do refinamento, sem nenhum outro questionamento. A ética permissiva substitui a moral, o que leva a um desconcerto generalizado. Tudo é bom, desde que você se sinta bem!

e) Relativismo:Tudo é relativo. A subjetividade dita as regras. Não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau e as verdades são oscilantes. Desta tolerância interminável, nasce a indiferença pura. Vale a ética do consenso, a opinião da maioria. Para Rojas, esse homem “padece de uma certa melancolia new look: instrumento de experiências apáticas” e L. Boff: “Disso resulta uma cosmovisão política e estética em relação à qual ninguém precisa estar contra, porque, irrelevante, não modifica o curso da história”.

f) Consumismo:Representa a fórmula pós-moderna da liberdade. O ideal de consumo da sociedade capitalista não tem outro horizonte, além da multiplicação ou da contínua substituição de objetos (ainda em perfeito estado de uso) por outros cada vez melhores. O resultado disto é a cultura do desperdício, onde se vive para consumir e essa é a única imagem valorizada. As grandes transformações sofridas pela sociedade, nos últimos anos, são, a princípio, contempladas com surpresa, depois com progressiva indiferença ou, em outros casos, como a necessidade de aceitar o inevitável. Colocar-se contra é como ir contra a maré. A propaganda cria falsas necessidades, objetos sempre melhores criam o desejo impulsivo de comprar. A permissividade prega a chegada de uma etapa decisiva da história, onde não há vencedores nem vencidos; por isso, deve-se aproveitar tudo e ir cada dia mais longe. Se tudo cai no ceticismo ou num individualismo fatal, o que ainda pode surpreender ou escandalizar? Isto produz vidas vazias, mas sem grandes dramas, nem vertigens angustiantes ou tragédias. É a metafísica do nada, pela morte dos ideais e a superabundância do resto. A consequência inevitável do consumismo se manifesta em duas crises: a econômica e a ecológica.

g) Nihilismo:viver a liberdade total é o ideal maior. O homem liberal é aberto, pluralista, transigente, tolerante, capaz de dialogar com quem defende posturas totalmente distintas e contrárias às suas, o que somente o leva a uma indiferença relaxada. Disso aflora a paixão pelo nada, que leva ao vazio, e tudo isso sem dramas, catástrofes ou vertigens trágicas. A pergunta principal é: por que não?

h) Relativismo e ceticismotêm um tom devorador porque desta mistura emerge um homem pessimista, desiludido. Reina a indiferença à verdade. Se não existe uma verdade, tudo é passageiro, frágil e provisório. Assim, surge a idéia de consenso como juiz último: o que a maioria disser é a verdade. No fundo, não existe uma verdade, cada um tem a sua, o que desemboca na impossibilidade de existir uma ética comum. No fundo, cada um faz o de que gosta e lhe dá prazer. No final, o que pode mais chora menos. Marca registrada ou constantes do homem pós-moderno

i) Pluralidade:Não existe um padrão, uma forma, uma uniformidade, uma antropologia, mas projetos antropológicos, uma variedade de projetos, resultando em contradições e fragmentos. “A tolerância, ao lado do pluralismo, é outro valor básico”.

 j) Novidade:O homem pós-moderno é aberto, criativo, não preso a formas e tradições, identificadas como “velhas” e “ultrapassadas”. A novidade não está somente em dar forma nova ao tradicional, mas criar algo genuinamente autêntico e com tom moderno.

e) Imersão no universo:O homem moderno se descobre imerso num universo maior que o circunda. Sente-se parte dele e tem a tendência a deixar-se levar pelos ventos. Suas fraquezas encontram nas forças da natureza justificativa plausível e desfruta os prazeres como partes do seu instinto.


Acomodar para não incomodar?
Atualmente, são poucos os estudos direcionados ao comportamento de um jovem cristão em meios seculares. Vários escritores despontam na mídia internacional com estudos sobre a educação temporal, contudo, ainda são escassos os materiais que possam ajudar um jovem cristão a "enfrentar" o mundo cognitivo. Mas o que a Palavra de Deus nos ensina?
Que o adolescente, o jovem e o adulto que professam amar a Deus e obedecer à verdade devem possuir aquele grau de domínio próprio e força dos princípios bíblicos que os habilite a ficar inabaláveis em meio às tentações, e a erguer-se por Cristo no colégio, nas casas em que estiverem, ou onde quer que se encontrem. A religião não é para ser usada apenas como uma capa na casa de Deus;os princípios religiosos devem caracterizar a vida inteira, deve mostrar onde estivermos que somos um povo diferente, especial, zeloso de boas obras (Tt.2.14).

Os que estão bebendo da fonte da vida não hão de, à semelhança dos mundanos, manifestar um ansioso desejo de novidades e prazeres. Em sua conduta e caráter, manifestarão tranqüilidade, paz e ventura que encontraram em Jesus, mediante o colocar diariamente aos Seus pés as suas duvidas e preocupações. Mostram que, no caminho da obediência e do dever, há contentamento e mesmo alegria. Tais pessoas exercerão sobre seus colegas uma influência que se fará sentir em toda a escola.

Um jovem sincero, consciencioso e fiel numa escola é um inestimável tesouro. O pai Celestial contempla-o amorosamente, e no Livro do Céu se acha registrada cada obra de justiça, cada tentação resistida e cada mal subjugado. Ele está deitando um firme fundamento para o tempo por vir, afim de poder alcançar a vida eterna.

Da juventude cristã depende, em grande medida, a conservação e a perpetuidade das instituições planejadas por Deus como meio de fazer progredir Sua obra. Não houve jamais uma época em que tão importantes resultados dependessem de uma geração. Quão importante, pois, que a juventude esteja habilitada para esta grande obra, a fim de que Deus Se possa dela servir como instrumento! Lembrando sempre de que os direitos do Criador em nossa vida, devem estar acima de todos os demais.


Conclusão
É isso que Deus espera do adolescente cristão. Que se mantenha nos princípios da Palavra de
Deus. Que não se deixem levar por “isso” ou “aquilo” que surge e passa. Mas que permaneçam
Nele, que aprendam Dele, que entreguem suas vidas à Ele. Se assim fizerem, verdadeiramente serão estrelas brilhando no céu escuro do pecado que há neste mundo.


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva
 http://www.portalebd.org.br/classes/jovens.html