3º Trim. 2015 - Jovens - Lição 2 - O processo de globalização I

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE3 2015
JOVENS - NOVOS TEMPOS, NOVOS DESAFIOS - Conhecendo os desafios do século XXI
COMENTARISTA: CÉSAR MOISÉS CARVALHO
COMENTÁRIOS - PR. MARCOS ALEXANDRE FERREIRA
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SETOR 19 GUARULHOS/SP



Alexandre Ferreira

LIÇÃO 2 - O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO


Desde as décadas de 80 e 90, o Processo de Globalização vem sendo assunto em todos os meios de comunicação tornando-se mais veemente com o aumento da tecnologia e dos meios de comunicação, destacando-se, como uma importante ferramenta nesse processo, as facilidades da internet.


Mas o que é Globalização e em que este fenômeno nos afeta como cristãos?


Definir a Globalização de maneira bem simples e fácil compreensão é apontar para a palavra “igualdade”, o plano de globalizar está relacionado a criar uma interdependência entre todas as nações do planeta e todos os povos, alguns denominam de criar uma “aldeia global”, um termo muito aplicado para os adeptos da Nova Ordem Mundial, globalizada mundialmente.



Lição nº 2 3º Trimestre 2015 Jovens – O Processo de Globalização.


Desde as décadas de 80 e 90, o Processo de Globalização vem sendo
assunto em todos os meios de comunicação tornando-se mais veemente com o
aumento da tecnologia e dos meios de comunicação, destacando-se, como uma
importante ferramenta nesse processo, as facilidades da internet.


Mas o que é Globalização e em que este fenômeno nos afeta como
cristãos?


Definir a Globalização de maneira bem simples e fácil compreensão é
apontar para a palavra “igualdade”, o plano de globalizar está relacionado a
criar uma interdependência entre todas as nações do planeta e todos os povos,
alguns denominam de criar uma “aldeia global”, um termo muito aplicado
para os adeptos da Nova Ordem Mundial, globalizada mundialmente.


 O objetivo deste novo sistema é que todas as pessoas da terra tenham o
mesmo comportamento, tenham as mesmas vontades, comam as mesmas
coisas e aprendam na escola o mesmo conteúdo.


 Embora este assunto tenha sido nas décadas passadas bem difundido
entre os cidadãos e, atualmente, extremamente difundido em nosso meio, ele
não é novo e existe desde as conquistas na história antiga.


O domínio mundial foi o desejo de todos os conquistadores da
antiguidade, temos vários exemplos da tentativa da globalização no passado.


O império Grego teve como característica a “Helenização”, isto é, o
processo de espalhar entre os povos conquistados a cultura grega, a língua
grega e até o comportamento grego. Com o império Romano não foi diferente,
o imperador de Roma ansiava por ver todos os povos com os mesmos hábitos  2
romanos.


 A Globalização data de muito antes disso ainda, no império Chinês, na
civilização egípcia e na Babilônia principalmente, que desejava espalhar a
todos sua cultura e comportamento religioso.


 No final dos anos 70 os economistas já difundiam o conceito da
globalização, procurando apoiar o comércio entre os países, sem barreiras ou
sanções comerciais e tributárias, com isso cairam muitas dessas barreiras de
importação, eliminou-se muitos impostos e fortaleceu-se grupos comerciais
internacionais como no caso do Brasil, o Mercosul.


 Cabe ainda ressaltar que se nos reportarmos ao livro do Genesis capítulo
11 veremos a primeira tentativa de Globalização.


 Contudo, como a Globalização visa somente interesses econômicos, o
individuo passa a ser somente uma ferramenta de manobra nas mãos dos
grandes o que acarreta a perda da sua individualidade uma vez que, esta nova
ordem mundial, passa a ditar o que é correto nos que diz respeito a todos
aspectos da vida humana, o que deve o cidadão adquirir, determina o que
comprar ou vestir, o que, muitas vezes, não estará ao alcance de todos.


 É justamente neste ponto, que nós como cristãos, devemos compreender
os perigos desse fenômeno tão iminente.


 O professor Elian Alabi Lucci, bacharel em Geografia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professor da rede particular
de ensino do estado de São Paulo, em artigo publicado na internet, diz que a
globalização, baseada entre outros fatores, na revolução tecnológica vem
acirrando, através da busca pela inovação, a competitividade entre as empresas
e que diante disto, as empresas para sobreviverem unem-se, fecham filiais,
cortam custos e o que é mais doloroso empregos. Todos esses fatos, diz ele,
nos remetem a um novo olhar para a Doutrina Social da Igreja, que não tem
por objetivo apenas o plano intelectual mas volta-se para um objetivo prático,  3
respeitando a dignidade de cada pessoa e cita quatro colunas que a
Globalização, com sua ideologia, está por derrubar:

A dignidade da pessoa humana. Esse primeiro princípio clássico é o que
proporciona o fundamento geral para os Direitos Humanos. Cada pessoa,
criada à imagem e semelhança de Deus possui uma dignidade inalienável e,
portanto, deve ser tratada sempre como um fim e não como um meio, como
vem acontecendo nesses tempos pós modernos regidos pela globalização. Em
sua carta encíclica Centesimus Annus, o Papa João Paulo II ressalta a
centralidade deste princípio: devemos ter presente que o que constitui a trama
de toda a Doutrina Social da Igreja é a correta concepção da pessoa humana e
de seu valor único. Daí que a Igreja não pense primeiro em termos de nações,
partidos políticos, tribos ou grupos étnicos mas sobretudo na pessoa
individualmente. A Igreja, como Cristo, defende a dignidade de cada ser
humano, de cada pessoa...

O bem comum. O Concílio Vaticano II define-o como "o conjunto de
condições da vida social que tornam possível às associações e a cada um de
seus membros obter a sua realização mais plena e o caminho mais fácil de
chegar a própria perfeição" (Gaudium et Spes 26; ver também GS,74; e
o Catecismo da Igreja Católica, # 1906). A "indeterminação" do "bem
comum" corresponde ao mistério da pessoa: o bem comum não é
exclusivamente meu ou teu e não é também a soma dos bens dos indivíduos,
mas deve incentivar a que cada um descubra que seu próprio bem deve estar
em comunhão com os demais. Por isso, o bem comum não pode ser entendido
como pertencente apenas a uma entidade abstrata como o Estado (ai de nós no
dia em que o Estado achar que tem a fórmula para operacionalizar o "bem
comum"!), mas sim aos cidadãos concretos, como pessoas chamadas a
viverem em comunhão.

Subsidiariedade. Foi formulado pelo papa Pio XI em sua carta encíclica de
1931, Quadragesimo Anno: "Verdade é, e a história o demonstra
abundantemente, que, devido à mudança de condições, só as grandes
sociedades podem hoje levar a efeito o que antes podiam até mesmo as
pequenas; permanece, contudo, imutável aquele solene princípio da filosofia
social: assim como é injusto subtrair aos indivíduos o que eles podem efetuar
com a própria iniciativa e capacidade, para o confiar à coletividade, do mesmo  4
modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades
menores e inferiores podiam conseguir, é uma injustiça, um grave dano e
perturbação da boa ordem social. O fim natural da sociedade e da sua ação é
subsidiar os seus membros, não destruí-los nem absorvê-los”. (QA, 79) Este
princípio foi formulado quando o mundo estava ameaçado por sistemas
totalitários, com suas doutrinas baseadas na subordinação do indivíduo à
coletividade, e volta a ter atualidade agora, quando a globalização reforça
exacerbadamente o poder de alguns poucos países ou de apenas uma única
potência hegemônica.

Solidariedade. Este princípio foi formulado recentemente pelo papa João
Paulo II na sua carta encíclica "Sollicitudo Rei Socialis" (1987). Para fazer
frente a globalização, a crescente interdependência das pessoas e dos povos,
devemos ter em mente que a família humana é uma. A solidariedade nos
convida a aumentar nossa sensibilidade para com os sofrimentos de nossos
irmãos que em algumas partes do globo são muito fortes. O Papa nos diz que a
solidariedade não deve ser entendida simplesmente como sentimento, mas sim
como uma virtude real, que nos permite assumir nossas responsabilidades de
uns para com os outros.

 O mundo caminha a passos largos para a implantação desse novo estado
de controle planetário, e isso nos lembra o texto Sagrado que nos adverte em
Apocalipse 12:12: “Por isso alegrei-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai
dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande
ira, sabendo que tem já pouco tempo.”



 Sabendo pois que estamos sendo inseridos nesse sistema maligno e
produzido para estruturar a Nova Ordem Mundial a missão fundamental da
Igreja Cristã é se proteger de invasões, fechar-se a introdução das ideologias
da Nova Ordem Mundial que estão sempre disfarçadas de caminhos corretos a
seguir e nos orientar, acima de tudo, pela Palavra de Deus.




Pr. Marcos Alexandre Ferreira