A salvação é por dinheiro?

A salvação é por dinheiro?
“ Uma Reflexão Momentânea “

- A Salvação é por dinheiro? -
Francisco Jacob Ferreira*

Francisco Jacob Ferreira Jacob


(...) Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 

                Hoje tempos modernos, tempo que revolucionam a todos de uma maneira espantosa, tudo é novo e tudo novo fica muito mais novo, chega dar medo da velocidade de todas as coisas e nos faz pensar o que será um pouquinho mais à frente, quero dizer, como será e como serão os que estiverem vivendo mais do que viveremos nós? Chega até dar um friozinho na barriga quando paramos e pensamos o que os nossos filhos e netos encontrarão ali na frente já que até a velocidade dos dias é de um jeito diferente de outros tempos passados, comemos o peru e o pernil do natal hoje e, de imediato, antes de fazermos a higiene bucal por assim dizer, já se está falando em festas juninas, ou perguntamos aos nossos filhos e netos: Ei! Vamos para a escola? Não! Já estamos de férias de meio de ano, e o tempo passou como se, num passe de mágica, voou ou se transladou. Quem sabe dizer, não é?
                Hoje comemoramos o aniversário de 40 anos, amanhã já estamos com meia dúzia de velinhas número 10 em cima de um bolo decorado e recheado de alguma coisa gostosa, melosa e açucarada demais que faz mal ao diabetes ou à pressão alta, porque a idade chegou e, com ela, as dificuldades na saúde, até porque médicos de família que faziam o acompanhamento periódico do cidadão necessitado de medicina já não existem mais, os tempos são outros verdadeiramente, hoje, médicos específicos para cada parte do corpo, um para o braço direito e outro para o esquerdo, pois é! O tempo passou e nós não vimos o seu passar em função do acúmulo de problemas destes tempos modernos e da modernidade de todas as coisas, tudo novo em toda hora nova. E assim lá vai o tempo, como diz os meus irmãos mineiros, lá vai, uai!!! Lá vai.
                Não é diferente na Igreja aqui na terra, vejam, falei Igreja do Senhor, não falei do Senhor. Porque, no Senhor, não existe mudança e nem sobra de variação porque Ele é imutável e não existe n’Ele sombra de variação mesmo (Tiago 1:17). Também sei que, na Igreja do Senhor na terra, muitos que dizem “Senhor, Senhor” não entrarão no reino dos céus (Mateus 7:22).Hoje temos novos pregadores, pastores apascentadores, outros pastores avivalistas, cantores gospel e não gospel, novas Igrejas, igrejas novas, novas denominações, denominações novas, por exemplo, igreja do Jesus bom, Igreja ministério fiel, Igreja de o bom caminhar, ministério vigiai, e assim vão surgindo muitas novidades que espantam e nos deixam apreensivos com tantas aparições, e todos com o mesmo intuito, arrecadar mais e mais, continuamente mais meios de sobrevivência. Nota-se que todos pregam sempre um meio de viver-se bem recebendo bênçãos com pequenos pagamentos mensais não intermitentes, porém ofertas contínuas para que se possa provar a DEUS que somos fiéis em Sua obra, pregam sempre que devemos semear muito para colher muito, apesar de que, literalmente falando-se de um plantio na terra não esteja isto errado, mas se usa de maneira enganosa este tema e expressão, e isto é pecado.
                 Usam Eclesiastes 11:1para uma proposta diferente do que ele na verdade se refere e representa, fico pensando cá com os meus botões: E se eu não tiver nada para dar? Não serei abençoado? Não poderei entrar no céu em função da minha pobreza? Ou então: sou pobre de “marré derci”, então sou amaldiçoado? Vejamos, o rico e o pobre foram feitos por DEUS.
(...) O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez.
                Não é verdade isto, não é verdade que temos a obrigatoriedade de estarmos doando coisas pessoais ou o que não temos para complementar o processo da salvação de nossa alma, existe a necessidade de colocarmos a mão ao arado sim, para que as necessidades da obra do Senhor nosso DEUS na terra sejam sanadas e ajudadas para que a Obra seja completa e eficaz, vivemos em um mundo capitalista onde tudo o que fazemos necessita de dinheiro, e que somente fazemos alguma coisa se tivermos os meios para fazer, e isto é certo, mas não da maneira apresentada hoje pelos que estão à frente de denominações, pedindo exorbitantemente e de maneira exploradora, cruel e enganosa o que possuímos emo doações, por assim dizer, alguns mais afoitos e inescrupulosos pedem até os bens materiais do fiel. A salvação é gratuita em termos financeiros e monetários, ela foi paga no madeiro cm moeda de (sangue) e incalculavelmente impagável por qualquer vivente, porque foi paga com o Sangue de Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO vertido na Cruz do Calvário lá no Gólgota de horror.
                Às vezes, observo a maneira insistente e implicativa como os apelos são feitos, e são feitos de forma eloquente a ponto de colocar-nos com problemas de consciência caso não doemos as quantias pedidas. Ora, ricos e pobres caminham juntos e ambos foi DEUS quem os fez (Provérbios 22:2), pobre entendo eu, é pobre; rico é rico, um tem outro não tem, e por não ter não se salvarão os que não têm? E os que possuem bens os ricos, já estão salvos automaticamente? Precisamos reavaliar o conceito de salvação que nos é apresentado nestes tempos modernos de velocidade transladada, tempos em que todas as coisas possuem um preço pré-estabelecido. Em Malaquias 3:10,  somos incentivados e até impelidos e convocados a trazer os nossos dízimos e ofertas alçadas à casa do tesouro, a casa do Pai celestial, para que haja mantimento e provisões na Casa do nosso DEUS, do nosso Pai e Ele nos garante que, quando trazemos, podemos fazer prova do nosso Provedor dos céus, nosso DEUS, que nos abençoa multiplicadamente não porque doamos e, sim, porque tivemos a fé de doar em Sua obra e, para termos certeza das bênçãos provenientes da doação da liberalidade do espírito, mas isto é uma questão de fé e caso, por qualquer motivo alheio à vontade de doar e que não seja a falta da fé, não venhamos a ter o dízimo para dizimar, não seremos por isto punidos ou castigados e não abençoados. Colaborar na obra do Senhor é um dever cristão e deve ser também um prazer, é uma obrigação de fé porque sem fé é impossível agradar a DEUS (Hebreus 11:6), é uma necessidade de plantarmos para poder também colher, mas não da maneira que nos é colocada, apresentada nestes dias de tempos modernos com velocidade transladada, em que homens líderes de tantas arrecadações em suas denominações chegam a fazer parte de entrevistas, até como protagonistas em matérias e comentários em revistas especializadas na área de avaliar quem possui o poder aquisitivo acima da média dos meros mortais.
                Saibamos todos nós que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada, disse o Senhor JESUS CRISTO (Mateus 24:2), então, acredito e creio piamente que as ostentações de templos magnânimos e suntuosos não são necessárias. É necessário, sim, um investimento maciço na pregação da Palavra de DEUS; é necessário, sim, um investimento maciço na escolaridade bíblica de cada fiel ou obreiro a serviço da Obra do Mestre JESUS CRISTO na terra, na feitura de material didático da Palavra de DEUS, na disseminação da Palavra para massas necessitadas de salvação que caminham a passos largos para o inferno; investimentos naqueles que possuem o dom de ir pelos valados à busca de pecadores; precisamos, sem sombra de dúvida, de templos lindos e confortáveis para o acolhimento de todos os que se predispõem a ouvir a Palavra de DEUS, tais templos são diferentes de edificações para que se ostente um poderio financeiro à custa de exploração da fé.

(...) E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. 
(...) E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
(II Pedro 2:2)
                Tenho, por certo, que devemos, e que precisamos, e temos a obrigação, como fieis e servos do DEUS vivo, de trazer os nossos dízimos à Casa do Tesouro, que é a Casa do Nosso DEUS, o nosso Pai celestial, para que nela exista provisão para todo o serviço que nela necessite ser feito, e que nos sejam dadas as bênçãos dos céus pela fé e liberalidade que temos, porém precisamos tomar um cuidado a mais quando nos colocam que a salvação é por meio de doações infindas e continuas, sem medidas ou regras. Devemos observar se nos impingem condições para que possamos entrar no céus, embora saibam que a única condição para entrar no céu é a obediência, é o aceitar a JESUS CRISTO como o nosso único e suficiente Salvador e reconhecermos que, sem Ele, nada podemos fazer ou ser ( João 5:19) -(João15:5). Devemos, sim, é obedecer à Palavra do Senhor, nosso DEUS, de maneira que agradeçamos a Ele todas as coisas, agrademos a Ele quando estamos na fé e na crença que Ele, e somente Ele, é o Senhor de nossa vida, e assim iremos trazer com alegria os nossos dízimos e ofertas alçadas à Casa do nosso Pai celestial para que vivamos com abastança.
(...) Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
(...) E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.
(...) E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.
(Malaquias 3:10-12)
(...) Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra. 


* Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém - SEtor 5 (Osasco/SP) - Jd. Rochdale I/Vista Alegre.
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