ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 12 - Revista da Editora Betel


O Princípio de Honrar aos Pais
20 de dezembro de 2015

Texto Áureo
“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”. Romanos 13.7

Verdade Aplicada
A honra é um mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada.

Textos de Referência.
Dt 27.16 – Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe! E todo o povo dirá: Amém!
Mt 15.5 – Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,
Ef 6.1-4
1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

Introdução
A maior crise do desenvolvimento social de qualquer país é a ausência de pais no lar. Enquanto muitos tentem redefinir o casamento, estudos científicos comprovam que não existe um substituto para os genitores.

1. O princípio de honrar aos pais.
A educação dos filhos começa no lar. É responsabilidade dos pais ensinar seus filhos e prepara-los para serem pessoas íntegras, produtivas e responsáveis.

1.1. Uma definição de honra.
A palavra honra se deriva do latim “honor”, que significa: respeitar, decorar ou ornamento. De acordo com o dicionário, a palavra honra tem os seguintes significados: grande respeito e estima dada a outrem; nobreza de mente, retidão; dignidade, especialmente a que se outorga a altas posições; cortesia social. No hebraico é “hadar”, e sempre indica sinais de respeito, obediência a pessoa e leis (Pv 21.21). A honra é o resultado da soma de todas as virtudes. É o justo sentimento de reconhecimento, não somente de uma posição em si, mas de alegria em dar a outrem aquilo que é por si mesmo ou conquistou (Rm 12.10; 13.7).

1.2. Honra aos pais, um mandamento com promessa.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a honra aos pais aparece vinculada a uma vida longa (Êx 20.12; Ef 6.2, 3). Isso não é mágica ou milagre, é uma realidade social. Se os pais forem responsáveis para com seus filhos e não fracassarem, não haverá tanta violência no mundo; os jovens completarão maior idade sem o risco de morrer na juventude. Esse é um mandamento com promessa: (Honra a teu pai e a tua mãe. Para que? Para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a terra”. O que isso significa? Menos delinquentes no mundo, prisões vazias, vida prolongada, paz nos lares, amizade entre pais e filhos. É isso que Satanás almeja destruir com a desintegração da família.

1.3. A desonra e a repentina ceifa.
Deus vinculou honrar aos pais a uma vida longa, isto significa que a taxa de mortalidade de um país está relacionada à desonra aos pais (Pv 20.20). Jesus está se reportando aqui aos filhos maldizentes, aqueles que falam mal de seus pais, que são injustos e que os traem negando suas responsabilidades (Pv 17.25; 23.22). A desonra aos pais é um mal que assola as nações, o que resulta em uma maldição nacional (Ml 4.6). Os noticiários estão cheios de histórias bizarras envolvendo filhos e pais, jovens morrendo prematuramente e a única maneira de frear essa maldição é não fracassando na paternidade.

2. Pais responsáveis, filhos idôneos.
Não é o fato de gerar um bebê que nos torna pais. Qualquer esperma que atingir um óvulo vai fecunda-lo, isso inclui também os animais. Paternidade é diferente de concepção biológica. Ser pai é uma posição e uma função, não é um título ou um nome.

2.1. A diferença entre função e posição.
Deus fala sobre honrar um pai, não necessariamente uma pessoa. Pai não é a pessoa, mas a maneira como ele funciona no nascimento e na origem da criança. Aquele que dá a origem deve também: proteger, sustentar, guiar, preservar, ser um exemplo (Is 40.26). Pode ser que não gostemos de muitas coisas em nossos pais, mas devemos honrar sua posição, respeitá-la e estimar. Pois, se depreciamos a posição, destruímos o poder e a autoridade conferidos a ela (Rm 13.7). Por outro lado, os pais devem serem respeitados. Isso significa que existe algo que eles devem fazer para sustentar essa posição, o que inclui presença e acessibilidade. Os filhos precisam de ajuda, de conselhos e de pais que possam lhes socorrer (Pv 1.8; Ef 6.4).

2.2 Pais são protetores.
A experiência de vida conduz os pais a calcular os riscos e os benefícios das ações e atitudes, levando-os a optar pelo seu prático e seguro. Geralmente, os filhos agem pelos impulsos e só depois é que pensam nas consequências. Funcionar como pai é sempre se lembrar dos erros da juventude e prevenir os filhos para que não repitam os mesmos deslizes (Pv 22.15). Proteção é um fator real na vida paterna e isso independe da idade que os filhos alcancem. E o que não dizer das mães? Elas são tão protetoras que sentem a necessidade de estar a todo o tempo cuidando, até mesmo depois que os filhos se casam. Esse é um instinto natural dos pais (Is 49.15).

2.3. Pais gastam tempo com os filhos.
Existem coisas que, como pais, acreditamos ser importantes para nós. Porém, elas podem não ter a mesma importância para nossos filhos. Provavelmente, eles não se lembrarão ou não darão muita relevância às situações que consideramos de grande valor. Existem algumas coisas que são simples, mas que marcam a vida e deixam impressões que nunca se apagarão (Pv 22.6). Uma dessas coisas é termos tempo para passar com nossos filhos. Esses momentos comuns e gloriosos dos quais eles jamais tirarão da lembrança (Ec 3.1). A maior glória que um pai ou uma mãe pode alcançar é fazer algo que seus filhos considerem de extrema importância, não importando quão simples ou trivial possa parecer.

3. Conselhos importantes aos pais.
Neste tópico, destacaremos três pontos importantes que podem em muito nos ajudar no convívio com nossos filhos.

3.1. Os pais devem ser exemplos.
Os filhos são grandes aprendizes. Eles assimilam melhor pela observação e pela imitação. Por isso, não devemos viver de uma maneira e dizer aos nossos filhos para que vivam de outra. O velho ditado “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” é uma receita pronta para a falência dos pais. Se nossas palavras dizem algo e nossas atitudes representam outra coisa, nossos filhos escolherão reconhecer as atitudes e ignorar nossos aconselhamentos. Por essa razão, precisamos ser muito cuidadosas e viver exatamente do modo que desejamos que os nossos filhos vivam (Pv 17.6).

3.2. Os pais devem respeitar os filhos e inspirar neles confiança.
Deus fez as crianças para brincar. É justamente assim que elas conseguem aprender e se tornam criativas. Elas aprendem a socializar e a relacionar-se com outras pessoas adequadamente por meio de jogos brincadeiras e não pelo trabalho. Crianças não são adultos em miniaturas. É errado tratá-las dessa maneira. Elas precisam de uma orientação paciente e instruções cuidadosas, disciplina consistente e limites claros e definidos (Pv 22.15; Cl 3.21). Todas essas coisas são vitais para gerar na criança um sentimento de segurança e proteção. Quando se sentem protegidas, elas crescem livre do medo, da ansiedade e dos problemas psicológicos. Não podemos trata-las como serviçais e escravas dentro de casa.
Informe para os alunos que existem pais que esperam e exigem muito das crianças. Reforce para eles que nosso trabalho como pais não é treinar bons trabalhadores para suprir nossas horas de ausência, mas criar uma descendência idônea (Sl 45.16).

3.3. Os pais devem ser honrados.
Se honrar é um mandamento, é possível que os pais possam ser desonrados (Mt 15.5). Se Deus dá uma ordem é porque essa ordem pode também ser cumprida e isso implica em que devemos fazer jus a tal merecimento. A honra deve ser dada àqueles que cumprem verdadeiramente seus deveres como pais. Mesmo que não sejam pais biológico, contanto que tenham a posição e funcionem (Rm 13.7). Abraão foi chamado “pai de uma nação” porque funcionou como uma fonte. Ele não somente gerou a Isaque, mas cuidou dele, e o treinou e mentoriou para se tornar um crente em Jeová exatamente como ele (Gn 17.1-9; 26.1-5).

Conclusão.
O nosso cotidiano e as muitas responsabilidades do lar podem nos distanciar de nossos filhos e, no afã de reparar o tempo perdido, suprimos essa ausência com presentes. É preciso entender urgentemente que o melhor presente que um filho pode receber é um pai presente.