ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7 - Revista da Editora Betel


Cultivando o Diálogo, a renúncia e a tolerância
14 de fevereiro de 2016

Texto Áureo
“Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência" Pv 1.2

Verdade Aplicada
O homem sábio é aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus. Ele constrói sua casa e seus relacionamentos sobre fundamento sólido.

Textos de Referência
Ef 4.2 – Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros.
Ef 4.3 – Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Fp 2.2 – Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
Fp 2.3 – Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
Fp 2.4 – Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.

Introdução
O diálogo leva a compreensão do que o outro pensa e sente. A renúncia é a compreensão de que não se pode agir sempre como se gostaria. A tolerância faz parte do sentimento de que todos falham e de que ninguém é perfeito.
1. A eficácia do diálogo na comunicação
As pessoas precisam aprender a se comunicar. Sem um transmissor e um receptor a comunicação não se efetiva.O monólogo não é suficiente para duas pessoas se relacionarem. Existem várias formas de comunicação, mas a mais eficiente é o diálogo. O ato de dialogar deve ser estimulado e treinado, pois quem tem uma boa comunicação se sobressai.  

1.1. Ouvir e falar no momento certo 
No diálogo é preciso saber falar e ouvir no momento certo. O diálogo desarma o silêncio diabólico. Com o diálogo se quebra o gelo e as barreiras caem. Sem o diálogo tudo se esfria, se distancia, há um vazio, há uma barreira, um isolamento. Mas com o diálogo se renova o compromisso, as pessoas ficam mais unidas, se conhecem melhor e aperfeiçoam os laços. A Bíblia diz em Eclesiastes 3.7 que há tempo de falar e tempo de ficar calado, saiba discernir isto. Não podemos atropelar quem está com a palavra, nem responder antes da hora, mas quem fala precisa dar oportunidade para quem está ouvindo para se expressar também.   

1.2. Promover a edificação
O diálogo precisa ocorrer de forma clara e objetiva, sempre trazendo a edificação. Se a pessoa não se expressar, o seu cônjugue não saberá o que ela está pensando nem as suas necessidades. A conversa clara e objetiva, sem rodeios, será salutar para a vida do casal. O diálogo de coisas passadas que fizeram mal ao casal deve ser evitado, sob pena de se abrir feridas já cicatrizadas. Tudo que não traz edificação deve ser desprezado (1Co 10.23)
1.3. Verdade, educação e respeito
O diálogo precisa ocorrer com verdade, educação e respeito. A honestidade e a sinceridade precisam prevalecer. Muitos lares estão contaminados com a mentira, um vício na comunicação. Cuidado! Apocalipse 21.8 diz que ficarão de fora todos aqueles que amam e praticam a mentira. Não pense que a verdade irá ferir a pessoa amada, desde que ela seja transmitida com amor e com educação e respeito, pois a verdade deve libertar e dar vida, jamais ferir ou matar a pessoa (Jo 8.32). Cuidado para não perder o respeito. A Palavra de Deus diz que é mais difícil reconquistar uma pessoa que foi desrespeitada ou ofendida do que uma cidade fortificada.

2. A vida é marcada por renúncias 
Jesus disse aos Seus discípulos: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me" (Mt 16.24) Para tudo na vida há necessidade de renúncias. Para o casamento não é diferente. Muitas coisas que gostamos precisamos renunciar ou negociar com o nosso cônjugue, pois não se admite posições ferrenhas e radicais no casamento.    

2.1.  O fortalecimento da harmonia
A renúncia de posições radicais fortalece a harmonia. Renunciar dá uma conotação de se esvaziar de si mesmo, tirar o egoísmo e trabalhar em benefício da união e unidade no casamento. Renunciar posições radicais que nada contribuem ou acrescentam ao casamento, a não ser conflitos e desgastes. Precisamos também renunciar a forma grosseira, agressiva e ignorante de tratar a pessoa amada, pois só tira a paz e corrói o amor. 

2.2. Um dever para os casados
A renúncia da vida de solteiro é um dever para os casados. Depois de casado, precisa-se abrir mão do
individual em benefício do mútuo. Para estar casado não se pode viver um vida como se estivesse solteiro, não tendo hora de chegar em casa, saindo a hora que bem quer, estando com quem quer, tendo a mesma vida que levava quando tinha liberdade de fazer o que queria. Os amigos de solteiro ou passam a ser amigos do casal ou precisam ser analisados para se tomar uma decisão inteligente. As amizades antigas podem causar ciúmes ao casal, o que é prejudicial ao casamento.

2.3. Deve partir dos dois lados
A renúncia deve partir dos dois lados, isto é, marido e mulher. Para um casamento duradouro é necessário uma boa dose de renuncia. Exige-se que a renúncia tenha pista dupla, deve partir dos dois lados. Isto requer maturidade, amadurecimento e sabedoria de ambas as partes. O homem não pode agir com machismo, sem nunca abrir mão das suas posições. O marido precisa olhar para a mulher conforme está registrado em 1 Pedro 3.7: "Igualmente vós maridos vivei com elas com entendimento, dondo honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações". A correspondência também é recíproca, uma vez que a mulher não deve relegar o marido a segundo plano.

3. A tolerância requer paciência
Tolerar é aceitar o cônjugue com a sua personalidade. É amá-lo e respeitá-lo. É aceitar como a pessoa é. É suportar as imperfeições. É esperar crescer e adquirir maturidade. O namoro e noivado são estágios probatórios para o casamento, mas muitos casaram pensando que poderia mudar a natureza de seus cônjugues após o casamento, mas hoje descobriram que isto é muito difícil. Agora precisam aprender a conviver com algumas situações que não são o ideal, mas resta ter paciência e suportar uns aos outros em amor (Ef 4.2; Cl 3.13) 
3.1. Tolerar as tradições do cônjuge
Todos nós temos as nossas tradições que envolvem a família, a religião, os costumes, as comemorações, a formação, a alimentação, etc. Muitas coisas que as pessoas fazem passaram de geração para geração, de pai para filho. As comemorações que marcam dias especiais na família são uma coisa muito particular. A alimentação é regional e muitos preservam as comidas típicas do seu estado. A concepção religiosa de usos e costumes variam de pessoa para pessoa, mesmo dentro da mesma denominação.

3.2. Tolerar as limitações do cônjugue
Todos nós temos os nossos limites, isto é, vamos até um determinado ponto, depois não conseguimos mais avançar. Os cônjugues precisam entender isto. Não adianta exigir além das possibilidades físicas e intelectuais. Cada pessoa tem um capacidade de absorção e de assimilação. O nosso desenvolvimento intelectual diferencia um do outro. Um dos cônjugues pode chegar mais longe nos estudos ou galgar uma posição social de mais destaque, mas isso não lhe dá o direito de desprezar a pessoa amada. O limite pode ser diferente do outro, mas não devemos nos desesperar, porque isto é normal.
3.3. Tolerar as imperfeições do cônjugue
Todos nós temos falhas, um mal costume, ou mesmo um cacoete. Sempre temos algum coisa que desagrada o outro. Mas a maturidade diz que é preciso tolerar as imperfeições do conjugue e tentar ajudá-lo a corrigir as falhas com amor e respeito. Nunca devemos zombar ou criticar a pessoa amada por um defeito, pois talvez não tenhamos o defeito dela, mas em contrapartida, temos um defeito que ela não tem. Nunca podemos pensar que somos perfeitos, que não temos imperfeições e que não carecemos de nenhuma melhora.  

Conclusão
É extremamente necessário para quem almeja viver dias felizes e ter um casamento alegre e duradouro atentar para a seguinte orientação: "Não se esqueça jamais de cultivar atitudes que coloquem essas três palavras em evidência: diálogo, renúncia e tolerância".
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