VLADIMIR PUTIN BUSCA EXPANDIR A UNIÃO EURASIANA SOBRE A CRISE DA UNIÃO EUROPEIA; UM LEVANTE NEO-SOVIETE ESTÁ POR VIR?


A revista norte-americana Forbes estima que o presidente russo, Vladimir Putin, está trabalhando para conseguir a adesão de China e Índia à União Econômica Euroasiática (UEE), fundada em 2014 a pedido do presidente cazaque Nursultám Nazarvayev, e que engloba na atualidade a Rússia e vários de seus aliados dentre as ex-repúblicas soviéticas. Isto deveria levar a UEE a converter-se em um rival econômico de peso frente à UE, que se encontra em um estado de grande debilidade.


Rússia, Casaquistão, Bielo-rrúsia, Armênia e Quirguistão são membros da UEE. Trata-se de um grande mercado de 20 milhões de quilômetros quadrados e 180 milhões de habitantes, que se contorna como um dos grandes blocos econômicos do mundo.



Forbes informou que Putin mostrou durante o Fórum Econômico Mundial em São Petersburgo o interesse da Rússia por desenvolver sua cooperação com os dois gigantes asiáticos.

Putin também citou o Irã durante o Forum de São Petersburgo, ao que chamou a aportar seu grão de areia na construção da UEE. “Desejamos ver extender-se a participação para que a UEE se desenvolva. Reinvidicamos uma aproximação aos países com os quais mantemos uma estreita colaboração, tais como Irã, China e Índia”.

Para o Irã, a UEE supõe também um grande mercado para os seus produtos e empresas devido à sua proximidade geográfica e oportunidades de negócio.

Até 40 países se declararam dispostos a participar no projeto russo para lançar uma parceria entre a Eurásia e a Europa. “Podemos aportar nossa experiência em diversos setores, incluindo os investimentos e o comércio”.

Rússia e China manterão entrevistas em setembro para analisar o papel de Pequim no seio da União Econômica Euroásiática.

Segundo a Forbes, a Rússia vê nesta união um “círculo de fogo” frente à influência da União Européia.

No que se refere às tensões que opõem a Rússia e a UE desde 2014 devido aos transcorrer da crise da Ucrânia, Putin disse: “Moscow põe o acento no processo de recuperação da confiança e todas as medidas que tomou vão no sentido da normalização das relações recíprocas. A Rússia não é rancorosa a este respeito, mas insiste no fato de que este processo não pode ser unilateral. A Rússia está disposta a cooperar com a UE”.

Traduzido para publicação em Dinâmica Global.




Via: Almanar e ApocalipseNews