Estudante que acusou Feliciano de estupro pode ter prisão preventiva decreteda


Patrícia Lélis acusa Marco Feliciano de estupro e sequestro, mas agora está investigada por extorsão. (Imagem: Revolta Brasil)


Patrícia Lélis está sendo investigada por denunciação caluniosa, extorsão e por ter pedido que o assessor de Marco Feliciano matasse um homem. Talma Bauer negou o pedido.

A Polícia Civil de São Paulo indiciou a jornalista e estudante de Direito, Patrícia Lélis por denunciação caluniosa e extorsão. A jovem acusou anteriormente o deputado pastor Marco Feliciano (PSC - SP) de estupro e até mesmo sequestro. As informações foram confirmadas pelo delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial (DP), Santa Ifigênia, em SP.

A divulgação recente de imagens das câmeras de segurança do Hotel San Rafael, no Largo do Arouche, no Centro de São Paulo, mostra Patrícia e Talma Bauer - assessor parlamentar de Feliciano e a quem ela acusa de ter executado o 'sequestro' - conversando normalmente, na área da recepção.

Agora, a investigação mira Patrícia, devido a essa e outras provas, que contestam a acusação da moça contra o parlamentar. Segundo Patrícia, a ação de Bauer ocorreu após ela divulgar que o deputado Marco Feliciano tentou estrupá-la em Brasília.

A Polícia Civil de São Paulo afirmou que, além da suspeita de denunciação caluniosa e extorsão, Patrícia também está sendo investigada por causa de uma gravação, obtida pela polícia, na qual ela teria ordenando que Bauer matasse um amigo dela. O assessor, que também é chefe de gabinete de Feliciano, foi policial civil e hoje está aposentado. Ele teria se recusado a obedecer a estudante.

As investigações correm desde que Patrícia fez uma uma denúncia formal. No dia 5 de agosto, a jornalista registrou um boletim de ocorrência na delegacia contra Bauer. O assessor chegou a ser detido, mas foi liberado após prestar depoimento.

Caso sejam somadas, as penas dos crimes de denunciação caluniosa e extorsão podem chegar a 20 anos de prisão. A defesa de Lélis contestou o indiciamento, afirmando que a medida foi precipitada.

Ao lado da esposa, Marco Felciano gravou um vídeo no qual afirma que Patrícia Lélis está espalhando boatos. (Imagem: Youtube)

Segundo o delegado Luiz Roberto Hellmeister, Bauer admitiu em depoimento que chegou a pagar R$ 20 mil a um amigo de Patrícia, para que, em troca, ela deixasse de acusar o deputado da tentativa de estupro em Brasília. Mas o 3º DP ainda apura a suspeita de que a jornalista teria cobrado R$ 300 mil para não fazer a denúncia.

Em nota oficial, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) disse na última quinta-feira (18) que o indiciamento da estudante Patrícia Lélis pela polícia civil de estado de São Paulo, reafirma que ele é inocente perante a Justiça.

"Boatos são boatos e nunca serão verdades! Seguimos confiantes de até o término das investigações", diz a nota.

Segundo o jornal Estado de São Paulo o delegado Luiz Roberto também confirmou que a estudante pode ter sua prisão preventiva decretada.

“Ao término do inquérito, que já está no segundo volume, vou pedir a prisão preventiva dela”, disse o delegado

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