Lição 12: A Evangelização Real na Era Digital (Adultos)


Peço licença, para transcrever o estudo realizado por meu filho, Gunar Berg, quanto à evangelização na era da informação.
O mundo está mudando rapidamente. Você já pensou nisso? Tenho certeza de que sim. Mas até aí, nada de novo, pois tudo vem mudando desde que o mundo é mundo. As culturas são vivas e estão em constante transformação. As sociedades acomodam-se, invariavelmente, a novas demandas e condições. Logo, a mudança, em si mesma, nem de longe é uma surpresa. Por conseguinte, o sobressalto dos nossos dias não é a transformação, mas a velocidade com que ela acontece.
Um dia, meu pai trouxe para casa um LongPlay... (Permita-me um longo parêntese: isso aconteceu há vinte anos. Desde então, presenciei a morte do LP, o nascimento e a extinção do CD, a passagem meteórica dos pen drives e a apoteose das músicas arquivadas na nuvem. Em duas décadas, três tecnologias surgiram e três foram sepultadas. Quanto ao velho LP, logrou reinar absoluto por sessenta anos — as coisas estão de fato mudando rapidamente.)
Voltando ao caso... Um dia, meu pai trouxe para casa um LP com mensagens radiofónicas gravadas pelo grande comunicador cristão Roberto Rabello. Enquanto o disco girava na vitrola, eu imaginava o exato momento em que aquelas pregações eram irradiadas ao vivo pelas transmissoras — o ruído da agulha contra o vinil era igual aos das ondas de amplitude modulada que chegavam aos aparelhos antigos. O toca-discos era uma máquina do tempo.
A primeira mensagem do Lado A daquela bolacha contava algumas curiosidades. Com voz calibrada e leitura magistral, o pastor Rabello relembrou o tempo quando os primeiros trens começaram a circular pelos Estados Unidos, cruzando a grande nação de costa a costa. Diante da novidade, os jornalistas descreviam o assombro que era viajar a incríveis 60 quilómetros por hora. Nessa época, o responsável pelo escritório de patentes norte-americano concluiu que seu trabalho chegara ao fim, pois nada mais havia para ser inventado pelo homem. E com deliciosos outros exemplos, aquela pregação cravou em mim a certeza inabalável de que a Bíblia resistirá não só às mudanças, mas à velocidade com que elas acontecerem: “0 céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35).
- Gunar Berg

I. VELOCIDADE E ANGÚSTIA
O tempo presente tem sido chamado de a era da informação. Apesar de adequado, a nomenclatura exige alguma reflexão. Se esta é a era da informação, seria correto supor que já houve uma era de desinformações? Alguém pode pensar que sim, mas não existiu. Nem mesmo durante a Idade Média, que entrou para o imaginário histórico como o período das trevas, houve desinteligência. A grande diferença entre o presente e os tempos idos é a velocidade com que as informações se multiplicam e se propagam. São duas, portanto, as principais características da era da informação: o conhecimento e a celeridade (esta é o nosso grande desafio).
O principal fruto da rapidez das informações não é a facilidade, mas a angústia. É tão forte o incômodo pelo imediatismo que, no Japão, é comum os adolescentes serem humilhados virtualmente pelos amigos, caso demorem em responder-lhes às mensagens instantâneas via celular — pois, se são instantâneas, por que a demora? Alguns simplesmente não resistem à pressão e suicidam-se.
A sanha pela presteza é tal que aquilo que, há bem poucos anos, era considerado o suprassumo das comunicações tornou-se praticamente inútil. O e-mail, como sabemos, nasceu com os dias contados. Sem cerimônia, ele desbancou as tradicionais cartas para, em seguida, ser pisoteado peloMessenger e sepultado pelo WhatsApp; a pá de cal não demora a chegar. Estes e muitos outros recursos, embora úteis, têm-se mostrado nocivos. Apesar de não serem intrinsecamente maus, não deixam de causar-nos algum mal.
A angústia pela velocidade está roubando-nos a noção de tempo. Antes dos transportes mecânicos ultravelozes, preocupávamo-nos não com o tempo, mas com as distâncias. Os viajantes que seguiam a pé, ou nos lombos de alguma montaria, planejavam suas viagens em quilómetros, pois não tinham como tornar mais rápidos os passos dos animais ou os seus próprios passos. Mas tão logo os trens, os automóveis modernos e os aviões supersônicos começaram a dominar essas e outras rotas, as viagens passaram a ser planejadas não pela extensão, mas pelo tempo — a pergunta mudou de “Qual a distância?” para “Quanto tempo até chegar?”.
1. Ser sem estar presente. Depois de relativizar os quilómetros de uma jornada, a velocidade chegou finalmente à informação e à comunicação. A partir do tráfego de dados na rede mundial de computadores, até mesmo o sentido de estar foi mudado. Isso fica bastante fácil de compreender em nosso idioma, pois a língua portuguesa distingue o ser e o estar. As videoconferências permitem-nos ser presentes sem estar presentes. Converso quase todos os dias com meu filho, eu no Rio de Janeiro, e eles em Paulínia, separados por 600 quilómetros. Ele me vê e também a casa em que morou. As pessoas e os lugares mais distantes estão próximos de nós tanto quanto os dedos estão perto da tela de um smartphone. E como foi que isso mudou a noção de tempo a que nos habituamos?
Durante os tempos do Brasil colônia, uma viagem entre Portugal e o Novo Mundo durava, em média, 60 dias, dependendo dos ventos, das calmarias, das tempestades e do que mais pudesse haver. Mesmo durante a crise que ameaçou o reinado de Dom João VI (ele no Brasil e o problema lá na corte em Lisboa), as cartas iam e vinham em ritmo perturbadoramente lento para a urgência de um império como o português. Há alguns anos, o tempo de correio não era contado em meses, mas em dias — ainda assim, um exercício de paciência.
E então, de repente, você escreve um recadinho para alguém no outro lado do globo, e essa pessoa responde com um áudio, e tudo isso não demora mais que o tempo necessário de escrever ou falar. É claro que isso é extremamente vantajoso, porque ninguém gosta de esperar, e há coisas que não podem mesmo aguardar. O problema não é, entretanto, não precisar esperar, mas não aceitar que se deva esperar por algo. É por isso que a sociedade comprometeu a sua noção de tempo e de importância. Se os minutos escoam é porque não sabemos como administrar as informações inesgotáveis que passam por nós. Se eles se arrastam é porque não sabemos o que fazer sem os milhares de informações que deveriam voar diante de nós.
2. Uma geração de ineditismos. Não se deixe enganar pelas palavras. Dizer que nossa geração comete ineditismos é muito diferente de afirmar que somos uma geração de pioneiros. Pioneirismo tem a ver com nobreza e altruísmo; ineditismo, porém, significa apenas fazer alguma coisa, qualquer coisa, pela primeira vez (e isso não é necessariamente bom). Somos, por exemplo, a primeira geração da história a dormir menos do que o necessário, e também a primeira a comer mais do que o aceitável. A situação piora quando se descobre que somos os primeiros a destruir, por prazer, as coisas das quais precisamos para sobreviver. Esse comportamento tem nome: hipoteca do tempo futuro, e é provocado pela angústia causada pela velocidade da informação e a sua abundância.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman apontou a imprevidência de se hipotecar o futuro quando, ao abusarmos do presente, vivemos com excessos, acima dos limites ou das necessidades. Estamos fazendo saques antecipados do futuro, e não há como saber se conseguiremos pagar essa promissória. Mas como esse é o comportamento padrão das sociedades de consumo, ele é considerado normal. Mas não é! Aliás, aprendamos algo: normal não é sinônimo de comum. Normal é aquilo que segue a norma, a regra. Comum é apenas algo recorrente. Logo, é cada vez mais comum as pessoas sacarem antecipadamente o tempo que ainda não viveram, hipotecando o futuro. Embora comum, esse comportamento é anormal, pois não foi assim que Deus planejou a nossa vida.

II. PECADORES DIGITAIS
Até os anos 2000, ouvíamos dizer que, ao se desligar o televisor, uma janela se fechava ao pecado. Agora, carregamos pequeninas basculantes que fazemos questão de manter abertas. Nossos celulares são, potencialmente, frestas pessoais e intransferíveis às tentações e concupiscências. Isso mostra que, na era da informação, há uma superexposição ao pecado. O Senhor Jesus alertou-nos que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos viria a esfriar-se.
1. Íntimo e sigiloso. As situações que favorecem o pecado são sempre íntimas e sigilosas. Foi assim que Davi perpetrou um adultério e um assassinato (2 Sm 11). O caso de Amnom e Tamar também é bastante emblemático (2 Sm 13). Alguém perguntará: Se ambos os exemplos são tão antigos, em que a era da informação é mais perigosa? Seu risco está em multiplicar as possibilidades dessa mistura letal: intimidade e sigilo.
Primeiro, com os computadores pessoais e, agora, de forma irresistível, com os tablets e celulares. Isso formou uma geração de usuários que vive seus dias na intimidade e no sigilo dos aparelhos eletrônicos. Escondidas atrás das telas, as pessoas sentem-se mais seguras em transgredir as leis e os mandamentos do Deus que tudo vê.
2. O pecado viral. Os mesmos recursos que, rapidamente, proporcionam conhecimentos e saberes também possibilitam pecados e apostasias em tempo real. Se uma informação, ou evento, populariza-se na internet, os especialistas dizem que é um viral, algo que se espalha tão rápido como um vírus, ou como o pecado. Comportamentos pecaminosos disseminados nas redes sociais são velozmente imitados (Gn 18.20).
3. O conhecimento de enciclopédia. Alguns alunos acostumaram-se tanto aos recursos de pesquisa pela internet que não se dão ao trabalho de produzir suas próprias pesquisas e chegar às suas próprias conclusões. Eles apenas reproduzem. Esse é o paradoxo da era do conhecimento: as informações estão disponíveis em tal quantidade, que poucos sabem o que fazer com elas. Logo, o conhecimento moderno não está contribuindo para o avanço moral e ético da sociedade. A única forma de desenvolvimento que temos experimentado é de quantidade, não de qualidade. Nunca o homem conheceu tanto sobre si e tão pouco sobre Deus! (Os 4.1). Por esse motivo, temos de concentrar-nos a falar de Cristo a uma geração que só conhece a rapidez e o instantâneo.

        III. COMO PREGAR O EVANGELHO À GERAÇÃO FAST
“Quando procuro um vídeo, não perco tempo com nada que tenha mais que três minutos!” “Quem não consegue se expressar com sete palavras não merece dizer setenta” “Uma ideia em cento e quarenta caracteres.” Andando pelos corredores dos shoppings, caminhando pelos calçadões do comércio, nas conversas com os alunos nos seminários ou com os irmãos da igreja, aqui e ali, sempre escuto frases assim. Sentenças que têm a ver com pressa, velocidade, expectativas imediatas. Elas são o retrato de como está o mundo: com cada vez menos tempo e cada vez mais coisas a fazer.
1. Falar de Cristo em poucos minutos. Por outro lado, ainda não aprendemos a falar de Cristo em alguns poucos minutos. Uma mensagem bem elaborada requer, no mínimo, cinquenta minutos. Mas quem, ao navegar pela internet, pararia para ouvir, durante meia hora, um sermão acerca da necessidade de uma vida de renúncias? A coisa está difícil até para os anunciantes de bens de consumo que, para conseguir a atenção da audiência da internet, sempre livre e independente, obrigam os navegantes a assistir, ao menos, cinco segundos de seus comerciais nos sites de vídeos e notícias — se essas propagandas não fossem obrigatórias, ninguém as veria! Se quem vende sonhos de consumo enfrenta tal dificuldade, como agirá aquele que ensina ser Jesus Cristo a única esperança para esta geração? O que devemos fazer?
2. O que dá certo na era da informação? Em plena era da informação, eu cultivo um antigo hábito: ouvir rádio. E foi escutando noticiários que ouvi um professor de tecnologia, cujo nome não consigo lembrar-me, dizer algo interessante. Segundo ele, o rádio, apesar de antigo, possui as características indispensáveis que fazem as coisas dar certo na era da informação: tem qualidade e é gratuito. Se você tem o costume de escutar rádio, sabe do que o professor estava falando. Se algo é bom e de graça, provavelmente dará certo na era da informação instantânea. Diante dessa reflexão, disse a mim mesmo: “Tá fácil para nós! O evangelho é bom e gratuito!”. Como diz a geração da internet: “É isso, só que não”.
A mensagem que pregamos é antiga como o mundo (Gn 3.15) porque é absolutamente tudo de que o mundo precisa. Só compete a nós fazermos a sua anunciação da forma correta. O problema, portanto, não é o que pregamos, mas como o pregamos e se, de fato, o estamos pregando.
Essa equação não está fechando, e a culpa é nossa. Infelizmente, não há gratuidade nem qualidade em boa parte dos púlpitos e na maioria dos programas evangélicos radiofônicos e televisivos. Uma rápida zapeada pelos canais de televisão mostra dezenas de apóstolos, um sem número de bispos e pastores pedindo dinheiro, solicitando ofertas, requerendo doações, clamando por ceifeiros, colaboradores e sócios que possam dar, dar e dar.
Numa emissora de rádio, descobri um pastor agastando-se numa pregação que não tinha fim. Durante quarenta minutos, aquele homem, nem por uma vez, disse algo sobre a santidade, ou o pecado, ou a necessidade de arrependimento. Ele já estava falando quando liguei o rádio do carro, e deve ter continuado, por algum tempo ainda, depois que estacionei o veículo. Ele falou somente nas bênçãos que viriam na forma de bônus para quem desse as maiores ofertas. Ao ouvi-lo, logo conclui: estamos pregando coisas ruins e cobrando muito caro por isso. Esse tipo de evangelho não tem como dar certo na era da informação. Aliás, foram pregações mercenárias e dinheirosas como essa que provocaram a reação de Martinho Lutero no século XVI.
Para pregar o evangelho na era da informação, carecemos apenas de uma coisa: pregar o evangelho! É tão simples. Alguns de nós é que insistem em fazer o errado!
Com o surgimento das redes sociais, muitos cristãos diziam que os seus perfis tinham a finalidade de falar de Jesus. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. A maioria dos crentes está transferindo para o virtual os seus maus hábitos reais. Não há evangelização, não há pregação e não há testemunhos. Só vejo brigas, contendas e testemunhos duvidosos. Logo, a estratégia para ser um arauto virtual não é montar um perfil de pregador, de cantor ou de qualquer outro tipo de celebridade gospel. O que importa é ser crente real com um perfil santo e também real e imediato.
Não basta postar vídeos com meditações e apelos evangelísticos, ou publicar frases de esperança. Nada disso terá qualquer efeito se a sua vida (dentro e fora das redes) for contrária à mensagem que você está tentando anunciar.
3. Somos evangelistas analógicos e ultrapassados? Na era da informação, é urgente responder a uma série de perguntas, visando dinamizar a prática evangelística da igreja. A pregação precisa de um novo formato? O evangelismo que praticamos é antiquado?
a) A Palavra épermanente. Mateus 24.35 afirma que a Palavra de Deus há de durar para sempre, ao passo que o mundo é efêmero e mui passageiro. Portanto, o evangelho de Cristo não muda. Logo, o seu conteúdo não precisa ser alterado para adequar-se à era da informação. O que era desde o princípio continua válido até hoje.
A mensagem da salvação possui características exclusivas que a fazem comunicável a qualquer grupo em qualquer situação. Ela é imutável e resiste às mais repentinas transformações sociais. É ilimitadamente transformadora, porque tem o poder de mudar a vida do mais vil pecador (Rm 1.16).
b) Não confunda recursos com modelo. Muitos evangelistas argumentam que o modelo bíblico de evangelização deve ser revisto, pois não está à altura dos desafios da era da informação. Isso não é verdade. Nosso modelo evangelizador é divinamente perfeito. Foi exemplificado pelo Senhor Jesus em seu ministério terreno. O que deve ser revisto são os recursos (2 Tm 4.2,3).
c) Um modelo de 2.000 anos. Nosso modelo de evangelismo é fundamentado no amor às almas. O evangelismo, segundo Cristo, atrai o pecador pelo amor. Não que a graça seja irresistível, mas não há como negar que ela é atrativa. O modelo de Cristo para ganhar almas é, portanto, orientado pelo amor ágape que só o Espírito Santo nos pode comunicar. Isso significa que não evangelizamos por causa de alguma preferência, mas apesar de qualquer coisa. Cristo vê no pecador não o que ele é, mas quem ele pode vir a ser.

IV. GANHANDO ALMAS NA ERA DA INFORMAÇÃO
Está se popularizando, em muitas igrejas, um novo tipo de trabalho: o Departamento de Mídias. Em linhas gerais, os cooperadores dessa nova seara operam os recursos de áudio e vídeo durante os cultos e, nos casos mais expoentes, transmitem-nos ao vivo pela internet. Faz parte dessa tarefa a criação e a manutenção de sites com recursos visuais impressionantes. Mas isso é tudo?
1. Uma rede para pescadores de homens. A atenção de quem navega pela internet é seletiva. Na rede mundial de computadores, ninguém perde tempo com o que não deseja. Então, por mais que as igrejas marquem presença nesse território, devemos levar em conta que, mais importante que um templo (ou um site), é um missionário que pode ir até onde a igreja não pode chegar.
Cristo comissionou pescadores de homens. Isso tem a ver com o caráter razoavelmente solitário da tarefa evangelística, cujos resultados são contados alma a alma. É assim que a internet funciona! Uma simples frase evangelística que, embora despretensiosa, é compartilhada centenas de vezes pelos membros da congregação, atingirá muitos mais pecadores do que o lindo site da igreja procurado apenas pelos que já são crentes.
2. Você é o que você publica. Jesus disse em Mateus 12.34 que “a boca fala do que está cheio o coração” (ARA). Logo, as nossas postagens cotidianas, nas redes sociais, têm muito mais poder testemunhal do que as frases intencionalmente evangelísticas, pois somos o que publicamos.
Admiradas, as pessoas indagavam acerca da fonte da autoridade das pregações de Jesus. Todas elas, porém, sabiam que Ele ensinava com autoridade, e não como os escribas e fariseus (Mc 1.22). O Mestre, antes de tudo, vivia estritamente por suas palavras. O seu discurso intencional concordava com as suas ações. Conclui-se que uma mensagem evangelística, perdida entre centenas de postagens inconvenientes, pecaminosas e mundanas, será tão destrutiva quanto o pior dos vírus de computador.
3. Crie uma FanPage. A FanPage é diferente do perfil. Este serve para pessoas; aquela, para empresas e instituições. A sua igreja, seu grupo de jovens e adolescentes, ou qualquer outro departamento de sua congregação, pode ter uma FanPage. É absolutamente gratuito e muito fácil de usar. Na verdade, o FaceBook encarrega-se de orientar o usuário nas postagens. Além disso, os relatório da FanPage (todos fornecidos automaticamente pelo FaceBook) permitem-lhe monitorar a repercussão das postagens.
4. Desenvolva um canal no YouTube. Como já dissemos, na internet apenas as iniciativas excelentes e gratuitas sobrevivem. Por isso mesmo, é possível usar alguns serviços excepcionais, na rede, sem gastar nenhum centavo. Haja vista os canais do YouTube. Um canal é como um álbum de figurinhas, só que elas têm movimento e som. Você pode postar vídeos curtos (para fins evangelísticos, eles não podem ter duração superior a um minuto) ou palestras e pregações. Mas é importante que você tenha algo em mente: ninguém acessa ou assina um canal para fazer de você uma celebridade digital. As pessoas só assistem àquilo que as interessa; na internet, ninguém é obrigado a nada. Então, seja criativo e relevante; busque a sabedoria do alto.
5. Crie uma lista de transmissão no WhatsApp. O Brasil tem mais aparelhos telefônicos ativos que pessoas! E se você possui um celular, provavelmente tem WhatsApp. Esse aplicativo caiu no gosto dos brasileiros de tal maneira, que o nosso país é a maior audiência dele fora dos Estados Unidos. Mas com o WhatsApp veio a perturbadora mania dos grupos. É grupo de mocidade, das irmãs, da classe da Escola Dominical, da faculdade e do pessoal do trabalho. E o que era para ser um fórum para assuntos ligados aos interesses comuns tornou-se um meio de divulgação de piadas, vídeos bizarros e imagens satíricas. Para fins evangelísticos, portanto, um grupo é uma coisa inútil. O que fazer?
A solução pode estar nas listas de transmissão. Com essa funcionalidade, você pode enviar uma mensagem redigida em linguagem direta não para um, mas para todos os seus contatos. Ela será visualizada pelos destinatários como sendo um recado pessoal seu para eles, para cada um pessoalmente, mas sem o trabalho de redigir um texto para cada contato. Então, faça uma lista de transmissão apenas para os seus contatos não crentes. Veja como é fácil: Abra o aplicativo WhatsApp; vá até Conversas > Menu > Nova Transmissão; escolha os nomes dos destinatários; e, finalmente, confirme e toque em Criar.

Conclusão
O mundo jamais viveu um avanço científico, industrial ou acadêmico como este. Sem exageros, o conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito, descoberto ou criado anteriormente. Mas isso não deve surpreender-nos. Primeiro, por que está previsto nas Escrituras (Dn 12.4) e, segundo, por que o saber não é essencialmente danoso (Pv 2.6). Ao contrário, beneficiamo-nos tanto da medicina quanto da tecnologia atual de telecomunicações. Entretanto, a era da informação, apesar das óbvias vantagens que oferece, é um desafio evangelístico, pois não houve outro momento com mais distrações ou concorrências à pregação do evangelho do que o atual.
A maioria de nós não é nascida no ambiente virtual da era da informação. Ao contrário, tivemos de aprender a viver neste período. Mas as necessidades dos seres humanos continuam as mesmas: o homem ainda precisa de Deus e da salvação em Jesus Cristo. Você pode não entender todos os recursos da modernidade, mas conhece o modelo ideal para ganhar almas. Então, fale de Cristo.

Autor: Claudionor de Andrade