Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da Velha Natureza


Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da Velha Natureza
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres. Tirirical - São Luis -MA)
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
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AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
Figuras da Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-4-alegria-fruto-do.html
 
 
 
TEXTO ÁUREO“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.” (Fp 4.4)
Regozijar - χαιρω chairo1) regozijar-se, estar contente
2) ficar extremamente alegre
3) estar bem, ter sucesso
4) em cumprimentos, saudação!
5) no começo das cartas: fazer saudação, saudar
 
 
VERDADE PRÁTICAA alegria, fruto do ESPÍRITO, não depende de circunstâncias.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 14.30 A inveja faz a alma adoecer - O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos.
Terça - Gn 30.1 A inveja gera rivalidades e prejudica os relacionamentos - Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro.
Quarta - Pv 3.31 Não tenhas inveja do homem violento - Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.
Quinta - Rm 13.13 Não ande em dissoluções, nem contendas e inveja - Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.
Sexta - 1 Co 3.3 Não seja um crente invejoso - Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.
Sábado - Tg 3.14 Não dê lugar a inveja em seu coração - Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 16.20-2420 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 - A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. 22 - Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará. 23 - E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. 24 - Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.
 
OBJETIVO GERAL - Explicar a alegria como fruto do ESPÍRITO e a inveja como obra da carne.
Mostrar que DEUS é a fonte da nossa alegria;
Entender que a inveja traz muitos males para o invejoso;
Saber que o crente tem a alegria do ESPÍRITO apesar das circunstâncias
 
PONTO CENTRALO crente tem a alegria do ESPÍRITO apesar das circunstâncias.
 
Resumo da Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da Velha Natureza
I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR1. A alegria do Senhor.
2. A fonte da nossa alegria.
3. A bênção da alegria.
II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
1. Definição.
2. Inveja, fruto da velha natureza.
3. Os efeitos da inveja.
III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
2. Alegria no servir.
3. Alegria no contribuir.
 
PARA REFLETIR - A respeito da alegria, fruto do ESPÍRITO e da inveja; hábito da velha natureza, responda:
Segundo a lição, o que é a alegria do ESPÍRITO?
A alegria do ESPÍRITO é um estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com DEUS.
Qual é a fonte de nossa real alegria?DEUS é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos.
Defina inveja.A inveja é uma dor intensa (interior), diante do sucesso do próximo; "a inveja é a podridão dos ossos". Definitivamente, a inveja é um sentimento negativo que pertence à natureza adâmica.
A inveja é resultado do quê?A inveja é fruto da velha natureza.
Como deve ser a nossa contribuição?Devemos contribuir não com tristeza ou por obrigação, mas com alegria, pois DEUS ama ao que oferta com contentamento.
 
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 69, p38. . Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
A Santidade que Liberta, Abraçado pelo ESPÍRITO e Billy Graham-Paz com DEUS
 
 
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr. Luiz Henrique
 
Nossa verdadeira e humilde atitude deveria ser:
Eu não tenho conseguido me entregar ao ESPÍRITO SANTO de maneira que as qualidades do ESPÍRITO SANTO apareçam em meu caráter.
Eu vejo em mim todas as obras da carne e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO tenho lutado contra essas e algumas vezes reconheço que tenho perdido a batalha, pois deixei de seguir a orientação do ESPÍRITO.
 
COMENTÁRIO BÍBLICO - John Macarthur - NT (Tradução M4ycqn)
JESUS deixou claro que o problema básico do homem não é com o que está fora dele, mas com o que está dentro dele. "O que sai do homem, isso é o que contamina o homem. Porque de dentro, do coração dos homens, procedem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, homicídios, adultérios, atos de cobiça e maldade, assim como o engano , sensualidade, inveja, calúnia, orgulho e insensatez Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem "(Marcos 7: 20-23)..
A lista de JESUS é muito parecida com a de Paulo, e em ambas as passagens é ensinado que a sede desses males se originam de dentro do homem, de dentro de si mesmo, não de Satanás ou do mundo exterior. Nesse breve relato JESUS menciona três vezes que os pecados vêm de dentro do homem, e Paulo identifica sua lista de pecados como obras da carne , isto é, obras produzidas pela própria natureza não regenerada.
Há apenas dois possíveis pontos de vista da natureza do homem: ele é visto tanto como basicamente bom ou basicamente mal. A visão humanista é que ele nasce moralmente bom, ou pelo menos moralmente neutra. A Bíblia, no entanto, mantém o contrário, que o homem é inerentemente corrupto e depravado em todos os aspectos do seu ser. Por conseguinte, embora o ambiente do homem nunca seja perfeito e muitas vezes tem um efeito negativo sobre ele, nunca isso será o seu pior problema. É principalmente o homem que polui o meio ambiente, e não o ambiente que o polui.
É por isso que melhores condições de moradia, transporte, educação, emprego, renda, assistência médica, e todas as outras coisas desejáveis ​​como estas podem não ser suficientes para resolver o problema básico do homem, que é o pecado dentro dele. Nenhum benefício exterior pode melhorar-lhe interiormente. Em vez disso, melhores condições exteriores podem até oferecer melhores e mais sofisticadas oportunidades para fazer o mal e para aqueles que muito se beneficiam por serem corrompidos e corruptores de pessoas que estavam destinadas a ajudar.
Embora Paulo liste aqui os pecados (cf. Rom 1: 29-31; 2 Cor 12:20-21.) estes são características naturais da humanidade não redimida,não é em todas as pessoas que se manifestam todos os pecados ou se manifestam com a mesma intensidade. No entanto, cada pessoa possui a carne , o que é pecado e, portanto, pode ser manifestada em comportamento pecaminoso, quaisquer que sejam as condições particulares de que possa ter. Estes são comportamentos normais e contínuos para os descrentes em seu curso de vida na carne, mas são um comportamento normal e corriqueiro na vida dos cristãos, que vivem no ESPÍRITO. Um cristão pode andar no ESPÍRITO e evitar todos esses pecados, ou ele pode viver na carne e ser vítima de qualquer um deles ou até de todos.
A lista de Paulo das obras da carne engloba três áreas gerais: sexo, religião, e relações humanas.
 
Alegria . A segunda manifestação do fruto do ESPÍRITO é alegria . Chara ( alegria ) é utilizado cerca de 70 vezes no Novo Testamento, sempre para significar um sentimento de felicidade que é baseado em realidades espirituais. Alegria é o deep-down sensação de bem-estar sendo que habita no coração da pessoa que sabe tudo está bem entre ele e o Senhor. Não é uma experiência que vem de circunstâncias favoráveis ​​ou até mesmo uma emoção humana que é divinamente estimulados. É um presente de DEUS para os crentes. Como Neemias, declarou: "A alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8:10). Alegria é uma parte da própria natureza e de DEUS ESPÍRITO que Ele se manifesta em seus filhos.
Falando de como nos sentimos a respeito do Senhor JESUS CRISTO, Pedro escreveu: "Ainda que você não O tenha visto, você o amam, e ainda que você não O veja agora, mas acredita Nele, exultais com alegria indizível e cheia de glória" (1 Pe. 1:8). Alegria é o excesso inevitável de receber JESUS CRISTO como Salvador e do crente de conhecer a Sua presença contínua.
Alegria não só não vem de circunstâncias humanas favoráveis, mas às vezes é maior quando essas circunstâncias são as mais dolorosas e graves. Pouco antes de sua prisão e crucificação, JESUS disse aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo que, que vocês vão chorar e lamentar, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria" ( João 16:20). Para ilustrar essa verdade JESUS comparou a divina alegria para uma mulher em trabalho de parto. "Ela tem tristeza, porque é chegada a sua hora; mas quando ela dá à luz a criança, ela não se lembra da angústia mais, por causa da alegria que trouxe uma criança ter nascido no mundo. Por isso vocês agora também tendes tristeza;. Mas eu vou estar com vocês novamente, e seus corações se alegrarão, e ninguém tirará essa alegria  de vocês" (vv. 21-22).
alegria de DEUS é completa, completa em todos os sentidos. Nada de humano ou circunstancial pode completá-la ou afastar-se dela. Mas não é cumprida na vida de um crente, exceto através da dependência e obediência ao Senhor. "Pedi e recebereis", JESUS passou a explicar, "que a vossa alegria seja completa" (João 16:24). Uma das motivações de João ao escrever sua primeira epístola foi ensinar que nossa alegria pode "ser feita completa" (1 João 1:4).
O próprio JESUS é mais uma vez o nosso exemplo supremo. Ele era "um homem de dores, e experimentado no sofrimento" (Isaías 53:3; cf. Lc 18:31-33), mas, assim como Ele havia prometido para seus discípulos, Sua tristeza se transformou em alegria. "Para o gozo que lhe [Ele], suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de DEUS" (Heb 12:2). Apesar do mal-entendido, a rejeição, o ódio e a dor que Ele suportou dos homens, enquanto encarnado entre eles, o Senhor nunca perdeu a sua alegria no relacionamento que teve com seu pai. E que alegria Ele dá a cada um de Seus seguidores.
Apesar da alegria ser um dom de DEUS através de Seu ESPÍRITO para aqueles que pertencem a CRISTO, ela também é um mandamento para nós. "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez eu vou dizer: alegrem-se!"Paulo ordena (Fp 4:4; cf. 3:1). Porque a alegria vem como um presente dEle, o comando, obviamente, não é para os crentes fabricarem ou tentar imitá-la. O comando é aceitar com gratidão e deleitar-se com esta grande bênção que já possuem. "Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO" (Rom 14:17).
 
Discórdias, dissensões, facções, e invejas são as expressões mais particulares e permanentes dos pecados gerais que os precedem na lista. Eles representam animosidades entre indivíduos e grupos que, por vezes, continuam a apodrecer e crescer muito depois de a causa original do conflito já ter passado. Esses pecados dominaram feudos de velhos tempos e clãs das montanhas por muitas gerações com hostilidades nacionais que duraram séculos, esses pecados podem se tornar um modo de vida estabelecido e destrutivo. Podem atingir famílias que se odiarão por séculos. passam a ser uma tradição familiar ou entre igrejas ou entre empresas, etc...
 
RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃONa lição de hoje, estudaremos a alegria, como fruto qualidade do ESPÍRITO, e a inveja, como obra da carne.
Existe alegria da alma e do Espírito. A alegria que vem do fruto do ESPÍRITO é espiritual, portanto, sobrepõe a alegria da alma, sobrepõe os sentimentos, sobrepõe as aflições, angústias e todas as circunstâncias adversas que possam ocorrer.
A inveja, ou ciúme, ou zêlo, tem um lado bom quando nos conduz ao desejo de melhorar nossa condição espiritual, mas pode nos conduzir ao pecado quando nos induz ao sentimento de tristeza e angústia por não possuir, ou ter, ou ser o que outro possui ou tem, ou é.
I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
1. A alegria do Senhor.
A alegria, qualidade ou virtude do fruto do ESPÍRITO, independe do que está acontecendo a nossa volta. O crente pode estar alegre mesmo estando preso numa cadeia, como aconteceu com Paulo, quando escreveu aos filipenses. essa alegria é provinda da comunhão e intimidade com o ESPÍRITO SANTO. O crente que está alegre espiritualmente não se entristece com as circunstâncias a sua volta. A situação moral, espiritual ou material dos outros não pode abalar sua alegria com DEUS. A alegria da certeza da salvação e da viva esperança do arrebatamento não podem ser subjulgadas pelos problemas da vida.
 
A alegria, a marca distintiva do povo de DEUS (Fp 4.4) - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes
O apóstolo Paulo fala sobre três características da alegria:
Em primeiro lugar, a alegria é uma ordenança, e não uma opção. Ser alegre é um mandamento, e não uma recomendação. Deixar de ser alegre é uma desobediência a uma expressa ordem de DEUS. O evangelho trouxe alegria, o Reino de DEUS é alegria, o fruto do ESPÍRITO tem como uma de suas qualidades a alegria, e a ordem de DEUS é “alegrai-vos”.
Em segundo lugar, a alegria é ultracircunstancial. Paulo diz que devemos nos alegrar sempre. Como a vida é um mosaico em que não faltam as cores escuras do sofrimento, nossa alegria não pode depender das circunstâncias. Na verdade, nossa alegria não é ausência de problemas. Não é algo que depende do que está fora de nós. Neste mundo, passamos por muitas aflições, cruzamos vales escuros, atravessamos desertos esbraseados, singramos águas profundas, mas a alegria verdadeira jamais nos falta.
Em terceiro lugar, a alegria ê Cristocêntrica. Nossa alegria é uma pessoa, e não ausência de problemas. Nossa alegria está centrada em CRISTO. Quem tem JESUS, experimenta essa verdadeira alegria. Quem não tem JESUS, pode ter momentos de alegria, mas não a alegria verdadeira. Quem tem JESUS, tem a alegria; quem não O tem, jamais a experimentou.
 
2. A fonte da nossa alegria.
ALEGRIA DO ESPÍRITO - Milagre de DEUS, vem de DEUS, é sobrenatural, é pura, é perfeita. Tiago nos revela que DEUS é a fonte de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17).
É um milagre de DEUS - Vem do ESPÍRITO SANTO, não é nossa, não vem de nós - DEUS é a fonte da Alegria Verdadeira.
 
Tg 1.17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
 
3. A bênção da alegria.
Segredos conhecidos, mas pouco praticados para se ter uma vida alegre com DEUS - oração, a leitura da Palavra e o jejum.
Dois tipos de alegria - da alma e do ESPÍRITO.
ALEGRIA DA ALMA - Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16.11; Rm 14.17).
חדוה chedvah1) alegria, contentamento
Dicionário Português - Qualidade de alegre. 2. Contentamento. 3. Tudo o que alegra. 4. Divertimento, festa.
Ne 8.10 Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
 
ALEGRIA DO ESPÍRITO
χαρα chara1) alegria, satisfação
1a) a alegria recebida de você
1b) causa ou ocasião de alegria
Rm 14.17 Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO.
 
II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
INVEJA - Zelos - Pode ser num sentido bom ou num sentido mal. Aqui na lição estudamos como desejo mal, como obra da carne.
1. Definição.
INVEJA - Sentimento de pesar pelo bem e pela felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv 14.30; 1Pe 2.1).
  zelos ζηλος e  phthonos φθονος
 ciúmes e inveja
Inveja - קנאה  - qin’ah  ou קנא qana’1) ardor, zelo, ciúme
1a) ardor, ciúme, atitude ciumenta (referindo-se ao marido)
1a1) paixão sexual
1b) ardor de zelo (referindo-se ao zelo religioso)
1b1) de homens por DEUS
1b2) de homens pela casa de DEUS
1b3) de DEUS pelo seu povo
1c) ardor de ira
1c1) de homens contra adversários
1c2) de DEUS contra os homens
1d) inveja (referindo-se ao homem)
1e) ciúme (que resulta na ira de DEUS)
 
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea
CIÚME
No Antigo Testamento a palavra heb. qin'a tem como ideia básica o profundo ardor emocional. Pode ser o ardor: (1) do ciúme (Nm 5.14; Ct 8.6), (2) do zelo (Nm 25.11; Is 42.13; 63.15), ou (3) da ira (Ez 35.11; 36.6). O ciúme de Deus é o ciúme daquele que ama e exige atenção exclusiva, adoração e fidelidade do seu povo (Êx 34.14; Nm 25.11; Dt 32.16-21; Jl 2.18; Zc 1.14; 8.2). No Novo Testamento, a palavra grega básica é zelos, que pode ser usada no bom sentido do zelo (2 Co 7.11; 9.2; 11.2), ou no mau sentido do ciúme (Rm 13.13; 1 Co 3.3), podendo até mesmo trazer uma conotação de inveja. Um sinônimo, phthonos, é sempre empregado quando se deseja transmitir o sentido de inveja (Mt 27.18; Fp 1.15). 
INVEJA
A inveja é um princípio ativo de hostilidade dirigido maliciosamente a um aspecto de superioridade - real ou suposta - de outra pessoa. Originou-se da fracassada tentativa de Satanás de usurpar os atributos divinos (Is 14.12-20). Eva absorveu esse pernicioso pecado ao ceder às insinuações de Satanás (Gn 3.4-7).
 
2. Inveja, fruto da velha natureza.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea
A palavra grega phthonos, que designa "inveja" em todas as passagens, possivelmente exceto em Tiago 4.5, caracteriza a natureza humana (Rm 1.29; Tt 3.3) e a "carne" (Gl 5.19,21). Sua manifestação entre os cristãos é proibida (Gl 5.26; 1 Tm 6.4; 1 Pe 2.1). A palavra grega zelos ("zelo"), embora muitas vezes justamente motivado (2 Co 7.7,11; 9.2) pode, quando mal direcionado (Rm 10.2; Fp 3.6), tornar-se facilmente em inveja (At 13.45; 17.5; Rm 13.13; 1 Co 3.3; 2 Co 12.20; Tg 3.14,16).
A inveja incendeia a pessoa que a guarda em seu coração a falar mal de outra pessoa e a não ajudar a outra pessoa apenas para que a mesma não se destaque mais do que ela. A inveja detesta o brilho dos outros, pois não suporta ver alguém brilhar mais do que a si própria.
Crentes deixam de ajudar ou de fazer a obra de DEUS porque não suportam a liderança da igreja, pois aparecem mais do que elas.
 
3. Os efeitos da inveja.
A inveja foi causadora do primeiro assassinato (Gn 4.5). Seu aspecto mais hediondo aparece em Raquel (Gn 30.1), nos irmãos de José (Gn 37.11, cf. At 7.9), em Saul (1 Sm 18.8ss), e em Israel (SI 106.16). Ela até instigou os líderes judeus a entregarem Jesus a Pilatos (Mt 27.18; Mc 15.10).
A inveja é sempre má, arrasa com toda felicidade e alegria.
É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas (φθονος phthonos - 1) inveja 2) por inveja, i.e., motivado pela inveja), porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,  Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho: aparta-te dos tais.
 
III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
Seja alegre todo tempo e em todo tempo. A alegria vem em abundância sobre aqueles que estão em comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Estão ocupados na obra de DEUS. praticam a oração em abundância., bem como o estudo da Palavra de DEUS e o jejum.
 
2. Alegria no servir.
JESUS é o modelo de serviço a todos e principalmente a DEUS. Por isso mesmo o PAI também se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17).
Servir a DEUS e a nosso próximo é dever de todos nós, pois o amor de DEUS nos constrange a isto. Representamos JESUS aqui na terra e devemos fazer as mesmas obras que ELE fêz e até maiores.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. João 14:12
 
3. Alegria no contribuir.
Nunca escolha o pior para DEUS, isso é o que fazem os tolos. Na hora de contribuir com suas ofertas, escolhem as piores notas ou até mesmo moedas para ofertarem. Querem muito de DEUS, mas dão para DEUS o seu pior. A oferta deve ser dada com alegria e agradecimento a DEUS que nos deu de tudo o que necessitávamos.
Quem não dizima e nem oferta não deveria nem entrar num templo onde se louva e adora a DEUS e se recebe de DEUS. Tudo ali foi construído com o dinheiro dos dízimos e das ofertas.
 
CONCLUSÃO
A alegria é uma felicidade interior, é a alegria do senhor que é a nossa fonte de onde jorra alegria e nos abençoa com a alegria de DEUS.
A inveja é o desgosto pela felicidade alheia, é por definição o sentimento de pesar pelo bem e pela felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv 14.30; 1Pe 2.1). A Inveja é o fruto da velha natureza e tráz consigo efeitos malignos como Paulo escreveu aos coríntios, foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim, pela fuga de Jacó diante de Esaú, pela venda de José para o Egito pelos seus irmãos, pela tentativa de assassinato feita por Saul contra Davi, e pelo ódio pagão que derramou o sangue dos mártires cristãos (I Clemente 4.6).
A alegria do espírito é para ser vivida, é a alegria no servir e no contribuir, é a alegria da comunhão com DEUS. Seja feliz e alegre, você é filho(a) de DEUS.
 
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
ALEGRIA - chara χαρα - Alegria Do Viver
Somente quando estudamos detalhadamente o Novo Testamento descobrimos quão importante livro de alegria ele é.
No Novo Testamento o verbo chairein, que significa alegrar-se, ocorre setenta e duas vezes, e a palavra chara, que significa alegria, aparece sessenta vezes. O Novo Testamento é o livro da alegria.
A saudação grega normal, tanto na conversa quanto nas cartas, é a palavra chairein, e é geralmente traduzida simplesmente por “Saudações!”
Assim é usada na carta de Felix a respeito de Paulo, dirigida ao oficial romano Claudio Lisias (Atos 23.26). Se fossemos dar a chairein sua tradução integral e literal, teríamos: “A alegria seja contigo!” , e há certas ocasiões no Novo Testamento em que somente a tradução integral é correta.
Quando a Igreja cristã resolveu no Concilio de Jerusalém que a porta da Igreja seria aberta aos gentios, os lideres da Igreja enviaram aos cristãos gentios na Síria, Antioquia e Cilicia uma carta informando-os a respeito daquela grande decisão, e a carta começa com: “Chairein” - a alegria seja convosco! (Atos 15.23). Estava aberta a porta a alegria cristã. Quando Tiago estava escrevendo aos cristãos dispersos pelo mundo, e quando estava pensando neles como exilados da eternidade, começa sua carta: “A alegria esteja convosco!” (Tiago 1.1). Uma das ultimas palavras que Paulo escreveu aos seus amigos em Corinto foi: “A alegria seja convosco, irmãos!” (2 Co 13.11). Há dois belíssimos usos desta palavra chairein em conexão com a vida de JESUS. Quando o anjo veio a Maria, a fim de contar-lhe a respeito do filho ao qual havia de dar a luz, a sua saudação foi: “A alegria seja contigo!” (Lc 1.28). E na manhã da ressurreição a saudação do CRISTO ressurreto às mulheres que tinham vindo para lamentar foi: “A alegria seja convosco” (Mt 28.9). Esta grande saudação ressoa de modo triunfante pelas páginas do Novo Testamento. Examinemos, portanto, esta alegria cristã conforme nos mostra o Novo Testamento.
(i) Devemos começar notando que a alegria é a atmosfera distintiva da vida cristã. Podemos expressá-la da seguinte maneira — seja quais forem os ingredientes da vida cristã, e as proporções em que forem misturados, a alegria é um deles. Na vida cristã, a alegria sempre permanece como um fator constante. “Alegrai-vos no Senhor,” escreve Paulo aos seus amigos filipenses, e passa a repetir a sua ordem: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Fp 3.1; 4.4). “Regozijai-vos sempre,” escreve aos tessalonicenses (I Ts 5.16). Já foi dito que “alegrai-vos!” é sempre a ordem do dia para o crente.
Na carta aos colossenses há uma passagem muito relevante. Paulo diz aos colossenses que está orando por eles, pedindo a DEUS para que transbordem do pleno conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual, a fim de viverem de modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no pleno conhecimento de DEUS. Continua, então: “ sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade” — e então vem as palavras finais: “com alegria” (Cl 1.9-11).
Toda virtude e conhecimento devem ser irradiados com alegria; até mesmo a paciência e a perseverança, que podem ser coisas áridas e repugnantes, devem ser iluminadas com a alegria. “O reino de DEUS não é comida, nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO” escreveu Paulo aos romanos (Rm 14.17).
Não há virtude na vida cristã que não se torne radiante com a alegria; não há circunstância e ocasião que não sejam iluminadas com a alegria.
Uma vida sem alegria não é uma vida cristã, porque a alegria é um ingrediente constante na receita para a vida cristã.
Quando examinamos as referências a alegria no Novo Testamento, com toda a sua variedade e multiplicidade, elas enquadram-se num certo padrão, e nos falam acerca de certas esferas em que a alegria cristã deve ser descoberta de modo especial.
(a) Há a alegria da comunhão cristã. O Novo Testamento está cheio da alegria daquilo que pode ser chamado de “ fraternidade” . É uma alegria até semelhante à comunhão. Paulo escreve a Filemom dizendo-lhe da alegria e conforto que recebeu do amor de Filemom e ao ver o modo pelo qual os santos foram reanimados pelos cuidados amorosos dele (Fm 7). Num famoso ditado, os pagãos olhavam para a Igreja cristã e diziam: “Vede como estes cristãos amam-se mutuamente.” Nunca deve-se esquecer de que uma das maiores influências na evangelização do mundo é a visão da verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras a evangelização é a visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída. É uma alegria ainda maior gozar da comunhão cristã. Alegra o coração de Paulo o fato de seus amigos em Filipos terem se lembrado dele com suas dádivas (Fp 4.10). Ver a comunhão cristã é algo glorioso, estar envolvido nela é mais glorioso ainda. É uma alegria ver a comunhão cristã restaurada. Quando Tito voltou da igreja perturbada em Corinto com a notícia de que o problema havia sido sanado e a comunhão restaurada, Paulo regozijou-se (2 Co 7.7,13). É uma alegria experimentar a comunhão cristã restaurada. O Novo Testamento mostra a alegria de alguém ao reencontrar-se com amigos. João espera que se encontrará outra vez com seus amigos, e então sua alegria será completa (2 Jo 12).
No Novo Testamento, não existe vestígios da religião que isola o homem do seu próximo. O Novo Testamento mostra vividamente a alegria de fazer amigos, conservá-los e reencontrá-los, porque a amizade e a reconciliação entre um homem e outro refletem a comunhão e a reconciliação que há entre o homem e DEUS;
(b) Há a alegria do evangelho. Há a alegria da nova descoberta e pode ser dito que a história do evangelho começa e termina em alegria.
Foram novas de grande alegria que os anjos trouxeram aos pastores (Lc 2.10), e os sábios se alegraram quando viram a estrela que lhes contou sobre o nascimento do rei (Mt 2.10). Assim, houve alegria no inicio. Na manhã da Ressurreição as mulheres voltaram do túmulo após seu encontro com o Senhor Ressurreto, em temor e grande alegria (Mt 28.8). Os discípulos nem podiam acreditar nas boas novas, por causa de tanta alegria (Lc 24.41).
Quando JESUS colocou-se no meio deles, os discípulos se alegraram ao verem o Senhor (Jo 20.20). E bem no fim, conforme Lucas narra a história, após a Ascensão, os discípulos voltaram para Jerusalém com grande alegria (Lc 24.52). A história do evangelho começa, continua e termina com grande alegria. Há alegria de receber o evangelho. Foi com alegria que Zaqueu recebeu JESUS em sua casa (Lc 19.6). Os tessalonicenses receberam a palavra com alegria (1 Ts 1.6).
Repetidas vezes Atos fala a respeito da alegria que veio aos homens quando o evangelho chegou entre eles. A pregação de Filipe trouxe alegria para Samaria (At 8.8); depois do seu batismo, o eunuco etíope foi seguindo o seu caminho, cheio de jubilo (At 8.39). Havia alegria em Antioquia da Pisidia quando os gentios ouviram que o evangelho estava para sair da sinagoga e chegar a eles (At 13.48). O Novo Testamento torna claro que a conversão deve ser uma das experiências mais felizes de todo o mundo.
Há a alegria de crer. A oração de Paulo pelos cristãos em Roma é para que o DEUS da esperança os encha de todo gozo e paz em sua crença (Rm 15.13). Paulo deseja aumentar a alegria de sua fé para os filipenses (Fp 1.25). O Novo Testamento torna claro que a crença cristã é seguida pela alegria. Dizia-se a respeito de Burns que ele era mais pressionado do que ajudado pela sua religião. Sempre existem aqueles que tem feito da sua religião uma agonia. Mas para o Novo Testamento, a fé e a alegria andam juntas.
Há uma certa severidade nesta alegria cristã. É uma alegria que se regozija até mesmo na disciplina e na provação. Tiago ordena que seus leitores se alegrem quando são provados (Tg 1.2). A alegria cristã é como a alegria de uma mulher de quem as dores de parto já se foram, e cujo filho chegou (Jo 16.21, 22).
É notável quão frequentemente no Novo Testamento a alegria e a aflição andam lado a lado. A despeito da perseguição, os cristãos em Antioquia ficam cheios do ESPÍRITO SANTO e de gozo (Ato 13.52).
O cristão pode ter tristezas mas também estar se regozijando (2 Co 6.10). O evangelho trouxe tribulação a Tessalônica mas também trouxe alegria (1 Ts 1.6).
Esta alegria na tribulação pode ser uma coisa muito maravilhosa, e a maravilha dela acha-se no fato de ser suportada e empreendida por amor a JESUS CRISTO. Pedro e João deixaram o Sinédrio e as suas ameaças, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de JESUS (Ato 5.41). Pedro encoraja os seus leitores, dizendo-lhes que quando sofrem estão compartilhando dos sofrimentos do próprio CRISTO (1 Pe 4.13).
A .passagem mais estarrecedora no Novo Testamento acha-se em Cl 1.24 onde Paulo diz que se regozija nos seus sofrimentos. “Preencho o que resta das aflições de CRISTO, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja.” Como é que algo pode faltar, ou restar, dos sofrimentos de JESUS CRISTO? Façamos uma analogia. É possível que um cientista, um cirurgião ou um médico, no seu laboratório, centro cirúrgico ou sala de pesquisas, trabalhe com esforço e sofrimento, correndo perigo, arriscando e destruindo sua própria saúde para achar a cura ou alguma ajuda para as dores e enfermidades dos homens. Mas a sua descoberta permanece inútil a não ser que seja tirada do laboratório e colocada a disposição dos homens em todas as partes do mundo. E é bem possível que aqueles que levam a descoberta até aos homens tenham de suar, labutar, sofrer e fazer sacrifícios para torná-la disponível. É pode-se dizer com exatidão e propriedade que os sofrimentos deles para tornar a dádiva disponível aos homens preenchem e completam os sofrimentos do grande homem que fez a descoberta original. A obra de JESUS CRISTO foi realizada e completada. Mas ainda falta torná-la disponível aos homens. Repetidas vezes na história, os homens tem labutado, sofrido e morrido para contar aos outros aquilo que JESUS CRISTO fez por eles. E em seus sofrimentos podemos dizer que estão completando os sofrimentos do próprio JESUS CRISTO. Aqui está o grande pensamento inspirador afirmando que, se em qualquer tempo nosso serviço e lealdade a Ele nos custarem alguma coisa, isto quer dizer que estamos completando os sofrimentos de JESUS CRISTO. Que privilégio e mais sublime do que este? Se assim for, a alegria não poderá ser retirada de nós (Jo 16.22).
(c) Há a alegria da obra e do testemunho cristãos, Há alegria ao ver DEUS em ação. Os Setenta voltaram com alegria, porque os demônios foram conquistados no nome de CRISTO (Lc 10.17). Diante das obras maravilhosas de JESUS o povo se regozijou por causa das coisas gloriosas que estavam sendo feitas por Ele (Lc 13.17; 19.37). Há alegria ao ver o evangelho sendo anunciado. 
Barnabé ficou alegre quando viu os gentios sendo trazidos para a fé em Antioquia (Ato 11.23). O relato da propagação do evangelho trouxe muita alegria aos irmãos (Ato 15.3). O evangelho é a ultima coisa que algum cristão deveria guardar para si mesmo. Quanto mais o evangelho se propaga, e quanto maior for o número de pessoas que compartilham dele, maior será a sua alegria.
Há a alegria do mestre e do pregador no progresso cristão do seu povo. A notícia da obediência dos cristãos em Roma propagou-se e Paulo está alegre por causa deles (Rm 16.19). A unidade da congregação é a alegria do pastor (Fp 2.2). Mesmo em sua ausência, Paulo regozija-se na firmeza dos cristãos em Colossos e com o progresso dos cristãos de Tessalônica (Cl 2.5; 1 Ts 3.9). João se alegra quando seus filhos andam na verdade (2 Jo 4). “Não tenho maior alegria do que esta,” diz ele, “a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4).
Nunca devemos nos esquecer de que, segundo o Novo Testamento, o objetivo de toda a pregação cristã é trazer alegria aos homens. “Tenho-vos dito estas coisas,” disse JESUS, “para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.11). O objetivo de JESUS ao falar aos Seus discípulos era que tivessem o Seu gozo cumprido em si mesmos (Jo 17.13).
O alvo de João ao escrever aos seus conhecidos era que a alegria deles e a sua fossem completas (1 João 1.4). O desejo de Paulo para os coríntios era de que pudesse cooperar com eles visando a alegria (2 Co 1.24).
Paulo gostaria de ser poupado por um pouco mais de tempo a fim de que ajudasse os filipenses no seu progresso e gozo da fé (Fp 1.25).
Pode ser que um pregador tenha de despertar tristeza e arrependimento no seu povo; é possível que tenha de colocar temor nos seus corações; pode ser que tenha de levá-lo a ter auto repugnância e a se humilhar.
Mas nunca um sermão cristão pode parar ai. O sermão que deixa o homem nas trevas do desespero não é um sermão cristão, porque depois da vergonha e da humilhação do arrependimento deve haver a alegria do perdão recebido e do amor de DEUS que foi experimentado. Ninguém deve, em ocasião alguma, levantar-se no fim de um culto cristão sem a possibilidade de a alegria arder e flamejar diante dele. Stanley Jones conta a respeito de Rufus Moseley: “O cristão mais fervoroso” que havia conhecido. Alguém disse a respeito dele: “Na primeira vez que o ouvi, achei que ele estava louco, mas na segunda vez, tive a certeza disso.” Certa vez, alguém perguntou a Moseley se achava que JESUS riu alguma vez: “Não sei,” disse ele, “mas certamente consertou a minha vida de modo que eu possa rir.”
É bem possivel que, no final, a maior alegria será a alegria nas pessoas que trouxemos para JESUS CRISTO. 
Para Paulo, os filipenses e os tessalonicenses são sua alegria e coroa (Fp 4.1; 1 Ts 2.19, 20). O escritor aos Hebreus conclama aqueles que estão colocados numa posição de liderança e autoridade a serem fieis a sua vocação, de modo que possam prestar contas, no fim da jornada, não com tristeza mas com alegria (Hb 13.17).
Quando Samuel Rutherford estava encarcerado por causa de sua fé, sua mente estava na pequena igreja de Anwoth onde morara, ministrara e trabalhara. Estava pensando nas pessoas que ali ensinara e amara, e no fim do qual agora não poderia escapar. A Sra. Cousins expressa em palavras os pensamentos que ele tinha naqueles momentos:
Bela Anwoth no Rio Solway, Ainda me és querida; Já estando perto do céu, Dedico-te uma lágrima. Oh! se uma só alma de Anwoth, Encontrar-me à destra de DEUS, Meu céu será dois céus Na terra de Emanuel.
E assim chegamos ao fim, porque esta alegria é a alegria do próprio DEUS; e a alegria de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas perdidas (Lc 15.5, 7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para casa (Lc 15.32).
Tanto para o homem como para DEUS, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado, é a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa senão a alegria de DEUS.
 
Alegrar-Se, (Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento)
שמח samach
שמחה simchah
שמה sameach
 
ALEGRAR-SE
A.Verbo.
sãmah (שפה): “alegrar-se. regozijar-sc”. Este verbo também ocorre no ugarítico (onde seus radicais são sh-m-h) e talvez no aramaico-siríaco. Aparece em todos os períodos do hebraico e por volta de 155 vezes na Bíblia.
O termo sãmah diz respeito a uma emoção espontânea ou felicidade extrema que é expressa de maneira visível e/ou externa. Não representa um estado permanente de bem-estar ou sentimento. Esta emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de casamento, de colheita, a derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes. Os homens de Jabes-Gileade irromperam com alegria quando souberam que seriam libertos dos filisteus (1 Sm 11.9).
A emoção manifesta no verbo sãmah encontra expressão visível. Em Jr 50.11. os babilônicos são denunciados por "se alegrarem’' e saltarem de prazer com a pilhagem de Israel. Sua emoção é revelada externamente por terem inchado como bezerra gorda e relinchando como garanhões. A emoção representada no verbo é concretizada no substantivo .· ir-ihãh é acompanhada às vezes por dança, canto einstrumentos musicais. Este era o sentido quando Davi foi aclamado pelas mulheres de Jerusalém quando ele voltava vitorioso das batalhas contra os filisteus (1 Sm 15.6). Esta emoção é descrita como produto de uma situação, circunstância ou experiência exterior, como a encontrada na primeira ocorrência bíblica de sãmah. DEUS disse a Moisés que Arão estava vindo para encontrá-lo e, ־‘vendo-te, se alegrará em seu coração” (Êx 4.14). Esta passagem fala do sentimento interno que é expresso visivelmente. Quando Arão viu Moisés, ele foi vencido pela alegria e o beijou (Êx 4.27).
O verbo sãmah sugere três elementos: 1) Um sentimento espontâneo e descontinuado de júbilo, um sentimento tão forte que encontra expressão em um ato exterior e 3) um sentimento provocado por um incentivo exterior e não sistemático.
Este verbo é usado 110 vezes no modo intransitivo com o significado de que a ação é enfocada no sujeito (cf. 1 Sm 11.9). DEUS é, às vezes, o sujeito, aquele que "se alegra e se regozija”: “A glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!" (SL 104.31). Quanto aos justos: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos; [...] e cantai alegremen­te” (SL 32.11). No lugar que o Senhor escolher, Israel deve “alegrar-se” em tudo o que o Senhor o abençoar (Dt 12.7). Usado neste modo, o verbo sãmah descreve um estado no qual a pessoa se coloca sob determinadas circunstâncias. Tem o sentido adicional e técnico de descrever tudo o que se faz ao preparar uma festa perante DEUS: Έ ao primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmas, ramos de árvores espessas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR, vosso DEUS, por sete dias” (Lv 23.40).
Em alguns casos, o verbo descreve um estado contínuo. Em 1 Rs 4.20, o reinado de Salomão é resumido assim: "Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, como a areia que está ao pé do mar em multidão, comendo, e bebendo, e alegrando-se".
Substantivo.
simehãh (שסחח): “alegria, regozijo”. Este substantivo, que também aparece no ugarítico, é encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo sinfhãh é termo técnico para designar a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11) e é uma representação do sentimento ou conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro uso técnico, este substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante DEUS: "Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas [literalmente, “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).
O substantivo apanha a nuança concreta do verbo. como em Is 55.12: "Porque, com alegria, saireis; [...] os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face e todas as árvores do campo baterão palmas".
Adjetivo.
sãmeah (riçrj: “alegre, contente". Este adjetivo ocorre 21 vezes no Antigo Testamento. A primeira ocorrência bíblica está em Dt 16.15: ‘ Sete dias celebrarás a festa ao SENHOR, teu DEUS no lugar que o SENHOR escolher, porque o SENHOR, teu DEUS te há de abençoar; [...] pelo que te alegrarias certamente”.
 
ALEGRIA (Dicionário Teológico)
[Do lat. alacer ] Satisfação, contentamento, júbilo. De conformidade com as Sagradas Escrituras, a alegria do crente independe das circunstâncias. Como dom de DEUS e fruto do ESPÍRITO SANTO, pode ser desfrutada sob as mais adversas condições (Gl 5,22).
Eis as palavras hebraicas mais usadas no Antigo Testamento para expressar alegria: simhã - gozo, riso; gûl - saltar, ser alegre; e: sãmeah - brilhar, estar contente. No Novo Testamento, temos os seguintes vocábulos: chara - gozo; chairo - regozijar-se. Esta alegria pode manifestar-se até mesmo em meio às perseguições e às mais impensáveis provas (Mt 5.12; 2 Co 12.9). A graça de CRISTO faz-nos assentar nos lugares celestiais.
 
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
INVEJA - Zelos - B, ARA, BJ, Mar., BLH, BV: ciúmes; P: inveja; ARC: emulações; CKW: rivalidade.
Traduções de zelos, quando ocorre num bom sentido: ARA: zelo (Rm 10.2; 2 Co 7.7; 7.11; 9.2; Fp 3.6); P: vivo interesse (para comigo)  (2 Co 7.7); ansiedade (em procurar a fé) (2 Co 7.11); BV: caloroso afeto (2 Co 7.7); almejar (2 Co 7.11); ser sincero (Fp 3.6); BLH: dedicação (Rm 10.2); devoção (2 Co 7.11).
Fthonos - (primeira palavra do v. 21) inveja(s):BV, B, ARC, ARA, BJ, Mar.; ciúmes; BLH: são invejosas; outra ocorrência: inveja: ARA (Fp 1.15).
Estas palavras, embora separadas no trecho de Gálatas em estudo (Gl 5.20,21), precisam ser estudadas juntas, porque ocorrem tão frequentemente como par, e porque há casos em que uma delas tem que ser definida em contraste com a outra. O principio geral que governa seu significado é que zèlos tem um sentido bom e um mal, ao passo que fthonos é sempre mau.
 
i. Começamos tratando as palavras na ordem em que ocorrem nas próprias Escrituras.
Zèlos ocorre nos dois sentidos no AT grego.
 
(a) No seu bom sentido na LXX, zelos é usado repetidas vezes a respeito de DEUS. “O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (Is 9.7).
DEUS tomou o zelo como sua armadura completa (Sab. 5.17). Aqui, o zelo é a resolução incansável de DEUS no sentido de levar a efeito os Seus próprios propósitos e de vindicar os Seus. Se pudermos expressar a questão em termos humanos, zèlos é o entusiasmo infatigável de DEUS em cumprir o Seu propósito no mundo.
 
(b) Zèlos é a palavra que muito frequentemente expressa os ciúmes santos de DEUS. Há um quadro que encontramos repetidas vezes nos profetas; e o retrato de Israel com a noiva de DEUS. Quando, portanto,
Israel se desgarra para longe de DEUS e adora a outros deuses, pode-se dizer que Israel se entregou a outros amantes que são falsos; e em tal situação os profetas falam dos ciúmes de DEUS, que e o verdadeiro marido de Israel (Ez 16.37, 38; 23.25). Os ciúmes de DEUS são como os ciúmes de um amante cuja amada comporta-se de modo estulto e falso.
 
(c) Assim como zèlos é usado num bom sentido no que diz respeito a DEUS, assim também pode ser usado no tocante aos homens. O salmista diz: “O zelo da tua casa me consumiu” (sal 69.9). “O meu zelo,” diz ele, “me consome” (sal 119.139). Este zelo é a paixão por DEUS que consome e estimula o homem.
 
(d) Mas igualmente no AT grego, zèlos tem um mau sentido, o da inveja e ciúmes que destroem os relacionamentos pessoais e a felicidade individual.
Elifaz diz a Jo: “A ira do louco o destrói, e o zelo [a inveja] do tolo o mata” (Jo 5.2). O ciúme deixa um homem furioso (Pv 6.34).
O escritor de Eclesiastes adota o ponto de vista de que a labuta e a diligência são simplesmente o resultado da inveja do homem contra o seu próximo (lie 4.4). Amor, ódio e inveja, todos eles perecem na morte (Ec 9.6).
O ciúme e a ira encurtam a vida, e a ansiedade provoca a velhice precoce (Ecli. 30.24). Zèlos pode ser uma coisa maligna, que arruína a vida.
 
ii. Voltemo-nos, agora, ao NT. Nas cartas de Paulo, zèlos ocorre nove vezes, e pelo menos seis num bom sentido. Os judeus tem zelo por DEUS, mesmo sem iluminação (Rm 10.2). Paulo, no seu zelo pela lei, era
um perseguidor da Igreja (Fp 3.6). Paulo fala do anseio e do zelo dos coríntios pela sua pessoa (2 Co 7.7) e do zelo que o arrependimento produziu neles (2 Co 7.11). Fala do zelo dos coríntios na sua contribuição a
coleta em favor dos pobres na Igreja de Jerusalém (2 Co 9.2). Tem zelo pelos coríntios porque foi ele quem os preparou como noiva de CRISTO (2 Co 11.2).
Por outro lado, as contendas e os ciúmes são duas coisas das quais o cristão deve livrar-se tendo em vista a proximidade da vinda de CRISTO (Rm 13.13). Os ciúmes e as contendas são a prova de que os coríntios ainda estão sob o domínio dos baixos instintos da sua natureza (1 Co 3.3).
O ciúme é um dos erros que Paulo teme achar se voltar para Corinto (2 Co 12.20). Aqui, então, temos esta palavra, equilibrada, por assim dizer, entre o bem e o mal.
 
iii. Quando nos voltamos para o exame destas duas palavras no grego secular, recebemos ajuda real na definição do significado delas.
Três escritores dão uma ajuda notável.
 
(a) Em Platão as duas palavras são usadas juntas repetidas vezes.
A ira, o medo, o luto, o amor, os ciúmes (zèlos) e a inveja (fthonos) são dores da alma (Filebo 47 E). Uma comunidade em que não há riqueza nem pobreza e a única comunidade onde a insolência e a injustiça, as rivalidades e as invejas, não tem oportunidade alguma de florescer (Leis 679 C).
Onde existe a riqueza, há olhares ciumentos (República 550 E).
Mas há um uso das palavras em Platão que é de relevância especial. Depois do sucesso de Atenas contra os bárbaros, e depois da maneira com que Atenas salvou a Grécia, ela teve de passar pela penalidade inevitável do sucesso.
Em primeiro lugar, foi assaltada pelos ciúmes (zèlos), e depois, pela inveja (fthonos), que trouxe a guerra no seu séquito (Menex. 242 A). Fica claro, nesta base, que Platão considera zèlos como uma etapa no caminho para fthonos. Zèlos, poderíamos dizer, é a inveja que lança olhares de má vontade; fthonos é a inveja que chegou as ações hostis. Há, conforme veremos, outra diferença; mas até agora foi estabelecido o seguinte: zèlos é menos sério, menos amargo, menos maligno do que fthonos; fthonos é aquilo a que zèlos pode chegar, a não ser que o coração seja purificado.
 
(b) É realmente muito lúcida a maneira de Aristóteles lidar com a diferença entre as duas palavras. Para  Aristóteles, zèlos é um sentimento bom e necessário da alma. Zèlos e um estimulo; é o sentimento que vem ao homem quando vê outra pessoa possuindo alguma coisa nobre.
Esse sentimento não é de tristeza porque a outra pessoa possui uma coisa magnífica; apenas é um lamento por também não possuí-la. É uma virtude e uma característica do homem virtuoso. Não há nela má vontade; mas há o incentivo para a ambição nobre, no sentido de obter uma virtude que foi vista de relance mas não possuída. Por outro lado, fthonos é “um tipo de dor diante da visão do sucesso” , “a dor diante daquilo que é bom no outro,” segundo a definição dos estoicos (Diogenes Laércio 7.63, 111).
E esta dor tem sua origem, não no fato de que a pessoa que olha não possui a coisa magnífica; brota do fato de que a outra pessoa a possui. O homem que tem fthonos no seu coração não é inspirado por uma ambição nobre; simplesmente está amargurado diante da visão de outra pessoa possuindo o que ele não tem, e faria tudo quanto fosse possível, não para possuir a coisa, mas para evitar que a outra pessoa a possuísse. Fthonos é baixeza, é a característica do homem vil (Aristóteles: Política 2.10, 11).
Zèlos pode ser uma ambição nobre; fthonos nunca poderá ser outra coisa senão ciúme malévolo e amargo. Xenofonte, na Memorabilia, transmite uma definição de fthonos. “E um tipo de dor, não diante do infortúnio de um amigo, nem diante do sucesso do inimigo. Os invejosos são aqueles que se irritam somente com o sucesso dos seus amigos” (Xenofonte'.Memorabilia 3.9.8). Fthonos é um sentimento horrível.
 
(c) Plutarco faz muita coisa para definir o significado destas palavras.
Zèlos, escreve ele, é o desejo de estimular aquilo que elogiamos; e a boa disposição para fazer o que admiramos, e de não fazer o que censuramos.
É a imitação (mimèsis) daquilo que é excelente. O amor por uma pessoa, diz ele, não pode ser realmente ativo, a não ser que haja nele um pouco de ciúme (zèlos). O amor verdadeiro da virtude não pode ser eficaz a não ser que crie em nós, não a inveja {fthonos), mas o estimulo {zèlos) nas coisas honrosas. Não é contenda; é a rivalidade em bondade (Plutarco: Progresso na Virtude 14). Por outro lado, fthonos inveja toda a prosperidade e todo o sucesso. É, portanto, ilimitado, “ sendo como a oftalmia que se perturba diante de tudo o que tem brilho”.
Fthonos irrita-se diante da prosperidade. Os insetos atacam o trigo maduro, e a inveja ataca os bons e aqueles que estão crescendo na virtude e na boa reputação (Plutarco: Da Inveja e do Ódio 2-8).
A inveja, disse Eurípedes, é a maior enfermidade entre os homens.
Podemos ver a diferença entre as duas emoções, conforme Plutarco e Aristóteles as viam, em duas histórias gregas. Temístocles não conseguia descansar quando pensava na grande vitória que Militardes obtivera em Mamlona; o pensamento dela enchia-o de ambição nobre; e não descansou até que conseguiu sua vitória em Salamis lado a lado com a vitória de Miltiailes em Maratona. Não tinha inveja da grandeza de Militardes; desejava realizar algo semelhante (Plutarco: Temístocles 3). Isto é zèlos. Aristides era chamado o Justo. Estava sendo processado, e certo homem veio a ele, sem saber quem era, e pediu que Aristides lhe escrevesse o seu voto, pois não sabia escrever; e o voto era a favor do banimento do próprio Aristides!
“Que mal Aristides lhe fez?” perguntou-lhe. “Estou cansado,” disse o homem, “ de ouvir as pessoas o chamarem de o Justo” (Plutarco: Aristides 7).
Esta não era nenhuma ambição nobre no sentido de imitar a grandeza; era simplesmente o ressentimento amargo porque alguém era considerado grande. Isto e fthonos.
Fthonos não ocorre no AT canônico em lugar algum. Ocorre, porém, nos Apócrifos. “E por inveja do diabo que a morte entrou no mundo: prová-la-ão quantos são de seu partido! (Sab. 2.24). A inveja é uma coisa diabólica. “ Não caminharei junto com a inveja corrosiva que com a Sabedoria não comunga” (Sab. 6.23). Em 1 Macabeus o historiador diz a respeito dos romanos: “Confiam por um ano o poder sobre si e o governo de Iodos os seus domínios a um só homem, unicamente ao qual todos obedecem, sem haver inveja ou rivalidade entre eles” (1 Mac. 8.16).
Fthonos é claramente algo a ser detestado.
Paulo usa-a apenas duas vezes. Em Rm 1.29 e um dos pecados que caracterizam o mundo pagão. E em Fp 1.15 é o Espírito que impulsiona aqueles que pregam a CRISTO, não tanto para ganhar as pessoas para CRISTO, mas simplesmente para ofender Paulo. Não cobiçam para si o sucesso dele, mas desejam nega-lo a Paulo.
Os escritores pagãos teriam permitido alguma grandeza necessária a zèlos, como a rivalidade na ambição nobre, mas estava para vir o dia em que Clemente de Roma faria remontar todo o pecado a esta própria qualidade.
A inveja (zèlos), escreveu ele aos coríntios, foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim, pela fuga de Jacó diante de Esaú, pela venda de José para o Egito pelos seus irmãos, pela tentativa de assassinato feita por Saul contra Davi, e pelo ódio pagão que derramou o sangue dos mártires cristãos (I Clemente 4.6).
Há algo trágico na situação humana aqui. Fthonos sempre foi uma palavra feia, mas zèlos poderia denotar uma coisa grandiosa que acabou em pecado. Talvez seja verdade dizer que não há teste melhor para  um homem do que sua reação diante da grandeza e do sucesso de outra pessoa. Se isto o levar ao zèlos, que é a ambição nobre da bondade, trata-se da obra do ESPÍRITO, mas se o levar a um ressentimento amargo e ciumento, trata-se de obra da carne, e aquilo que deveria ser um incentivo a bondade tornou-se uma persuasão ao pecado.
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal, Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006, Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm  --  www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/  --
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Tesouro de Conhecimentos Biblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008,
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001,
Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge"
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia The Word
Dicionário Strong Hebraico e Grego
Dicioário teológico - Claudionor Correa de Andrade
Enciclopédia Ilúmina
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
 
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