A viagem de Trump a Israel: Nada de exclusividade e embaixada americana em Jerusalém

Julio Severo
O presidente Donald Trump perderia sua credibilidade se ele não guardasse sua promessa de mudar a Embaixada dos EUA para Jerusalém, uma autoridade do governo de Israel disse à CBN News antes da visita de Trump.
Durante sua campanha, Trump prometeu mudar a embaixada para Jerusalém e, pela urgência de sua promessa, seus eleitores evangélicos, cujos votos foram vitais para sua eleição, esperavam que ele cumprisse sua promessa logo depois de sua posse.
Eles tinham a esperança de que ele nomeasse Mike Huckabee, ex-governador e pastor batista, como embaixador americano para Israel para ajudar a mudar a embaixada americana para Jerusalém. Mas isso nunca aconteceu.
Meses se passaram e os eleitores evangélicos de Trump esperavam que ele fizesse uma surpresa em sua viagem para Israel e anunciasse a mudança da embaixada. De novo, isso nunca aconteceu.
“Acredito sinceramente que depois que o presidente Trump, em mais de uma ocasião, se comprometeu a mudar a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, se ele não fizer isso, acho que ele realmente perderá a credibilidade,” Michael Oren, vice-ministro de diplomacia de Israel, disse para Pat Robertson, fundador da CBN (Rede de Televisão Cristã), numa entrevista exclusiva antes da viagem de Trump para Israel.
“As pessoas respeitam aqueles que mantêm suas palavras ainda que suas palavras sejam polêmicas,” disse ele.
As promessas de Trump ficaram sem cumprimento porque ele tinha uma prioridade máxima: Arábia Saudita. Sua primeira viagem internacional foi ao Oriente Médio. Mas a primeira nação que ele visitou não foi Israel. Foi a Arábia Saudita, que forneceu a maioria dos terroristas responsáveis pelo atentado islâmico contra os EUA em 11 de setembro de 2001.
Se Trump compreendesse como Deus ama as primeiras coisas que são oferecidas a Ele, ele teria feito sua primeira viagem a Israel. Mas ele escolheu oferecer as primeiras coisas para a Arábia Saudita, que é o principal patrocinador do terrorismo islâmico mundial.
visita de Trump para a Arábia Saudita produziu uma imediata transação comercial enorme de 110 bilhões de dólares em equipamento militar que representou o “maior acordo de vendas de armas da história dos EUA.” Trump também assinou um acordo extraordinário no valor total de 350 bilhões de dólares em equipamento militar durante dez anos. Ele disse: “Centenas de bilhões de dólares de investimentos nos Estados Unidos e empregos, empregos, empregos.”
Depois do acordo enorme, Avigdor Lieberman, ministro da Defesa de Israel, disse: “Não estou em paz com a corrida armamentista no Oriente Médio. Vendas de armas na região alcançaram 215 bilhões e isso não é uma quantia pequena… A compra saudita enorme e a corrida armamentista não caem bem.”
Embora a Arábia Saudita tenha sido pesadamente armada por Trump, os Estados Unidos prometeram aumentar sua assistência em equipamento militar para Israel para apenas 3,8 bilhões, a partir de 2019, uma quantia vastamente inferior ao que os sauditas recebem em equipamento militar americano. Em comparação ao que os sauditas recebem, Israel recebe meras esmolas militares.
Se uma guerra ocorrer entre Israel e a ditadura islâmica saudita, só Deus pode ajudar Israel, pois os israelenses estão em pavorosa desvantagem numérica diante dos sauditas, que têm abundantes armas americanas.
Provavelmente, Trump não mudou sua embaixada para Jerusalém para agradar ao seu cliente saudita. Na década de 1940, o presidente Franklin Delano Roosevelt prometeu ao ditador saudita que enquanto ele fosse presidente, os Estados Undios jamais reconheceriam um Estado judeu. Deus precisou remover Roosevelt para que Israel fosse formalmente reconhecido pelo governo americano.
Por causa da Arábia Saudita, Roosevelt não queria que o moderno Estado de Israel nascesse, e Deus trabalhou contra ele. Ao que tudo indica, por causa da Arábia Saudita, Trump está hesitante para cumprir sua promessa sobre Jerusalém. Ele está hesitante de colocar o Deus de Israel em primeiro lugar. Mas de um jeito ou de outro, Deus de novo trabalhará contra o governo americano e seus presidentes que se recusam a colocar o Deus de Israel em primeiro lugar.
Até mesmo a visita de Trump a Israel não foi exclusiva. Ele fez questão de visitar ao mesmo tempo o líder palestino, depois que ele já havia aumentado seu financiamento para a Autoridade Palestina.
O presidente conservador Ronald Reagan fazia questão de evitar se encontrar com líderes palestinos em seu governo de 8 anos, porque ele os via como terroristas. Depois de mais de trinta anos, o que mudou? O mesmo líder palestino com quem Trump se encontrou tem um governo notório por pagar famílias de terroristas-suicidas contra Israel. Reagan nunca se encontraria com esses terroristas. Ele nunca daria financiamento para a Autoridade Palestina. Trump tem feito isso.
Colocando mais lenha na fogueira, Trump se encontrou com o líder palestino Mahmoud Abbas em Belém, uma cidade tradicionalmente pertencente aos judeus, mas hoje ocupada pelos palestinos. Ao se encontrar com Abbas ali, Trump reconheceu a ocupação palestina, que é um insulto imenso para os judeus e até mesmo cristãos. Trump ratificou o insulto.
Trump cumprimentou com aperto de mão várias autoridades palestinas, inclusive líderes islâmicos, e ele saudou dois oficiais militares palestinos.
O Guia do Oficial Militar dos EUA diz: “É costume saudar oficiais de nações estrangeiras amigas quando reconhecidas como tais” — o que quer dizer que a saudação de Trump indicaria que a Autoridade Palestina é uma “nação estrangeira amiga.”
Existe uma amizade entre EUA e Israel? Sim, mas nenhuma exclusividade e primeiro lugar. A exclusividade e primeiro lugar pertencem à Arábia Saudita? Ao que tudo indicam, sim.
A Arábia Saudita tem sido armada até os dentes pelo governo americano, sob Bush, Clinton, Bush, Obama e agora Trump. Quem pode garantir que algum dia a Arábia Saudita islâmica, que proíbe a entrada de judeus e da Bíblia em seu território, não atacará Israel?
Com informações do DailyMail, CBN e Haaretz.