ESCOLA DOMINICAL CPAD - Conteúdo da Lição 10 - Revista CPAD - ADULTO


Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa
04 de Junho de 2017

TEXTO ÁUREO
“Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento” (Jo 12.3).

VERDADE PRÁTICA
Maria, de Betânia, é exemplo do crente que dá prioridade a Jesus em sua vida, e lhe oferece o melhor em gratidão por seu amor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 12.1-11.
1 — Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos.
2 — Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
3 — Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.
4 — Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
5 — Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres?
6 — Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
7 — Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto.
8 — Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9 — E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos.
10 — E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro,
11 — porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.

HINOS SUGERIDOS
118, 177 e 396 da Harpa Cristã.

INTRODUÇÃO
Maria, irmã de Lázaro, ou Maria de Betânia, era uma mulher humilde e ao mesmo tempo cheia de energia e ousadia. Quando Jesus hospedou-se em sua casa, preferiu ficar ouvindo a palavra do Mestre, enquanto sua irmã envolvia-se nas tarefas domésticas (Lc 10.39). Foi reprovada por Marta, mas recebeu elogio de Jesus por ter escolhido “a boa parte” (Lc 10.41,42). Na mesma semana daquele acontecimento, vemos os fato em que Maria, irmã de Lázaro, aparece protagonizando um dos momentos mais interessantes e polêmicos do ministério de Jesus.

I. O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA

1. Maria “escolheu a boa parte”.
Certa vez, acompanhado de seus discípulos, Jesus entrou em Betânia. Ali, foi recebido na casa de Lázaro, por sua irmã, Marta. Aquela não era uma ocasião comum. Jesus só passava por aquela aldeia, chamada Betânia, quando ia para Jerusalém. Maria, irmã de Marta, teve a percepção de que aquele era um momento que deveria ser aproveitado plenamente por várias razões.
a) Jesus na casa de Maria. O texto de Lucas 10 diz que Marta, sua irmã, recebeu Jesus em sua casa (10.38). Havia muitas casas em Betânia. Mas receber Jesus e seus discípulos no lar era motivo de muita alegria e orgulho para uma família piedosa. Certamente, a casa não era pequena, pois tinha lugar para Jesus e seus discípulos.
b) Maria prefere ficar aos pés de Jesus. Lucas diz que Marta recebeu Jesus, e que se assentou aos pés de Jesus e ouvia a sua palavra (10.39). Marta demonstrou que não soube aproveitar aquele momento, e ainda criticou a irmã, julgando que esta não estava agindo bem, ficando aos pés de Jesus. “Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude” (10.40).

2. Maria deu prioridade a Jesus.
Maria tinha tarefas domésticas a realizar como sua irmã. Mas entendia que, se Jesus estava ali, naquela ocasião, a prioridade era ouvir sua palavra, e não ficar “distraída em muitos serviços”. Ao ser questionado por Marta, que cobrava de Jesus que determinasse que Maria se levantasse de sua presença e fosse ajudá-la, Jesus respondeu de forma amorosa mas cheia de ensino precioso, que Maria escolhera “a boa parte, a qual não lhe será tirada” (10.41,42). A “boa parte” que Maria escolheu foi ouvir e aprender de Jesus, ficar a seus pés, em atitude de reverência e adoração.

3. Mais “Martas” do que “Marias”.
Podemos afirmar que, no mundo atual, há muito mais “Martas” do que “Marias”. A vida moderna tem exigido que a mulher deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições profissionais. Além dos excessos de atividades, em casa, na escola, e na igreja, homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes sociais, no uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de não haver mais tempo para a maior parte das famílias estar nos cultos de oração, nos cultos de doutrina e na Escola Dominical.

II. MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR

1. Maria ungiu os pés de Jesus.
“Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos” (Jo 12.1). Para o ministério de Jesus, aquela família tinha significância. Sempre que ia a Jerusalém, ou a seus arredores, hospedava-se na casa de Lázaro e suas irmãs. Betânia estava situada a três quilômetros de Jerusalém, na estrada que leva a Jericó.

a) Uma ceia para Jesus. Embora o texto não diga que a ceia foi na casa de Lázaro, Marta, certamente, foi a organizadora da refeição a ser oferecida a Cristo. Mais uma vez, ela demonstrava especial cuidado com a hospitalidade, com a recepção do ilustre visitante. “Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele” (Jo 12.2). Ela fez o melhor que sabia para atender bem ao grande amigo da família.

b) Maria unge os pés de Jesus. Maria surpreendeu a todos, “[...] tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento” (Jo 12.3). O gesto, considerado extravagante, de Maria provocou grande reboliço entre os presentes, principalmente em Judas Iscariotes. O perfume derramado de “nardo puro” equivalia a cerca de “trezentos denários”, como acentuou Judas, ou seja, quase o salário de um trabalhador durante um ano inteiro. Judas, além de traidor, era mentiroso e hipócrita. Seu cuidado não era com os pobres, com a assistência social, mas em roubar o dinheiro das ofertas (Jo 12.4-6).

c) Jesus aprova o gesto de Maria. O traidor reprovou a generosidade de Maria. Mas Jesus reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido. “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto” (Jo 12.7). Pela fé, de forma profética, Maria ungiu antecipadamente o corpo de Jesus para o seu sepultamento. Sua visão era mais ampla e mais profunda. Marta via o amigo e visitante ilustre. Maria via o seu Salvador que haveria de morrer em seu lugar (Jo 19.39). A repercussão da presença de Jesus na casa de Maria foi tão grande que os principais dos sacerdotes deliberaram matar Jesus e também Lázaro (Jo 12.9-11).

2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.
Na mesma semana que lhe antecedeu a morte, Jesus saiu de Jerusalém e foi para Betânia: “Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado” (Mt 26.2). Dali, dirigiu-se a Betânia, onde, na casa de “Simão, o leproso”, lhe ofereceram outro jantar. Diz o texto que “uma mulher” ungiu a sua cabeça com unguento de grande valor. O contexto nos mostra que aquela mulher era Maria de Betânia (Mt 26.6,7; Jo 11.1,2). A Bíblia de Estudo Cronológica, Aplicação Pessoal, em nota sobre Mateus 26.7, confirma esse entendimento.

3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
Maria poderia ter oferecido um unguento de menor preço. Mas ungiu Jesus “com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça”. Ela foi criticada, mas o importante na adoração a Jesus é saber se Ele aceita nosso louvor. E Jesus, solenemente, declarou sua aprovação ao gesto de Maria, dizendo: “Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua” (Mt 26.13; Mc 14.9).

III. O CARÁTER HUMILDE DE MARIA

1. Maria, uma mulher humilde.
Com base nos textos citados, podemos concluir que Maria, irmã de Lázaro, era uma mulher humilde, mesmo sendo possuidora de ótima condição financeira, a ponto de poder oferecer a Jesus valiosa oferta como verdadeiro sacrifício de louvor e adoração. No episódio em que ela ficou assentada aos pés de Jesus (cf. Lc 10.39), revelou um profundo senso de valor diante do Mestre, considerando prioridade maior ouvir seus valiosos ensinos.

2. Maria não revidou as críticas da irmã.
Mesmo ouvindo sua irmã, Marta, reclamar diante de todos que ela deveria sair da presença de Jesus para ajudá-la nas tarefas domésticas, ela não revidou, criticando a atitude da irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus falar. E foi compensada por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera “a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lc 10.42).

CONCLUSÃO
Podemos concluir afirmando que Maria, irmã de Lázaro, foi uma mulher humilde e que demonstrou liberalidade ao oferecer a Jesus uma oferta valiosa. Ajamos da mesma forma, para que Cristo seja glorificado em toda a maneira de agir, pensar e ver.

PARA REFLETIR
A respeito de Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa, responda:

De que tipo de crente Maria é exemplo?

Com que Maria ungiu os pés de Jesus?

Como Jesus viu o gesto de Maria?

Que disse Jesus, quando Maria ungiu sua cabeça?

O que representa a oferta de Maria?http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br/