Lição 12, José, O Pai Terreno de JESUS - Um Homem de Caráter


2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr.Pres.ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454
 
 
TEXTO ÁUREO"E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher." (Mt 1.24)
 

VERDADE PRÁTICAJosé, pai de JESUS, nos deixou um exemplo marcante de um caráter humilde, submisso e amoroso.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.1 O Verbo se fez carne
Terça - Lc 2.4 José era da descendência de Davi
Quarta - Mt 2.13,14 José fugiu para o Egito com Maria e JESUS
Quinta - Mt 13.55 JESUS, "o filho do carpinteiro"
Sexta - Mc 6.3 JESUS, "carpinteiro"
Sábado - Mt 1.19 José, um homem justo
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 1.18-25
18 - Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. 19 - Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 - E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO.  21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 - Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:  23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: DEUS conosco). 24 - E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 - e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS.
 
OBJETIVO GERAL - Apresentar José como exemplo de caráter humilde, submisso e amoroso.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar alguns aspectos do perfil de José, pai de JESUS;
Apontar o caráter exemplar de José;
Explicar a nobre missão de José
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORJosé, assim como Maria, teve um papel importante no plano de redenção divina. Na Bíblia não encontramos muitas informações a respeito dele. Acredita-se que quando JESUS foi crucificado e morto, ele já havia falecido. Porém, analisando os textos bíblicos a respeito de José, podemos ver o quanto era obediente, humilde e amoroso. Ao saber da gravidez de Maria, até intentou deixá-la, mas secretamente, para que a jovem não viesse a sofrer. Diferente de Maria que viu e ouviu do anjo Gabriel que seria a mãe do Salvador, José não teve uma revelação direta da parte de DEUS. Só quando planejou deixar Maria, o Senhor falou com ele em sonhos e José demonstrou ter fé e comunhão com DEUS, pois não teve dificuldades em discernir que não se tratava de um sonho comum, mas era a voz de DEUS e a sua revelação divina a respeito daquEle que seria o Salvador.
 
 
 
PONTO CENTRAL - José, pai adotivo de JESUS, é um exemplo de caráter humilde, submisso e amoroso.
 
Resumo da Lição 12, José, O Pai Terreno de JESUS - Um Homem de Caráter
I - JOSÉ, O PAI DE JESUS
1. Quem era José?
2. Pai adotivo de JESUS.
3. José, um sonhador obediente.
II - O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ
1. Um homem obediente.
2. Um homem temperante.
III - A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ
1. Assegurar a ascendência real de JESUS.
2. Proteger JESUS em seus primeiros anos.
a) No nascimento de JESUS.
b) Nas cerimônias exigidas pela Lei.
c) Na fuga para o Egito.
3. O zelo pela formação espiritual de JESUS.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - José foi escolhido por DEUS para ser o pai adotivo de Jesus.
SÍNTESE DO TÓPICO II - José foi um homem de caráter exemplar.
SÍNTESE DO TÓPICO III - José recebeu de DEUS a nobre missão de ser o pai adotivo de Jesus.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO parte 1Professor, reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos algumas das características do perfil de José.



(Extraído de Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1277).


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO parte 2"A genealogia de José é apresentada em Mateus 1. Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27,33). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento. Os judeus da época de Jesus consideravam que Ele era filho de José (veja Lc 3.23; 4.22; Jo 1.45; 6.42)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1092).
 
CONHEÇA MAIS parte 2
O caráter de José
"José deve ter se sentido traído quando Maria lhe revelou que estava grávida. Ainda assim, estava disposto a protegê-la ao promover um divórcio particular (diante de duas testemunhas, cf. Nm 5.11-31). A referência a ele como sendo um 'homem justo' nos faz lembrar que justiça não é apenas uma rígida insistência à letra da lei, mas deve ser aplicada com misericórdia e compaixão." Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 602.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO parte 3"As famílias judias realizavam várias cerimônias, logo após o nascimento de um bebê: (1) circuncisão. Todos os bebês do sexo masculino eram circuncidados e recebiam seu nome no oitavo dia após o nascimento (Lv 12.3; Lc 1.59-60). A circuncisão simbolizava a separação entre judeus e gentios, e seu relacionamento exclusivo com Deus. (2) Redenção do primogênito. O primogênito era apresentado a Deus, um mês após o nascimento (Êx 13.2,11-16; Nm 18.15-16). A cerimônia incluía comprar de volta, ou seja, 'redimir', a criança, de Deus, por meio de uma oferta. Desta maneira, os pais reconheciam que o bebê pertencia a Deus, que é o único que tem poder de dar vida. (3) Purificação da mãe. Durante 40 dias, após o nascimento de um filho, e 80 dias após o nascimento de uma filha, a mãe permanecia cerimonialmente impura, e não podia entrar no Templo. No fim do seu período de separação, os pais deveriam trazer um cordeiro para uma oferta de holocausto, e uma rola ou um pombo para uma oferta de pecado. O sacerdote sacrificaria esses animais e declararia que a mulher estava limpa. Se um cordeiro fosse caro demais para a família, os pais podiam trazer, em seu lugar, uma segunda rola ou pombo. Foi isso que Maria e José fizeram.
Jesus era o Filho de Deus, mas sua família realizou essas cerimônias de acordo com a lei de Deus. Jesus não nasceu acima da lei; ao contrário, Ele a cumpriu à perfeição" (Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1282).
 
PARA REFLETIR - A respeito de José, o pai terreno de Jesus, um homem de caráter, responda:Que fez José, ao saber da gravidez de Maria? Pensou em deixá-la secretamente para não infamá-la.
Como José participou do nascimento de Jesus? Ajudando Maria em todos os detalhes.
Quando José voltou do Egito com Maria e Jesus? Quando Herodes morreu.
Por que José e Maria levavam Jesus a Jerusalém? Para a festa da Páscoa.
Que preceitos legais José e Maria obedeceram após o nascimento de Jesus? A circuncisão de Jesus e a purificação de Maria.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p42.
 
COMENTÁRIOS DO Pr. HENRIQUE
 
Observação do Pr. Henrique - José tinha uma profissão que o mantinha dentro da classe média e não da pobre. Quando se ocupou com a ida a Belém, nascimento de JESUS, ida a Jerusalém para apresentação do menino JESUS e depois fuga para o Egito, ai sim, sem trabalhar, teve dificuldades financeiras, embora no Egito tivesse produtos ganhados no nascimento de JESUS que podia sustentar sua família.
 
 
COMENTÁRIOS DE DIVERSOS LIVROS E AUTORES
 
JOSÉ - (Strong Português)
José - Ιωσηφ Ioseph
de origem hebraica 
יוסף;
José = “deixe-o acrescentar”
Josés na Bíblia
1) o patriarca, o décimo primeiro filho de Jacó
2) o filho de Jonã, um dos antepassados de Cristo, Lc 3.30
3) o filho de Judá [ou Judas; preferível Jodá] outro antepassado de Jesus, Lc 3.26
4) o filho de Matatias, outro antepassado de Cristo, Lc 3.24
5) o marido de Maria, a mãe de Jesus
6) um meio-irmão de Jesus Mt 13.55
7) José de Arimatéia, membro do Sinédrio, que favoreceu Jesus. Mt 27.57,59; Mc 15.43,45
8) José, cognominado Barnabé At 4.36
9) José, chamado Barsabás e cognominado Justo, At 1.23

JOSÉ - Dicionário Wycliffe
O marido de Maria, mãe de Jesus. Sua genealogia é apresentada em Mateus 1 (cf. Lc 3.23-38). Ele era um carpinteiro (Mt 13.55Mc 6.3) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18Lc 1.272.5). Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Dens que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela (Mt 1.20-25). Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27,33). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo (Mt 2.13-15). A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41- 52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50Marcos 3.31-35 e Lucas 8.19-21 (cf. Mc 6.3), embora João 6.42 possa indicar que José ainda estivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento. Os judeus da época de Jesus consideravam que Ele era filho de José (veja Lc 3.234.22Jo 1. 456.42).

 
Mateus 1.19-24 e Lucas 2.4 - http://www.esbocosermao.com/2014/08/jose-pai-adotivo-de-jesus.html
-Introdução: Jesus era conhecido no meio do povo como “filho de José” (João 1.45 e 6.42) e “filho do carpinteiro” (Mateus 13.55). De seu pai adotivo, Jesus herdou o título de “carpinteiro” (Marcos 6.33) por ter aprendido sua profissão. Certamente Deus escolheu um homem íntegro para fazer parte da vida de seu Filho. José sabia que Jesus não era seu filho fisicamente, mas o amou como um verdadeiro pai.
Como era o pai adotivo de Jesus?
Vamos refletir em algumas características de José:
 
1- Temente a Deus: Mateus 1.20 e 2.13,19
A primeira característica que marca a vida de José é o seu temor a Deus. Ser temente a Deus não é ter medo e sim um amor profundo. José tinha uma vida de oração e levava sua família ao templo todos os anos na páscoa (Lucas 2.41). Por tão temente, o Senhor o visitou em sonho três vezes para orientar o seu futuro. Primeiro sonhou com um anjo lhe dizendo para assumir Maria e a criança (Mateus 1.20). Depois o anjo lhe apareceu novamente em sonho ordenando que fosse para o Egito (Mateus 2.13). Num terceiro sonho o anjo lhe disse que poderiam voltar (Mateus 2.19). Todo este roteiro de sonhos e viagens mostra que era alguém que tinha grande intimidade com Deus.
Ser um pai temente a Deus é ter uma vida de oração, buscar sempre a vontade de Deus em tudo. Viver na presença de Deus é a melhor forma de um pai abençoar sua família como sacerdote do lar (Deuteronômio 6.6-10). Um pai de família precisa buscar “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 9.10).
Seja exemplo de temor a Deus!
                              
2- Responsável: Lucas 1.27 e 2.4
Outra característica de José é sua responsabilidade que se destaca entre seus adjetivos. Primeiramente se percebe pelo fato de estar desposado com Maria (Lucas 1.27) assumindo seu compromisso de constituir uma família. José cumpriu sua obrigação civil e foi fazer o recenciamento na época e no lugar certo, mesmo diante da dificuldade de ter sua esposa grávida (Lucas 2.4). Além disso, José assumiu a paternidade pública de Jesus recebendo Maria como esposa (Mateus 1.24). Ser conhecido como carpinteiro também denota que era um homem trabalhador e bom profissional (Mateus 13.55) e também ensinou a profissão para seu filho (Marcos 6.33). Deu educação a seus filhos provavelmente em casa (João 7.15-17), pois Jesus sabia ler (Lucas 4.16 e 17) e escrever (João 8.8).
O exemplo de um pai ensina muito mais que suas palavras. Todo filho aprende como seu pai“ensina a criança no caminho em que deve andar” (Provérbios 22.6) e lembra-se de suas atitudes (Lucas 15.17). Quando um pai dá exemplo de responsabilidade, seus filhos o seguem como referencial e mesmo que se desviem um dia se lembrarão.
Seja um exemplo de pai responsável!
 
3- Obediente: Mateus 1.18-25
A terceira característica marcante em José é a sua obediência a Deus, por isso foi chamado de“justo” (Mateus 1.19). Obedeceu à lei levando Jesus para ser circuncidado ao oitavo dia (Lucas 2.22). Não havia coabitado com sua noiva antes do casamento (Mateus 1.18). Somente depois do nascimento de Jesus é que recebeu Maria como sua mulher (Mateus 1.25). Por um instante José foi tentado a deixar Maria (Mateus 1.19), com as melhores intenções de livrar sua noiva de um castigo infame. Contudo, assim que recebeu mensagem do anjo, obedeceu imediatamente recebendo Maria como esposa e o filho como se fosse seu (Mateus 1.24). Até o nome da criança José obedeceu e colocou como mandou o anjo (Mateus 1.21 e 25). Desde os lugares onde morou com sua família até cada detalhe de sua vida foram em obediência à orientação de Deus (Mateus 2.13, 19,20).
Quando o pai é obediente a Deus, os filhos são obedientes ao pai. Se o pai não obedecer a sua liderança, os filhos não saberão obedecê-lo. Muitos pais sacrificam seus filhos por não ensinar obediência, pois “obedecer é melhor que sacrificar” (I Samuel 15.22). Por isso é importante buscar em tudo a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2). Um pai sabe o que é melhor para o filho (Mateus 7.9-12) e precisa ensinar a ser obediente em tudo.
Seja um exemplo de obediência a Deus!
 
Eduque seus filhos como se fosse o filho de Deus!
 
CONCLUSÃO:
Não sabemos como foi o fim da vida de José. Muitos historiadores acreditam que morreu antes de Jesus, por isso Cristo demonstrou ser o responsável por sua mãe quando estava na cruz (João 19.26). Mas o exemplo de sua vida tem muito a nos ensinar, pois viveu com um propósito de preparar seus filhos. Nós também não sabemos como será o fim de nossa vida e devemos viver para Deus cada minuto do nosso viver estando prontos para deixar os filhos preparados para a vida. Talvez Deus tenha permitido que soubéssemos o fim da história de José para mostrar que a paternidade é uma 'história sem fim', mas que os filhos educados para Deus dão continuidade eternamente.
Se você soubesse que há um grande propósito de Deus para seu filho, como você o educaria? Com certeza da melhor forma possível. Então é o que deve fazer porque assim como José sabia que Jesus é especial, cada criança também é importante para Deus e para eles reservou o seu Reino (Mateus 19.14). Não seja um pai como o mundo quer e sim como Deus ensina. Seus filhos também não são seus e sim de Deus. Se você pensar que seus filhos pertencem a Deus e que o Senhor os confiou a você para cuidar, certamente fará o melhor para eles.
Eduque seus filhos para Deus!
Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.
 
 
José o carpinteiro (CC) - Camilo  - Comentário recebido do irmão David Oliveira - Marinha Grande, Portugal - Setembro de 2005.
1 – Introdução
Com esta designação de “José o carpinteiro”, referimo-nos a José, marido de Maria, a mãe de Jesus Cristo.
Parece à primeira vista, que temos muita informação sobre este personagem. Ele aparece logo no início dos evangelhos de Mateus e de Lucas, na descrição do nascimento de Jesus com uma completa genealogia.
Mas, depois desta imponente introdução, fica-se com uma certa desilusão, porque além destas passagens relacionadas com o nascimento de Jesus, José só volta a aparecer uma segunda vez quando Jesus tinha doze anos de idade e nunca mais é mencionado, pelo menos nos textos canónicos da Bíblia.
A maior parte das informações encontra-se nos textos apócrifos, mas parecem-me pouco credíveis e fruto da piedade dos seus autores.
Entre os textos apócrifos, a “História de José Carpinteiro” é o principal “livro” que pretende colmatar esta falta de informação, mas mencionamos este texto só a título informativo, pois no nosso estudo sobre José só nos iremos basear nos evangelhos canónicos e no que pode ser comprovado pela arqueologia e pela geografia da Palestina que certamente não mudou.
 
2 – Origens de José
Se acreditarmos nos textos de Mateus 1:1/17, onde temos a genealogia desde Abraão até José e em Lucas 3:23/38, onde temos a mesma genealogia, mas em sentido contrário, desde José até Adão, podemos afirmar que é bem conhecida a origem de José. Mas, parece-me difícil acreditar a 100% nas duas genealogias quando há algumas diferenças na parte em que seria de esperar uma perfeita sobreposição de informação. Julgo no entanto, que duma maneira geral, as duas informações, de Mateus e de Lucas, são praticamente coincidentes. 
Também Lucas 2:4, confirma que José era da tribo de Judá, a mesma do Rei David, pois teve de ir da Nazaré na Galileia a Belém na Judeia, cidade dos seus antepassados, para o recenseamento ordenado pelas autoridades romanas.
 
3 – Porque emigrou José para a Galileia
Se José era da tribo de Judá, porque emigrou da Judeia, terra dos seus antepassados, onde poderia ter terrenos, para a Galileia, território de outra tribo, onde ele não poderia possuir propriedades?
Penso que a resposta está na sua profissão. Um carpinteiro necessita de madeira para trabalhar. Nos nossos dias, basta ir a algum fornecedor de material e comprar a madeira ou telefonar a uma serração que umas horas depois está na sua oficina um camião (caminhão) com o carregamento da madeira indicada, já serrada em tábuas, seca na estufa e pronta a ser trabalhada. Mas José viveu numa época bem diferente. Ele tinha de montar a sua oficina não muito longe duma floresta onde houvesse árvores que pudessem fornecer boa madeira.
Penso que as características geológicas e climatéricas dos nossos dias, serão as mesmas da época de José, bem como a vegetação de crescimento espontâneo.
Na Judeia, terra dos seus antepassados, a precipitação média anual não vai além dos 100 milímetros por ano, enquanto na Galileia, esse valor é de 700 a 1000 milímetros por ano. Nazaré fica na baixa Galileia, região predominantemente agrícola, enquanto as árvores que poderiam fornecer matéria-prima para a pequena indústria de José, cresciam na alta Galileia e deve ter sido bem árduo o trabalho de levar os troncos para a sua oficina
 
4 – Profissão de José
De acordo com Mateus 13:55 e Marcos 6:3, podemos concluir que José era carpinteiro e como era natural nessa cultura, em que os filhos geralmente seguiam a profissão dos pais, José ensinou essa profissão a Jesus.
Mas o que é um carpinteiro?
Mesmo na nossa cultura, tanto é carpinteiro o que ainda trabalha manualmente, com o martelo, serrote, plainas etc, como a maioria nos nossos dias que utiliza ferramentas eléctricas, como ainda o que se senta em frente do computador, marca as dimensões da peça de madeira que pretende, e o computador comanda as máquinas que lhe preparam a peça desejada com precisão de milímetro, já aplainada e até envernizada se o equipamento for programado para isso.
Mas, temos também os vários tipos de carpinteiros dos nossos dias, desde o carpinteiro de cofragem da Construção Civil, ao carpinteiro especializado em móveis vulgarmente conhecido por marceneiro, até ao carpinteiro de Construção Naval, talvez o mais especializado dos carpinteiros.
Muito mais difícil é saber o que era, e o que fazia o carpinteiro na época em que José viveu. 
Julgo que esta informação da profissão de José, é a mais importante para este estudo.
 
5 - O que era o carpinteiro nessa época
5.1 – No aspecto social
Temos várias referências ao carpinteiro no Velho Testamento. Podemos ler em 2º Samuel 5:112º Reis 12:112º Reis 22:4/6.
Em todas estas referências o carpinteiro aparece em primeiro lugar na lista dos profissionais de Construção Civil e não há qualquer referência aos Arquitectos nem Engenheiros. Somente em II Reis que citamos, há essa referência “.. aos que têm o cargo da obra..” como está em Almeida e que alguns tradutores se precipitaram em traduzir por empreiteiros certamente sem o significado técnico que esta palavra tem nos nossos dias.
Isto significa simplesmente que nessa época as profissões não tinham equivalência às dos nossos dias. Ainda não tinham surgido as profissões de Arquitecto nem de Engenheiro de Construção Civil e quem exercia estas funções era o carpinteiro ou o pedreiro mais experiente e especializado.
Noutras referências bíblicas que encontramos, como 1º Crónicas 14:1, fala-se em pedreiros e carpinteiros, e em 1º Crónicas 22:15 encontramos canteiros, pedreiros e carpinteiros. Quando nos nossos dias se fala em canteiros e cantaria, só nos lembramos dos materiais de revestimento e rochas ornamentais, que também se usavam nessa cultura em que José viveu. Mas nessa época, havia ainda, uma outra grande responsabilidade do canteiro, pois era o profissional que escolhia e talhava a pedra, que nesse tipo de construção mantinha a solidez do edifício, numa época em que ainda não havia betão armado (concreto armado). Nos nossos dias, podemos ver em cada uma das pedras dos antigos edifícios históricos em Portugal, como o Mosteiro da Batalha ou o dos Jerónimos, a marca do responsável por cada uma dessas pedras, pois nalgumas zonas do edifício, nomeadamente nas abóbadas, se alguma dessas pedras não resistir ao esforço, pode colocar em risco todas as outras.
Penso podermos concluir que o carpinteiro, assim como o canteiro e o pedreiro, nessa cultura, era pessoa prestigiada e com nível económico e social acima da média.
 
5.2 – O que fazia o carpinteiro
Podemos ainda colocar a seguinte questão: Mas, se não há uma perfeita equivalência entre as profissões nessa cultura e nos nossos dias, então o que fazia o carpinteiro?
Penso que o carpinteiro dessa época engloba várias profissões dos nossos dias, pois nós vivemos numa cultura altamente especializada, em que cada profissão se desdobra em várias especializações. Agora, já ninguém fala nos sábios que antigamente pretendiam saber tudo. Há cerca de 50 anos havia os Engenheiros que pretendiam saber tudo de engenharia, o que é impensável nos nossos dias em que há engenheiros das mais diversas especializações.
Podemos imaginar o que seria o trabalho de José.
Primeiro, pegava no machado e procurava uma boa árvore, para obter a madeira para o seu trabalho, numa época em que ainda não havia os madeireiros dos nossos dias. Para isso, teria de trepar às montanhas, pois na maior parte do território de Israel só havia pequenos arbustos.
Este pormenor, como já dissemos, pode explicar porque é que José, sendo descendente de David, da tribo de Judá, foi viver na Nazaré, que ficava na Galileia, onde não podia possuir terrenos de acordo com a lei judaica, embora nessa época já estivessem dominados pelos romanos e não sabemos se essa velha lei que dividia o território pelas várias tribos, ainda seria cumprida a rigor. Mas penso que José terá sido bem recebido pelos nazarenos, não só por ser pessoa simpática e pacífica, como pela sua profissão, pois vinha implantar mais uma indústria e arranjar postos de trabalho na pacata cidade de Nazaré.  
Já vimos que o carpinteiro pegava no machado para derrubar a árvore. Mas, e depois, numa época em que não havia máquinas para transportar os troncos?
Certamente que os troncos das árvores seriam arrastados até à sua oficina na Nazaré, possivelmente com a ajuda de bois para esse trabalho. Mesmo admitindo que as árvores maiores cresciam no alto dos montes, sendo este trabalho de certa maneira facilitado pelo declive do terreno, certamente que essa seria uma fase bem difícil da sua profissão.
Podemos imaginar a casa de José com um grande quintal cheio de troncos de árvores.
Mas, continuamos com as nossas dúvidas. Que fazia ele com esses grandes e pesados troncos de árvore? Nessa época ainda não havia serrações com serras eléctricas, muito menos estufas para secar a madeira.
É principalmente neste pormenor que podemos obter uma “fotografia”, mesmo que desfocada de José.
Todos esses troncos de árvore, tinham de ser serrados manualmente para depois serem secos ao ar quente e seco da Nazaré.
Não sabemos bem como era o machado e a serra de José. Nessa época, cerca do ano zero da nossa era, o bronze já tinha sido substituído pelo novo metal, o ferro, que iria mudar o mundo, mas não podemos confundir o ferro fundido com o aço dos nossos dias. Era certamente uma pesada serra de ferro fundido, manobrada por dois homens, um em cada extremidade. Trabalho muito violento, para transformar os troncos em tábuas que pudessem ser utilizadas na sua carpintaria.
É impensável que José fosse o velhinho que andava agarrado ao seu cajado, como nos mostram muitas imagens, fruto da “devoção” dos crentes, com a intenção de “comprovar” a virgindade perpétua de Maria, pois esse respeitável velhinho dessas imagens, nunca poderia ser o verdadeiro José, o carpinteiro dessa época.
Pelo contrário, a profissão de carpinteiro leva-nos a imaginar um homem jovem ou de meia-idade, de grande estatura, músculos poderosos, mas também capacidade intelectual, pois ele era também o arquitecto e o engenheiro dos seus trabalhos.
Se Jesus era o Filho de Deus, também não o consigo imaginar um jovem pequeno e magro. Aliás Lucas 1:80 informa-nos que ..o menino crescia e se robustecia em espírito... dando a entender que foi um jovem à altura do seu pai adoptivo, pois se não fosse assim, não poderia ser também carpinteiro como José. Marcos 6:3
 
5.3 Que tipo de carpinteiro foi José?
A construção civil da época era geralmente de pedra. Segundo o investigador e historiador Joaquim Jeremias, havia em Jerusalém alguns edifícios com três pisos, que certamente necessitariam de vigamento de madeira para os pavimentos, mas na Nazaré, penso que todas ou quase todas as habitações teriam só um piso. Mesmo assim, só alguns ramos seriam suficientes para a cobertura das habitações mais humildes da Nazaré e isso não exigiria a intervenção dum carpinteiro como o relato bíblico nos apresenta. Nessa época, estava em construção a cidade de Séforis onde o Império Romano colocara a capital da Galileia e onde certamente haveria edifícios de habitação e edifícios públicos mais luxuosos onde as coberturas seriam com asnas de madeira e não os simples ramos das pobres habitações da Nazaré. Séforis ficava somente a seis quilómetros a noroeste da Nazaré e aí haveria certamente trabalho para os bons profissionais de carpintaria. É bem possível que José tivesse trabalhado nesses edifícios ajudado pelo jovem Jesus.  
Não é possível saber que tipo de carpinteiro era José, mas olhando para o mapa de Israel da época, e para a localização da Nazaré, pelo menos suspeito que fosse carpinteiro de Construção Naval.
Nós os portugueses, por influência da nossa Nazaré que é vila piscatória, somos tentados a imaginar a Nazaré bíblica ao pé do Mar da Galileia, o que não é verdade, pois estava a uma distância de 25 quilómetros. Isto parece à primeira vista afastar a possibilidade de José ser carpinteiro de construção naval.
Mas não podemos raciocinar com base na realidade dos nossos dias, em que todos os estaleiros se construção naval estão ao pé do mar.
Para um hábil carpinteiro como José, arrastar o barco por esses 25 quilómetros, talvez fosse mais fácil do que arrastar os pesados troncos necessários à sua construção. Aliás, sabemos que em Corinto já havia a técnica de levar barcos pelas estradas. Esses eram barcos de mercadorias e passageiros, que navegavam no Mediterrâneo, certamente muito maiores do que os barcos de pesca, do lago a que chamamos o Mar da Galileia.
Noto também uma forte ligação de Jesus aos homens do mar, nomeadamente os pescadores, que pode ser o indício do que terá sido a sua vida desde os 12 até aos 30 anos. Grande percentagem dos apóstolos eram pescadores, muitas das parábolas estavam relacionadas com o mar e a pesca, além de Jesus mostrar que estava perfeitamente identificado com o ambiente do Mar da Galileia, embora esse pormenor possa ser atribuído à sua natureza divina.
Admitindo que José foi carpinteiro de Construção Naval, uma das dificuldades do seu trabalho seriam os 25 quilómetros que separam Nazaré do Mar da Galileia, através dum caminho montanhoso. É verdade, que não se sabe por onde passava a tal estrada, ou simples caminho da Nazaré ao Mar da Galileia, pois não ficaram vestígios arqueológicos como no caso das vias romanas, mas qualquer engenheiro civil ou topógrafo ou outro profissional ligado a estradas, em face duma planta topográfica suficientemente ampliada, não teria dúvidas em “adivinhar” qual a provável localização dessa estrada ou caminho, pois nessa época não havia máquinas para grandes trabalhos de escavação ou terraplenagem, muito menos se podia pensar em túneis, e a conclusão seria sempre uma estrada de montanha com várias subidas e descidas. Também o relevo obrigaria a muitas curvas e os 25 quilómetros de distância em linha recta, por estrada seriam certamente muitos mais.
 
6. Como era José como homem
Encontramos em Mateus 1:19. José, seu esposo, sendo justo, e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. Aqui refere-se à atitude de José quando soube que Maria estava grávida antes de se juntarem pelo casamento. Aconselho a leitura do meu artigo “Maria, mãe de Jesus”, onde este assunto é tratado com maior desenvolvimento.
Parece um tanto estranha a interpretação de Mateus, que classifica José como “justo” devido à sua atitude. Nesse contexto cultural veterotestamentário, justo era o que praticava a justiça de acordo com a Velha Lei. Se José apelasse para a justiça segundo a Lei de Moisés, Maria seria condenada à morte por lapidação se não houvesse alguma intervenção das autoridades romanas para impedir tal execução, pois viviam numa época em que a aplicação da velha Lei tinha algumas limitações impostas por Roma.
Penso que, mais importante do que a classificação de Mateus, é examinarmos a atitude de José, antes da intervenção do anjo que lhe falou.
José não quis acusar Maria de infidelidade e resolveu deixá-la em segredo. Nem sabemos se terá exigido do pai de Maria a devolução do que lhe teria pago, como era tradição entre os judeus. Penso que esta atitude não nos mostra um homem justo, muito menos se pensarmos no que era o homem justo nessa cultura. Eu preferia chamar-lhe de homem pacífico, conciliador, um homem bom, que preferiu ficar prejudicado a apelar para a justiça a que tinha direito.
Em Mateus 1:20/25 temos a descrição do anjo que em sonhos apareceu a José.
Muito se tem dito de Maria como a mulher escolhida por Deus para a concretização dos Seus planos, mas penso que o mesmo podemos dizer de José, que também foi o homem escolhido por Deus.
Apesar de todas as compreensíveis dificuldades, José aceitou prontamente as instruções do Anjo que lhe apareceu. Atendendo à profissão de José, homem realista, habituado a raciocinar, penso que não haja aqui qualquer ingenuidade ou fanatismo religioso. Isto mostra que José era homem de fé, uma fé consciente dum verdadeiro escolhido do Senhor.
Em Mateus 2:13/14  e Mateus 2:19/21 temos novas aparições do anjo a que José prontamente obedece.
Nenhum dos evangelistas assistiu pessoalmente a estes acontecimentos e só Mateus registou esta fuga para o Egipto e o massacre das crianças. Lucas que foi tão meticuloso ao escrever o seu evangelho, como ele próprio afirma logo no início, parece ter rejeitado estas informações, assim como muitas outras dos antigos textos que ficaram conhecidos como os apócrifos do Novo Testamento que tentam colmatar o silêncio do que terá acontecido antes de Jesus iniciar a sua pregação.
Em Lucas 2:41/50 temos uma referência a José, embora o seu nome não apareça. Neste acontecimento, tanto José como Maria, têm o comportamento de qualquer casal que procura o seu filhinho Jesus, nessa altura já um jovenzinho de 12 anos.
Quando encontraram a Jesus, foi Maria que perguntou: Filho, por que nos fizeste isso? Trata-se duma pergunta que tem um certo tom de repreensão. A atitude de José e a precipitação de Maria, numa altura em que tal era bem compreensível devido à sua preocupação, mostram um homem pacífico que não intervinha sem necessidade, pois se houvesse alguma repreensão a fazer a Jesus, era a ele, como chefe de família que competia tomar a iniciativa. Mas afinal, nem José nem Maria compreenderam a resposta de Jesus.
 
7. Conclusão
Não há mais referências a José em toda a Bíblia. A informação que temos é pouca, mas já nos basta para “vermos” um homem fisicamente grande e forte, com qualidades de chefia que se impõe não pelo seu autoritarismo mas pela sua competência e espírito pacífico e tolerante, além de ser um verdadeiro crente, que cumpriu a função para a qual o Senhor o chamou, pois quando Deus o escolheu, bem sabia quem era José, o escolhido do Senhor.
 
Camilo – Marinha Grande, Portugal - Setembro de 2005. - Comentário recebido do irmão David Oliveira
 
Imginemos José ensinando a Jesus esse ofício. Se assim foi, lá na eternidade Ele há de sempre lembrar de sua época na terra, em que fazia peças para barcos, canoas, bancos, camas mesas, seja lá o que tenha feito nessa “sagrada profissão”.
David.  Estudos bíblicos sem fronteiras teológicas
 
 
A FAMÍLIA de JESUS - Enciclopédia da vida de Jesus / Louis-Claude Fillion - Ia edição: Setembro/2004 - Editora Central Gospel.
José, um homem de grande caráter
Por suas qualidades e virtudes, José também foi digno da dupla missão que Deus lhe confiou acerca de duas pessoas que ele havia de cuidar em nossa pobre terra: Jesus e Maria. Mas o perfil de José é ainda mais difícil de ser traçado que o de Maria, porque os evangelistas são muito sucintos em seus comentários a respeito dele. Assim, o discreto olhar que nos permite lançar sobre o noivo de Maria nos dois primeiros capítulos de Mateus nos informa acerca de um homem possuidor de uma alma de incomparável beleza.
O evangelista, não contente em retratá-lo de uma maneira geral com o epíteto de justo (Mt 1.19), informando-nos que José era um fiel observador da lei judaica, destacou também, em quatro ocasiões sucessivas (Mt 1.24; 2.14,21,22), a prontidão e a perfeição da obediência dele a outras tantas ordens divinas, em meio às dificuldades que o tornavam destacadamente meritório.
A atitude para com sua noiva que José se propunha a ter [não infamá-la, assumindo a culpa pelo rompimento da aliança] antes que o anjo o informasse de que ela estava grávida do Messias pelo poder de Deus, revela um vivíssimo sentimento de honra pessoal, um coração cheio de ternura e de coragem para suportar aquela dolorosa prova. Ele se mostrou um homem de grande caráter.
Contudo, o que há em José de mais belo e comovedor é, indubitavelmente, o amor que ele sentia por sua esposa e pelo menino de quem era pai adotivo. José nunca cessou de demonstrar esse amor em todas as ocasiões, apesar da humilde situação a que havia sido reduzido em virtude das dificuldades pelas quais passava a nação de Israel, sendo ele um herdeiro legal do trono de Davi. José possuía, com efeito, grandes sentimentos e rara elevação moral.
Fora dos relatos da infância do Salvador, José só é mencionado nos evangelhos de maneira indireta (Jo 1.45; 6.42). Em Marcos 6.3, há uma referência a um carpinteiro, que designa Jesus. Qual teria sido o verdadeiro ofício de José? O termo tomado tanto em Mateus como em Marcos (Mt 13.55; Me 6.3) tem que ver com a palavra operário.
Esse substantivo, de significação muito vaga, pode ser aplicado tanto ao operário que trabalha com ferro como àquele que trabalha com madeira. Alguns antigos intérpretes preferiram achar que José trabalhava com ferro. Todavia, está muito mais em harmonia com a tradição admitir que o pai adotivo de Jesus tenha sido carpinteiro e que, conseqüentemente, Jesus também o tenha sido.
Num texto de Justino Mártir, no diálogo com o judeu Trifon, está escrito assim: “José achava trabalho de carpintaria entre os ricos e as pessoas simples de Nazaré, e mesmo entre os camponeses que freqüentavam o mercado”.
Seria fácil, se conhecêssemos o que entre os judeus representava o ofício de carpinteiro, imaginar quais eram as atividades ou as encomendas que José recebia: preparar vigas para sustentação dos terraços das casas, fabricar jugos, lanças, camas, arcas, amassadeiras, guarda-papéis para os escribas, comerciantes ou rabinos. Tais eram, com efeito, os diferentes trabalhos que os carpinteiros judeus costumavam executar. Estes mesmos ou semelhantes seriam os objetos confeccionados pelo carpinteiro José e por Jesus. Portanto, eles manejaram o serrote, a plaina e usaram pregos e martelo como instrumentos de trabalho.
Eis tudo o que nos dizem os documentos antigos acerca do esposo de Maria e pai adotivo de Jesus. Será possível formarmos uma idéia exata da vida que aquele casal levava em Nazaré quando Jesus, ainda criança, tornou-se o gracioso adolescente e mais tarde o jovem perfeito que atraía juntamente para si a benevolência do céu e o afeto dos homens? Sim, até certo ponto, conforme o que conhecemos da alma deles e pelo que nos dizem os costumes daquele tempo, que em grande parte são conservados ainda em Nazaré.
Em primeiro lugar, temos de considerar que José e Maria levaram uma vida humilde e na obscuridade. Muitas vezes, tem-se exagerado a pobreza da família humana de Jesus, confundido-a com a miséria e a indigência. Mais tarde, quando Jesus viveu sua fatigosa vida de missionário, depois de ter deixado tudo para propagar a boa nova por toda a Palestina, o Filho do Homem disse que não tinha nada, nem uma pedra onde pudesse reclinar a cabeça (Mt 8.20; Lc 9.58).
Observação do Pr. Henrique - José tinha uma profissão que o mantinha dentro da classe média e não da pobre. Quando se ocupou com a ida a Belém, nascimento de JESUS, ida a Jerusalém para apresentação do menino JESUS e depois fuga para o Egito, ai sim, sem trabalhar, teve dificuldades financeiras, embora no Egito tivesse produtos ganhados no nascimento de JESUS que podia sustentar sua família).
Paulo dirá de Jesus: porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis (2Co 8.9). Mas, graças ao contínuo trabalho de José e do próprio Jesus, quando cresceu, a vida daquela família não foi de miséria e de indigência. Além disso, temos de levar em conta que os orientais geralmente se contentam com pouco no que diz respeito à habitação, às vestimentas e aos alimentos. Simples e sóbrios, eles poderiam viver facilmente com gastos reduzidíssimos.
A casa, os móveis, as vestes e os alimentos de Maria, de José e dos demais irmãos de Jesus eram muito simples. Sua vida era também de trabalho ativo, conforme se deduz do que acabamos de dizer acerca do ofício exercido por José e depois por Jesus, e por meio desse ofício eles supriam as necessidades da família. Jesus e seu pai adotivo servem de modelo para os trabalhadores cristãos.
Além disso, já vimos que o trabalho manual era tido, então, em grande conta na terra de Jesus, e que os mais célebres rabinos não se esquivavam de dedicar-se a ele.
Maria também se dedicava infatigavelmente às múltiplas ocupações domésticas, cumprindo com perfeição a significativa divisa da mulher respeitável romana: “permaneceu em casa, e fiou a lã”.
Em sua epístola a Tito (2.5), Paulo expressa o desejo de que as mulheres cristãs sejam mulheres trabalhadoras. Maria possuía esta qualidade em alto grau. Em sua humilde esfera, ela retratava a mulher forte e ideal do capítulo 31 de Provérbios.
Podemos supor também que a casa de José tinha uma horta nos fundos, que Maria a cultivava em suas horas livres, aumentando seus modestos recursos. A colaboração dela era, sem dúvida, procurada na época dos grandes trabalhos agrícolas. E talvez José fosse chamado aos lugares vizinhos para construções ou reparos próprios do seu ofício.
Certamente, naquele lar havia espaço para a consagração, para a santidade, porque a família de Jesus estava em perpétua união com Deus, e o próprio Senhor contemplava a vida deles e se alegrava com sua dedicação.
Na casa em Nazaré, orava-se com freqüência. Ali, mais ainda do que nas outras famílias de Israel, os assuntos espirituais faziam parte dos pormenores da vida. Tudo no lar de Jesus servia para promover a consagração a Deus.
No Sábado e nos demais dias de festa religiosa, Jesus, seus irmãos, Maria e José assistiam aos ofícios da sinagoga, edificando a todos com sua grave e recolhida compostura. Eles colocavam, então, conforme o costume geral, suas melhores roupas de vivas cores, sobre as quais Jesus e seu pai adotivo vestiam seu talit, o manto de oração, enquanto Maria se cobria com um longo véu branco.
Os irmãos de Jesus
TENTAM PRENDÊ-LO
Em Mateus 12.47, está escrito: E disse-lhe [a Jesus] alguém: Eis que estão ali fôra tua mãe e teus irmãos, que quer em falar-te. Existem textos paralelos em Marcos 3.31-35 e Lucas 8.18-21. Devemos analisar essa visita da família de Jesus com as palavras que se encontram em Marcos 3.20,21: E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus parentes ouviram isso, saíram para o prender, porque moer grãos diziam: Está fôra de si. O ministério de Jesus aumentou de tal maneira que ele nem tinha tempo para comer, e pode-se imaginar que, devido às múltiplas curas e à intensificação das controvérsias com as autoridades religiosas, a agitação chegou, algumas vezes, a um estado de furor.
A família de Jesus, como é evidente, compreendeu algo da situação e, ouvindo ainda mais acerca dos acontecimentos, supôs que Jesus fôra mentalmente afetado. E, agindo assim, pensaram que estariam praticando um ato de misericórdia, prendendo o Rabi e levando-o para casa.
E certo que não foram até ali a fim de atrair a atenção do povo, dizendo: “Somos parentes deste grande e famoso homem”. Pelo contrário, queriam livrá-lo de sua própria “insanidade”, bem como das ameaças das autoridades. A intenção dos parentes de Jesus, apesar de errada, era pelo menos honesta. Esse episódio da vida de Jesus ilustra quão pouco a sua própria família o compreendia, e também quão pouco compreendia a sua missão.
Marcos mencionou o nome de quatro irmãos de Jesus (Me 6.3), bem como um número desconhecido de irmãs. Muitos discutem a questão dos irmãos do Mestre. Alguns, pretendendo preservar a doutrina da perpétua virgindade de Maria, inventada pelos homens, apresentam as seguintes explicações: 1. Esses irmãos de Jesus eram os seus primos, e não irmãos no sentido literal, como podem indicar as palavras gregas e hebraicas para irmãos. Alguns sugerem que os tais irmãos eram filhos de Alfeu e de Maria, uma tia de Jesus;
2. Seriam filhos de José mediante um casamento anterior; ou
3. Seriam filhos de José mediante um casamento posterior. José teria contraído essas núpcias a fim de criar os filhos de um irmão seu, já falecido.
Todas essas idéias tiveram início bem cedo na história eclesiástica, e até hoje perduram.
OS IRMÃOS E AS IRMÃS DE JESUS ERAM FILHOS DE JOSÉ E MARIA
Os quatro argumentos enumerados abaixo confirmam que os irmãos e as irmãs de Jesus eram filhos de José e Maria, em seu sentido literal (Mt 13.55,56; Me 6.2,3).
Primeiro argumento
O texto em João 7.5 invalida a idéia de que a expressão seus irmãos refira- se aos doze apóstolos. Em Atos 1.14, vemos que os doze também são mencionados em separado. Portanto, os irmãos de Jesus não podiam, realmente, ser primos de Jesus e estar entre os doze apóstolos.
Os nomes Tiago, Judas e Simão eram muito comuns, e é provável que alguns dos primos de Jesus até tivessem os mesmo nomes dos irmãos do Mestre. As Escrituras também indicam que os irmãos de Jesus não tiveram fé nele, a não ser após a sua ressurreição (Jo 7.5).
Segundo argumento
Das quinze vezes que os irmãos de Jesus são mencionados (dez nos evangelhos, uma em Atos, e algumas vezes nas cartas de Paulo), quase sempre estão em companhia de Maria, mãe cle Jesus. E estranho que os primos de Jesus andassem sempre em companhia de uma tia, em vez de andarem em companhia de sua própria mãe.
Terceiro argumento
Em nenhuma porção das Escrituras é indicado que eles fossem primos de Jesus ou filhos somente de José, e não de Maria, Tais suposições são especulações humanas para estabelecer e firmar uma teologia humana.
Quarto argumento
A não ser por motivo de preconceito teológico, não há razão para não acolhermos esse fato em seu sentido mais natural, isto é, que os irmãos de Jesus eram filhos de José e de Maria, em sentido literal. A elevação de Maria à estatura de deusa é uma tradição romanista, contrária ao próprio tratamento de Jesus à sua mãe (Mt 12.47-50), no qual ele a reconhece como simples mulher, e não como uma pessoa divina, com poder sobrenatural ou com qualquer influência sobre ele.
Finalmente, devemos notar que a doutrina da perpétua virgindade de Maria não é apoiada nas Escrituras. A preservação dessa doutrina forma a base dos argumentos que explicam erroneamente os irmãos de Jesus como se não o fossem literalmente; e também não goza de base alguma nas Escrituras. Parece razoável que uma doutrina dessa natureza, caso tivesse tanta importância como tantos afirmam, pelo menos fosse apoiada por uma pequena afirmação bíblica nesse sentido.
Enfim, a vida dos membros da família de Jesus era de doce e santa missão, de recíproco e infatigável afeto. Não podemos esquecer do amor paternal e maternal recebido pelo Salvador e do filial carinho com que Jesus lhes correspondia.
Acrescentemos, por último, que Jesus mantinha com seus parentes e irmãos, com seus vizinhos e com todos um relacionamento de afetuosa cordialidade e de amor que não media sacrifícios. Um dia, porém, a dor penetrou naquele lar, único no mundo, quando entre os braços de Jesus e de Maria expirou docemente José, o esposo de Maria e o pai adotivo de Jesus.
Ele teria morrido antes que o Salvador inaugurasse seu ministério público. Isto se conclui razoavelmente pelo fato de José não ter sido mencionado por João entre os parentes do Salvador, quando este se referiu ao primeiro milagre do Mestre (Jo 2.12), nem em outras passagens relativas à época posterior (Mt 13.55-56; Me 6.3). Então, mais do que nunca, Jesus envolveu sua mãe de respeito e de ternura; e a partir daí, mais do que nunca, Maria demonstrou seu amor maternal por seu filho. Juntos, eles choraram e se consolaram com os demais irmãos de Jesus pela morte de José.
 
 
UM FILHO DE ISRAEL - A Vida Diária Nos Tempos de Jesus
"Um filho se nos deu" — Marcado com o selo de Deus — O nome — A educação do jovem — Maioridade "
UM FILHO SE NOS DEU
O nascimento de um filho na família judia era o mais feliz de todos os acontecimentos, dando aos pais a maior alegria. A notícia se espalhava pela vila ou quarteirão e os vizinhos eram avisados de que, segundo o costume antigo, havería uma festa para a qual seriam convidados todos os parentes, amigos e pessoas que vivessem nas proximidades a fim de se rejubilarem juntos. 0 mais humilde dos casais se apropriava da grandiosa declaração de Isaías, repleta de implicações messiânicas: "Porque, um menino nos nasceu, um filho se nos deu”.
1 Os judeus sempre consideraram os filhos como uma bênção, como a maior forma de riqueza. Nas palavras do salmista: "Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão". Outro salmo comparava o pai de uma família numerosa ao homem cuja mesa está cercada de oliveiras novas.
2 Um trocadilho popular transformou a palavra banim, filhos, em bonim, construtores. A esterilidade era então vergonhosa, segundo declarou Isabel, a mãe de João Batista;
3 e os rabinos avançaram ainda mais, dizendo que "o homem sem filhos devia ser considerado como morto".
4 Quanto á esterilidade voluntária, era tida como um pecado tão grave que o profeta Isaías foi pedir contas ao rei Ezequias por causa disso, dizendo-lhe que a morte era o justo castigo de tal crime.O desejo de ter filhos era tão grande nos primeiros tempos que a mulher legítima concordava em que o marido os tivesse com uma de suas criadas, como fez Abraão, e Jacó depois dele.8 Não se sabe, entretanto, se esta prática da poligamia vigorava ainda nos dias de Cristo.7
A criança nascia então assim e geralmente sem grande dificuldade. As mulheres de Israel se orgulhavam de dar â luz rápida e facilmente — não como as egípcias, segundo diziam elas.9 Isso não evitava que sofressem, como ocorria, de acordo com o pronunciamento de Deus. Elas eram ajudadas por parteiras, de quem se faz menção desde a época dos patriarcas,8 e que usavam assentos especiais para o parto. Mas as mulheres judias podiam ajeitar-se perfeitamente sem as parteiras. Maria fez isso no estábulo de Belém.10 O.desejo de assistir ao nascimento de crianças era tão grande que os rabinos abriam uma exceção na lei sagrada do descanso sabático: era lícito ajudar a mulher em trabalho de parto, levar uma parteira até ela, amarrar o cordão umbilical e até, como afirma o tratado Shabbath, cortar o mesmo." Se houvesse perigo
para a mãe, os métodos anticoncepcionais não só eram permitidos como recomendados.12 O pai não podia participar do nascimento de maneira alguma; mas aguardar até que alguém fosse dar-lhe a noticia. Esta é pelo menos a conclusão tirada de um versículo do livro de Jeremias.13
No momento em que era avisado, o pai entrava e colocava a criança sobre os joelhos: este era o reconhecimento oficial da sua legitimidade. Se um dos ancestrais da criança estivesse presente, ele recebia às vezes este privilégio, como vemos no caso do patriarca José, cujos bisnetos “tomou sobre seus joelhos"14 A criança era lavada, esfregada com sal para endurecer a pele e enrolada;15 depois disso podia ser mostrada aos outros. Os cumprimentos erám especialmente calorosos no caso de um filho do sexo masculino; se fosse menina o entusiasmo arrefecia, chegando ao ponto de parecerem simples expressões de simpatia. As filhas não aumentavam a fortuna da família, desde que ao se casarem passavam a pertencer a outras famílias. "As filhas não passam de um tesouro ilusório," observa o Talmude; e depois acrescenta, "além disso, precisam ser continuamente vigiadas".18
Mas, — e isto deve ser enfatizado, pois favorece em muito israel — o medonho costume pagão de abandonar bebês, comum no Egito, na Grécia e em Roma, se não era desconhecido aos judeus17 era pelo menos absolutamente proibido. 0 pai egípcio podia escrever à esposa prestes a ter um filho: "Se for menino, pode criá-io; se for menina, mate-a".18 Nessa mesma época, porém. Filo estava escrevendo contra esta prática abominável numa passagem especialmente admirável.19 É possível que em Israel não houvesse grande alegria ao nascer uma menina, mas ela era mantida pelos pais em qualquer circunstância.
Quando o primogênito de uma família era homem, a alegria chegava ao auge. O hebreu tinha uma palavra especial, bekor, para o primogênito, e foi este termo que Lucas traduziu e aplicou ao filho de Maria.20 Ele não quis dizer necessariamente que esse "primogênito" seria seguido de outros, como Lucian21 e outros lembraram mas apenas que como "a força e as primícias do pai",22 ele seria o futuro cabeça de sua família, com todos os deveres implícitos e privilégios concedidos a essa posição;23 'sendo também seu o direito de primogenitura, isto é, pelo menos uma parte em dobro da herança.24 Ao nascerem gêmeos, tomava-se a precaução de registrar qual deles vinha em primeiro lugar, talvez amarrando um fio vermelho na mão da criança, como no caso dos filhos de Tamar e Judá.28 Isto é entretanto um erro, pois a obstetrícia moderna provou que o mais velho, o primeiro a ser concebido, é o segundo a emergir.
Filho ou filha, mais velho ou não, o bebê era sempre amamentado pela mãe: este era um dever, e os rabinos não deixavam que as mulheres de Israel se esquecessem dele.28 Apenas raramente as mulheres dos ricos davam-se ao luxo de contratarem amas. A criança mamava longo tempo, durante dois ou até mesmo três anos se possível, a fim de poupar-lhe as doenças do clima, sendo a disenteria a principal dentre elas. Quando a criança era finalmente desmamada havia uma celebração e um sacrifício, em memória daqueles realizados por Abraão quando Sara desmamou Isaque.27 A essa altura, porém, a criança já se tornara há muito um membro da comunidade religiosa, solenemente marcada com o selo de Deus.
MARCADO COM O SELO DE DEUS
A Lei declarava com absoluta determinação que todo membro do sexo masculino devia ser circuncidado.28 Nos dias de Cristo isso tinha de ser feito oito dias após o nascimento. A obrigação era de tal forma absoluta que a circuncisão (corte do prepúcio) devia ser realizada mesmo que o dia caísse num sábado.28 Os rabinos estabeleceram cuidadosamente o que podia ser feito, transgredindo os mandamentos da Lei — "0 corte, a extração da pele, o curativo da ferida, e a colocação sobre ela de uma pasta de óleo, vinho e cominho".30 Judeu algum podia portanto fugir da obrigação. 0 Livro dos Jubileus, uma obra apócrifa do segundo século A.C., chega ao ponto de declarar solenemente que os próprios anjos foram circuncidados.31
Como surgiu este dever? Os judeus não hesitavam em replicar que tivera origem em Deus, quando ordenou a Abraão que fizesse isso, tanto ele como seus descendentes. "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós"32 Não tem grande importância que a análise de textos possa ter suscitado a questão do rito ter ou não sido adotado por Moisés a exemplo dos midianitas33 ou talvez por Josué na Colina dos Prepúcios quando entrou com seu povo na Terra Prometida.34 O que é certo é que este costume era antiquíssimo, como provado pelo fato de serem sempre usadas facas de pedras para a operação.38 Na época de Cristo a circuncisão era tida tanto como uma marca da aliança como um ato de purificação ritual. Homens como Herodes poderiam afirmar tratar-se simplesmente de um ato de limpeza; mas eles eram heréticos. É possível que em certa época fosse um rito a que os adolescentes se submetiam na puberdade, semelhante ao que existe hoje entre certos povos africanos; mas desde que aplicado ao recém-nascido, simbolizava sua admissão na tribo e sua filiação à comunidade dos fiéis. Uma cerimônia puramente religiosa foi também estabelecida para as meninas, a fim de marcar sua entrada no povo de Deus.
A operação era tida como insignificante; todavia, o tratado Shabbath observa que pode ser penosa, particularmente no terceiro dia. No princípio era o pai de família que a realizava, como o próprio Abraão fizera;38 a mãe não praticava esse ato a não ser nos casos muito graves, como por exemplo nos dias extremamente perigosos em que viveu a mãe dos maca-beus.37 No tempo de Cristo cada cidade tinha o seu mohel, um especialista nessa operação delicada. Precisava ser muito bem feita, pois se o prepúcio não fosse removido adequadamente, o homem não seria admitido para "comer o Teruma", isto é, as primícias oferecidas pelos fiéis aos sacerdotes.38
Os judeus se apegavam a este rito mais do que a tudo no mundo, mais ainda do que às suas vidas, como foi visto no tempo dos macabeus, quando as mães judias preferiram morrer do que deixar de circuncidar os filhos,39 pois viam na circuncisão o sinal de que pertenciam verdadeiramente ao povo de Deus. Não ser circuncidado, dizia o Livro dos Jubileus, era "não pertencer aos filhos da aliança, mas aos filhos da destruição". Chamar um homem de incircun-ciso era o mais doloroso dos insultos. Não sabiam os judeus que outras nações haviam praticado o mesmo rito, os egípcios, por exemplo, e até mesmo seus vizinhos e inimigos os midianitas, edomitas, cananeus e fenícios? (Entre os fenícios, porém, ele tendia à extinção.) É certo que sabiam: mas fora a sua circuncisão que os diferenciara dos gregos e que continuava ainda a diferenciá-los dos romanos. Nos dias dos reis ímpios, foram poucos os que "dissimularam os sinais da circuncisão, a fim de freqüentarem os ginásios pagãos sem sentir vergonha".40 Foi por esta razão que os verdadeiros fiéis se apegaram tanto ao rito — a que Jesus teve Certamente de submeter-se. Todavia, a Lei e os Profetas declararam que o simples fato nada representava a não ser que fosse seguido de uma intenção espiritual, e que a verdadeira circuncisão era a do coração:41 esta foi uma grande lição que nosso Senhor iria repetir muitas vezes, e de várias formas.
A circuncisão não era a única cerimônia religiosa que acompanhava um nascimento em Israel. Havia outra ligada à mulher que dava à luz o filho. Toda mulher era impura perante a Lei depois do parto, á semelhança do homem que tocava um corpo morto. Tratava-se claramente da permanência de um tabu muito anterior a Moisés, mas a lei deste o confirmou. O período de impureza dobrava no nascimento da menina em relação ao do menino: oitenta e não quarenta dias. Durante esse período "nenhuma coisa santa tocará, nem entrará no santuário ... E, cumpridos os dias da sua purificação, por filho ou filha, trará ao sacerdote um cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola por oferta pelo pecado â porta da tenda da congregação ... Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomará então duas rolas, ou dois pombinhos, um para o holocausto e o outro para a oferta pelo pecado: assim o sacerdote fará expiação pela mulher, e será limpa".*2 A tradição cristã manteve a memória deste rito na cerimônia de ação de graças após o parto.
Quando a criança era o primogênito, os pais precisavam cumprir um dever especial. Isto fazia parte da lei geral, pois em Israel todos os primogênitos de todos os seres vivos, assim como os primeiros frutos, pertenciam a Javé.43 0 Todo-poderoso, ao falara Moisés, lhe ordenara que todos os primogênitos, seja de homens ou animais, fossem dedicados a Ele. Em seu evangelho, Lucas usa mesmo o termo grego hagion que significa santo; tornando-se a criança uma coisa santa, oferecida a Deus e separada do mundo comum, terreno. De onde veio esse costume? Ao ler os mandamentos em Deuteronômio tem-se a impressão de que ele surgiu de uma reação contra as "abominações" dos povos vizinhos que queimavam seus filhos em honra aos (dolos.44 O próprio Javé sustara a mão de Abraão quando ele estava prestes a sacrificar seu filho Isaque em sua honra. Em lugar de sacrificar o recém-nascido, eles então o dedicavam de modo inteiramente espiritual e depois o resgatavam. Isto é, davam um animal para ser sacrificado em substituição, ou uma soma em dinheiro: foi isto que Javé exigiu deles,46 em memória da misericórdia que mostrara a seu povo naquela noite em que o seu anjo destruíra todos os primogênitos do Egito mas poupara os de Israel, satisfazendo-se com um cordeiro em seu lugar.46 Nos dias de Cristo este dever tinha de ser cumprido dentro de um mês: uma oferta queimada de dois pombinhos ou duas rolas, o que era bem pouco; mas os pais ofertavam também cinco ciclos de prata, uma soma bastante alta para os mais pobres. Nenhuma família judia ousava porém fugir a este encargo piedoso, e Lucas nos mostra o mais dedicado, o mais santo de todos os filhos "resgatado” por seus pais na cena comovente da apresentação do Templo, onde as vozes inspiradas do idoso Simeão e da profetiza Ana deram a José e Maria uma idéia dos mistérios de glória e sofrimento a ele reservados.46
0 NOME
Era também durante as primeiras semanas e provavelmente no dia de sua circuncisão que a criança recebia um nome. A escolha do mesmo tinha a máxima importância, pois os judeus, como todos os habitantes do mundo antigo, atribuíam uma influência numinosa aos nomes. Na lenda egípcia de ísis, vemos a deusa milagrosa recusando-se a curar Ra da mordida de uma serpente até que ele lhe dissesse o seu nome, no qual reside o segredo do seu poder. Da mesma forma, na história de Moisés, Deus lhe confere o maior símbolo da sua confiança revelando-lhe o seu nome inefável.49 Acreditava-se que o nome fazia parte integral do indivíduo, que tinha influência sobre o seu caráter e até sobre o seu destino. Se apegavam de tal forma a isto que um rabino chegou a dizer: "A condenação do céu pode ser modificada por uma mudança de nome".60 Reminiscências dessas crenças certamente chegaram até nós: existem muitas pessoas hoje convencidas de que um nome cristão possui influência; e houve novelistas como Balzac que escolheram o nome de seus personagens de acordo com a natureza dé cada um.
O direito de escolher o nome do filho pertencia portanto ao pai, o chefe da família, h)á muitos casos de pais dando nome aos filhos nas Sagradas Escrituras:61 no relato do nascimento milagroso de João Batista no evangelho vemos Zacarias insistindo neste direito, embora estivesse mudo.62 Entretanto, existem também muitos casos de mães dando nome aos filhos na Bíblia; e a primeira foi Eva, a mãe da humanidade.63 Pode ser então praticamente concluído que a escolha era no geral feita mediante acordo entre os pais.
O nome escolhido correspondia ao nosso primeiro nome: os judeus não tinham sobrenome — este não existia, embora tal coisa não signifique que o sentimento familiar não era altamente desenvolvido entre eles, pois era. O filho recebia necessariamente o nome do pai, como acontece entre os árabes hoje. O menino era chamado "filho de fulano", ben em hebraico e bar em aramaico: por exemplo, João ben Zacarias, Jônatas ben Hanan, ou Yeshua ben José. O filho mais velho recebia com freqüência o nome do avô a fim de continuar a tradição onomásti-ca da família e também para distinguí-lo do pai.54
Alguns desses nomes, ou antes prenomes, eram apelidos, lembrando as circunstâncias em que a criança nascera ou fora gerada. Certos deles eram sem dúvida piedosos: o Batista, por exemplo, foi chamado Yochanan (Joâo) por ter sido "desejado por Deus". Havia também outros nomes menos agradáveis deste tipo. Conta-se o caso de uma mãe que, irritada por não dar à luz senão filhas, chamou a quarta de Zaoulé e a oitava de Tamam, que podem ser traduzidos como "aborrecimento” e "basta". Outros nomes eram escolhidos para dar boa sorte à criança, e alguns rabinos recomendavam até que fossem consultadas as estrelas, cuja prática era rejeitada por outros. Os nomes de animais eram bastante comuns: Raquel, ovelha; Débora, abelha; Yona, pomba; e Akbor, camundongo. Também havia árvores: Tamar, palmeira; Elon, carvalho; Zeitan, oliveira. Um grande número de nomes era tirado da Bíblia: patriarcas, profetas, santos e heróis. Encontravam-se portanto muitos Jacós e Josés, Elias e Daniéis, Sauls e Davis, sendo inúmeros meninos chamados de Simão e Judas, os gloriosos macabeus. Outros ainda eram teóforos, isto é, evocavam o nome de Deus, ou antes, um de seus nomes. Assim sendo, Jesus, Yeshua, significava "Yah (i.e., Javé) é salvação". Os nomes terminados em -el lembrava o nome bíblico antiquíssimo para o Deus Único, El, Elohim. Mas com freqüência tais nomes tinham perdido seu significado histórico ou sagrado com o uso, e não se pensava mais no sentido deles. Alguns tinham sido até deturpados, como o de Miriam, muito comum, o qual dificilmente fazia lembrar da irmã de Moisés, e cujo significado original "amada de Javé" fora esquecido. Sob a influência do termo aramaico mary ele era sem dúvida pronunciado Mariam, cuja forma grega e latina era Maria, significando "a senhora". É curioso notar que no italiano este nome se transforma em Madona, no francês em Notre Dame e no português Nossa Senhora.56
Todos esses nomes judeus possuíam competidores estrangeiros, em quantidades cada vez maiores. Talvez fossem aramaicos, como Marta, Tabita ou Bar-Tolomai (Bartolomeu); ou talvez gregos ou latinos. Entre estes dois, o grego era o mais provável, desde que o koiné, a linguagem popular, era a língua universal do império. A partir da época em que os selêucidas governaram o país, sempre havia judeus dispostos a helenizar seus nomes, como aquele Jesus, irmão do sumo sacerdote Onias III, por exemplo, a quem o semi-louco Antíoco IV colocou no lugar do irmão, e que se fez chamar de Jason Antiochener.66 Nos dias de Cristo o hábito se arraigara tanto que metade dos personagens do Novo Testamento tem nome grego. Entre os apóstolos por exemplo, Filipe e André são nomes helénicos puros; Tadeu e Mateus são deturpações gregas de nomes hebraicos (Matthayah, o dom de Javé, tornou-se Matthaios, assim como Yeshua tornou-se Jesus e Miriam Maria); Tiago, Joâo e até Simão parecem ser formas helenizadas de antigos nomes bíblicos; só Judas é inteiramente judeu. A adoção de nomes gregos era muito comum entre as pessoas da classe alta, e isso acabava por extinguir completamente o nome original. No caso da dinastia herodiana, por exemplo, a família beduína de onde surgiram ficou inteiramente perdida para a história, mascarada pelo nome grego que significa filhos de heróis. 0 antigo cemitério judeu de Bete-Searim recém-descoberto contém 175 inscrições gregas em comparação com apenas 32 hebraicas ou aramaicas, o que mostra a extensão da helenização.67
Este hábito foi naturalmente ainda mais adotado nas comunidades judias da Diáspora, onde todos os nomes em Yah ou El se tornaram Teodoro, Teófilo, Dositeus ou Doroti. Uma família no Egito, cujos arquivos foram encontrados em Edfou, era composta de um pai chamado Antonio Rufo e cinco filhos, Nicon, Teodotos Niger, Teodoros Niger, Diofanes e Ptulis.68 É portanto possível que esses nomes pagãos fossem usados para o trato com o mundo exterior, e que entre si os judeus continuassem a empregar seus velhos nomes religiosos: o título real de Herodes Agripa I era meio grego e meio romano, mas como sumo sacerdote ele se chamava Matatias, em memória do herói que dera os primeiros golpes na guerra de libertação, matando um oficial grego e um judeu apóstata.
A EDUCAÇÃO DOS JOVENS
A criança, circuncidada, tendo recebido um nome e marcada com o selo de Deus, permanecia nos primeiros anos completamente sob os cuidados da mâe. Os pais judeus não pareciam absolutamente inclinados a fazer o papel de ama. Além do mais, as judias eram excelentes mães, conscienciosas e devotas, a Bfblia está cheia de exemplos nesse sentido. As filhas ficavam com as mães até o dia do casamento. Elas ajudavam nos cuidados da casa, carregavam água, teciam e, na zona rural, participavam do trabalho externo — respigavam após os ceifeiros ou cuidavam das ovelhas durante o dia. O pai se encarregava dos filhos e os iniciava na sua profissão o mais cedo possfvel, para que logo pudessem trabalhar com ele, primeiro na função de aprendizes e a seguir como oficiais. Vemos assim na parábola dos dois filhos contada no evangelho, o proprietário de uma vinha mandando seus filhostrabalhar nela,69 e na do pródigo, um dos filhos do homem abastado a serviço dele.60 Jesus teria certamente aprendido o ofício de carpinteiro com José.
A educação ficava também a cargo do pai e ao que se pode depreender das tradições rabínicas, os métodos de ensino judeu eram excelentes. Os desagradáveis resultados da preferência do patriarca Jacó por José, deram lugar ao conselho prudente: "0 homem jamais deve fazer diferença entre seus filhos". "Ninguém deve ameaçar uma criança" afirmou outro sábio, "mas castigá-la ou silenciar". E outro ainda: "Jamais diga a uma criança que vai dar-lhe algo e faltar â promessa, isso seria ensiná-la a mentir."61 Deve ser porém admitido que os métodos deles não eram excessivamente brandos. "0 que retém a vara aborrece a seu filho," dizem os Provérbios, apoiando nossa frase popular: "Guarde a vara e estrague a criança". Outro versículo diz: "Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrará a sua alma do inferno." Também, "A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela".62 E, como podemos ver, Eclesiastes aprova esses princípios sadios.63
Os verdadeiros israelitas davam maior importância â educação moral do que a tudo mais. Existe um provérbio nas Sagradas Escrituras que diz, "Ensina a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele".64 Na medida em que a lei moral se fundiu na religiosa, o primeiro dever do pai era ensinar os mandamentos a seus filhos. Foi esta em todo caso a ordem direta dada por Javé, através de Moisés, a todos os homens de Israel, ordem essa repetida de manhã e à noite na oração: "Ensinarás a teus filhos os meus mandamentos".66 Os pais também contavam aos filhos as maravilhas realizadas por Javé a favor de seu povo, pois a prática da religião e a história da raça eram ambas parte da Lei. Eles explicavam o significado das grandes festas e lhes mostravam como cada um dos costumes observados possuía um sentido santo. Isto era também exigido deles pela Lei. Quando instituiu a Festa dos Pães Asmos, Javé disse: "Naquele mesmo dia contarás a teu filho, dizendo: É isto pelo que o Senhor me fez, quando saí do Egito. E será como sinal na tua mão, e por memorial entre teus olhos."66
Isto significa que o ensino na escola era desprezado? Longe disso. Os rabinos afirmavam repetidamente que ele era a base de tudo e absolutamente indispensável. "Se você tiver conhecimento," dizia conhecido provérbio, "você tem tudo. Mas se lhe faltar conhecimento, nada tem". Certos doutores da Lei afirmavam: "É melhor que um santuário seja destruído do que uma escola".67 E um deles, provavelmente um professor, chegou a ponto de explicar o mandamento divino: "Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas"99 como uma referência aos alunos e seus professores.
Havia, pois, escolas na Palestina nos dias de Jesus, embora fossem uma invenção comparativamente recente, datando de apenas cerca de 100 anos antes dessa época. 0 rabino Simon ben Shetach, irmão da rainha Salomé Alexandra e presidente do Sinédrio , abriu a primeira beth hasefer, casa do livro,99 em Jerusalém. Seu exemplo foi seguido por outros e, pouco a pouco, todo um sistema de instrução pública veio a existir. Cerca de trinta anos depois da morte de Cristo, no ano 64 mais ou menos, o sumo sacerdote Joshua ben Gamala promulgou o que pode ser considerado como a primeira legislação educacional: nada faltava nela — os pais eram obrigados a enviar seus filhos, havia castigos para os preguiçosos e os que faltavam muito, e uma espécie de curso secundário para os alunos mais inteligentes.70 Jesus não teve o benefício de tal sistema em sua infância; mas é provável que o rabino Gamala estivesse dando apenas os toques finais em algo que já existia bem antes dele.
A escola primária ficava ligada à sinagoga, como acontecia no oeste medieval, com a igreja paroquial. As crianças, tanto ricas como pobres, começavam a freqüentá-la na idade de cinco anos. O mestre não era outro senão o hazzan, o guardião dos livros sagrados e o ministro da sinagoga. Mais tarde, ficou estabelecido que no caso do número de alunos ultrapassar vinte e cinco, um professor especial seria nomeado. Os professores eram muito considerados; de fato, a voz corrente dizia que um mestre-escola era "o mensageiro do Todo-poderoso". Ao que parece, havia até mesmo inspetores encarregados de supervisionar a educação.
A tarefa principal dos alunos, enquanto ficavam sentados no chão à volta do mestre, era repetir de memória, e todos juntos, as sentenças ditas por ele em voz alta.71 A mnemónica, parte necessária da expressão e transmissão do pensamento,72 como veremos, era freqüente-mente usada no ensino — paralelismo, repetição, aliteração — e as crianças a empregavam mesmo em suas brincadeiras, como podemos ver naqueles meninos em Lucas que "gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes: entoamos lamentações e não chorastes",73 que são obviamente versos mnemónicos.
O que elas aprendiam na escola? Em primeiro lugar a Torá; ou, para ser mais exato, praticamente nada além da Torá, a Lei sagrada de Deus. Dizia-se que "a criança deve ser engordada com a Torá como um boi é cevado no estábulo".74 As máximas da Lei, aprendidas na infância "entram através do sangue e saem pelos lábios". Ela era ensinada para tudo, até para aprender o alfabeto: para tornar o aprendizado mais agradável, palavras eram formadas com cada letra por sua vez, como no nosso ABC, e arranjadas de modo que a criança podia transformá-las numa pequena lenda. Linguagem, gramática, história e geografia, ou pelo menos os rudimentos dessas matérias, eram todas estudadas na Bíblia. "É na Bíblia," diz Josefo, "que se encontra o mais elevado conhecimento, e a fonte da felicidade".78 Ele próprio se gaba de tê-la conhecido inteiramente aos quatorze anos; e o apóstolo Paulo lembra seu discípulo Timóteo que aprendeu as sagradas letras desde a infância.76
Este uso exclusivo das Escrituras no ensino foi aparentemente a causa que levou muitos rabinos a negarem às meninas o direito de aprender. As mulheres não tinham posição oficial na religião, por que então ensinar-lhes a Lei? "Seria melhor ver a Torá queimada," afirmou um doutor algo exaltado, "do que ouvir suas palavras dos lábios das mulheres."77 O mesmo doutor, que era sem dúvida um misógino, declarou que "ensinar uma menina seria o mesmo que colocá-la no caminho da devassidão moral". Talvez possa ser vista aqui uma referência às maneiras do mundo pagão, em que a educação das mulheres fazia com que entrassem em contato com os homens, em grande detrimento da boa ordem. Todavia, nem todos os rabinos defendiam esta opinião, e o mesmo tratado do Talmude que impede a entrada de meninas na escola, contém esta máxima sábia: 'Todo homem deve ensinar a Torá à sua filha". Se pudermos julgar pelo exemplo da pequena Maria, mãe de Jesus, é lícito supor que muitas meninazinhas judias conheciam tão bem as Sagradas Escrituras quanto seus irmãos; pois quando ela declamou espontaneamente as linhas esplêndidas que conhecemos como o "Magnificat" tantos ecos bíblicos lhe ocorreram que é possível distingüir mais de trinta deles.78
Os estudos solenes não impediam porém que as crianças de Israel brincassem. Zacarias nos mostra as ruas de Jerusalém cheias de crianças brincando,79 aquelas eternas brincadeiras das crianças ao ar livre. O evangelho refere-se a crianças copiando os adultos e brincando nas festas e enterros. Vemos também que nos dias de Jó as meninas brincavam com animaizi-nhos, até mesmo com "leviatãs", isto é, pequenos crocodilos. Elas também brincavam com bonecas. As escavações trouxeram à luz pequenas criaturas de barro, particularmente pássaros como aqueles que, segundo o Evangelho da Infância apócrifo,82 o menino Jesus dotou de percepção; chocalhos, bolas e dados decorados: sem dúvida neste caso a Lei e sua proibição de fazer imagens de qualquer coisa viva podia ser desconsiderada. Em vários locais, especialmente em Megido, linhas riscadas na pavimentação trazem à mente o jogo de amarelinha.
0 que pode ser chamado de educação primária tinha um prolongamento para aqueles que desejassem especializar-se nos estudos religiosos, um nível bastante superior. A fim de beneficar-se deles era preciso ir a Jerusalém e entrar numa das beth ha-midrash, uma daquelas escolas onde ensinavam os mais famosos doutores da Lei. Foi assim que o jovem Saulo de Tarso veio a sentar-se aos pés de Gamaliel. Não havia porém qualquer idéia de adquirir conhecimentos que não fossem religiosos nessas instituições, até mesmo o conceito de uma cultura profana era impossível em Israel. Esses grupos, em que a casuística era a disciplina principal, existiam com a finalidade de produzir futuros doutores da Lei. Á grande massa das crianças judias não chegava até esse ponto.
MAIORIDADE
0 tratado talmúdico Pirke Aboth, "ditados dos pais”, cujas partes essenciais são com certeza anteriores à era cristã, estabelecia os seguintes estágios de desenvolvimento da criança: "Aos cinco anos deve começar os estudos sagrados; aos dez deve dedicar-se ao aprendizado da tradição; aos treze deve conhecer toda a Lei de Javé e praticar suas exigências; e aos quinze anos tem início o aperfeiçoamento de seus conhecimentos" Assim sendo, sem contar aqueles que desejavam aperfeiçoar seu conhecimento religioso, os meninos judeus deixavam a escola aos treze anos, alcançando também a maioridade. 0 fato disso acontecer tão cedo pode ser explicado pela incontestável precocidade de sua raça. Aos treze anos o jovem israelita tinha certamente abandonado a infância, mesmo que não fosse capaz de discutir, como o menino Jesus, com os doutores da Lei reunidos nos átrios do Templo. A partir dessa época exigia-se dele, como dos adultos, que recitasse três vezes por dia a famosa oração Shema Israel, em que todo crente deve proclamar sua fé no Deus Único. Ele passaria a jejuar regularmente, nos dias estabelecidos, especialmente na grande cerimônia do Dia da Expiação. Realizaria as peregrinações tradicionais, e sempre que fosse ao Templo ser-lhe-ia permitido entrar no "pátio dos homens", passando assim a fazer parte integrante da nação de Israel.
Por esta razão o Bar Mitzvah, em que o menino ao entrar na maioridade era declarado "filho da Lei", se realizava mediante uma cerimônia religiosa durante a qual ele devia ler uma passagem da Lei em público e com grande alegria. Tratava-se de uma data muito importante na vida do judeu. Mesmo hoje em Israel, entre as famílias menos religiosas, ele continua a reter um caráter semi-religioso. O menino é levado do kibbutz para um ponto da fronteira onde substitui um dos guardas da Terra Santa, ou doa sangue para ser usado em transfusões. Da forma em que era celebrado há dois mil anos atrás, o israelita, ao entrar na maioridade, deveria compreender que pertencia a uma comunidade.
Ele também tinha um dever, o qual era exigido dele pela comunidade: mas, não seria realmente mais que um dever? "O jovem é como o potro que rincha,” diz novamente o Talmude, "anda de íá para cá, arruma-se com cuidado, tudo porque está procurando esposa”. O rabino realista que fez esta afirmação, acrescenta: "Mas, uma vez casado, se assemelha a um jumento, carregado de fardos”.
 
JOSÉ - Comentário Bíblico - John Macarthur - NT

O Rei da Graça (Mateus 1: 1-17)
O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Para Abraão nasceu Isaque; e Isaque, Jacó; e Jacó, Judá e seus irmãos; e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias; e a Salomão nasceu Roboão; e Roboão, Abias; e Abias, Asa; e Asa nasceu Josafá; e Jeosafá, Jorão; e Jorão, Uzias; e Uzias nasceu Jotão; e Jotão, Acaz; e Acaz, Ezequias; e Ezequias nasceu Manassés; e Manassés, Amon; e Amon, Josias; e Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para Babilônia.
E depois da deportação para Babilónia, Jeconias para nasceu Salatiel; e Salatiel, Zorobabel; e Zorobabel nasceu Abiud; e Abiud, Eliaquim; e Eliakim, Azor; e Azor nasceu Sadoc; e Zadok, Achim; e Achim, Eliud; e Eliud nasceu Eleazar; e Eleazar, Matã; e Matã, Jacó; ea Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1: 1-17)
Como discutido na introdução, um dos principais propósitos de Mateus, em seu evangelho, e o objetivo principal dos capítulos 1 e 2, é estabelecer direito de realeza de Israel de Jesus. Para qualquer observador honesto, e, certamente, para os judeus que sabia e cria suas próprias Escrituras, esses dois capítulos justificar a reivindicação de Jesus diante de Pilatos: "Tu dizes que eu sou rei Por isso eu ter nascido, e por isso vim. para o mundo "(João 18:37).
Consistente com essa Proposito de revelar Jesus como o Cristo (Messias) eo Rei dos Judeus, Mateus começa o seu evangelho, mostrando a linhagem de Jesus a partir da linhagem real de Israel. Se Jesus é o de ser anunciado e proclamado rei deve haver prova de que Ele vem da família real reconhecido.
Linha real do Messias começou com Davi. Por meio do profeta Natã, Deus prometeu que seria descendentes de Davi através de quem ele iria trazer o grande Rei que acabaria por reinar sobre Israel e estabelecer Seu reino eterno (2 Sam 7: 12-16.). A promessa não foi cumprida em Salomão, filho de Davi, que o sucedeu, ou em qualquer outro rei que governou em Israel ou Judá; e as pessoas esperaram por outro nascer da linhagem de Davi para cumprir a profecia. No momento Jesus nasceu os judeus ainda estavam antecipando a chegada do monarca prometeu ea glória restaurada do reino.
Preocupação dos judeus para pedigrees, no entanto, já existia muito antes de terem um rei. Depois que eles entraram em Canaã sob Josué e conquistaram a região Deus havia prometido a eles, a terra foi cuidadosa e precisamente dividido em territórios para cada tribo, exceto a tribo sacerdotal de Levi, para quem cidades especiais foram designados. A fim de saber onde viver, cada família israelita teve de determinar com precisão a tribo a que pertencia (veja Nm 26; 34-35.). E, a fim de se qualificar para a função sacerdotal, levita tinha que provar sua descendência de Levi. Após o retorno do exílio na Babilônia, alguns "filhos dos sacerdotes" não foram autorizados a servir no sacerdócio, porque "o seu registo ancestral ... não pôde ser localizado" (Esdras 2: 61-62).
A transferência de propriedade também necessário conhecimento exato da árvore genealógica (ver, por exemplo, Rute 3-4). Mesmo sob o domínio romano, o censo de judeus na Palestina foi baseada em pode ser visto a partir do fato de que José e Maria foram obrigados a se registrar em "Belém, porque ele [José] era da casa e família de Davi" tribo-as ( Lucas 2: 4). Aprendemos com o historiador judeu Flávio Josefo, que nos tempos do Novo Testamento muitas famílias judias mantido arquivos ancestrais detalhados e de grande valor. Antes de sua conversão, o apóstolo Paulo estava muito preocupado com sua linhagem de "tribo de Benjamim" (cf. Rom. 11: 1; 2 Cor 11:22; Fp 3:.. 5). Para os judeus, a identificação ea linha de descendência tribal eram o mais importante.
É ao mesmo tempo interessante e significativo que, desde a destruição do Templo em AD 70 não existem genealogias que pode rastrear a ascendência de qualquer judeu que vive agora. A importância principal desse fato é que, para os judeus que ainda procuram o Messias, nunca poderia ser a sede da sua linhagem para Davi. Jesus Cristo é o último pretendente verificável ao trono de Davi, e, portanto, para a linha messiânica.
Genealogia de Mateus apresenta uma linha descendente, a partir de Abraão através de Davi , através de José, para Jesus , que se chama Cristo . Genealogia de Lucas apresenta uma linha ascendente, a partir de Jesus e voltar através de Davi, Abraão, e até mesmo para "Adão, o filho de Deus" (Lucas 3: 23-38). Registro de Lucas é, aparentemente, traçada a partir do lado de Maria, o Eli de Lucas 3:23, provavelmente, ser pai-de-lei de José (muitas vezes referido como um pai) e, portanto, o pai natural de Maria. A intenção de Mateus é validar 'reivindicação real, mostrando Sua descida legal de Davi através de José, que era Jesus "Jesus legal, embora não natural, pai. A intenção de Lucas é traçar ascendência sangue real real de Jesus através de sua mãe, estabelecendo assim a Sua linhagem racial de Davi. Mateus segue a linhagem real através de Davi e Salomão, filho e sucessor do trono de Davi. Lucas segue a linhagem real através de Nathan, um outro filho de Davi. Jesus foi, portanto, o descendente de sangue de Davi através de Maria e o descendente legal de Davi através de José. Genealògica, Jesus era perfeitamente qualificado para assumir o trono de Davi.
É essencial observar que em seu nascimento virginal de Jesus não só foi divinamente concebido, mas através desse milagre foi protegido da desqualificação régio por causa de José de ser um descendente de Jeconias (v. 12). Por causa da maldade que do rei, Deus havia declarado de Jeconias (também chamado Joaquim ou Jeconias), que, embora fosse na linhagem de Davi, "nenhum homem de seus descendentes irão prosperar, sentado no trono de Davi ou governar novamente em Judá" (Jer . 22:30). Essa maldição teria impedido direita de Jesus a realeza tinha Ele foi o filho natural de José, que estava na linha de Jeconias. Descida legal de Jesus a partir de Davi, que sempre foi rastreada através do pai, veio através de Jeconias para José. Mas Sua descida de sangue, e Seu direito humano para governar , veio por meio de Maria, que não estava na linhagem de Jeconias. Assim, a maldição sobre a descendência de Jeconias foi contornada, mantendo ainda o privilégio real.
O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)
Biblos ( livro ) também pode se referir a um registro ou conta, como é o caso aqui. Mateus está dando um breve registro de genealogia ( Gênesis ", início, origem") de Jesus Cristo. Jesus é a partir do equivalente grego de Jesuá, ou Jehoshua, que significa "Jeová (Yahweh) salva". Era o nome que o anjo disse a José para dar ao Filho, que havia sido milagrosamente concebido em sua esposa, Maria, porque este que em breve iria nascer seria de fato "salvará o seu povo dos seus pecados" (Mat. 1:21). Christos ( Cristo ) é a forma grega do hebraico Mashiah (Eng., messias), que significa "ungido". Os profetas de Israel, sacerdotes e reis eram ungidos, e Jesus foi ungido como todos os três. Ele era o Ungido, o Messias, a quem os judeus esperavam muito tempo para vir como seu grande libertador e monarca.
No entanto, por causa de sua incredulidade e incompreensão das Escrituras, muitos judeus se recusaram a reconhecer Jesus como o Cristo, o Messias. Alguns rejeitaram pela simples razão de que seus paiseram conhecidos por eles. Quando voltou para sua cidade natal de Nazaré Ele "começou a ensinar o povo na sinagoga, de modo que eles se tornaram espantará, e disse: 'Onde é que este homem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não é ? chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas E suas irmãs, nem todos eles estão com a gente? '"(Mat. 13: 54-56). Em outra ocasião, outros em Jerusalém diziam de Jesus: "Os governantes realmente não sei que este é o Cristo, que eles No entanto, sabemos que esse homem é de;?, Mas sempre que o Cristo pode vir, ninguém sabe onde ele está a partir de "(João 7: 26-27). Um pouco mais tarde, "Alguns dentre o povo, ouvindo estas palavras, estavam dizendo:" Este certamente é o Profeta. " Outros diziam: 'Este é o Cristo ". Outros ainda diziam: 'Certamente o Cristo não virá da Galiléia, é Ele? "(João 7: 40-41). Ainda outros, melhor ensinado nas Escrituras, mas desconhecem linhagem e local de nascimento de Jesus, disse: "Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, a aldeia de onde era Davi?" (V. 42).
A genealogia estabelece linhagem real do Messias. A intenção de Mateus não é ter a divagar leitor em um estudo de cada pessoa na lista, mas é mostrar que todas essas pessoas apontam para a realeza de Cristo.
O Rei da Graça
Mesmo assim, a partir de genealogia de Mateus aprendemos mais do que a linhagem de Jesus. Vemos também reflexões bonitas da graça de Deus. Jesus foi enviado por um Deus de graça para ser um rei da graça. Ele não seria um rei da lei e da força de ferro, além de um rei da graça. Suas credenciais reais testemunhar da graça real. E o povo que Ele escolheu para serem seus antepassados ​​revelar a maravilha da graça, e dar esperança a todos os pecadores.
A graciosidade deste Rei e do Deus que o enviou pode ser visto na genealogia em quatro lugares e formas. Vamos olhar para estes em lógica, ao invés de cronológica, ordem.
A Graça de Deus oe Visto na escolha de Uma Mulher
E para Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo. (1:16)
Deus mostrou a Sua graça a Maria, escolhendo-a para ser a mãe de Jesus. Embora descendentes da linhagem real de Davi, Maria era uma jovem comum, desconhecido. Contrariamente às afirmações de sua própria concepção imaculada (ela sendo concebido milagrosamente no ventre de sua mãe), Maria era tanto um pecador como todos os outros seres humanos já nascidos. Ela era provavelmente muito melhor, moral e espiritualmente, do que a maioria das pessoas de sua época, mas ela não tinha pecado. Ela estava profundamente devoto e fiel ao Senhor, como ela demonstrada por sua resposta humildes e submissos ao anúncio do anjo (Lucas 1:38).
Maria precisava de um Salvador, como ela mesma reconheceu logo no início de sua canção de louvor, muitas vezes chamado de Magnificat: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador Pois Ele tem tido em conta para o estado humilde. de Seu servo "(Lucas 1: 46-48). As noções de seu ser co-redentora e co-mediador com Cristo são totalmente anti-bíblica e nunca foram uma parte da doutrina da igreja primitiva. Essas idéias heréticas entrou na igreja vários séculos mais tarde, por meio de acomodações para os mitos pagãos que se originaram nas religiões de mistério da Babilônia.
Ninrode, neto de Cão, um dos três filhos de Noé, fundou as grandes cidades de Babel (Babilônia), Erech, Accad, Calneh, e Nínive (Gn 10: 10-11). Foi em Babel que o primeiro sistema organizado de idolatria começou com a torre construída lá. A esposa de Nimrod, Semiramis, se tornou o primeiro grande sacerdotisa de idolatria, Babilônia e se tornou a fonte de todos os sistemas do mal da religião. Nos últimos dias, "a grande prostituta" vai ter escrito em sua testa, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra" (Ap 17: 5). Quando Babilônia foi destruída, o sumo sacerdote pagão naquela época fugiu para Pérgamo (ou Pérgamo; chamado de "onde está o trono de Satanás é" in Rev. 02:13) e depois a Roma. Pelo século IV AD muito do paganismo politeísta de Roma tinha encontrado o seu caminho para a igreja. Foi a partir dessa fonte que as idéias de Quaresma, da imaculada concepção de Maria, e de ela ser a "rainha do céu" se originou. Nas lendas pagãs, Semiramis foi milagrosamente concebido por um raio de sol, e seu filho, Tamuz, foi morto e ressuscitou dos mortos depois de quarenta dias de jejum por sua mãe (a origem da Quaresma). As mesmas lendas básicos foram encontrados nas religiões de contrapartida em todo o mundo antigo. Semiramis foi conhecida também como Ashtoreth, Isis, Afrodite, Vênus, e Ishtar. Tammuz era conhecido como Baal, Osíris, Eros e Cupido.
Esses sistemas pagãos havia infectado Israel séculos antes da vinda de Cristo. Foi a Ishtar, a "rainha dos céus" que os israelitas exilados ímpios e rebeldes no Egito insistiu em transformar (Jer. 44: 17-19; cf. 07:18). Enquanto exilado na Babilônia com seus companheiros judeus, Ezequiel teve uma visão do Senhor sobre as "abominações" alguns israelitas estavam cometendo mesmo no templo de Jerusalém práticas que incluíam "chorando por Tamuz" (Ez. 8: 13-14). Aqui vemos algumas das origens do culto da mãe-filho, o que chamou a Maria ao seu alcance.
A Bíblia não sabe nada da graça de Maria, exceto o que ela recebeu do Senhor. Era o receptor, nunca o distribuidor, de graça. A tradução literal de "um favorecida" (Lucas 1:28) é "um dotado de graça."Assim como todo o resto da humanidade caída, Maria precisava de graça e de salvação de Deus. É por isso que ela "alegra em Deus, [ela] Salvador" (Lucas 1:47). Ela recebeu uma medida especial de graça do Senhor por ser escolhida para ser a mãe de Jesus; mas ela nunca foi uma fonte de graça. A graça de Deus escolheu uma mulher pecadora ter o privilégio inigualável de dar à luz o Messias.
A Graça de Deus e Vista por ele ser descendentes de dois homens
O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)
Tanto Davi e Abraão eram pecadores, mas pela graça de Deus eles eram ancestrais do Messias, o Cristo .
Davi pecou terrivelmente em cometer adultério com Bate-Seba e depois agravado o pecado por ter seu marido, Urias, morto para que ele pudesse se casar com ela. Como um guerreiro que tinha abatido inúmeros homens, e por essa razão não foi autorizado a construir o templo (1 Crônicas 22: 8.). Davi foi um exemplo clássico de um pai pobre, que não conseguiu disciplinar seus filhos, um dos quais (Absalão) até tentou usurpar o trono de seu próprio pai por rebelião armada.
Abraão, embora um homem de grande fé, duas vezes mentiu sobre sua esposa, Sara. Por medo por sua vida e falta de confiança em Deus, ele disse a dois reis pagãos diferentes que ela era sua irmã (Gênesis 12: 11-19; 20: 1-18). Ao fazê-lo, ele trouxe vergonha para Sara, sobre si mesmo e sobre o Deus em quem ele acreditava, e que ele alegou para servir.
No entanto, Deus fez a Abraão o pai de seu povo escolhido, Israel, de quem iria surgir o Messias; e Ele fez Davi pai da linhagem real de quem o Messias iria descer. Jesus era o Filho de Davi por descendência real e filho de Abraão por descendência racial.
A graça de Deus também se estendeu para os descendentes de intervenção desses dois homens. Isaque era o filho da promessa, e um tipo de Salvador sacrificial, sendo ele próprio ofereceu voluntariamente a Deus (Gn 22: 1-13). Deus deu o nome do filho de Isaque, Jacó, (mais tarde renomeada Israel) ao Seu povo escolhido. Os filhos de Jacó (Judá e seus irmãos) tornaram-se chefes das tribos de Israel. Todos esses homens eram pecadores e, por vezes, eram fracos e infiel. Mas Deus estava continuamente fiel a eles, e Sua graça estava sempre com eles, mesmo em tempos de repreensão e disciplina.
Salomão, filho e sucessor de Davi ao trono, foi pacífica e sábio, mas também de muitas maneiras tolo. Ele semeou sementes de tanto a corrupção interna e espiritual ao se casar com centenas de mulheres-a maioria deles de países pagãos em todo o mundo daquela época. Eles transformaram o coração de Salomão, e os corações de muitos outros israelitas, longe do Senhor (1 Reis 11: 1-8). A unidade de Israel foi quebrado, e logo tornou-se o reino dividido. Mas a linha real permaneceu intacta, e promessa de Deus de Davi, finalmente, foi cumprido. A graça de Deus prevaleceu.
Um olhar cuidadoso sobre os descendentes tanto de Abraão e de Davi (vv. 2-16) revelam que as pessoas que muitas vezes eram caracterizadas por infidelidade, a imoralidade, idolatria e apostasia. Mas trato de Deus com eles sempre se caracterizou pela graça. Jesus Cristo, o filho de Davi, filho de Abraão , foi enviado para superar as falhas de ambos os homens e de todos os seus descendentes, e para realizar o que nunca poderia ter realizado. O Rei da graça veio através da linha de dois homens pecadores.
A Graça de Deus visto na história de Três Eras
Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1:17)
Do resumo da genealogia de Mateus, vemos a graça de Deus agindo em três períodos ou eras, da história de Israel.
O primeiro período, desde Abraão até Davi , foi a dos patriarcas, e de Moisés, Josué, e os juízes. Foi um período de peregrinação, de escravidão em uma terra estrangeira, de libertação, de tomada de aliança e lei-doação, e da conquista e da vitória.
O segundo período, desde Davi até a deportação para Babilônia , foi a da monarquia, quando Israel, depois de ter insistido em ter reis humanos como todas as nações ao redor deles, descobriram que aqueles reis mais vezes levou-os para longe de Deus e em apuros do que para Deus e em paz e prosperidade. Esse foi um período de declínio quase ininterrupta, degenerescência, a apostasia, e tragédia.Houve derrota, conquista, o exílio, e a destruição de Jerusalém e seu Templo. Apenas em Davi, Josafá, Ezequias e Josias vemos muitas provas de piedade.
O terceiro período, desde a deportação para Babilônia até o tempo de Cristo , foi o de cativeiro, o exílio, a frustração, e do tempo de marcação. A maioria dos homens Mateus menciona neste período de Salatiel para Jacó o pai de José-são desconhecidos para nós para além desta lista. É um período envolta em grande parte nas trevas e caracterizada em grande parte pela inconseqüência. Foi Dark Eras de Israel.
No entanto, a graça de Deus estava agindo em nome de seu povo através de todos os três períodos. A genealogia nacional de Jesus é um dos glória misturado e pathos, heroísmo e desgraça, notoriedade e obscuridade. Israel sobe, desce, estagna, e, finalmente, rejeita e crucifica o Messias que Deus enviou para eles. Mas Deus, em Sua infinita graça, mas enviou o Seu Messias através deles.
A Graça de Deus Visto na inclusão de quatro mulheres de outras nações
e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias. (1: 3-6)
Genealogia de Mateus nos mostra também a obra da graça de Deus em sua escolha quatro ex-párias, cada um deles mulheres (as únicas mulheres listadas até que a menção de Maria), por meio de quem o Messias e Rei grande desceria. Essas mulheres são ilustrações excepcionais da graça de Deus e estão incluídos, por esse motivo na genealogia que o contrário é que todos os homens.
O primeiro foi proscrito Tamar , filha-de-lei cananeu de Judá . Deus tomou a vida de seu marido, Er, e de seu próximo irmão mais velho, Onan, por causa de sua maldade. Judá, em seguida, prometeu a jovem viúva, sem filhos que seu terceiro filho, Shelab, se tornaria seu marido e suscitar filhos em nome de seu irmão quando ele cresceu. Depois de Judá não conseguiu manter essa promessa, Tamar se disfarçou de prostituta e enganado em ter relações sexuais com ela. Dessa união ilícita nasceram filhos gêmeos, Perez e Zera . A história sórdida se encontra em Gênesis 38. À medida que aprendemos a partir da genealogia, Tamar e Perez se juntou Judah na linha messiânica. Apesar de prostituição e incesto, a graça de Deus caiu em todas as três dessas pessoas que não merecem, incluindo uma prostituta Gentil desesperado e enganoso.
A segunda pária também era uma mulher e um gentio. Ela, também, era culpado de prostituição, mas para ela, ao contrário de Tamar, que era uma profissão. Raabe , um habitante de Jericó, protegeu os dois homens israelitas Josué tinha enviado a espiar a cidade. Ela mentiu para os mensageiros do rei de Jericó, a fim de salvar os espiões; mas por causa de seu medo de ele e ela ato de bondade para com seu povo, Deus poupou sua vida e as vidas de sua família quando Jericho foi cercada e destruída (Josh. 2: 1-21; 6: 22-25). A graça de Deus não só poupou-lhe a vida, mas trouxe-a para a linha messiânica, como a esposa de Salmon e mãe dos piedosos Boaz , que era o bisavô de Davi.
O terceiro foi proscrito Rute , a esposa de Boaz . Como Tamar e Raabe, Rute era um gentio. Depois de seu primeiro marido, um israelita, tinha morrido, ela voltou para Israel com a mãe-de-lei, Naomi. Rute era uma mulher temente a Deus, amoroso e sensível, que havia aceitado o Senhor como seu próprio Deus. Seu povo, os moabitas eram pagãos, o produto das relações incestuosas de Ló com suas duas filhas solteiras. A fim de preservar a linhagem da família, porque não tinham maridos ou irmãos, cada uma das filhas tiveram seu pai bêbado e fez com que ele tem, sem saber, relações sexuais com elas. O filho produzido pela união de Ló com sua filha mais velha foi Moab, pai de um povo que se tornou um dos inimigos mais implacáveis ​​de Israel. Mahlon, o homem israelita que se casou com Rute , fê-lo em violação da lei de Moisés (Deut. 7: 3; cf. 23: 3; Ezra. 9: 2; Neemias 13:23) e muitos escritores judeus dizem que sua morte precoce, e de seu irmão, era um juízo divino sobre a sua desobediência. Embora ela era uma moabita e ex-pagã, sem direito a se casar com um israelita, a graça de Deus não só trouxe Rute na família de Israel, mas, mais tarde, através de Boaz, na linhagem real. Ela tornou-se a avó de Israel de grande Rei Davi.
A quarta proscrito foi Bate-Seba. Ela não é identificado na genealogia pelo nome, mas é mencionado apenas como a esposa de Davi e da ex- mulher de Urias . Como já mencionado, Davi cometeu adultério com ela, teve seu marido enviado para a frente de batalha para ser morto, e, em seguida, tomou como sua própria esposa. O filho produzido pelo adultério morreu na infância, mas o próximo filho nascer para eles era Solomon (2 Sam. 11: 1-27; 12:14, 24), sucessor do trono e continuador da linha messiânica de Davi. Pela graça de Deus, Bate-Seba tornou-se a esposa de Davi, a mãe de Salomão, e um antepassado do Messias.
A genealogia de Jesus Cristo é infinitamente mais do que uma lista de nomes antigos; é ainda mais do que uma lista de antepassados ​​humanos de Jesus. Ele é um belo testemunho da graça de Deus e ao ministério de Seu Filho, Jesus Cristo, o amigo dos pecadores, que "não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mat. 09:13). Se Ele chamou os pecadores por graça de sermos Seus antepassados, deveríamos nos surpreender quando Ele os chama pelo graça de sermos Seus descendentes? O Rei apresentado aqui é verdadeiramente o Rei de graça!


2. O nascimento virginal (Mateus 1: 18-25)
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não querendo desonrar ela, desejada para deixá-la secretamente. Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que foi nela foi gerado é . do Espírito Santo E ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele é o que salvará o seu povo dos seus pecados ". Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa " Deus conosco. " E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 18-25)
A história bíblica registra alguns nascimentos incríveis e espetaculares. O nascimento de Isaque a uma mulher que era estéril quase cem anos de idade, que estava rindo com a idéia de ter um filho, era um evento milagroso. O ventre da esposa estéril de Manoá foi aberta e ela deu à luz Sansão, que era transformar um leão dentro para fora, matar mil homens, e puxe para baixo um templo pagão. O nascimento de Samuel, o profeta e Ungidor dos reis, para a Hannah estéril, cujo ventre o Senhor lhe havia cerrado, revelou providencial poder divino. Isabel era estéril, mas através do poder de Deus, ela deu à luz a João Batista, de quem Jesus disse que não tinha ainda sido ninguém maior "entre os nascidos de mulher" (Mat. 11:11). Mas o nascimento virginal do Senhor Jesus supera tudo isso.
Fantasia e mitologia ter falsificado o nascimento virginal de Jesus Cristo com uma proliferação de contas falsas destinadas a minimizar o Seu nascimento absolutamente única.
Por exemplo, os romanos acreditavam que Zeus impregnado Semele sem contato e que ela concebeu Dioniso, senhor da terra. Os babilônios acreditavam que Tammuz (ver Ez 08:14.) Foi concebida nos Semiramis sacerdotisa por um raio de sol. Em uma história antiga Suméria / Accadian inscrito numa parede, Tukulti II (890-884 AC ) contou como os deuses criou no ventre de sua mãe. Foi ainda alegado que a deusa da procriação supervisionou a concepção do Rei Senaqueribe (705-681 AC ). Na concepção de Buda, sua mãe supostamente viu um grande elefante branco entrar em seu ventre. Hinduísmo afirmou que a Vishnu divina, depois de reencarnações como um peixe, tartaruga, javali, e leão, desceu para o útero de Devaki e nasceu como seu filho Krishna. Há até mesmo uma lenda que Alexandre, o Grande, foi nascido de uma virgem pelo poder de Zeus através de uma cobra que impregnado sua mãe, Olímpia. Satanás criou muitos mais desses mitos para falsificar o nascimento de Cristo, a fim de fazê-lo parecer ou comum ou lendária.
A ciência moderna ainda fala de partenogênese, que vem de um termo grego que significa "nascimento virginal" No mundo das abelhas, ovos não fertilizados se desenvolvem em drones, ou machos.Partenogênese Artificial tem sido bem sucedido com os ovos não fertilizados de bichos. Os ovos de ouriços do mar e vermes marinhos começaram a desenvolver-se quando colocados em várias soluções salinas. Em 1939 e 1940, os coelhos foram produzidos (todos do sexo feminino), através de químicos e temperatura influências sobre óvulos. Nada disso jamais chegou perto de contabilidade para os seres humanos; todos esses partenogênese é impossível dentro da raça humana. A ciência, como mitologia, não tem explicação para o nascimento virginal de Cristo. Ele não era nem apenas o filho de uma mulher que era estéril, nem uma aberração da natureza. Até o claro testemunho da Escritura, Ele foi concebido por Deus e nascido de uma virgem.
No entanto, as pesquisas religiosas tomadas ao longo dos últimos várias gerações revelam o impacto da teologia liberal em um declínio acentuado e contínuo na porcentagem de cristãos professos que acreditam no nascimento virgem, e, portanto, na divindade, de Jesus Cristo. É de se perguntar por que eles querem ser identificados com uma pessoa que, se o seu julgamento Dele fosse correta, tinha que ter sido enganado ou enganosa ou-uma vez que todos os quatro evangelhos explicitamente ensinam que Jesus considerava-se mais do que um homem. É evidente a partir do resto do Novo Testamento, bem como a partir de registros históricos, que Jesus, seus discípulos, e todos da igreja primitiva o segurou para ser outro senão o divino Filho de Deus. Mesmo os seus inimigos sabiam que Ele alegou tal identidade (João 5: 18-47).
A personalidade religiosa popular disse em uma entrevista há alguns anos que ele não poderia em forma impressa ou em público negar o nascimento virginal de Cristo, mas que nem ele poderia pregar ou ensinar. "Quando eu tenho algo que eu não consigo entender", ele explicou: "Eu simplesmente não lidar com isso." Mas ignorar o nascimento virginal é ignorar a divindade de Cristo. E ignorar a Sua divindade é o mesmo que negar. Encarnação real exige um nascimento virginal real.
Mas tal descrença não deveria nos surpreender. A incredulidade tem sido maior problema do homem desde a queda, e sempre foi vista maioria do homem. Mas "E então?" Paulo pergunta. "Se alguns não creram, a incredulidade deles não vai anular a fidelidade de Deus, será que vai Mas longe esteja Em vez disso, seja Deus verdadeiro, e todo homem seja achado mentiroso?!" (Rom. 3: 3-4) . Cada fiel profeta, pregador, ou o professor em algum momento pediu com Isaías e Paulo: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação?" (Rom 10:16; cf. Is. 53: 1.). Mas a opinião popular, até mesmo dentro da igreja, nem sempre tem sido uma fonte confiável de verdade. Quando os homens escolher quais partes da Palavra de Deus para acreditar e seguir, eles se colocarem acima da Sua Palavra e, portanto, acima d'Ele (cf. Sl 138: 2.).
O propósito de Mateus, por escrito, a seu relato evangelho era em parte de desculpas, não no sentido de fazer um pedido de desculpas para o evangelho, mas no sentido mais tradicional de explicar e defender-lo contra seus muitos ataques e deturpações. Humanidade de Jesus foi muitas vezes criticado e sua divindade, muitas vezes negada. Possivelmente durante Seu ministério terreno, e, certamente, após a Sua morte e ressurreição, é provável que Jesus foi caluniado pela acusação de que Ele era o filho ilegítimo de Maria por um homem desconhecido, talvez um soldado romano guarnecida na Galiléia.Foi reivindicação de divindade de Jesus; no entanto, que mais enfureceu os líderes judeus e os trouxe para exigir a sua morte. "Por isso, pois os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (João 5:18).
Certamente não é por acaso, portanto, que o início do Evangelho de Mateus, no início do Novo Testamento, é dedicado a estabelecer tanto a humanidade real e da divindade de Jesus Cristo. Além de Jesus "ser humano e divino, não há evangelho. A encarnação de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Toda a superestrutura da teologia cristã é construído sobre ele. A essência eo poder do evangelho é que Deus se fez homem e que, por ser ao mesmo tempo totalmente Deus e totalmente homem, Ele era capaz de reconciliar os homens com Deus. Nascimento virginal de Jesus, Sua substitutiva morte expiatória, ressurreição, ascensão e retorno são todos os aspectos essenciais da sua divindade. Eles permanecer ou cair juntos. Se algum desses ensinamentos-todos claramente ensinada no Novo Testamento-for rejeitada, todo o evangelho é rejeitada. Nada faz sentido, ou poderia ter qualquer significado ou poder, para além dos outros. Se essas coisas não eram verdadeiras, mesmo ensinamentos morais de Jesus seria suspeito, porque se Ele deturpou quem Ele era por preposterously reivindicando igualdade com Deus, como pode qualquer coisa que ele disse que é confiável? Ou se os escritores do evangelho deturpado quem Ele era, por que nós confio sua palavra sobre qualquer outra coisa que ele disse ou fez?
Certa vez, Jesus perguntou aos fariseus uma pergunta sobre si mesmo que os homens têm perguntado em cada geração desde então: "O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho" (Mat. 22:42). Essa é a pergunta Mateus responde no primeiro capítulo deste evangelho. Jesus é o Filho humano do homem e do divino Filho de Deus.
Como vimos, os primeiros dezessete versículos dão linhagem seu humana de Jesus ascendência real de Abraão através de Davi e através de José, seu pai humano legal. Os líderes judeus da época do Novo Testamento reconheceram que o Messias seria da linhagem real de Davi; mas, na maioria das vezes, eles concordaram em pouco mais do que isso a respeito dele.
A história nos informa que até mesmo os fariseus conservadores não acreditam que o Messias seria divino. Se Jesus não tivesse reivindicado a ser mais do que o filho de Davi, Ele pode ter começado a convencer alguns dos líderes judeus de Sua messianidade. Uma vez que ele afirmou ser Deus, no entanto, eles rejeitaram imediatamente. Muitas pessoas ainda hoje estão dispostos a reconhecê-lo como um grande professor, um modelo de alto caráter moral, e até mesmo um profeta de Deus. Eram Ele não mais do que essas coisas, no entanto, Ele não poderia ter conquistado o pecado, a morte, Satanás. Em suma, ele não poderia ter salvo o mundo. Ele também teria sido culpado de grosseiramente deturpar a Si mesmo.
É interessante que alguns intérpretes condescendentes do Novo Testamento reconhecem que Mateus e outros escritores acreditavam sinceramente e ensinou que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo, que Ele não tinha pai humano. Mas, segundo eles, aqueles homens eram incultos e cativo para as superstições habituais e mitos de suas épocas. Eles simplesmente pegou nas muitas lendas nascimento virgem que eram comuns no mundo antigo e adaptou-os para a história do evangelho.
É verdade que as religiões pagãs daquele dia, como os de Semiramis e Tammuz, teve mitos de vários tipos que envolvem concepções milagrosas. Mas o caráter imoral e repulsivo dessas histórias não podem ser comparados com os relatos evangélicos. Essas histórias são falsificações vis de Satanás de pura verdade de Deus. Porque o nascimento virginal de Jesus Cristo é fundamental para o evangelho, é uma verdade que falsos sistemas, satânico da religião vai negar, falsificado, ou deturpar.
O relato de Mateus da concepção divina de Jesus é fácil e simples. É dado como história, mas a história que só poderia ser conhecido pela revelação de Deus e realizada por milagre divino. É essencial para a encarnação.
Depois de estabelecer a linhagem humana de Jesus a partir de Davi, Mateus passa a mostrar a Sua divina "linhagem". Esse é o propósito de versículos 18-25, que revelam cinco verdades distintas sobre o nascimento virginal de Cristo. Nós vemos o nascimento virginal concebido, confrontado, esclareceu, conectado, e consumado.
O nascimento virginal
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. (1:18)
Embora por si só não provar autoria divina, o próprio fato de que a conta da concepção divina de Jesus é dada em apenas um versículo sugere fortemente que a história não era feita pelo homem.Simplesmente não é próprio da natureza humana para tentar descrever algo tão absolutamente importante e maravilhosa em um breve espaço. Nossa inclinação seria expandir, elaborar, e tentar dar todos os detalhes possíveis. Mateus continua a dar informações adicionais relacionadas com o nascimento virginal, mas o fato de que é dada em uma frase-a primeira frase do verso 18 ser meramente introdução.Dezessete versos são dadas à listagem genealogia humana de Jesus; mas apenas parte de um verso de Sua genealogia divina. Em Sua divindade "desceu" de Deus por um ato miraculoso e nunca repetida do Espírito Santo; ainda o Espírito Santo não faz nada mais do que afirmar com autoridade o fato. A fabricação humana chamaria para o material muito mais convincente.
Nascimento é da mesma raiz grega como "genealogia" no versículo 1, indicando que Mateus está aqui dando um relato paralelo de ascendência-este tempo de Jesus a partir do lado de Seu Pai.
Temos poucas informações sobre Maria . É provável que ela era natural de Nazaré e que ela veio de uma família relativamente pobre. De Mateus 27:56, Marcos 15:40 e João 19:25 aprendemos que ela tinha uma irmã chamada Salomé, a mãe de Tiago e João (que, portanto, eram primos de Jesus). De Lucas 3 recebermos sua linhagem de Davi. Se, como muitos acreditam, o Eli (ou Heli) de Lucas 3:23 era o pai-de-lei de José (Mateus dá o pai de José, como Jacó, 1:16), em seguida, Eli era o pai de Maria. Sabemos que Elisabete, a esposa de Zacarias, era "parente" de Maria (Lucas 1:36), provavelmente seu primo.Esses são os únicos parentes, além de seu marido e filhos, de quem o Novo Testamento fala.
Maria era uma mulher temente a Deus que se mostrou sensível e submisso à vontade do Senhor. Após o anúncio do anjo Gabriel de que ela seria a mãe de "Filho de Deus", disse Maria, "eis que o servo do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra "(Lucas 1: 26-38). Maria também estava acreditando. Ela se perguntava como podia conceber: "Como pode ser isso, já que eu sou virgem" (Lucas 1:34). Mas ela nunca questionou o anjo foi enviado por Deus ou que o que ele disse era verdade. Elisabete, "cheio do Espírito Santo", testemunhou de Maria, "Bem-aventurada aquela que acreditou que teriam cumprimento do que havia sido falado com ela pelo Senhor" (v. 45). Humilde reverência, gratidão e amor de Maria para Deus é visto em sua magnífica Magnificat, como Lucas 1: 46-55 é muitas vezes chamado. Começa: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador ... porque o Poderoso fez em mim grandes coisas;. E santo é o seu nome" (vv 47, 49.).
Sabemos ainda menos de José do que de Maria. O nome de seu pai era Jacó (Mat. 1:16), e ele era um artesão, um operário da construção civil ( TEKTON ), provavelmente um carpinteiro (Mat. 13:55).Mais importante ainda, ele era um "homem justo" (1:19), um santo do Antigo Testamento.
É possível que tanto José e Maria eram muito jovens quando eles estavam noivos . As raparigas eram muitas vezes prometida tão jovem quanto doze ou treze anos, e os meninos quando eles estavam vários anos mais velhos do que isso.
Por costume judaico, um noivado significou mais do que um compromisso no sentido moderno. Um casamento hebraico envolveu duas fases, a kiddushin (noivado) eo huppah (cerimônia de casamento). O casamento foi quase sempre arranjado pelas famílias dos noivos, muitas vezes sem consultá-los. Um contrato foi feito e foi selado com o pagamento dos mohar , o preço dote ou noiva, que foi paga pelo noivo ou sua família para o pai da noiva. O mohar serviu para compensar o pai para as despesas do casamento e para fornecer um tipo de seguro para a noiva no caso de o noivo ficou insatisfeito e divorciou-se dela. O contrato foi considerado vinculativo, logo que ele foi feito, e o homem ea mulher foram considerados legalmente casados, embora a cerimônia de casamento ( huppah ) e consumação muitas vezes não ocorreu até o máximo de um ano depois. O período de noivado serviu como um tempo de provação e teste de fidelidade. Durante esse período, a noiva eo noivo normalmente tinha pouca, ou nenhuma, o contato social com o outro.
José e Maria tinham experimentado nenhum contato sexual com o outro, como a frase antes de se ajuntarem indica. A pureza sexual é altamente considerada nas Escrituras, em ambos os testamentos. Deus dá grande valor à abstinência sexual fora do casamento e da fidelidade sexual dentro do casamento. A virgindade de Maria era uma evidência importante de sua piedade. A razão para questionar D.C sua concepção de Gabriel foi o fato de que ela sabia que ela era virgem (Lucas 1:34). Este testemunho protege da acusação de que Jesus nasceu de um outro homem.
Mas a virgindade de Maria protegido muito mais do que seu próprio caráter moral, reputação e legitimidade do nascimento de Jesus. Ele protegeu a natureza do divino Filho de Deus. A criança nunca é chamado o filho de José; José nunca é chamado o pai de Jesus, e José não é mencionado na canção de louvor de Maria (Lucas 1: 46-55). Se Jesus foi concebido pelo ato de um homem, seja José ou qualquer outra pessoa, Ele não poderia ter sido divino e não poderia ter sido o Salvador. Suas próprias reivindicações sobre Ele mesmo teria sido mentiras, e Sua ressurreição e ascensão teria sido hoaxes. E a humanidade permaneceria para sempre Perdido and Damned.
Obviamente concepção de Jesus pelo Espírito Santo é um grande mistério. Mesmo tinha Ele queria fazê-lo, como Deus poderia ter explicado para nós, em termos poderíamos compreender, como esse tipo de mistura do divino e humano poderia ter sido realizado? Nós não mais poderia imaginar uma coisa dessas do que podemos imaginar Deus de criar o universo a partir do nada, o seu ser um só Deus em três Pessoas, ou Sua dando uma inteiramente nova natureza espiritual para aqueles que confiam em Seu Filho. Entendimento de tais coisas terão que aguardar o céu, quando vemos o nosso "face a face" Senhor e "conhecerei como [que] foram totalmente conhecido" (1 Cor. 13:12). Nós aceitamos pela fé.
O nascimento virginal não deve ter surpreendido os judeus que conheciam e acreditavam no Antigo Testamento. Por causa de uma má interpretação da frase "Uma mulher deve abranger um homem" em Jeremias 31:22, muitos rabinos acreditavam que o Messias teria um nascimento incomum. Eles disseram, "Messias é não ter nenhum pai terreno", e "o nascimento do Messias será como o orvalho do Senhor, como gotas sobre a relva sem a ação do homem." Mas, mesmo que a má interpretação de um texto obscuro (uma interpretação também defendida por alguns dos Padres da Igreja) assumiu um nascimento original para o Messias.
Não só teve Isaías indicava tal nascimento (7:14), mas, mesmo em Gênesis temos um vislumbre dele. Deus falou com a serpente da inimizade que passaria a existir entre "sua descendência ea sua descendência [de Eva]" (Gn 3:15). Em um sentido técnico a semente pertence ao homem, e impregnação de Maria pelo Espírito Santo é o único caso na história da humanidade que uma mulher tinha uma semente dentro dela que não veio de um homem. A promessa feita a Abraão em causa "a sua semente", uma forma comum de se referir à prole. Esta referência única para "sua semente" olha além Adão e Eva a Maria ea Jesus Cristo. As duas sementes de Gênesis 3:15 pode ser visto em um sentido simples como coletivo; ou seja, eles podem se referir a todos aqueles que fazem parte da descendência de Satanás, e para todos aqueles que a parte de Eve. Essa visão vê a guerra entre os dois como fúria de todos os tempos, com o povo de justiça, eventualmente, obter a vitória sobre o povo do mal. Mas "semente" também pode ser singular, na medida em que se refere a uma grande produto, final, glorioso de uma mulher, que será o próprio Senhor-nascido sem semente masculina. Nesse sentido, a previsão é messiânica. Pode ser que a profecia olha para o colectivo e ambos os significados individuais.
Paulo é muito claro quando nos diz que "Quando a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" (Gal. 4: 4). Não há pai humano em que o verso. Jesus tinha que ter um pai humano ou Ele não poderia ter sido humana, e, assim, um participante da nossa carne. Mas Ele também teve que ter uma filiação divina ou Ele não poderia ter feito um sacrifício sem pecado e perfeita em nosso nome.

O nascimento virginal é Questionado
E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não querendo desonrar ela, desejada para deixá-la secretamente. Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que foi nela foi gerado é do Espírito Santo. " (1: 19-20)
Como já foi mencionado, apesar de José e Maria foram apenas prometida neste momento (v. 18), ele foi considerado seu marido e ela foi considerada a sua esposa . Pela simples razão de que ele era um homem justo , José teve um duplo problema, pelo menos em sua própria mente. Em primeiro lugar, por causa de seus padrões morais justos, ele sabia que ele não deveria ir em frente com o casamento por causa da gravidez de Maria. Ele sabia que ele não era o pai e assumiu, muito naturalmente, que Maria tinha tido relações com outro homem. Mas em segundo lugar, por causa do seu justo amor e bondade, ele não podia suportar a idéia de envergonhar sua publicamente (a prática comum de seu tempo em relação a esse delito), muito menos de exigir sua morte, como previsto pela lei (Deut . 22: 23-24). Não há nenhuma evidência de que José sentiu raiva, ressentimento ou amargura. Ele havia sido humilhado (se o que ele tinha sido assumido Verdadeiro), mas sua preocupação não era para sua própria vergonha, mas para Maria. Ele foi não querendo desonrar sua pela exposição pública de seu suposto pecado. Porque ele a amava tão profundamente ele determinou simplesmente para deixá-la secretamente .
Apoluo significa, literalmente, colocar ... longe , como foi traduzido aqui, mas foi o termo comum usado para o divórcio. O plano de José era divorciar-se dela secretamente , embora em pouco tempo todo mundo teria imaginado que quando o casamento nunca se materializou. Mas por um tempo, pelo menos, ela estaria protegido, e que ela iria viver.
Enquanto ele considerou esta , no entanto, um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e dissipadas seus medos. " José, filho de Davi, não tenhas medo [parar de ter medo] para receber Maria, tua esposa, pois o que foi nela foi gerado é do Espírito Santo . " Este versículo enfatiza o caráter sobrenatural de todo o evento. Para reforçar as palavras de incentivo, bem como para verificar a linhagem real de Jesus, o anjo dirigida José como filho de Davi . Mesmo que ele não era o verdadeiro filho de José, Jesus era seu filho legal. Seu Pai, na realidade, era Deus, que o concebeu pelo Espírito Santo. Mas o Seu direito real na linhagem de Davi veio por José.
A frase que foi nela foi gerado é do Espírito Santo é profunda. Com estas palavras, é o último testemunho do nascimento virginal. É o testemunho do santo anjo do Senhor Deus.
Um crítico já acenou com a mão para Deus e chamou-o um mentiroso profana com as seguintes palavras:. ". Não havia nada de peculiar sobre o nascimento de Jesus Ele não era Deus encarnado e nenhuma mãe virgem deu à luz a Igreja em sua zelo antigo pai de um mito e tornou-se ligado a ele como um dogma. " Mas o testemunho da Escritura está.
 
O nascimento virginal é Esclarecido
"E ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele é o que salvará o seu povo dos pecados deles" (1:21)
Como que para reforçar a verdade da concepção divina de Jesus, o anjo diz José que ela dará à luz um Filho . José atuaria como pai terreno de Jesus, mas ele só seria um pai adotivo. Genealogia de Lucas de Jesus através da linha de Maria diz com precisão Ele era " supostamente o filho de José "(03:23, ênfase adicionada).
José foi dito para nomear o Filho ... Jesus , assim como Zacharias foi dito para nomear seu filho João (Lucas 1:13). Não nos é dito o propósito ou o significado do nome de João, mas o de Jesus foi claro, mesmo antes de seu nascimento. Jesus é uma forma de o Josué hebraico, Jesuá, ou Jehoshua, o significado básico de que é "Jeová (Yahweh) vai salvar ". Todos os outros homens que tinham esses nomes testemunhado por seus nomes para a salvação do Senhor. Mas este Aquele que nasceria de Maria não só iria testemunhar da salvação de Deus, mas Ele mesmo seria que a salvação. Por Sua própria obra Eleiria salvar o seu povo dos seus pecados.

O nascimento virginal foi previsto
Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo: "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa, "Deus conosco". (1: 22-23)
Neste ponto Mateus explica que o nascimento virginal de Jesus foi predito por Deus no Antigo Testamento. O Senhor identifica claramente o nascimento de Cristo como um cumprimento da profecia. Tudo isso refere-se aos fatos sobre o nascimento divino de Jesus Cristo. E o grande milagre de Seu nascimento foi o cumprimento do que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta . Essa frase dá uma definição simples e direta de inspiração bíblica como a Palavra do Senhor que vem através de instrumentos humanos. Deus faz o ditado ; o instrumento humano é apenas um meio de levar a Palavra divina aos homens. Com base nessas palavras do Senhor dada por intermédio de Mateus texto do Antigo Testamento de Isaías deve ser interpretado como prever o nascimento virginal de Jesus Cristo.
Mateus usa repetidamente a frase poderia ser cumprido (02:15, 17, 23; 08:17; 12:17; 13:35; 21: 4; 26:54; etc.) para indicar maneiras pelas quais Jesus e eventos relacionados para Seu ministério terreno, foram cumprimentos da profecia do Antigo Testamento. As verdades básicas e acontecimentos do Novo Testamento foram culminations completação, ou realizações da revelação que Deus já tinha feito, embora muitas vezes a revelação tinha sido de forma velada e parcial.
A cena em Isaías 7 é o reinado do Rei Acaz em Judá. Embora filho do grande Uzias, ele era um rei perverso. Ele encheu a Jerusalém com os ídolos, restabeleceu a adoração de Moloque, e queimou seu próprio filho como um sacrifício para que Deus. Rezin, rei da Síria (Aram), e Peca, rei de Israel (também chamado Samafla naquela época), decidiu retirar Acaz e substituí-lo por um rei que iria fazer o seu lance. Diante de tal ameaça para o povo de Israel e para a linha real de Davi, Acaz, em vez de virar a Deus por ajuda, procurou a ajuda de Tiglate-Pileser, o rei do mal dos assírios. Ele ainda saquearam e enviado para Tiglate-Pileser o ouro ea prata do Templo.
Isaías chegou a Acaz e relatou que Deus iria libertar o povo dos dois reis inimigos. Quando Acaz recusou-se a ouvir, Isaías respondeu com a notável profecia messiânica de 07:14.
Como é que uma previsão do nascimento virginal do Messias se encaixam nessa cena antiga? Isaías estava dizendo a rei perverso que ninguém iria destruir o povo de Deus ou da linhagem real de Davi.Quando o profeta disse: "O Senhor vos dará um sinal", ele usou um plural você , indicando que Isaías também falava a toda a nação, dizendo-lhes que Deus não permitiria que Rezim e Peca, ou qualquer outra pessoa, para destruí-los e da linhagem de Davi (cf. Gen. 49:10; 2 Sm. 7:13). Mesmo que as pessoas vieram para as mãos de Tiglate-Pileser, que destruiu o reino do norte e invadiram Judá, em quatro ocasiões, Deus preservou-los apenas como prometeu.
Isaías também refere-se a uma outra criança que nasceria; e antes que a criança (Maher-Salal-Hás-Baz) seria idade suficiente para "comer manteiga e mel" ou "sabe o suficiente para rejeitar o mal e escolher o bem," as terras de Rezim e Peca seria abandonado (7: 15- 16). Com certeza, antes de a criança nascer com a esposa de Isaías tinha três anos esses dois reis estavam mortos. Assim como a antiga profecia de uma criança veio a acontecer, por isso fez a profecia do nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo. Ambos eram sinais de que Deus não acabaria abandonará o seu povo. O maior sinal foi que Emanuel, que traduzido significa, "Deus conosco ", viria.
Em Isaías 7:14, o versículo aqui citado por Mateus; o profeta usou a palavra hebraica 'almâ . Uso do Antigo Testamento de 'almâ favorece a tradução "virgem". A palavra aparece pela primeira vez em Gênesis 24:43, em conexão com Rebeca, a futura noiva de Isaque. A versão Rei Tiago diz: "Eis que estou junto à fonte de água, e ela deve vir a passar, que, quando a donzela que sair para tirar água." No versículo 16 do mesmo capítulo Rebekah é descrita como uma "donzela" ( na'ărâ ) e uma "virgem" ( Betula ). Deve-se concluir que 'almâ nunca é usado para se referir a uma mulher casada. A palavra ocorre outras cinco vezes nas Escrituras (Ex. 2:.. 8; Sl 68:25; Pv 30:19; Canção do Sol. 1: 3; 6: 8), e, em cada caso contém a idéia de uma virgem . Até tempos recentes, sempre foi traduzido como tal pelos dois estudiosos judeus e cristãos.
O mais famoso intérprete medieval judaica, Rashi (1040-1105), que era um adversário do cristianismo, fez o seguinte comentário: "Eis aqui a 'almâ conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel "significa que o nosso Criador deve ser . conosco e este é o sinal: Aquele que vai conceber é uma menina ( na'ărâ .) que nunca em sua vida teve relações sexuais com qualquer homem Após este deve o Espírito Santo tem poder ". Deve-se notar que em hebraico moderno a palavra virgem ou é 'almâ ou bétula . Por que Isaías não usou Betula ? Porque às vezes é usado no Antigo Testamento de uma mulher casada que não é virgem (Dt 22:19; Joel 1: 8.).
'Almâ pode significar "virgem", e é assim que os tradutores judeus da Septuaginta (Antigo Testamento grego) traduziram a palavra de Isaías 7:14 (pelos gregos parthenos , "virgens") - várias centenas de anos antes do nascimento de Cristo. O "sinal" de que Isaías falou foi dada especificamente ao Rei Acaz, que temia que a linhagem real de Judá pode ser destruída por Síria e Israel. O profeta garantiu ao rei que Deus proteja essa linha. O nascimento de um filho e a morte dos reis seriam os sinais que garantem a sua protecção e preservação. E, no futuro, haveria um maior nascimento, o nascimento virginal de Deus encarnado, para garantir a aliança com o povo de Deus.
Mateus não deu o prazo 'almâ um cristão "twist", mas usou-o com o mesmo significado com o qual todos os judeus da época usou. Em qualquer caso, o seu ensinamento do nascimento virginal não depende dessa palavra. É feito incontestavelmente claro pelas declarações anteriores de que a concepção de Jesus foi "pelo Espírito Santo" (vv. 18, 20).
O nome do Filho, nascido de uma virgem seria Emanuel, que traduzido significa: "Deus conosco". Esse nome foi usado mais como um título ou descrição do que como um bom nome. Em sua encarnação Jesus foi, no sentido mais literal, Deus conosco.
O fato de que uma virgem será com a criança é maravilhoso, uma virgem grávida! Igualmente maravilhoso é que ela será chamado pelo nome de Emanuel .
O Antigo Testamento promete repetidamente que Deus está presente com o seu povo, para garantir o seu destino em sua aliança. O Tabernáculo e no Templo se destinavam a ser símbolos de que a presença divina. O prazo para o tabernáculo é Tabernáculo , que vem de Shakan , ou seja, para habitar, descanso, ou obedecer. A partir desse raiz o termo Shekinah também veio, referindo-se a presença da glória de Deus. A criança nasceu era para ser o Shekinah, o verdadeiro Tabernáculo de Deus (cf. Jo 1,14). Isaías foi o instrumento através do qual a Palavra do Senhor anunciou que Deus habitar entre os homens em carne visível e-encarnação mais sangue íntimo e pessoal do que o Tabernáculo ou Templo em que Israel tinha adorado.
O nascimento virginal foi Consumado
E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 24-25)
Isso José, despertando do sono indica que o sonho revelador tinha chegado a ele, enquanto ele dormia, como única comunicação, direta de Deus foi usado em outras ocasiões para revelar as Escrituras (cf. Gen. 20 (cf. v 20.): 3; 31 : 10-11; Números 12:. 6; 1 Reis 3: 5; Jó 33: 14-16). Note-se que todos os seis ocorrências do Novo Testamento de onar ("sonhar") estão em Mateus e preocupação do Senhor Jesus Cristo (ver 1:20; 2: 12-13, 19, 22; 27:19).
Não sabemos nada sobre a reação de José, exceto que ele imediatamente obedeceu, fazendo como o anjo do Senhor lhe ordenara . Podemos imaginar o quão grande seus sentimentos de espanto, alívio e gratidão deve ter sido. Não só ele seria capaz de levar sua amada Maria como sua esposa com honra e justiça, mas ele seria dado o cuidado do próprio Filho de Deus, enquanto ele estava crescendo.
Esse fato por si só indica a profundidade da piedade de José. É inconcebível que Deus confiaria seu filho em uma família em que o pai não estava totalmente comprometido e fiel a Ele.
Nós sabemos mais nada da vida de José exceto sua tomar o Jesus infantil ao Templo para dedicação (Lucas 2: 22-33), a sua tomada de Maria e Jesus para o Egito para protegê-lo sangrenta edital de Herodes e do retorno (Mt 02:13. -23), e seu levando sua família para a Páscoa em Jerusalém quando Jesus tinha doze anos (Lucas 2: 42-52). Nós não temos nenhuma idéia de quando José morreu, mas poderia ter sido bem antes de Jesus começou Seu ministério público. Obviamente que era antes da crucificação de Jesus, porque a partir da cruz Jesus deu a sua mãe aos cuidados de João (João 19:26).
Aparentemente, a cerimônia de casamento, quando José tomou como sua esposa, foi realizada logo após o anúncio do anjo. Mas ele manteve virgem até que ela deu à luz um Filho. Mateus deixa claro que ela permaneceu virgem até que ela deu à luz, o que implica que as relações conjugais normais começou após esse tempo. O fato de que os irmãos e irmãs de Jesus são mencionados várias vezes nos evangelhos (Mateus 12:46; 13:. 55-56; Marcos 6: 3; etc.) provar que Maria não permanecer virgem perpetuamente, como alguns afirmam .
Como um último ato de obediência à instrução de Deus através do anjo, José pôs o nome de Jesus, indicando que Ele era para ser o Salvador (cf. v. 21).
O nascimento sobrenatural de Jesus é o único caminho para dar conta da vida que Ele viveu. Um cético que negou o nascimento virginal vez perguntei a um cristão: "Se eu lhe disse que criança ali nasceu sem um pai humano, você acreditaria em mim?" O crente respondeu: "Sim, se ele viveu como Jesus viveu." A maior prova fora de nascimento e divindade sobrenatural de Jesus é a Sua vida.
 
 
JOSÉ - - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - A Genealogia de Cristo - Mateus 1.1-17
Com respeito a essa genealogia de nosso Salvador, observe:
I
Seu título. É o livro (ou o relato, de acordo com o significado dado, às vezes, à palavra hebraica sepher, um livro) da genealogia de Jesus Cristo, de seus ancestrais conforme a carne; ou a narrativa de seu nascimento. É o Biblos Geneseos – um livro do Gênesis. O Antigo Testamento começa com o livro da criação do mundo, e é a sua glória que seja assim; mas a glória do Novo Testamento, exaltada neste documento, é começar com a genealogia daquele que criou o mundo. Como Deus, suas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5.2), e ninguém pode explicar aquela criação; mas, como homem, Ele foi enviado na plenitude dos tempos, nasceu de uma mulher, e é esta criação que é proclamada aqui.
II
A principal intenção dela. Não é uma genealogia sem fim ou desnecessária; não é presunçosa como são geralmente as dos grandes homens. Stemmata, quid faciunt? – Qual a utilidade das antigas genealogias? Deviam ser usadas como evidência, para comprovar um título e apoiar uma alegação; o objetivo aqui é provar que o nosso Senhor Jesus Cristo é o filho de Davi e o filho de Abraão, e, portanto, daquela nação e daquela família através da qual o Messias estava para surgir. Abraão e Davi eram, em seus dias, os grandes depositários da promessa relativa ao Messias. A promessa da bênção foi feita a Abraão e à sua semente, e a do poder, a Davi e à sua semente; e aqueles que teriam um envolvimento com Cristo, como o filho de Abraão, em quem serão abençoadas todas as famílias da terra, deveriam ser fiéis e leais súditos dele como o filho de Davi, por quem serão governadas todas as famílias da terra. Foi prometido a Abraão e a Davi que Cristo descenderia deles (Gn 12.322.182 Sm 7.12Sl 89.3ss.; Sl132.11); conseqüentemente, a menos que possa ser provado que Jesus é um filho de Davi, e um filho de Abraão, não podemos aceitar que Ele seja o Messias. Agora isso está provado aqui através dos registros autênticos do ofício da aristocracia. Os judeus eram muito precisos em manter a sua genealogia, e havia prudência nisso, pois assim podiam esclarecer a linhagem do Messias a partir dos patriarcas; e desde a sua vinda essa nação está tão dispersa e confusa que existe uma questão sobre se qualquer pessoa no mundo pode legalmente provar que é um filho de Abraão. De qualquer maneira, é certo que ninguém pode provar que é um filho de Abraão ou de Davi; desse modo, o ofício de sacerdote e de rei deve ser abandonado, como perdido para sempre, ou ser colocado nas mãos de nosso Senhor Jesus. Cristo é aqui, pela primeira vez, chamado de filho de Davi, porque sob esse título, ele era freqüentemente comentado e esperado entre os judeus. Aqueles que reconheciam ser ele o Cristo, chamavam-no de filho de Davi (Mt 15.2220.3121.15). Desse modo, portanto, o evangelista tem a tarefa de comprovar que Ele não é apenas um filho de Davi, mas aquele filho de Davi sobre cujos ombros deveria estar o governo; não apenas um filho de Abraão, mas aquele filho de Abraão que seria o pai de muitas nações.
Ao chamar Cristo de filho de Davi, e filho de Abraão, ele mostra que Deus é fiel à sua promessa, e cumprirá tudo o que disse: 1. Embora o cumprimento fosse adiado por um longo período. Quando Deus prometeu a Abraão um filho, que deveria ser a grande bênção do mundo, talvez ele esperasse que este fosse seu filho imediato; mas ficou comprovado que se tratava de um descendente que estava a quarenta e duas gerações de distância, cerca de 2.000anos. Deus pode profetizar com muita antecedência aquilo que deve ser feito e, às vezes, muito tempo depois cumprir o que foi prometido. Observe que embora a demora em conceder as misericórdias prometidas exercite a nossa paciência, ela não enfraquece a promessa de Deus. 2. Embora alguém comece a perder a esperança. Esse filho de Davi e de Abraão, que deveria ser a glória da casa de seu Pai, nasceu quando a semente de Abraão era um povo menosprezado, que recentemente se tornara tributário do jugo romano, e quando a casa de Davi havia mergulhado na obscuridade. Pois Cristo seria uma raiz arrancada de solo seco. Note que o tempo de Deus para o cumprimento de suas promessas geralmente é aquele em que as condições se mostram mais desfavoráveis.
III
Uma seqüência particular, descrita em linha reta diretamente a partir de Abraão, de acordo com as genealogias registradas no início dos livros de Crônicas (até onde elas vão), e cuja utilidade vemos aqui.
Algumas peculiaridades que podemos observar na genealogia:
1. Entre os ancestrais de Cristo que eram irmãos, geralmente Ele descendia do irmão mais novo; assim foi com o próprio Abraão, Jacó, Judá, Davi, Natã e Resa; para mostrar que a superioridade de Cristo vinha, não como no caso dos príncipes terrenos, da primogenitura de seus ancestrais, mas da vontade de Deus, que, conforme o método de sua providência, exalta os menores depositando uma honra mais abundante sobre a parte que menos tinha.
2. Entre os filhos de Jacó, além de Judá, de quem veio Siló, a atenção é dada aqui a seus irmãos: Judá e seus irmãos. Não é feita menção a Ismael, filho de Abraão, ou a Esaú, o filho de Isaque, porque eles foram impedidos de entrar na congregação. Todos os filhos de Jacó foram recebidos, embora não fossem os pais de Cristo; mas mesmo assim foram patriarcas da igreja (At 7.8), e por isso são mencionados na genealogia, para o encorajamento das doze tribos que foram espalhadas pelo mundo, insinuando a estas que elas têm um envolvimento com Cristo, e que permanecem relacionadas tanto a Ele como a Judá.
3. Perez e Zerá, filhos gêmeos de Judá, são igualmente mencionados, embora somente Perez fosse ancestral de Cristo, pela mesma razão que os irmãos de Judá são mencionados; e alguns pensam que seja porque o nascimento de Perez e Zerá contenha uma espécie de alegoria. Zerá colocou sua mão para fora primeiro, como se fosse o primogênito, mas quando a recolheu, Perez ficou com o direito da primogenitura. A igreja judaica, como Zerá, alcançou antes o direito de primogenitura, mas pela sua descrença, ao retrair a mão, a igreja gentílica, como Perez, adiantou-se e conquistou o direito de primogenitura; e assim em parte a cegueira atinge a Israel, até que os gentios atinjam a plenitude e, então, Zerá nascerá e todo Israel será salvo (Rm 11.25,26).
4. Há quatro mulheres, e somente quatro, listadas nesta genealogia; duas delas originariamente não pertencentes à comunidade de Israel. Raabe, uma cananéia e, além disso, prostituta, e Rute, a moabita; pois em Jesus Cristo não há nem grego nem judeu; os forasteiros e os estrangeiros são, em Cristo, bem-vindos como concidadãos dos santos. As duas outras eram adúlteras, Tamar e Bate-Seba; o que foi uma marca a mais de humilhação colocada sobre nosso Senhor Jesus. É particularmente observado em sua genealogia que Ele era um descendente delas, e nenhum véu é posto sobre este fato. Ele tomou sobre si a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8.3), e aceita até mesmo os maiores pecadores – após eles se arrependerem – em seu círculo de relações mais próximas. Note que não devemos criticar as pessoas pelos escândalos de seus ancestrais; é algo que elas não podem controlar, e isto ocorre até mesmo com as melhores pessoas; ocorreu até mesmo com o nosso próprio Mestre. O fato de Davi ter gerado Salomão através daquela que havia sido a esposa de Urias é mencionado (diz o Dr. Whitby) para mostrar que o crime de Davi, devido ao arrependimento, estava muito longe de impedir o cumprimento da promessa que lhe fora feita. O cumprimento da promessa agradava tanto a Deus, que Ele tolerou que fosse cumprida através daquela mulher.
5. Embora diversos reis sejam aqui citados, nenhum é chamado de rei, exceto Davi (v. 6). Davi, o rei; porque com ele foi feito o pacto da realeza, e a ele foi feita a promessa do reino do Messias, sobre quem é dito que herdará o trono de seu pai Davi (Lc 1.32).
6. Na linhagem dos reis de Judá, entre Jorão e Uzias (v. 8), existem três que não são citados, especificamente Acazias, Joás e Amazias; e conseqüentemente quando é dito que Jorão gerou a Uzias, isto significa, de acordo com o uso da língua hebraica, que Uzias era um descendente dele em linha reta, assim como é dito a Ezequias que os filhos que haveria de gerar seriam levados para a Babilônia, levando em conta que várias gerações se passaram até que ocorresse a referida remoção. Provavelmente não foi por engano ou esquecimento que estes três foram omitidos nas tabelas genealógicas que o evangelista consultou. Mesmo assim, elas são consideradas como autênticas. Alguns dão a seguinte razão para isso: sendo desejo de Mateus, para facilitar a memorização, reduzir o número de ancestrais de Cristo a três períodos de quatorze gerações, foi preciso que, nesse período, três fossem excluídos, e ninguém era mais adequado do que aqueles que eram descendentes diretos da amaldiçoada Atalia, que introduziu a idolatria de Acabe na casa de Davi, motivo pelo qual este estigma foi colocado sobre a família, e a iniqüidade atingiu até a terceira e a quarta geração. Dois desses três eram apóstatas; e dessa maneira Deus geralmente coloca uma marca de desagrado sobre este mundo: os três foram levados ao túmulo com sangue.
7. Alguns observam que havia uma mistura de bons e maus na sucessão desses reis; como, por exemplo (vv. 7, 8), o mau Roboão gerou ao mau Abias; o mau Abias gerou ao bom Asa; o bom Asa gerou ao bom Josafá; o bom Josafá gerou ao mau Jorão. Nem a graça nem o pecado correm no sangue. A graça de Deus pertence a Ele, e Ele a dá ou retira conforme lhe agrada.
8. O cativeiro da Babilônia é mencionado como um período singular nessa lista (vv. 11,12). Levando tudo em conta, foi um milagre que os judeus não tenham se perdido nesse cativeiro, como aconteceu com outras nações. Mas isso sugere a razão pela qual as multidões desse povo se mantiveram puras ao atravessar aquele mar morto: pois deles, segundo a carne, surgiria o Cristo. “Não o destrua, pois há bênção nele”, até mesmo a bênção das bênçãos, o próprio Cristo (Is 65.8,9). Foi com vistas a Ele que eles foram retomados, e sobre o santuário assolado o Senhor fez resplandecer o seu santo rosto (Dn 9.17).
9. É dito que Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos (v. 11); Jeconias quer dizer, aqui, Joaquim, que foi o primogênito de Josias; mas, quando se diz (v. 12) que Jeconias gerou a Salatiel, esse Jeconias era o filho daquele Joaquim que foi levado para a Babilônia e lá gerou a Salatiel (como mostra o Dr. Whitby), e, quando Jeconias é descrito como não tendo filhos (Jr 22.30), isso é explicado da seguinte forma: nenhum dos homens de sua semente prosperaria. Aqui é dito que Salatiel gerou a Zorobabel, enquanto que Salatiel gerou a Pedaías, e este gerou a Zorobabel (1 Cr 3.19); mas, como anteriormente, o neto é geralmente chamado de filho. É provável que Pedaías tenha morrido enquanto seu pai era vivo, e assim seu filho Zorobabel era chamado de filho de Salatiel.
10. A linhagem não vai até Maria, a mãe de nosso Senhor, mas até José, o marido de Maria (v. 16); pois os judeus sempre consideravam as suas genealogias pelo lado dos homens. Além disso, Maria era da mesma tribo e da mesma família de José, de modo que, tanto por sua mãe como por seu suposto pai, Ele era da casa de Davi; todavia a sua relação com essa nobreza deriva de José, com quem, segundo a carne, ele não tinha nenhuma relação, para mostrar que o reinado do Messias não é baseado em uma linhagem natural de Davi.
11. O centro em quem todas essas linhagens se encontram é Jesus, que é chamado de Cristo (v. 16). Este é aquele que era tão ansiosamente desejado, tão impacientemente aguardado, e a quem os patriarcas tinham em vista quando desejavam tanto ter filhos para que pudessem ter a honra de fazer parte da linhagem sagrada. Bendito seja Deus, por não estarmos agora em uma condição tão sombria e turva de expectativa como eles então estavam, mas podermos ver claramente aquilo que esses profetas e reis viram através de um vidro escuro. E nós podemos ter, a não ser por nossa própria culpa, uma honra maior do que aquela que eles tanto ambicionavam, pois aqueles que fazem a vontade de Deus estão em uma posição mais honrada em relação a Cristo do que aqueles que eram seus parentes segundo a carne (Mt 12.50). Jesus é chamado de o Cristo, ou seja, o Ungido, o mesmo que a palavra hebraica Messias. Ele é chamado de Messias, o Príncipe (Dn 9.25), e freqüentemente de o Ungido de Deus (Sl 2.2). Nessa condição, Ele era esperado: “És tu o Cristo, o ungido?” O rei Davi foi ungido (1 Sm 16.13); Arão, o sacerdote, também o foi (Lv 8.12); e também Eliseu, o profeta (1 Rs 19.16), e Isaías, o profeta (Is 61.1). Cristo, sendo designado e qualificado para todas essas posições, é por essa razão chamado de o Ungido, ungido com óleo de alegria, mais do que a seus companheiros; e por causa do seu nome, que é como uma unção que flui com abundância, todos os seus seguidores são chamados de cristãos, pois eles também recebem a sua unção.
Por último temos o resumo geral de toda essa genealogia (v. 17), onde ela é totalizada em três períodos de quatorze gerações, identificados por períodos extraordinários. No primeiro período de quatorze anos, temos a família de Davi em ascensão promissora como uma manhã. No segundo, nós a vemos prosperando até atingir o seu brilho máximo. No terceiro, ela entra em declínio, crescendo cada vez menos, diminuindo até chegar à família de um pobre carpinteiro, e então Cristo surge dela, resplandecendo; Ele é a glória de seu povo, Israel.
 
 
JOSÉ - Comentários Moody
I. O Nascimento e Infância de Jesus Cristo. 1:1 - 2:23.
Mateus 1
A. Genealogia de Cristo. 1:1-17. Esta linhagem de Abraão a Jesus, através dos reis da casa de Davi, tem a intenção explícita de apresentar os direitos de Jesus ao trono de Davi. Ainda que o trono estivesse vago por quase seis séculos, ninguém poderia esperar a devida consideração dos judeus para com o Messias se Ele não pudesse provar sua ascendência real. (Lc. 3:23-38 apresenta outra genealogia, aparentemente a de Maria, para mostrar a verdadeira ascendência consangüínea de Jesus, que também era da família de Davi.)
1. O livro da genealogia. Uma expressão hebraica variadamente compreendida como sendo o título de todo o Evangelho de Mateus, dos dois primeiros capítulos, ou dos dezessete primeiros versículos. Uma expressão semelhante em Gn. 5:1 é bastante ampla para incluir tanto a genealogia como a narrativa entretecida (Gn. 5:1-6:8).
Jesus é nome histórico; Cristo (o equivalente ao Messias hebraico, "o ungido") é o título do seu ofício. Os dois nomes não foram geralmente usados juntos como nome próprio até depois da Ascensão.
Filho de Davi, filho de Abraão relaciona Jesus com as promessas messiânicas (Gn. 12:3; 13:15; 22:18; II Sm. 7:12, 13; 22:51).
2. A lista começa com Abraão, o pai da raça à qual Mateus escrevia particularmente, e o primeiro a receber a promessa messiânica. Judá e seus irmãos. Ainda que a linhagem passe por Judá (Gn. 49:10), todos os patriarcas eram herdeiros da promessa messiânica.
3-6. Tamar (veja Gn. 38). Não se costumava incluir mulheres nas genealogias dos judeus. Mesmo assim, quatro mulheres foram incluídas (ainda que a ascendência fosse através do homem em todos os casos). Duas foram gentias (Raabe e Rute); três tinham nódoas morais (Tamar, Raabe, Bate-Seba). Essa não seria outra evidência da graça de Deus no seu plano de salvar pecadores? A repetição do título o rei Davi destaca o caráter real desta genealogia.
7-11. Estes versículos mencionam reis, os quais todos também foram relacionados em I Cr. 3:10-16. Depois de Jorão, Mateus omite os nomes de Acazias, Joás e Amazias, e depois de Josias ele omite Joaquim. As omissões sem dúvida são devidas à sua intenção arbitrária de encurtar a lista para dar três grupos de quatorze, talvez para facilitar a memorização. Gerou indica descendência direta, mas não necessariamente uma descendência imediata. Jeconias, filho de Joaquim e neto de Josias, era considerado pelos judeus no exílio como seu último rei legítimo; e as profecias de Ezequiel são datadas com o nome dele, ainda que Zedequias, seu tio, fosse o seu sucessor.
12-16. Salatiel (ou Sealtiel) foi chamado de filho de Jeconias (veja I Cr. 3:17). Isso não contradiz Jr. 22:28-30, pois a ausência de filhos refere-se a filhos reinantes. (A citação de Salatiel como filho de Neri em Lc. 3:27 seria melhor entender-se como sendo outra pessoa, e não o resultado de um levirato.) Deste ponto, os nomes, que não aparecem no VT, devem ter sido derivados dos registros da família de José. É preciso que haja descendentes da realeza para preservação de sua linhagem. De José não se diz que ele "gerou" Jesus, uma mudança digna de nota em relação às expressões anteriores, e uma óbvia indicação do nascimento virginal, que Mateus explica mais adiante. A forma feminina do pronome qual também omite José de implicação no nascimento de Jesus. Essa genealogia faz dele o pai legal de Cristo porque era o marido de Maria, mas nada mais. O notável texto da Versão Siríaca do Sinai, "José de quem estava noiva Maria, a virgem, gerou Jesus", não pode estar correcto, e se pretende negar o nascimento virginal, contradiz-se nos versículos seguintes.
17. Catorze gerações. Este agrupamento triplo arbitrariamente constituído (como o indicam as omissões), deve ser um arranjo de conveniência. Os três períodos da história nacional foram incluídos teocracia, monarquia e hierarquia. A computação de Mateus apresenta um problema porque ele só relaciona quarenta e Um nomes. Alguns o resolveriam contando Davi duas vezes finalizando o primeiro grupo e começando o segundo (parece que o próprio Mateus também o fez; v. 17). Outros contam o cativeiro como um item da lista. O problema não tem importância por si.
 
 
JOSÉ -  Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe - O Nascimento do Rei
Mateus 1 ; 2
Se um homem aparece de repente dizendo ser rei, a primeira coisa que as pessoas querem ver são as provas. De onde vem? Quem são seus súditos? Quais são suas credenciais? Prevendo essas perguntas importantes, Mateus começa seu livro com um relato detalhado do nascimento de lesus Cristo e dos acontecimentos subseqüentes. Ele apresenta quatro fatos sobre o Rei.
1. A linhagem do Rei (Mt 1:1-25)
Uma vez que a realeza depende da linhagem, era importante determinar o direito de Jesus ao trono de Davi. Mateus apresenta a linhagem humana de Jesus (Mt 1:1-17) bem como a divina (Mt 1:18-25).
A linhagem humana (w. 1-17). Os judeus davam grande importância às genealogias, pois, sem elas, não podiam provar que faziam parte de determinada tribo nem quem possuía direito de herança. Qualquer um que afirmasse ser "filho de Davi" deveria ser capaz de provar tal asserção. Costuma-se concluir que Mateus apresenta a genealogia de Jesus pelo seu padrasto, José, enquanto Lucas fornece a linhagem de Maria (Lc 3:23ss).
Muitos leitores pulam essa lista de nomes antigos (e, em alguns casos, impronunciáveis). Mas essa "lista de nome" é essencial para o registro do Evangelho, pois mostra que Jesus Cristo faz parte da história. Mostra também que toda a história de Israel preparou o cenário para seu nascimento. Em sua providência, Deus governou e prevaleceu sobre os acontecimentos históricos, a fim de realizar seu grande propósito de trazer seu Filho ao mundo.
Essa genealogia também ilustra a maravilhosa graça de Deus. É muito raro encontrar nomes de mulheres em genealogias judaicas, pois os nomes e heranças eram passados para os homens. No entanto, encontramos nessa lista referências a quatro mulheres do Antigo Testamento: Tamar (Mt 1:3), Raabe e Rute (Mt 1:5), e Bate-Seba, "a que fora mulher de Urias" (Mt 1:6).
Fica claro que Mateus deixa alguns nomes de fora dessa genealogia. É provável que tenha feito isso a fim de apresentar um sumário sistemático de três períodos na história de Israel, cada um com catorze gerações. O valor numérico das letras em hebraico para "Davi" é igual a catorze. Talvez Mateus tenha usado essa abordagem a fim de ajudar seus leitores a memorizar essa lista complicada.
Muitos judeus eram descendentes do rei Davi. Seria preciso mais do que um certificado de linhagem para provar que Jesus Cristo era "filho de Davi" e herdeiro do trono de Davi. Daí a grande importância de sua linhagem divina.
A linhagem divina (w. 18-25). Mateus 1:16 , 18 deixam claro que o nascimento de Jesus Cristo foi diferente daquele de qualquer outro menino judeu mencionado na genealogia. Mateus ressalta que José não "gerou" Jesus Cristo. Antes, José foi "marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo". Jesus nasceu de uma mãe terrena, sem a necessidade de um pai terreno. Esse fato é chamado de doutrina do nascimento virginal.
Cada criança que nasce é uma criatura totalmente nova. Mas Jesus Cristo, sendo o Deus eterno (Jo 1:114), existia antes de Maria, de José ou de qualquer outro de seus antepassados. Se Jesus Cristo tivesse sido concebido da mesma forma que qualquer outra criança, não poderia ser Deus. Era necessário que viesse ao mundo por meio de uma mãe terrena, mas sem ser gerado por um pai terreno. Assim, por um milagre do Espírito Santo, Jesus foi concebido no ventre de Maria, uma virgem (Lc 1:26-38).
Há quem questione se, de fato, Maria era virgem, dizendo que "virgem", em Mateus 1:23, deve ser traduzido por "moça". Porém, a palavra traduzida por virgem nesse versículo tem sempre esse significado e não permite qualquer outra tradução, nem mesmo "moça".
Tanto Maria quanto José pertenciam à casa de Davi. As profecias do Antigo Testamento afirmavam que o Messias nasceria de uma mulher (Gn 3:15), da descendência de Abraão (Gn 22:18), pela tribo de Judá (Gn 49:10) e da família de Davi (2 Sm 7:1213). A genealogia de Mateus acompanha a linhagem através de Salomão, enquanto Lucas acompanha sua linhagem através de Natã, outro filho de Davi. É interessante observar que Jesus Cristo é o único judeu vivo que pode provar seu direito ao trono de Davi! Todos os outros registros foram destruídos quando os Romanos tomaram Jerusalém em 70 d.C.
Para o povo judeu daquela época, o noivado equivalia ao casamento - exceto pelo fato de que o homem e a mulher não coabitavam. Os noivos eram chamados de "marido e esposa", e, ao fim do período de noivado, o casamento era consumado. Se uma mulher que estava noiva ficava grávida, isso era considerado adultério (ver Dt 22:13-21). Porém, José não pediu nenhuma punição nem o divórcio quando descobriu que Maria estava grávida, pois o Senhor havia lhe revelado a verdade. Todas essas coisas cumpriram Isaías 7:14.
Antes de terminar nosso estudo desta seção importante, devemos considerar três nomes dados ao Filho de Deus. O nome Jesus significa "Salvador" e vem do hebraico Josué ("Jeová é salvação"). Havia muitos meninos judeus chamados Josué (ou, no grego, Jesus), mas o filho de Maria chamava-se "Jesus o Cristo". O termo Cristo quer dizer "ungido" e é o equivalente grego da designação Messias. Ele é "Jesus o Messias". Jesus é o seu nome humano; Cristo (Messias) é o seu título oficial; e Emanuel descreve quem ele é - "Deus conosco". Jesus Cristo é Deus! Encontramos a designação "Emanuel" em Isaías 7:148:8.
Assim, o Rei era um homem judeu e também o Filho de Deus. Mas será que alguém reconheceu sua realeza? Sim, os magos que vieram do Oriente e o adoraram.
 
 
 
Proto-Evangelho de Tiago. - A HISTÓRIA DE JOSÉ, O CARPINTEIRO - CATÓLICOS - LIVRO APÓCRIFO - APENAS COMO CURIOSIDADE LEIA
Quando nosso Salvador contou a vida de José, o Carpinteiro, a nós, os apóstolos, reunidos no monte das Oliveiras, nós escrevemos sua palavras e depois guardamo-las na biblioteca de Jerusalém. Além disso, deixamos consignado que o dia no qual o santo ancião separou-se do seu corpo: foi do dia 26 de Epep[1] , na paz do Senhor. Amém.
 
I. Jesus Fala a Seus Apóstolos --Estava um dia nosso bom Salvador no monte das Oliveiras, com os discípulos a sua volta e dirigiu-se a eles com estas palavras:- Meus queridos irmãos, filhos de meu amado Pai, escolhidos por Ele entre todos do mundo! Bem sabeis o que tantas vezes vos repeti: é necessário que eu seja crucificado e que experimente a morte, que ressuscite de entre os mortos e que vos transmita a mensagem do Evangelho para que vós, de vossa parte, o pregueis por todo o mundo. Eu farei descer sobre vós uma força do alto, a qual vos impregnará com o Espírito Santo, para que vós, finalmente, pregueis para todas as pessoas desta maneira: fazei penitência! Porque vale mais um copo de água na vida vindoura do que todas as riquezas deste mundo. Vale mais pôr somente o pé na casa de meu Pai que toda a riqueza deste mundo. Mais ainda: vale mais uma hora de regozijo para os justos que mil anos para os pecadores, durante os quais hão de chorar e lamentar, sem que ninguém preste atenção nem console seus gemidos. Quando, pois, meus queridos amigos, chegue a hora de ir-vos, pregai, que meu Pai exigirá contas com balança justa e equilibrada e examinará até as palavras inúteis que possais haver dito. Assim como ninguém pode escapar à mão da morte, da mesma maneira ninguém pode subtrair-se de seus próprios atos, sejam eles bons ou maus. Além disso, vos tenho dito muitas vezes, e repito agora, que nenhum forte poderá salvar-se por sua própria força e nenhum rico, pelo tamanho da sua riqueza. E agora, escutai, que narrar-vos-ei a vida de meu pai José, o abençoado ancião carpinteiro.
II. Viuvez de José --Havia um homem chamado José, que veio de Belém, essa vila judia que é a cidade do rei Davi. Impunha-se pela sua sabedoria e pelo seu ofício de carpinteiro. Este homem, José, uniu-se em santo matrimônio com uma mulher que lhe deu filhos e filhas: quatro homens e duas mulheres, cujos nomes eram: Judas, Josetos, Tiago e Simão. Suas filhas chamavam-se Lísia e Lídia.
A esposa de José morreu, como está determinado que aconteça a todo o homem, deixando seu filho Tiago ainda menino de pouca idade. José era um homem justo e dava graças a Deus em todos os seus atos. Costumava viajar para fora da cidade com freqüência para exercer o ofício de carpinteiro, em companhia de dois de seus filhos mais velhos, já que vivia do trabalho de suas mãos, conforme o que estabelecia a lei de Moisés.
Esse homem justo, de quem estou falando, é José, meu pai segundo a carne, com quem se casou na qualidade de consorte, minha mãe, Maria.
 
III. Maria no Templo --Enquanto meu pai José permanecia viúvo, minha mãe, a boa bendita entre as mulheres, vivia por sua parte no templo, servindo a Deus em toda a santidade. --Havia já completado doze anos. Passara os seus três primeiros anos na casa de seus pais e os nove restantes no templo do senhor. Ao ver que a santa donzela levava uma vida simples e plena de temos a Deus, os sacerdotes conservaram entre si e disseram:
- Busquemos um homem de bem e celebremos o casamento com ele, até que chegue o momento de seu matrimônio. Que não seja por descuido nosso que lhe sobrevenha o período da sua purificação no templo, nem que venhamos a incorrer em um pecado grave.
 
IV. Bodas de Maria e José --Convocaram, então, as tribos de Judá e escolheram entre elas doze homens, correspondendo ao número das doze tribos. A sorte recaiu sobre o bom velho José, meu pai, segundo a carne. Disseram os sacerdotes a minha mãe, a Virgem:
- Vai com José e permanece submissa a ele, até que chegue a hora de celebrar teu matrimônio.
José levou Maria, minha mãe, para sua casa. Ela encontrou o pequeno Tiago na triste condição de órfão e o cobriu de carinhos e cuidados. Esta foi a razão pela qual a chamaram Maria, a mãe de Tiago. Depois de tê-la acomodado em sua casa, José partiu para o local onde exercia o ofício de carpinteiro. Minha mãe Maria viveu dois anos em sua casa, até que chegou o feliz momento.
 
V. A ENCARNAÇÃO --No décimo quarto ano de idade, Eu, Jesus, vossa vida, vim habitar nela por meu próprio desejo. Aos três meses de gravidez o solícito José voltou de suas ocupações. Ao encontrar minha mãe grávida, preso à turbação e ao medo, pensou secretamente em abandoná-la.
Foi tão grande o desgosto, que não quis comer nem beber naquele dia.
 
VI. Visão de José --Eis, porém, que durante a noite, mandado por meu Pai, Gabriel, o arcanjo da alegria, apareceu-lhe numa visão e lhe disse:
- José, filho de Davi, não tenhas cuidado em admitir Maria, tua esposa, em tua companhia. Saberás que o que foi concebido em seu ventre é fruto do Espírito Santo. Dará, então, à luz um filho, a quem tu porás o nome de Jesus. Ele apascentará os povos com o cajado de ferro.
Dito isso, o anjo desapareceu. José, voltando do sono, cumpriu o que lhe havia sido ordenado, admitindo Maria consigo.
VII. Viagem a Belém --Então o imperador Augusto fez proclamar que todos deveriam comparecer ao recenseamento, cada um conforme seu lugar de origem. Também o bom velho se pôs a caminho e levou Maria, minha virgem mãe, até a sua cidade de Belém.
Como o parto já estava próximo, ele fez o escriba anotar seu nome da seguinte maneira:
- José, filho de Davi, Maria, sua esposa, e seu filho Jesus, da tribo de Judá.
Maria, minha mãe, trouxe-me ao mundo quando retornava de Belém, perto do túmulo de Raquel, a mulher do patriarca Jacó, a mãe de José e Benjamim.
 
VIII. Fuga para o Egito --Satanás deu um conselho a Herodes, o Grande, pai de Arqueleu, aquele que fez decapitar meu querido parente João. Ele me procurou para tirar-me a vida, porque pensava que meu reino era deste mundo. Meu Pai manifestou isso a José, numa visão, e este pôs-se imediatamente em fuga levado consigo a mim e a minha mãe, em cujos braços eu ia deitado.
Salomé [2] também nos acompanhava. Descemos até o Egito e ali permanecemos por um ano, até que o corpo de Herodes foi presa da corrupção, como castigo justo pelo sangue dos inocentes que ele havia derramado e dos quais já nem se lembrava.
IX. Retorno à Galiléia --Quando o iníquo Herodes deixou de existir, voltamos a Israel e fomos viver em uma vila da Galiléia chamada Nazaré. Meu pai José, o bendito ancião, continuava exercendo o ofício de carpinteiro, graças a que podíamos viver.
Jamais poder-se-á dizer que ele comeu seu pão de graça, mais sim que se conduzia de acordo com o prescrito na lei de Moisés.
X. Velhice de José --Depois de tanto tempo, seu corpo não se mostrava doente, nem tinha a vista fraca, nem havia sequer um só dente estragado em sua boca. Nunca lhe faltou a sensatez e a prudência e sempre conservou intacto o seu sadio juízo, mesmo já sendo um venerável ancião de cento e onze anos.
XI. Obediência de Jesus --Seus dois filhos Josetos e Simão casaram-se e foram viver em seus próprios lares. Da mesma forma, suas duas filhas casaram-se, como é natural entre os homens, e José ficou com o seu pequeno filho Tiago. Eu, da minha parte, desde que minha mãe trouxe-me a este mundo, estive sempre submisso a ele como um menino e fiz o que é natural entre os homens, exceto pecar.
Chamava Maria de minha mãe e José de meu pai. Obedecia-os em tudo o que me pediam, sem ter jamais me permitido replicar-lhes com uma palavra, mas sim mostrar-lhes sempre um grande carinho.
XII. Frente à Morte--Chegou, porém, para meu pai José, a hora de abandonar este mundo, que é a sorte de todo homem mortal.
Quando seu corpo adoeceu, veio um de Deus anjo anunciar-lhe:
- Tua morte dar-se-á neste ano. Sentindo sua alma cheia de turbação, ele fez uma viagem até Jerusalém, entrou no templo do Senhor, humilhou-se diante do altar e orou desta maneira:
 
XIII. ORAÇÃO de José --- Ó Deus, pai de toda misericórdia e Deus de toda carne, Senhor da minha alma, de meu corpo e do meu espírito! Se é que já se cumpriram todos os dias da vida que me deste neste mundo, rogo-te, Senhor Deus, que envies o arcanjo Micael para que fique do meu lado, até que minha desditada alma saia do corpo sem dor nem turbação. Porque a morte é para todos causa de dor e turbação, quer se trate de um homem, de um animal doméstico ou selvagem, ou ainda de um verme ou um pássaro. Em uma palavra, é muito dolorosa para todas as criaturas que vivem sob o céu e que alentam um sopro de espírito para suportar o transe de ver sua alma separada do corpo. Agora, meu Senhor, faz com que o teu anjo fique do lado da minha alma e do meu corpo e que esta recíproca separação se consuma sem dor. Não permitas que aquele anjo que me foi dado no dia em que saí de teu seio volte seu rosto irado para mim ao longo deste caminho que empreendi até vós, mas sim que ele se mostre amável e pacífico. Não permitas que aqueles cujas faces mudam dificultem a minha ida até vós. Não consintas que minha alma caia em mãos do cérbero e não me confundas em teu formidável tribunal. Não permitas que as ondas deste rio de fogo, nas quais serão envolvidas todas as almas antes de ver a glória de teu rosto, voltem-se furiosas contra mim. Ó Deus, que julgais a todos na Verdade e na Justiça, oxalá tua misericórdia sirva-me agora de consolo, já que sois a fonte de todos os bens e a ti se deve toda a glória pela eternidade das eternidades! Amém.
 
XIV. Doença de José --Aconteceu que, ao voltar a sua residência habitual de Nazaré, viu-se atacado pela doença que havia de levá-lo ao túmulo. Esta apresentou-se de forma mais alarmante do que em qualquer outra ocasião de sua vida, desde o dia em que nasceu.
Eis aqui, resumida, a vida de meu querido pai José: ao chegar aos quarenta anos, contraiu matrimônio, no qual viveu outros quarenta e nove.
Depois que sua mulher morreu, passou somente um ano. Minha mãe logo passou dois anos em sua casa, depois que os sacerdotes confiaram-na com estas palavras: - Guarda-a até o tempo em que se celebre vosso matrimônio.
Ao começar o terceiro ano de sua permanência ali - tinha nessa época quinze anos de idade - trouxe-me ao mundo de um modo misterioso, que ninguém entre toda a criação pode conhecer, com exceção de mim, de meu Pai e do Espírito Santo, que formamos uma unidade.
XV. O Início do Fim --A vida de meu pai José, o abençoado ancião, compreendeu cento e onze anos, conforme determinara meu bom Pai. O dia em que se separou do corpo foi no dia 26 do mês de Epep. O ouro acentuado de sua carne começou a desfazer-se e a prata da sua inteligência e razão sofreu alterações. Esqueceu-se de comer e de beber e a destreza no desempenho de seu ofício passou a declinar.
Aconteceu que, ao amanhecer do dia 26 de Epep, enquanto estava em seu leito, foi tomado de uma grande agitação. Gemeu forte, bateu palmas três vezes e, fora de si, pôs-se a gritar dizendo:
 
XVI. Lamentos de José -- Ai, miserável de mim! Ai do dia em que minha mãe trouxe-me ao mundo! Ai do seio materno do qual recebi o germe da vida! Ai dos peitos que me amamentaram! Ai do regaço em que me reclinei! Ai das mãos que me sustentaram até o dia em que cresci e comecei a pecar! Ai de minha língua e de meus lábios que proferiram injúrias, enganos, infâmias e calúnias! Ai dos meus olhos, que viram o escândalo! Ai dos meus ouvidos que escutaram conversações frívolas! Ai das minhas mãos que subtraíram coisas que não lhes pertenciam! Ai do meu estômago e do meu ventre que ambicionaram o que não era deles! Quando alguma coisa lhes era apresentada, devoravam-na com mais avidez do que poderia fazê-lo o próprio fogo! Ai dos meus pés que fizeram um mau serviço ao meu corpo, já que o levaram por maus caminhos! Ao do meu corpo todo que deixou a minha alma reduzida a um deserto, afastando-a de Deus que a criou! Que farei agora? Não encontro saída em parte alguma! Em verdade é que pobres dos homens que são pecadores! Esta é a angústia que se apoderou de meu pai Jacob em sua agonia, a qual veio hoje a ter comigo, infeliz. Mas, ó Senhor, meu Deus, que és o mediador de minha alma e de meu corpo e de meu espírito, cumpre em mim a tua divina vontade.
 
XVII. Jesus Consola seu Pai --Quando terminou de dizer estas palavras, entrei no local onde ele se encontrava e, ao vê-lo agitado de corpo e de alma, disse-lhe: - Salve, José, meu querido pai, ancião bom e abençoado. Ele respondeu, ainda tomado por um medo mortal:
- Salve mil vezes, querido filho. Ao ouvir tua voz, minha alma recupera sua tranqüilidade. Jesus, meu Senhor! Jesus, meu verdadeiro rei, meu salvador bom e misericordioso! Jesus, meu libertador! Jesus, meu guia! Jesus, meu protetor! Jesus, em cuja bondade encontra-se tudo! Jesus, cujo nome é suave e forte na boca de todos! Jesus, olho que vê e ouvido que ouve verdadeiramente: escuta-me hoje, teu servidor, quando elevo meus rogos e verto meus lamentos diante de ti. Em verdade tu és Deus. Tu és o Senhor, conforme tem-me repetido muitas vezes o anjo, sobretudo naquele dia em que suspeitas humanas se aninharam em meu coração, ao observar os sinais de gravidez da Virgem sem mácula e eu havia decidido abandoná-la. Mas, quando eu estava pensando nisto, um anjo apareceu-me em sonhos e me disse: José, filho de Davi, não tenhas receio em receber Maria como esposa, pois o que há de dar à luz é fruto do Espírito Santo. Não guardes suspeita alguma a respeito de sua gravidez. Ela trará ao mundo um filho e tu dar-lhe-ás o nome de Jesus. Tu és Jesus Cristo, o salvador da minha alma, de meu corpo e de meu espírito. Não me condenes, teu servo e obra de tuas mãos. Eu não sabia nem conhecia o mistério de teu maravilhoso nascimento e jamais havia ouvido que uma mulher pudesse conceber sem a obra de um homem e que uma virgem pudesse dar à luz sem romper o selo de sua virgindade. Ó, meu Senhor! Se não tivesse conhecido a lei desse mistério, não teria acreditado em ti, nem em teu santo nascimento, nem rendido honras a Maria, a Virgem, que te trouxe a este mundo. Recordo ainda aquele dia em que um menino morreu, por causa da mordida de uma serpente. Seus familiares vieram a ti, com intenção de entregar-te a Herodes. Mas tua misericórdia alcançou a pobre vítima e devolveste-lhe a vida para dissipar aquela calúnia que te faziam, como causador da sua morte. Pelo que houve uma grande alegria na casa do defunto. Então eu te peguei pela orelha e disse-te: não sejas imprudente, meu filho. E tu me ameaçaste desta maneira: se não fosses meu pai, segundo a carne, dar-te-ia a entender que é isso o que acabas de fazer. Sim, pois, ó meu Senhor e Deus, esta é a razão pela qual vieste em tom de juízo e pela qual permitiste que recaíssem sobre mim estes terríveis presságios. Suplico-te que não me coloques diante do teu tribunal para lutar comigo. Eis que eu sou teu servo e filho de tua escrava. Se houveres por bem romper meus grilhões, oferecer-te-ei um santo sacrifício, que não será outro senão a confissão da tua divina glória, de que tu és Jesus Cristo, filho verdadeiro de Deus e, por outro lado, filho verdadeiro do homem.
 
XVIII. AFLIÇÃO de Maria --Quando meu pai disse essas palavras, eu não pude conter as lágrimas e pus-me a chorar, vendo como a morte vinha apoderando-se dele pouco a pouco e ouvindo, sobretudo, as palavras cheias de amargura que saíam da sua boca.
Naquele momento, meus queridos irmãos, veio-me ao pensamento a morte na cruz que haveria de sofrer pela vida de todo mundo. Então Maria, minha querida mãe, cujo nome é doce para todos os que me amam, levantou-se e disse-me, tendo seu coração inundado na amargura:
- Ai de mim, filho querido! Está à morte o bom e abençoado ancião José, teu pai querido e adorado?
Eu lhe respondi: - Minha mãe querida, quem entre o humanos ver-se-á livre da necessidade de ter de encarar a morte? Esta é dona de toda a humanidade, mãe bendita! E mesmo tu hás de morrer como todos os outros homens. Nem tua morte nem a de meu pai José, porém, podem chamar-se propriamente morte, mas vida eterna ininterrupta. Também eu hei de passar por este transe por causa da carne mortal com a qual estou revestido. Agora, mãe querida, levanta-te e vai até onde está o abençoado ancião José para que possas ver o lugar que o aguarda lá no alto.
XIX. As Dores de José --Levantou-se, entrou no local onde ele se encontrava e pôde apreciar os sinais evidentes da morte que já se refletiam nele. Eu, meus queridos, postei-me em sua cabeceira e minha mãe aos seus pés. Ele fixava seus olhos no meu rosto, sem poder sequer dirigir-me uma palavra, já que a morte apoderava-se dele pouco a pouco.
Elevou, então, seu olhar até o alto e deixou escapar um forte gemido. Eu segurei suas mãos e seus pés durante um longo tempo e ele me olhava, suplicando-me que não o abandonasse nas mãos dos seus inimigos.
Eu coloquei minha mão sobre seu peito e notei que sua alma já havia subido até a sua garganta para deixar seu corpo, mas ainda não havia chegado o momento supremo da morte. Caso contrário, não teria podido agüentar mais.
Não obstante, as lágrimas, a comoção e o abatimento que sempre a precedem já faziam presentes.
 
XX. A Agonia --Quando minha mãe querida viu-me apalpar o seu corpo, quis ela, de sua parte apalpar, os pés e notou que o alento havia fugido juntamente com o calor. Dirigiu-se a mim e disse-me ingenuamente:
- Obrigada, filho querido, pois desde o momento em que puseste tua mão sobre seu corpo, a febre o abandonou. Vê, seus membros estão frios como o gelo. Eu chamei os seus filhos e filhas e lhes disse:
- Falai agora com o vosso pai, que este é o momento de fazê-lo, antes que sua boca deixe de falar e seu corpo fique hirto.
Seus filhos e filhas falaram com ele, mas sua vida estava minada por aquela doença mortal que provocaria sua saída deste mundo. Então, Lísia, filha de José, levantou-se para dizer aos seus irmãos:
- Juro, queridos irmãos, que esta é a mesma doença que derrubou a nossa mãe e que não voltou a aparecer por aqui até agora. O mesmo acontece com o nosso pai José, para que não voltemos a vê-lo senão na eternidade.
Então os filhos de José irromperam em lamentos. Maria, minha mãe, e eu, de nossa parte, unimo-nos ao seu pranto pois, efetivamente, já havia chegado a hora da morte.
XXI. A Morte Chega --Pus-me a olhar para o sul e vi a morte dirigir-se a nossa casa. Vinha seguida de Amenti, que é seu satélite, e do Diabo, a quem acompanhava uma multidão de esbirros vestidos de fogo, cujas bocas vomitavam fumaça e enxofre.
Ao levantar os olhos, meu pai deparou-se com aquele cortejo que o olhava com rosto colérico e raivoso, do mesmo modo que costuma olhar todas as almas que saem do corpo, particularmente aquelas que são pecadoras e que considera como propriedade sua.
Diante da visão desse espetáculo, os olhos do bom velho anuviaram-se de lágrimas. Foi neste momento em que meu pai exalou sua alma com um grande suspiro, enquanto procurava encontrar um lugar onde se esconder e salvar-se. Quando observei o suspiro de meu pai, provocado pela visão daquelas forças até então desconhecidas para ele, levantei-me rapidamente e expulsei o Diabo e todo seu cortejo. Eles fugiram envergonhados e confusos. Ninguém entre os presentes, nem mesmo minha própria mãe Maria, apercebeu-se da presença daqueles terríveis esquadrões que saem à caça de almas humanas.Quando a morte percebeu que eu havia expulsado e mandado embora as potestades infernais, para que não pudessem espalhar armadilhas, encheu-se de pavor. Levantei-me apressadamente e dirigi esta oração a meu Pai, o Deus de toda misericórdia:
 
XXII. ORAÇÃO de Jesus --- Meu Pai misericordioso, Pai da verdade, olho que vê e ouvido que ouve, escuta-me, que eu sou teu filho querido! Peço-te por meu pai José, a obra de vossas mãos. Envia-me um grande corpo de anjos, juntamente com Micael, o administrador dos bens, e com Gabriel, o bom mensageiro da luz, para que acompanhem a alma de meu pai José até que se tenha livrado do sétimo éon tenebroso, de forma que não se veja forçado a empreender esses caminhos infernais, terríveis para o viajante por estarem infestados de gênios malignos e saqueadores e por ter de atravessar esse lugar espantoso por onde corre um rio de fogo igual às ondas do mar. Sede, além disso, piedoso para com a alma de meu pai José, quando ela vier repousar em vossas mãos, pois é este o momento em que mais necessita da tua misericórdia.
Eu vos digo, veneráveis irmãos e abençoados apóstolos, que todo homem que, chegando a discernir entre o bem e o mal, tenha consumido seu tempo seguindo a fascinação dos seus olhos, quando chegue a hora de sua morte e tenha de libertar o passo para comparecer diante do tribunal terrível e fazer sua própria defesa, ver-se-á necessitado da piedade de meu bom Pai.
Continuemos, porém, relatando o desenlace de meu pai, o abençoado ancião.
XXIII. José Expira --Quando eu disse amém, Maria, minha mãe, respondeu na língua falada pelos habitantes do céu. No mesmo instante Micael, Gabriel e anjos, em coro, vindos do céu, voaram sobre o corpo de meu pai José.
Em seguida, intensificaram-se os lamentos próprios da morte e soube, então, que havia chegado o momento desolador. Sofria meu pai dores parecidas com as de uma mulher no parto, enquanto que a febre o castigava da mesma maneira que um forte furacão ou um imenso fogo devasta um espesso bosque.
A morte, cheia de medo, não ousava lançar-se sobre o corpo de meu pai para separá-lo da alma, pois seu olhar havia dado comigo, que estava sentado a sua cabeceira, com as mãos sobre suas têmporas.
Quando me apercebi de que a morte tinha medo de entrar por minha causa, levantei-me, dirigi meus passos até o lado de fora da porta e encontrei-a só e amedrontada, em atitude de espera.
Eu lhe disse: - Ó tu, que vens do Meio-dia, entra rapidamente e cumpre o que ordenou-te meu Pai. Porém, guarda José como a menina dos teus olhos, posto que é meu pai segundo a carne e compartilhou a dor comigo, durante os anos da minha infância, quanto teve de fugir de um lado para outro por causa das maquinações de Herodes e ensinou-me como costumam fazer os pais para o proveito dos seus filhos.
Então Abbadão entrou, tomou a alma de meu pai José e separou-a do corpo no mesmo instante em que o sol fazia sua aparição no horizonte, no dia 26 do mês de Epep, em paz.
A vida de meu pai compreendeu cento e onze anos. Micael e Gabriel pegaram cada qual em um extremo de um pano de seda e nele depositaram a alma de meu querido pai José depois de tê-la beijado reverentemente.
Enquanto isso, nenhum dos que rodeavam José havia percebido a sua morte, nem sequer minha mãe Maria. Eu confiei a alma do meu querido pai José a Micael e Gabriel, para que a guardassem contra os raptores que saqueiam pelo caminho e encarreguei os espíritos incorpóreos de continuarem cantando canções até que, finalmente, depositaram-no junto a meu Pai no céu.
XXIV. Luto na Casa de José --Inclinei-me sobre o corpo inerte de meu pai. Cerrei seus olhos, fechei sua boca e levantei-me para contemplá-lo. Depois disse à Virgem: - Ó Maria, minha mãe, onde estão os objetos de artesanato feitos por ele desde sua infância até hoje? Neste momento todos eles passaram, como se ele não tivesse sequer vindo a este mundo.
Quando seus filhos e filhas ouviram-me dizer isto a Maria, minha mãe virginal, perguntaram-me com vozes fortes e lamentos:
- Será que nosso pai morreu sem que nós nos apercebêssemos?
Eu lhes disse: - Efetivamente, morreu, mas sua morte não é morte, porém vida eterna. Grandes coisas esperam nosso querido pai José. Desde o momento em que sua alma sai do seu corpo, desapareceu para ele toda espécie de dor. Ele se pôs a caminho do reino eterno. Deixou atrás de si o peso da carne, com todo este mundo de dor e de preocupações, e foi para o lugar de repouso que tem meu Pai nesses céus que nunca serão destruídos.
Ao dizer a meus irmãos que o nosso pai José, o abençoado ancião, havia finalmente morrido, eles se levantaram, rasgaram suas vestes e o choraram durante um longo tempo.
XXV. Luto em Nazaré --Quando os habitantes de Nazaré e de toda a Galiléia inteiraram-se da triste nova, acudiram em massa ao lugar onde nos encontrávamos. De acordo com a lei dos judeus, passaram todo o dia dando sinais de luto até que chegou a nona hora.
Despedi, então todos, derramei água sobre o corpo de meu pai José, ungi-o com bálsamo e dirigi ao meu Pai amado, que está nos céus, uma oração celestial que havia escrito com meus próprios dedos, antes de encarnar-me nas entranhas da Virgem Maria.
Ao dizer amém, veio uma multidão de anjos. Mandei que dois deles estendessem um manto para depositar nele o corpo de meu pai José para que o amortalhassem.
XXVI. BÊNÇÃO de Jesus --Pus minhas mãos sobre o seu corpo e disse: - Não serás vítima da fetidez da morte. Que teus ouvidos não sofram corrupção. Que não emane podridão de teu corpo. Que não se perca na terra a tua mortalha nem a tua carne, mas que fiquem intactas, aderidas ao teu corpo até o dia do convite dos dois mil anos. Que não envelheçam, querido pai, esses cabelos que tantas vezes acariciei com minhas mãos. E que a boa sorte esteja contigo. Aquele que se preocupar em levar uma oferenda ao teu santuário no dia de tua comemoração, eu o abençoarei com afluxos de dons celestiais. Assim mesmo, a todo aquele que der pão a um pobre em teu nome, não permitirei que se veja agoniado pela necessidade de quaisquer bens deste mundo, durante todos os dias de sua vida. Conceder-te-ei que possas convidar ao banquete dos mil anos a todos aqueles que no dia de tua comemoração ponham um copo de vinho na mão de um forasteiro, de uma viúva ou de um órfão. Hei de dar-te de presente, enquanto vivam neste mundo, a todos os que se dediquem a escrever o livro da tua saída deste mundo e a consignar todas as palavras que hoje saíram de minha boca. Quando abandonarem este mundo, farei com que desapareça o livro no qual estão escritos seus pecados e que não sofram nenhum tormento, além da inevitável morte e do rio de fogo que está diante do meu Pai, para purificar toda a espécie de almas. Se acontecer que um pobre, não podendo fazer nada do que foi dito, ponha o nome de José em um de seus filhos em tua honra, farei com que naquela casa não entre a fome nem a peste, pois o teu nome habita ali de verdade.
XXVII. A Caminho do Túmulo --Os anciãos da cidade apresentaram-se na casa enlutada, acompanhados daqueles que procediam ao sepultamento à maneira judia. Encontraram o cadáver já preparado para o enterro. A mortalha se havia aderido fortemente ao seu corpo, como se houvessem atado com grampos de ferro e não puderam encontrar sua abertura, quando removeram o cadáver.
Em seguida, passou-se a conduzir o morto até seu túmulo. Quando chegaram até ele e estavam já preparados para abrir sua entrada e colocá-lo junto aos restos de seu pai, veio-me à mente a lembrança do dia em que me levou até o Egito e das grandes preocupações que assumiu por mim.
Não pude deixar de atirar-me sobre o seu corpo e chorar por um longo tempo, dizendo:
XXVIII. EXCLAMAÇÕES de Jesus--- Ó morte, de quantas lágrimas e lamentos és causa! Esse poder, porém, vem d'Aquele que tem sob o seu domínio todo o universo. Por isso tal reprovação não vai tanto contra a morte senão contra Adão e Eva. A morte não atua nunca sem uma prévia ordem de meu Pai. Existem aqueles que viveram mais de novecentos anos e outros ainda muito mais tempo. Entretanto, nenhum deles disse: eu vi a morte ou a morte vinha de tempos em tempos atormentar-me. Senão que ela traz uma só vez a dor e, ainda assim, é meu bom Pai quem a envia. Quando vem em busca do homem, ela sabe que tal resolução provém do céu. Se a sentença vem carregada de raiva, a morte também se manifesta colérica para cumprir sua incumbência, pegando a alma do homem e entregando-a ao seu Senhor. A morte não tem atribuições para atirar o homem ao inferno nem para introduzí-lo no reino celestial. A morte cumpre de fato a missão de Deus, ao contrário de Adão, que ao não submeter-se à vontade divina, cometeu uma transgressão. Ele irritou meu Pai contra si, por haver preferido dar ouvidos a sua mulher, antes de obedecer à sua missão. Assim, todo ser vivo ficou implacavelmente condenado à morte. Se Adão não houvesse sido desobediente, meu Pai não o teria castigado com esta terrível sina. O que impede agora que eu faça uma oração ao meu bom Pai para que envie um grande carro luminoso para elevar José, a fim de que não prove das amarguras da morte e que o transporte ao lugar de repouso, na mesma carne que trouxe ao mundo, para que ali viva com seus anjos incorpóreos? A transgressão de Adão foi a causa de sobreviverem esses grandes males sobre a humanidade, juntamente com o irremediável da morte. Embora eu mesmo carregue também esta carne concebida na dor, devo provar com ela da morte para que possa apiedar-me das criaturas que formei.
XXIX. O Enterro --Enquanto dizia essas coisas, abraçado ao corpo de meu pai José e chorando sobre ele, abriram a entrada do sepulcro e depositaram o cadáver junto ao de seu pai Jacob. Sua vida foi de cento e onze anos, sem que ao fim de tanto tempo um só dente tivesse estragado em sua boca ou sem que seus olhos se tornassem fracos, senão que todo o seu aspecto assemelhava-se ao de um afetuoso menino.
Nunca esteve doente, senão que trabalhou continuamente em seu ofício de carpinteiro, até o dia que sobreveio a doença que haveria de levá-lo ao sepulcro.
 
XXX. CONTESTAÇÃO dos Apóstolos--Quando nós, os apóstolos, ouvimos tais coisas dos lábios de nosso Salvador, pusemo-nos em pé, cheios de prazer e passamos a adorar suas mãos e seus pés, dizendo com o êxtase da alegria:
- Damos-te graças, nosso Senhor e Salvador, por te haveres dignado a presentear-nos com essas palavras saídas de teus lábios. Mas não deixamos de admirar, ó bom Salvador, pois não entendemos como, havendo concedido a imortalidade a Elias e a Enoch, já que estão desfrutando dos bens na mesma carne com que nasceram, sem que tenham sido vítimas da corrupção, e agora, tratando-se do bendito ancião José, o Carpinteiro, a quem concedeste a grande honra de chamá-lo teu pai e de obedecê-lo em todas as coisas, a nós mesmos nos encarregaste: quando fordes revestidos da mesma força, recebereis a voz de meu Pai, isto é, o Espírito Paráclito, e sereis enviados para pregar o evangelho e pregai também ao querido pai José. E ainda: consignai estas palavras de vida no testamento de sua partida deste mundo e lê as palavras deste testamento nos dias solenes e festivos e quem não tiver aprendido a ler corretamente, não deve ler este testamento nos dias festivos. Finalmente, quem suprimir o adicionar algo a estas palavras, de maneira a fazer-me embusteiro, será réu de minha vingança. Admira-nos, repetimos, aquele que, havendo chamado teu pai segundo a carne, desde o dia em que nasceste em Belém, não lhe tenhas concedido a imortalidade para viver eternamente.
XXXI. Resposta de Jesus
Nosso Salvador respondeu, dizendo-nos: - A sentença pronunciada por meu Pai contra Adão não deixará de ser cumprida, já que este não foi obediente aos mandamentos. Quando meu Pai destina a alguém ser justo, este vem a ser imediatamente o seu eleito. Se um homem ofende a Deus por amar as obras do demônio, acaso ignora que um dia virá a cair em suas mãos se seguir impenitente, mesmo se lhe concederem longos dias de vida? Se, ao contrário, alguém vive muito tempo, fazendo sempre boas obras, serão exatamente elas que o farão velho. Quando Deus vê que alguém segue o caminho da perdição, costuma conceder-lhe um curto prazo de vida e o faz desaparecer na metade dos seus dias. Quanto aos demais, hão de ter o exato cumprimento das profecias ditadas por meu Pai acerca da humanidade e todas as coisas hão de suceder de acordo com elas. Haveis citado o caso de Enoch e Elias. Eles, dizeis, continuam vivendo e conservam a carne que trouxeram a este mundo. Por que, então, em se tratando de meu pai, não lhe permiti conservar seu corpo? Então eu digo que, mesmo que houvesse chegado a ter mais de dez mil anos, sempre incorreria na mesma necessidade de morrer. Mais ainda, eu asseguro que sempre que Enoch e Elias pensam na morte, desejariam já havê-la sofrido a verem-se assim, livres da necessidade que lhes é imposta, já que deverão morrer num dia de turbação, de medo, de gritos, de perdição e de aflição. Pois haveis de saber que o Anticristo há de matar esses homens e de derramar seu sangue na terra como água de um copo por causa das incriminações que lhe imputarão, quando os acusarem.
XXXII. Epílogo --Nós respondemos, dizendo:
- Nosso Senhor e Deus, quem são esses dois homens, dos quais disseste que o filho da perdição matará por um copo de água?
Jesus, nosso Salvador e nossa vida, respondeu:
- Enoch e Elias. Ao ouvir essas palavras da boca de nosso Salvador, se nos encheu o coração de prazer e de alegria. Por isso lhe rendemos homenagens e graças como nosso Senhor, nosso Deus e nosso Salvador, Jesus Cristo, por meio de quem vão para o Pai toda a glória e toda a honra juntamente com Ele e com o Espírito Santo vivificador, agora, por todo o tempo e pela eternidade das eternidades.
[1] Epep era o mês copta que ia de 25 de junho a 24 de julho. Assim sendo, a data citada corresponde ao dia 20 de julho.
[2] Salomé foi a parteira que acompanhou a sagrada família ao Egito. Para maiores detalhes, leia o Proto-Evangelho de Tiago.
 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
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