Lição 10 - Um grande sermão



ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017
Juniores: A vida de Jesus
COMENTARISTA: DANIELE VITAL
COMENTÁRIO: PROF.ª JACIARA DA SILVA

LIÇÃO Nº 10 – UM GRANDE SERMÃO

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa:
Compreender que a verdadeira felicidade, consiste em sermos obedientes à Palavra de Deus, cumprindo a Sua Vontade; Manifestar, em seu cotidiano, comportamento, ações, palavras, enfim, que todas as suas atitudes sejam pautadas pela Palavra de Deus;
Demonstrar desejo em ser útil na Obra de Deus, seja no auxilio à EBD, ou em outras funções da Igreja.
Memorizando
“Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança, e não vai atrás dos orgulhosos, dos que se afastam para seguir deuses falsos!” (Sl 40.4 – ARC).
Texto bíblico em estudo: Mt 5.1-12.
Introdução
Podemos dizer sem sombra de dúvida que, entre os sermões proferidos pelo Senhor Jesus aos seus discípulos, o mais conhecido é o Sermão do Monte, ou, as Bem-aventuranças.
Este sermão nos traz de forma marcante e extremamente clara, a essência e a natureza da Doutrina de Cristo. Esforcemo-nos, pois, para fazer desse ensino o ideal de vida para nós, e para os que o SENHOR nos confiou, de forma que venhamos a praticar em nosso cotidiano o cristianismo genuíno que nos foi ensinado pelo MESTRE os mestres.
O Ministério de Jesus
Falando dentro de um contexto geográfico, a maior parte do ministério do Senhor Jesus se desenvolveu ao norte de Israel, nas redondezas do Mar da Galiléia. Naquelas imediações está o Monte das bem aventuranças, ali o SENHOR ensinou acerca dos princípios gerais do Reino de Deus, ou seja, o SENHOR explanou de forma pedagógica as vigas mestras, ou seja, as bases, que constituem o modelo de vida cristã, isto é, a sua ética, para todos quantos desejam fazer parte do Reino de Deus.
As bem-aventuranças e os demais princípios do Sermão do Monte apontam para “compromisso”, este é o padrão ético constituído por Deus para o seu povo, com o qual cada crente deve estar comprometido, é o referencial que norteia a vida cristã. Nas bem-aventuranças o cristão é conclamado a (em quaisquer circunstâncias que possam surgir em sua vida) viver permanentemente sob a graça de Deus em Cristo.
As Bem-aventuranças ou beatitudes expressam como deve ser a vida do cristão, onde está sua verdadeira realização e como conseguirá obter não somente a felicidade, mas a vida eterna. Não em vão as bem-aventuranças foram chamadas “O compêndio do Plano de Deus para o Homem”.
No Sermão do Monte (Mt 5.17.27), encontramos os atributos primários das pessoas que recebem a regra do Reino que Jesus traz. Há nove referencias diretas do Reino pedindo:
1. Humildade (5.3);
2. Disposição e sofrer perseguição (5.10);
3. Recusa em substituir comportamento genuinamente correto por falsa religiosidade (5.20);
4. Uma vida de oração (6.10,13);
5. Prioridade para os valores espirituais sobre os valores materiais (6.33);
6. Reconhecimento da Autoridade do SENHOR ao obedecer à vontade revelada de Deus (7.21).
Neste Sermão, vemos claramente a autoridade que o Senhor Jesus espera delegar aos seus servos será exercida somente para aqueles que estão dispostos a aceitar a regeneração da alma e a renovação de comportamento. Estes são os chamados à vida e o ministério do Reino inclui a expectativa de que o Fruto e os Dons gerados pelo Espírito Santo se desenvolverão no crente. O mesmo Espírito que distribui Dons de Poder para o serviço no Reino, também age em nós para originar qualidades divinas de vida, de amor e um caráter consagrado a Deus.
Amado (a) enfatize aos seus alunos que, todo o Evangelho é um convite para viver das virtudes e dos dons do Espírito Santo. Cada passo da vida de Jesus, cada palavra saída de sua boca nos leva a buscar a Deus com mais amor, a vencer as tentações, a agir bem. Se assim fizermos verdadeiramente seremos felizes.
Qualidades do Bem Aventurado (Mt 5.116).
Cada Beatitude inclui um pronunciamento de benção, e uma explicação, ou seja, o porquê, dessa benção.
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”: ser pobre no espírito é dar a Cristo o absoluto primeiro lugar, o trono, o controle total da minha vida pela fé, obediência, e humildade. Ser pobres de espírito é ter a capacidade de esvaziar-se de todos os sentimentos egoístas, é não nos julgarmos autossuficientes.
Os pobres de espírito não vivem ansiosos, nem autoconfiantes, mas dependem sempre do SENHOR pela fé, pela oração, firmados nas promessas divinas e na esperança do reino dos céus na sua plenitude.
Obedecer resultará em: Vida eterna; Maturidade em compreender-me, aceitar-me e agir sob o ponto de vista de Deus; Maturidade em submeter-me a Deus e às autoridades.
Desobedecer resultará em: Condenação eterna (Rm 6.23); Espírito crítico e insubmisso (Pv 13.10; 29.1, 23).
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”: chorar biblicamente é o pesar do arrependimento, é chorar pelos meus pecados; ser sensível à voz de Deus; e às reais necessidades dos outros. Esta segunda bem aventurança nos leva ao quebrantamento, não é autocomiseração, ou de tristeza egocêntrica. Mas é quebrantar-se com “tristeza segundo Deus” (2 Co 7.10), em razão de nosso próprio pecado.
Obedecer resultará em: Vida com propósito; orações respondidas.
Desobedecer resultará em: Falta de visão (Pv 29.18); Espírito insensível, frívolo (Ef 5.4); Orações não respondidas (Tg 4.2,3)
“Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”: ser manso não denota fraqueza, ou ser conivente e omisso com os erros, mas sim uma energia controlada. A palavra no original contém a idéia de humildade e autodisciplina. Ser manso é perceber que todos “meus” bens, “meus” direitos, realmente pertencem a Deus! Foi-me apenas temporariamente cedido, para administrá-los segundo a Vontade e para a glória do SENHOR, a Quem tudo pertence. A mansidão se contrapõe ao ódio, à violência e ao estilo agressivo das conquistas humanas. Quando os que possuem “espírito manso” se apresentam, inibem atitudes que poderiam resultar em conflitos.
Obedecer resultará em: Viver pela fé; Habilidade para esperar nas promessas de Deus; Vitória sobre ira e preocupação.
Desobedecer resultará em: Espírito teimoso, rebelde (1 Sm 15.23); Espírito ansioso (Fp 4.6); Espírito iracundo (Ef 4.30-32; Pv 22.24,25).
“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos”: ter fome e sede de justiça é desejar profundamente agradar meu Senhor, a tal ponto que meu supremo objetivo é fazer todos os princípios da Palavra tornarem-se parte natural da minha vida. “Fome e sede” são termos que denotam estrema necessidade. Digamos que é como um organismo faminto e sedento, o cristão não desfrutará de paz e calma de espírito enquanto não sentir a presença de Deus, o que implica viver não somente em retidão espiritual, mas também não se conformar com as injustiças e opressões que prevalecem no mundo.
Obedecer resultará em: Crescimento espiritual; Real satisfação; Gozo real.
Desobedecer resultará em: Vazio espiritual (Ec 12.8; Mt 12.44,45; Lc 15.19); Mornidão espiritual (Ap 3.15,16); Retardamento, paralisia, estagnação, e até atrofia espiritual (1 Co 3.1,2).
“Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”: ser misericordioso é ter empatia e simpatia, expressar amor sincero e tangível pelo meu próximo, especialmente quando em necessidade; é genuína (e unilateralmente) perdoar aqueles que me ofenderam. Aqui expressa um sentimento emanante do amor de Deus e do coração daqueles que são guiados pelo Espírito Santo, a misericórdia é uma expressão do amor e da graça de Deus, deste modo é impossível entende-la como um sentimento ou uma virtude existente independente Dele. Mesmo os cristãos que a demonstra em suas ações têm consciência de que a amabilidade e a paciência com que tratam os outros, são derivadas da misericórdia divina.
Obedecer resultará em: Poder para entender o amor de Deus, e para comunicá-lo.
Desobedecer resultará em: Espírito ferido (Pv 18.14); Raiz de amargura (Hb 12.15).
“Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”: ser limpo de coração é purificar meu coração por permitir ao Espírito Santo controlar totalmente meus motivos, pensamentos, emoções, desejos, ações, e meu corpo. A pureza de coração é condição indispensável àqueles que buscam habitar com Deus no monte de sua santidade. Fomos chamados à pureza. Conservamos-a.
Obedecer resultará em: Autocontrole (espiritual, mental e físico).
Desobedecer resultará em: Vida de pensamentos impuros (Rm 1.28); Sensualidade (Jd 1, 7,19); Impulsos incontroláveis (1 Ts 4.28).
“Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”: ser pacificador é pedir perdão a quem ofendi, confessando meu pecado e restaurando-me tanto quanto possível, sem esperar nem exigir ser perdoado, nem recíproco pedido de perdão. Procurar fazer a paz entre indivíduos e Deus, e entre indivíduos e indivíduos. Deus é pacificador, e seus filhos devem ser também. Deus está à procura de homens e mulheres que estejam prontos a levantar a bandeira das Boas Novas em meio aos conflitos e guerras deste mundo. A pacificação é uma qualidade inerente àqueles que amam e promovem a Paz.
Obedecer resultará em: Demonstração de genuíno amor cristão; Paz interior; Consciência sem culpa por ofensas.
Desobedecer resultará em: Atitude condenatória (Rm 2.1); Culpa, tristeza interior (Rm 7.15, 24).
“Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus”: suportar perseguição por causa da justiça é não temer (mesmo que sozinho ou tendo que ser parte de um grupo de perniciosos) ficar do lado da justiça, identificar-me verbalmente com Cristo e compartilhar minha fé. Tudo isto ciente, em paz interna, que muitos não me aceitarão unido a Cristo como Senhor da minha vida, e assim me rejeitarão e perseguirão. Somente aqueles que se assemelham a Cristo no seu sofrimento, a Ele se assemelharão no seu triunfo final.
Obedecer resultará em: Ousadia no testemunhar; Uma recompensa especial nos céus (Mt 5.12).
Desobedecer resultará em: Espírito de temor (2 Tm 1.7,8.); Falta de força de vontade (Rm 7.18).
“Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.”: suportar injúrias, perseguições e calúnias, por causa de Cristo é saber sofrer, mantendo a visão, a paz e a objetividade, no meio de ameaças à minha integridade. Lembremo-nos das palavras do apóstolo Pedro: “Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.” (1 Pe 4.14 - ARA).
O compromisso com o Evangelho não admite outra opção (Mt 6.24), não há como ser amigo do mundo e, ao mesmo tempo, agradar a Deus. Lembremo-nos das palavras do apostolo João: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” ( 1 Jo 2.15).
Obedecer resultará em: Verdadeiro amor e coragem.
Desobedecer resultará em: Fazer concessões (Gl 1:10); Medo dos outros (1Jo 4:18; Pv 29:25).
Obedecendo às condições de Mt 5:316, serei bem aventurado (feliz)!
Conclusão
Este é o padrão de todo àquele que quer ser filho de Deus, devem ter em mente que esta forma habitual de ver a vida espiritual (que vemos hoje em muitos) que é o ter pelo fazer enfatizando o ser, é contrário ao Ensino de Jesus e dos seus apóstolos que realçava o poder de ser, somente depois de ser, servo de Deus, era diferente do ensino dos fariseus... que viviam uma devoção de fachada, para que os outros vissem, desprezando a verdadeira piedade, a verdadeira fé, a comunhão que emana do profundo da alma realmente convertida e consagrada a Deus.
Amado (a) faça um apelo aos seus alunos, pois eles necessitam de uma vida cristã pura, de um contato genuíno com Deus, chame aqueles que querem verdadeiramente servir ao Senhor para orarem à Deus, faça uma oração apresentando-os ao SENHOR, para que Ele os guarde em Seu Caminho e os auxilie em servi-Lo.
Deus abençoe ricamente seu ministério. Amém.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jaciara da Silva
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