CPAD JOVENS – 4º Trimestre de 2017 – 12/11/2017 Lição 7 – Política e corrupção na perspectiva cristã



Este post é assinado por: Rafael Cruz

Texto do dia
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” Romanos 13.1


Texto bíblico
Romanos 13.1-71 Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

INTRODUÇÃO
Quando falamos em política, o que vem a nossa mente? Acredito que em uma boa parte dos nossos leitores é: corrupção. Difícil mesmo é pensar em política e só ter boas lembranças. Acontece que a origem da palavra é justamente no sentido bom da política. Vejamos:
Política vem do grego politikos, que significa “cívico”. O termo politikos, por sua vez, se originou a partir da palavra polites, que quer dizer “cidadão”, que se originou de polis, traduzido por “cidade”. Numa sociedade como a grega, em que a vida pública interessava a todos os cidadãos, os politikos eram aqueles que se dedicavam ao governo da polis (“a cidade” ou “o Estado”), colocando o bem comum acima de seus interesses individuais.
Mas não há dúvida de que no nosso país o sentido é outro: político é aquele que adquire poder para benefício próprio.
É nesse assunto que ficam as perguntas: Como seguidores de Cristo, quais devem ser as nossas atitudes e envolvimento com a política? Podemos ter opiniões políticas fora das considerações da nossa fé cristã? Tem sido dito que “religião e política não se misturam” – será que isso é realmente verdade?
Vamos a nossa lição!

I – POLÍTICA GOVERNAMENTAL E CORRUPÇÃO
1. Política governamental
De uma forma clara e simples podemos dizer que políticas públicas, são políticas voltadas à população e que obedecem aos princípios democráticos e constitucionais. Já políticas governamentais, são relativas à posição política do partido que governa, mudando conforme muda-se o governo de um Estado.
E quando citamos governo, também citamos autoridade. Autoridade que foi constituída por Deus para que pudéssemos obedecer e viver de uma forma tranquila. Veja o que Paulo diz aos Romanos:
Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Romanos 13:1-4
Não há dúvida de que a nossa responsabilidade ao governo é obedecer às leis e ser bons cidadãos. Paulo está nos ensinando que é responsabilidade do governo exercer autoridade sobre nós, coletar impostos e manter a paz. Onde temos uma voz e podemos eleger nossos líderes, devemos exercer esse direito através do voto para aqueles cujos pontos de vista mais se parecem com os nossos.

2. O mal da corrupção
Corrupção não é algo novo. A tentação da serpente sobre Eva pode ser caracterizada como um ato de corrupção num sentido mais amplo do termo.
Willian Shakespeare tratou o assunto como o maior mal da terra e enquadrou a corrupção como sendo uma doença que enfraquece o governo de uma nação, que, se não combatida com firmeza  e determinação, pode deteriorar o caráter e  a  honra de um povo, sendo responsável pela sua destruição moral e decadência.
Napoleão Bonaparte, naquela considerada sua principal obra para história da França, o Código Civil de 1804, reservou capítulo especial aos atos de “sabotagem ao Estado”  como definia a matéria, enquadrando os funcionários corruptos como verdadeiros traidores da pátria.
A mais popular e simples definição de corrupção, e usada pelo Banco Mundial, é a de que é o ato ou a prática de uso do poder público para a obtenção de benefícios privados ou a obtenção de benefícios privados de forma não legal por ação de um agente que detém poder público, mediante o pagamento de comissões, doação de bens ou facilidades ou pelo uso de instrumentos e meios fraudulentos com a conivência de agente detentor de poder público.
Nós crentes em Cristo sabemos o motivo de tanta corrupção: pecado. A Bíblia é clara em nos mostrar o quanto o homem é pecador:
Quando pecarem contra ti {pois não há homem que não peque}, e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de modo que os levem em cativeiro para a terra inimiga, longínqua ou próxima; 1 Reis 8:46
Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.
O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus.
Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. Salmos 14:1-3
Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. Eclesiastes 7:20
Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como o vento, nos arrebatam. Isaías 64:6
 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Romanos 3:23
 Por fim, Paulo nos mostra que por causa do pecado, estamos propensos a corrupção:
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.
Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:14-20
 

II – A SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA
1. Entre César e Deus
2. Soberania divina sobre o Estado
Para podermos responder a grande questão que nos rodeia (pode o cristão se envolver com a política?), precisamos compreender qual o relacionamento que a igreja deve ter com o Estado.
O Senhor Jesus já nos ensinou isso quando disse para darmos a César o que é dele e depois a Deus o que é de Deus.
Afirma-se a distinção entre igreja e Estado, lembrando que toda autoridade procede de Deus. As tarefas da igreja e do Estado são de dois tipos e são distintas, não podendo ser confundidas. Deus instituiu o governo civil para nosso benefício a fim de refrear o mal e promover o bem (Romanos 13.1-7; 1 Pedro 2.13-17), e deve haver distinção entre aquilo que é governado pela igreja e aquilo que está sob a autoridade do governo civil (Mateus 22.21).
Deus delega autoridade tanto ao governante quanto às pessoas. Ao ocupar um cargo de autoridade, nenhum homem tem poder sobre outro, a não ser quando essa capacidade é delegada por Deus. Mas essa autoridade é relativa e revogável. Por isso, os cristãos devem opor-se a todo sistema político totalitário. Mais do que um direito, isto é um dever (Êxodo 1.17,21; Deuteronômio 3.18; 6.10; Ester 4.16; Mateus 2.8,12; Atos 4.18,20; 5.29).

3. Estado laico, não ateu
Para esse tópico, recomendo a leitura e o estudo sobre o referente assunto, escrito por um dos maiores apologistas do nosso país: Paulo Cristiano da Silva.
A PRESENÇA DE ARTEFATOS RELIGIOSOS EM PRÉDIOS PÚBLICOS FERE O PRINCÍPIO DA LAICIDADE DO ESTADO?
Com os títulos: “A cruz da discórdia” e “Entidade quer ‘expulsar’ Cristo dos prédios públicos”, o jornal “Diário da Região” publicou nesta semana uma reportagem sobre o acionamento que a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) fez junto ao Ministério Público para retirar um crucifixo da Câmara Municipal da cidade de Bady Bassit, interior do Estado de São Paulo. Apesar de o pedido ter como alvo um artefato em particular (crucifixo), ele abre precedentes para outros símbolos religiosos. O pedido não é inédito, pois já tramitam por alguns anos pedidos semelhantes em outras comarcas, sendo que a maioria deles foi indeferida pela Justiça.
Os ateus se fundamentam em uma velha lei de 1890 que proíbe a autoridade federal e estadual de intervir em questões religiosas. Além da questão jurídica, o advogado da ATEA alega que a religião cristã está sendo favorecida em detrimento de outras confissões religiosas.
O que é um Estado Laico?
Para começarmos discutir essa questão é necessário primeiro conceituar Estado Laico.  Estado Laico não quer dizer Estado cujas repartições proíbem manifestações materiais da cultura religiosa. Laicidade tem haver com questões administrativas e jurídicas. Significa que o Estado não pode ser gerido por nenhuma religião específica e nem ter suas leis oriundas de dogmas religiosos. Ele visa proteger a liberdade religiosa e garantir o direito a todas as crenças e ideologias dentro do estado democrático de direito, independente das crenças da sociedade plural. Tem mais a ver com conteúdo do que com a forma.
Diz o sociólogo Paul Freston que “O Estado deve ser não-confessional. Foi justamente essa percepção por parte de alguns dos primeiros protestantes nos séculos 16 e 17 que deu início à separação entre Igreja e Estado. Com bases teológicas, eles perceberam que a visão cristã do Estado é que o Estado não deve ser ‘cristão’, no sentido de defender e promover uma determinada igreja ou religião. ”
Diferença entre Estado laico, teocrático e ateu
O conceito acima se contrapõe ao de Estado Teocrático em que há uma religião única e dominante, em que as leis e a gerência da máquina estatal são influenciadas pelos dogmas dessa religião. Como exemplo, podemos citar a maioria dos países islâmicos, o Vaticano e Israel. Já o Estado Ateu é aquele onde prevalece, como princípio constitucional, a eliminação das religiões, como, por exemplo, a antiga Rússia comunista, a Coreia do Norte e a China de Mao Tsé-Tung.
Ter artefatos religiosos em prédios públicos fere necessariamente o princípio da laicidade como alegam os ateus?
Presumo que não. Essa argumentação da ATEA levada às últimas consequências significaria trocar também o nome de cidades e estados brasileiros que possuem a marca de uma dada cultura religiosa: São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, só para citar alguns.
Para ferir o princípio da laicidade é necessário violar o Art. 19 da Constituição que diz: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. ”
Mas não é este o caso com a Câmara Municipal de Bady Bassit, pois manter artefatos materiais da cultura popular dentro de prédios públicos, meramente como artefatos decorativos, não promove, em hipótese alguma, o favorecimento de uma religião em particular, pois não se depreende que esses símbolos se prestem a algum tipo de subsídio por parte do Estado, e isso não cria, por sua vez, qualquer relação de dependência como enuncia o caput do artigo supracitado.
Para a ATEA estar correta teria que provar primeiro que apenas as pessoas que não participam da crença cujos símbolos representam fossem preteridas em sua cidadania em relação àquelas que as professam, como, por exemplo, um ateu ter seus direitos de cidadania violados só pelo fato dele não ser adepto da religião cujos símbolos a estão representando. O princípio da laicidade seria quebrado também se tais objetos recebessem algum tipo de culto nesses locais, o que eu acredito que não existe em nenhuma das esferas do poder público (federal, estadual e municipal) que mantenham tais artefatos.
A proteção da cultura é prevista por lei
Na Seção II da Carta Magna, no Art. 215. § 1º está escrito: “O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. ” Pergunto: o Cristianismo se enquadraria nesses “outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”? Claro que sim. Portanto, como promulga o Artigo, toda cultura proveniente dele merece proteção: feriados nacionais, nomes de cidades e artefatos que fazem parte desta herança nacional.
E o que dizer se o artefato fosse uma réplica do Davi ou a Pietá de Michelangelo? Estaria a esfera pública sendo prejudicada em seu princípio constitucional de laicidade por tê-los em suas dependências? Isso configuraria favorecimento das religiões judaicas e católicas? Claro que não!
Sem contradizer o artigo 19, o preâmbulo da Constituição traz a frase “nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático (…) promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”.
Deveríamos mudar a Constituição só pelo fato de o nome “Deus” aparecer na introdução, sendo que Deus não é patrimônio de nenhuma religião em particular, mas a crença universal de todos os povos? Tampouco a frase “Deus seja louvado”, gravada nas cédulas nacionais, consegue ferir o princípio da laicidade.
É bom saber que essas expressões não foram inseridas por entidades religiosas, mas por atores políticos representantes da sociedade brasileira cuja crença majoritária é teísta e cuja cultura material religiosa faz parte do patrimônio nacional.
Qual o principal motivo que estaria por trás do questionamento dos ateus?
A ATEA estaria realmente preocupada com a laicidade do Estado ou haveria motivos escusos por trás de todo esse questionamento jurídico? A fala final do advogado, reproduzida pelo jornal, mostra que as boas intenções “republicanas” da ATEA, na verdade, demonstram um monitoramento ideológico.
“Estamos fazendo uma varredura em todas as câmaras de vereadores do Estado de São Paulo. Vamos chegar a Rio Preto, disse o representante da associação de ateus. ”
Como observamos, não há a mínima fundamentação jurídica para retirar símbolos religiosos dos prédios públicos, pois não fere constitucionalmente o princípio da laicidade e nem prejudica outras religiões, as quais, de uma maneira ou de outra, comungam com os símbolos da religião cristã.
Só nos resta creditar tamanho esforço a questões puramente ideológicas. É o esforço do neoateísmo para eliminar Deus, a religião cristã ou quaisquer símbolos que os representam na esfera pública. Para eles a religião deve ser relegada a mera questão de foro íntimo e para mim isso não passa de revanchismo enrustido.

III – COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA E A CORRUPÇÃO
1. Adotando uma postura adequada sobre a política
Política no sentido geral é trabalhar para o bem comum da sociedade. Política pode envolver ajudar pessoas em necessidade, alertar as autoridades e ajudar a resolver problemas ou até trabalhar no governo. A Bíblia nos chama a cuidar dos outros e a ser uma bênção em tudo o que fazemos.
O cristão, enquanto vive aqui na terra, tem dupla nacionalidade. Isso significa que tem direitos e deveres para com o seu país terrestre e com o seu país eterno.
Ignorar a política numa sociedade democrática é irresponsável. Como cidadãos temos o poder para escolher quem vai governar. Se não fizermos também não temos direito de queixar quando um governador ruim é eleito, porque o nosso voto podia ter colocado uma pessoa mais honesta no seu lugar.
Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;
Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. 1 Pedro 2:13,14

2. Influenciando o mundo político
Um cristão pode ser político, se esse for o seu chamado. Tal como qualquer outra profissão, a política tem muita corrupção. O cristão que entra nesse meio precisa ser um exemplo de integridade, pedindo sempre forças a Deus para fazer o que é correto.
Temos vários casos na Bíblia de homens de Deus envolvidos na política, até mesmo em países ímpios como o Egito (José) e a Babilônia (Daniel, Neemias). Esses homens tinham um dom para governar e foram usados de maneira poderosa por Deus. Também na História temos casos de bons políticos cristãos. Dois exemplos foram Abraham Lincoln dos Estados Unidos e William Wilberforce na Inglaterra, que aboliram a escravatura em seus países.
O cristão deve votar em quem acredita que vai fazer o melhor para a sua sociedade. Antes de votar é muito importante analisar com cuidado as opções e o que cada candidato pretende fazer, não só a sua propaganda.
Examinai tudo. Retende o bem. 1 Tessalonicenses 5:21

3. A corrupção e o sétimo mandamento
Podemos ver na Bíblia que a corrupção sempre existiu. Vejamos:
Aquele que anda corretamente e fala o que é reto, que recusa o lucro injusto, cuja mão não aceita suborno, que tapa os ouvidos para as tramas de assassinatos e fecha os olhos para não contemplar o mal, é esse o homem que habitará nas alturas; seu refúgio será a fortaleza das rochas; terá suprimento de pão, e água não lhe faltará. Isaías 33.15,16.
Pois sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais. Amós 5.12.
A corrupção, além de ser pecado contra Deus, prejudica a economia do país, atrapalha as tomadas de decisões dos governantes e, consequentemente, causa enormes problemas sociais. A corrupção desonra a Deus, pois é totalmente egoísta e contraria o mandamento que Jesus nos deixou: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22:39).
Em um cenário como estamos vivendo no Brasil, o sentimento que mais temos é o de revolta. Passamos por tantas necessidades (saúde, educação, saneamento básico) e esses homens só pensando em aumentar suas riquezas nem se importando com os mais pobres e necessitados. Por muitas vezes pode-se passar pelas nossas mentes de também entrar nesse meio para se ‘dar bem’, mas a Bíblia deixa claro que devemos continuar fazendo o que é certo, pois no tempo certo os ímpios colherão consequências terríveis.
Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei“, diz o Senhor. Pelo contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bemRomanos 12:17-21.

4. Combatendo a corrupção
Diante de homens tão ‘poderosos’ as vezes nos sentimos incapazes para fazer algo que pare com essa ganância e maldade que existe em seus corações, mas Deus nos exorta a orar pelo nosso país, principalmente por aqueles que são nossos líderes.
Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e seafastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra. 2 Crônicas 7:14.
Uma coisa é certa: para combatermos a corrupção, não podemos ser corruptos! Talvez você imagine agora: “Mas eu não sou um político para fazer esses tipos de transações…”. A questão é que infelizmente podemos ser corruptos em pequenas coisas:
  • – Não dar nota fiscal;
  • – Não declarar Imposto de Renda;
  • – Tentar subornar o guarda para evitar multas;
  • – Falsificar carteirinha de estudante;
  • – Dar ou aceitar troco errado;
  • – Roubar assinatura de TV a cabo;
  • – Furar fila;
  • – Comprar produtos falsificados;
  • – No trabalho, bater ponto pelo colega;
  • – Falsificar assinaturas;
  • – Estacionar em local proibido, etc.
Precisamos mudar os valores mundanos ensinando os princípios do evangelho para criar uma nova mentalidade. Como cristãos devemos dar exemplo de uma vida diferente e honesta. O mundo só pode ser mudado se o ser humano for transformado. Somente o “novo homem” (Efésios 4.24), restaurado à imagem e semelhança do Criador, pode vencer a corrupção.
Deus lhe abençoe.

REFERÊNCIAS
Seguidores de Cristo – Testemunhando numa Sociedade em Ruínas – Valmir Nascimento, CPAD, Rio de Janeiro

Por Rafael     /ebdcomentada.com.br