Lição 1 - Introdução às cartas aos Tessalonicenses



Introdução
I-Sobre Relacionamentos que Edificam
II-Primeira Carta aos Tessalonicenses
III-Segunda Carta aos Tessalonicenses
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Demonstrar que a Igreja pode e deve ser um ambiente de relacionamentos saudáveis;
Apresentar e discutir as Epístolas de 1 e Tessalonicenses;
Comparar o conteúdo, estrutura e finalidade de 1 e 2 Tessalonicenses.

Palavra-chave: Ressurreição.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:

“Estudar analiticamente um texto bíblico do Novo Testamento é sempre um enorme desafio por vários motivos. Em primeiro lugar, porque estamos cronologicamente distantes quase 2 mil anos de seu momento autoral; por isso, o peso do estranhamento das práticas culturais, litúrgicas e sociais torna-se mais evidente ainda durante a leitura deste. Temos ainda que lidar com as especificidades linguísticas — pois o NT foi todo escrito numa versão popular de um idioma antigo, o grego — que desembocam também em enormes desafios para a compreensão literária da obra.
Lembremo-nos ainda que, no caso das epístolas aos tessalonicenses, não estamos diante de apenas um texto, mas, sim, de duas composições diferentes — apesar de ambas as correspondências serem, provavelmente, de um mesmo autor e para uma mesma comunidade. Desse modo, seria absolutamente incoerente utilizar-se de um mesmo conjunto de pressupostos teóricos para fundamentar a análise dessas duas obras sem qualquer tipo de distinção entre as mesmas.
Deve-se ainda levar em conta que os textos aos quais nos propomos a discutir nas páginas a seguir são literatura do corpus paulinus. Para tanto, faz-se necessário uma compreensão, mínima que seja, das particularidades do pensamento do apóstolo dos gentios, de modo especial, no início de sua produção epistolar. Pelo menos 1 Tessalonicenses, se é que não se pode dizer o mesmo de 2 Tessalonicenses, é uma amostra histórico-literária de uma genuína produção teológica paulina.
Sim, esse é outro desafio no estudo das epístolas aos tessalonicenses: estas são produções literárias antigas, sendo uma delas considerada o mais antigo texto neotestamentário presente no cânon bíblico. O que isso implica na análise do texto? Dentre as possibilidades concebíveis de serem apresentadas, estão, por exemplo: a escrita paulina nas epístolas aos tessalonicenses — por ser a manifestação de um pensamento teológico em construção — está desprovida de uma série de conceitos-chave abundantemente presentes em outros textos do apóstolo, tais como justificação, a humanidade de Cristo, a contraposição entre lei e graça, etc. 
Há, por outro lado, temáticas centrais que, como demonstram os textos, já estão presentes na gênese da teologia paulina: o Dia do Senhor, redenção, santificação. Outras questões, como, por exemplo, a natureza kerigmática da pregação e o debate sobre a kenosis do Senhor Jesus estão presentes nessas epístolas, ainda que introdutoriamente se possa citar que, já em 1 Tessalonicenses, Jesus é reconhecido como o Senhor, o kyrios da Igreja.
Por fim, outra questão extremamente importante de considerarmos é o fato de que a produção epistolar é uma prática social bastante comum naquele contexto histórico; tal informação deve levar-nos a reconhecer a qualidade do relacionamento entre Paulo e aquela comunidade. 
O que lemos em 1 e 2 Tessalonicenses não é uma produção literária que se propôs a ser canônica já na sua origem — até porque, como bem sabemos, o processo de reconhecimento canônico dos textos contidos no Novo Testamento deu-se num momento histórico posterior1 e segundo regras que estavam alheias ao conhecimento de Paulo2.Conforme afirma-nos Tenney:

O verdadeiro critério da canonicidade é a inspiração. [...] (2 Tm 3.16,17). Por outras palavras, aquilo que foi dado por inspiração de Deus era escriturístico, e o que não veio por inspiração de Deus não era escriturístico, se “Escrituras” significarem o registro escrito da Palavra de Deus revestida de autoridade. Se este critério for adotado como definitivo, há que responder a próxima pergunta: “Como se demonstra a inspiração?” Os livros do novo testamento não começam todos com a afirmação de que foram inspirados por Deus. Alguns relacionam-se com assuntos muito vulgares, outros contém enigmas históricos, literários e teológicos que só com dificuldade podem ser resolvidos. Será possível demonstrar a sua inspiração a contento de todos?A resposta a este problema é tripla. Primeiro, a inspiração destes documentos pode ser apoiada por seu conteúdo intrínseco. Segundo, essa inspiração pode ser corroborada pelo seu efeito moral. Finalmente, o testemunho histórico da Igreja Cristã mostrará o valor que era dado a esses livros, se bem que a Igreja não fizesse com que eles fossem inspirados ou canônicos. (TENNEY, 208, p. 428,429). 

É importante reconhecer que a autenticação do caráter canônico de um texto constituiu-se na coletividade, por seu uso comunitário e popularidade entre os cristãos; tais fatos são tão verdadeiros que, durante muito tempo, se discutiu a canonicidade de textos como a Didaché, Apocalipse de Enoque, Evangelho de Tomé. O contrário também deve ser considerado, como, por exemplo, as fortes críticas apresentadas por Martinho Lutero (1483–1546), em pleno século XVI, à presença da Carta de Tiago no Corpus neotestamentário.Sobre esse contexto, afirma-nos Cullmann:
De uma maneira geral, o cânone do Novo Testamento não se formou, como se poderia supor, por adição, mas por eliminação. Ainda no início do século II, foram redigidos não somente evangelhos apócrifos e atos dos apóstolos, mas também um grande número de outros escritos cristãos (como os escritos dos Pais Apostólicos). Esses, mesmo que não pretendessem remontar às origens, não tinham, em princípio, uma autoridade inferior àquela dos escritos que hoje fazem parte do Novo Testamento. (CULLMANN, 2015, p. 90). 
Para deixar claro que esses conflitos com relação à construção de um cânon não é um problema exclusivo do cristianismo, pode-se citar o fato de que o conjunto de livros do Antigo Testamento, como conhecemos hoje, só foi “canonizado” pela comunidade judaica por volta do século III d.C (Moura, 2013).
Se 1 e 2 Tessalonicenses são textos sagrados, agora os compreendendo para além da questão histórico-crítica da canonicidade e muito mais próximo de uma concepção devocional das epístolas, isso se deve ao fato de que Paulo, ao escrever àqueles irmãos, não fez isso de modo institucional ou religioso, mas, sim, de maneira amorosa e fundamentalmente cristã. Não se tratava de um técnico de assuntos religiosos transmitindo ordens a um grupo de iniciados, mas, sim, de um líder, um amigo, um pastor, que pacientemente ensina um grupo de novos convertidos a como proceder diante de dúvidas e questões que afligiam o cotidiano daquela comunidade.

Características Gerais de Tessalônica

Fundada pelo general macedônio Cassandro no século IV a.C, a partir da reunião de 26 províncias existentes, Tessalônica foi assim denominada em homenagem à esposa deste monarca que se chamava de Thessaloniki3. A geografia da região fez com que Tessalônica rapidamente se destacasse como cidade portuária, tornando-a extremamente importante do ponto de vista comercial para a região da Macedônia. Consequentemente, foram desenvolvidas diversas rotas comerciais e militares; com destaque a Via Egnácia — estrada construída pelo Império Romano para a interligação das províncias da Macedônia, do Ilírico e da Trácia. Ainda sobre as informações geográficas de Tessalônica, informa-nos Claro:
A par desta privilegiada localização, o mérito de Tessalônica era potenciado pela excelência de recursos naturais de toda a província: solos férteis e suficientemente irrigados, que aliados a épocas estivais quentes e invernias severas, favorecia o cultivo de grão e frutos continentais, bem como proporcionava pastagens abundantes aptas à atividade pastoril. Em volta da cidade, as montanhas ofereciam a madeira necessária à edificação de habitações e à construção de embarcações. Não seria de estranhar que a atividade pesqueira tivesse larga predominância dada a localização na orla costeira e a presença de rios e lagos por toda a província. O subsolo oferecia a exploração de minerais nobres como o ouro, a prata e o cobre, bem como o ferro e o chumbo. (CLARO, 2017, 11 e 12.). 
Na tentativa de desvincular-se do poder de Roma, a província da Macedônia como um todo se revoltou contra Roma em três episódios distintos (214–205 a.C; 200–197 a.C; e 171–168 a.C), sendo subjugada todas as vezes. Com as reformulações implantadas para manutenção da política imperialista de Roma, Tessalônica passou a ser a capital da província da Macedônia a partir de 146 a.C. A partir de 42 d.C., Tessalônica torna-se sede de residência do procônsul romano, ganhando, assim, status de cidade-livre sem nunca, todavia, ser de fato. Sobre a população tessalonicense, Trimaille e Darrical defendem que:
A população de Tessalônica não era homogênea, a colonização romana havia trazido famílias itálicas, juntaram-se também os orientais, atraídos pela esperança de fazer fortuna (sírios, egípcios e judeus). Paulo encontrou ali uma sinagoga, testemunho de uma melhor implantação judaica em Tessalônica que em outros lugares. [...] Esse caráter cosmopolita da população havia feito proliferar os cultos e as divindades. Várias inscrições que se conservaram nos antigos monumentos demonstram que ali se veneravam pelo menos vinte divindades. Convém recordar que [...] Dioniso era especialmente honrado em Tessalônica, o qual tem sua importância para situar certas exortações em 1 Ts, isto porque este culto cristalizava, mais que os outros, as esperanças de uma vida futura (cf 5.1-11). (TRIMAILLE, 1982, p.3,4). 

Atualmente, Salônica, a moderna Tessalônica, é uma importante cidade grega, destacando-se como forte centro universitário e industrial.Pensemos, então, pormenorizadamente, a partir desse ponto, sobre os aspectos gerais de cada uma das epístolas aos tessalonicenses, ressaltando as características em comum, mas também as especificidades de cada um dos textos.
I – Sobre Relacionamentos que Edificam

Neste momento introdutório, dentre as várias análises possíveis de serem feitas com relação à 1 Tessalonicenses, optar-se-á por concentrar-se num aspecto referente à obra: o relacionamento entre Paulo e aquela comunidade. Como se demonstrará ao longo deste comentário, apesar de não ter vivido um longo período de tempo naquela cidade — e, por isso, ter conseguido ampliar de maneira pormenorizada os laços com os tessalonicenses — Paulo nutria uma enorme consideração por aqueles irmãos.
Pode-se fundamentar tal afirmação a partir do seguinte argumento: tendo o apóstolo já realizado sua primeira viagem missionária — onde visitou, pregou e fundou pelo menos seis comunidades cristãs, as quais foram fortalecidas ainda no retorno antes do fim da viagem — e tendo anunciado o evangelho em outras cidades já na segunda viagem missionária, é para Tessalônica que Paulo endereça sua primeira carta.
Como defende Trimaille (1982, p. 13), há, nesse momento do ministério paulino, uma forte ênfase na necessidade de vida em coletividade. Só há cristianismo em comunidade; daí, a necessidade de obter notícias daqueles irmãos e do andamento da vida de fé dos mesmos.
Durante a segunda viagem missionária de Paulo, especialmente durante sua estada na Macedônia, a qual se fez por meio de uma inequívoca revelação divina, estabeleceu-se — pelo menos, é o que entendemos por meio da narrativa de Lucas — uma lógica para a implantação de igrejas: a) Anúncio do evangelho; b) Fundação da igreja; c) Forte perseguição dos judeus; d) Saída abrupta. Essa “lógica” por ser exemplificada com os casos de Filipos, Tessalônica e Bereia.
Por tudo o que aconteceu na fundação da igreja em Tessalônica — perseguição, oposição, acusação —, o coração pastoral de Paulo preocupava-se enormemente com a possibilidade do fracasso espiritual daquela comunidade; porém, qual não foi a surpresa do apóstolo ao receber notícias de que aquela neófita comunidade ia bem. Nada, nem mesmo os problemas sociais ou as recentes heresias, conseguem calar a alegria de Paulo, a qual transborda em cada linha desta amistosa carta.
Assume-se, assim, uma chave hermenêutica para a leitura de 1 Tessalonicenses, que advoga a experiência da fé mútua, da confiança em Deus, mas também uns nos outros, como elemento central desta análise. Concordamos com Marques quando ele afirma que:
Tendo em mente o profundo significado que a Morte e Ressurreição e Parusia de Cristo adquirem no Evangelho de Paulo, este estudo é uma leitura de 1Ts sob o viés da confiança mútua entre os personagens por ela envolvidos. É pela confiança em Paulo, Silvano e Timóteo que os tessalonicenses confiam primeiro no Deus vivo e Verdadeiro em quem eles creem e a quem confiam suas existências. Neste Deus Vivo e Verdadeiro os tessalonicenses passam a crer com convicção a ponto de abandonarem seus ídolos (1Ts 1,9), e mais ainda, creem no Senhor Jesus, que em sua Parusia virá libertá-los da ira futura do juízo final (1Ts 1,10). O comprometimento dos tessalonicenses com o Deus Vivo e Verdadeiro não poderia acontecer antes que os tessalonicenses tivessem conhecido Paulo e seus colaboradores, Silvano e Timóteo. Os tessalonicenses observaram seus evangelizadores: eles eram modelos de uma confiança inabalável em Deus. Por outro lado, Deus mesmo mostrava sua confiança em Paulo e seus auxiliares, porque por meio deles Deus realizou uma obra que homem algum realizara antes em favor dos tessalonicenses. Por fim, convertidos, os tessalonicenses imitam seus evangelizadores e se tornam, também eles, evangelizadores da Macedônia e da Acaia (1Ts 1,4-10). (MARQUES, 2009, p. 15,16).

Tessalonicenses não é um texto institucional, burocrático-religioso; esta primeva Escritura é uma manifestação histórico-cultural da simplicidade do evangelho que se vivia naquele contexto de cristianismo primitivo. A espontaneidade com que Paulo dirige-se àquela comunidade identifica com clareza a natureza desinstitucionalizada das relações cristãs em Tessalônica. Para alguns, como defende Luckensmeyer (2009, p.1) e Claro (2017), por exemplo, isso seria o resultado de uma forte influência da filosofia helenística em 1 Tessalonicenses, o que não é tão evidente em outras epístolas paulinas que são posteriores, tanto pelo contexto histórico como pelas evidências textuais. Segundo essa hipótese, a necessidade de cuidado e proximidade de Paulo com aqueles irmãos justificou-se pela necessidade de superar uma série de práticas idólatras que estavam diretamente associadas a vivências do cotidiano da comunidade.
Um exemplo clássico da relação entre o cuidado de Paulo com os tessalonicenses e a questão da cultura helenística pode ser identificado na reticente abordagem da questão da ressurreição. Diante da variedade de cultos a divindades, entre os quais ao egípcio Osíris e ao grego Dioniso, a questão da ressurreição necessitava ser apregoada a partir de uma perspectiva cristã — inclusive para superar o materialismo estoico e o indiferentismo epicureu, que predominava entre os atenienses ali bem próximo de Tessalônica.
Por isso, Claro defende que: 
[...] na comunidade de Tessalônica, a principal questão que suscitava interpelação e dúvida não era tanto como seriam ressuscitados os cristãos, mas fundamentalmente, como os vivos e os mortos tomariam parte no evento escatológico. Por sua vez, Paulo não pretende explicar a transformação dos corpos dos cristãos operada por tal evento (cf. 1Cor 15, 51-52; Fl 3, 20-21), antes a sequência dos momentos escatológicos, de forma a elucidar que os mortos ressuscitarão em primeiro lugar de maneira a tomarem parte da parusia de Cristo. (CLARO, 2017, p. 83). 
As dúvidas dos tessalonicenses, segundo essa argumentação, não se concentravam no conceito da ressurreição — diferentemente daquilo que Paulo enfrentará em Atenas —, mas na maneira como se dará o Dia do Senhor. Acreditar que mortos reviveriam era algo presente no mundo religioso dos tessalonicenses, mas eles não compreendiam como se daria o encontro de vivos e mortos no mesmo lugar. Percebe-se, assim, que, por meio de uma estratégia de evangelização que partiu de elementos próprios da cultura do povo, Paulo anuncia a genuína Boa-Nova aos tessalonicenses”.
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*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 15-24.

1 O reconhecimento da canonicidade dos textos do Novo Testamento foi um processo que ocorreu de forma lenta, majoritariamente entre os séculos II e IV d.C, como uma forma de preservar o cristianismo de uma série de perniciosas heresias que se disseminavam no seio da Igreja. Assim, o reconhecimento canônico dos textos ocorreu como uma consequência do caráter autoritativo que estes já possuíam entre as comunidades cristãs. O cânone de Marcião de Sínope e o muratoriano são exemplos de antigas listas que buscavam elencar a literatura cristã primitiva que deveria ser reconhecida com valor de Escritura Sagrada. Já no século XVI, durante o Concílio de Trento — como uma reação institucionalmente organizada da Igreja Católica contra os efeitos da Reforma Protestante —, uma lista de livros canônicos será oficialmente apresentada.
2 Para ser considerado canônico, o texto teria de ser de autoria apostólica, estar compatível com os ensinamentos apostólicos e ter autoridade apostólica. Percebe-se, assim, um comprometimento com uma tradição apostólica, com o intuito óbvio de referendar comunitariamente a veracidade de um determinado escrito. 
3 É necessário registrar que esta era filha de Filipe II (382 a.C.–336 a.C.), rei da macedônia, e meia-irmã de Alexandre Magno (356 a.C.–323 a.C.) mais conhecido como Alexandre, o Grande.
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


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Videoaula - Pr. Thiago Brazil


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