Lição 12 - A Ordem Suprema de Cristo Jesus



Introdução
I-A aparição de Jesus aos discípulos na Galileia
II-Jesus ordena que se façam discípulos (Mt 28.19,20)
III- A permanência de Jesus no cumprimento da missão (Mt 28.20)
Conclusão

Professor(a),
os objetivos da lição deste domingo são:
Mostrar como foi a aparição de Jesus aos discípulos na Galileia;
Conscientizar de que Jesus ordena que se façam discípulos;
Discutir a permanência de Jesus no cumprimento da missão.
Palavra-chave: Ressurreição.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
I. A Aparição de Jesus aos Discípulos na Galileia (Mt 28.16-18)
O reencontro é marcado por fortes emoções no local onde os 12 discípulos haviam sido comissionados pela primeira vez, a Galileia dos Gentios. 
a) O reencontro de Jesus com os discípulos (v. 16, 17)
Depois da ressurreição e antes de se formar em Jerusalém a comunidade cristã sob a direção dos apóstolos, os principais discípulos vão até a Galileia. Local do primeiro chamado dos 12 discípulos e indicação para o reencontro pelos anjos do sepulcro e por Jesus. Note que Mateus registra 11 discípulos, pois Judas já não estava mais com eles e seu substituto só vai ser providenciado posteriormente, conforme narrativa de Atos.
A maior parte das aparições de Jesus citada por Paulo são da Galileia. As aparições de Jesus e o testemunho dos discípulos que se encontraram com Ele foram os primeiros elementos que fundamentaram a fé no Cristo ressurreto. Até aquele momento a comunidade dos discípulos se considerava vencida, fracassada naquilo que tinham acreditado e defendido. Pessoas assombradas e perturbadas com a morte de seu Mestre. As mulheres junto ao túmulo, os discípulos na estrada de Emaús, citados por Lucas, cujas últimas esperanças tinham se desfeito. Com a aparição do Cristo ressurreto, os discípulos também ressuscitaram da apatia e medo que tinha tomado conta deles (BORNKAMM, 2005, p. 297-301). A maior parte das aparições de Jesus citada por Paulo são da Galileia. As aparições de Jesus e o testemunho dos discípulos que se encontraram com Ele foram os primeiros elementos que fundamentaram a fé no Cristo ressurreto. Até aquele momento a comunidade dos discípulos se considerava vencida, fracassada naquilo que tinham acreditado e defendido. Pessoas assombradas e perturbadas com a morte de seu Mestre. As mulheres junto ao túmulo, os discípulos na estrada de Emaús, citados por Lucas, cujas últimas esperanças tinham se desfeito. Com a aparição do Cristo ressurreto, os discípulos também ressuscitaram da apatia e medo que tinha tomado conta deles (BORNKAMM, 2005, p. 297-301). 
Na Galileia, os discípulos puderam relembrar os bons momentos do início do ministério de Jesus. A expectativa messiânica com os feitos e autoridade do ensino de Jesus, que foi aumentando nas últimas semanas da caminhada rumo a Jerusalém. A crucificação e morte de Jesus abalou a fé de seus discípulos e mesmo as primeiras notícias de sua ressurreição foram vistas com dúvidas. No entanto, agora na mesma região que começaram o ministério, eles reencontram com Jesus e seu corpo glorificado. Mateus afirma que alguns ao verem Jesus o adoram, enquanto outros ainda duvidam. Robertson (2016, p. 335) afiança que os que duvidaram não faziam parte dos 11 discípulos:
A referência não é aos onze, que agora estavam todos convencidos depois de certa dúvida inicial, mas aos outros. Paulo declara que mais de quinhentos discípulos estavam presentes em um ou mais dos encontros com o Senhor. A maioria deles ainda vivia quando ele escreveu (1 Co 15.6). É natural que alguns hesitassem em crer em tão grande fato já na primeira aparição de Jesus para eles. A própria dúvida deles torna mais fácil a nossa crença.
Mateus destaca essa aparição de Jesus na Galileia, uma vez que não registra outras aparições anotadas pelos demais evangelhos. Era o clímax das aparições, justamente na Galileia onde havia vários convertidos que o adoraram. Eles estavam prontos para receber a nova ordem suprema de Jesus.
b) Jesus anuncia a abrangência da autoridade recebida do Pai (v. 18)
Jesus aproveitou o momento de adoração e entusiasmo dos discípulos para fazer uma grande abissal revelação: “[...] agora Ele possuía a completude da autoridade de Deus. Ele falou como alguém que já estava no céu, tendo um panorama mundial e os recursos dos céus às suas ordens” (ROBERTSON, 2016, p. 336). Os discípulos haviam presenciado o grande poder durante a vida terrena de Jesus (Mt 11.27) e, neste momento, Ele anuncia que o seu poder não tem mais limite, isso deve ter despertado ainda mais a fé dinâmica dos seus seguidores. Carter (2002, p. 678) alega que essa revelação rememora Daniel 7.13, 14 para demonstrar a autoridade de Jesus sobre os impérios mundiais:
O versículo evoca Daniel 7.13,14, onde Deus dá ‘domínio e glória e reinado/império’ a um ‘como Filho de Homem’. Essa transferência acontece depois de uma luta com poderes imperiais. O domínio (mesma palavra que ‘autoridade’) é perpétuo, como é o reinado prometido a reis na linha de Davi (2 Sm 7,13,14). Jesus, Filho de Davi (1,1 9,27; 15,22; 20,30-31; 21,9.15; 22,45-46), o rei (2,2; 25,34), escarnecido pelos representantes político-militares do império e pela elite religiosa (27,11.27-31.42), participa no governo de Deus sobre todas as coisas, e regressará para julgar a terra (19,28; 24,27-31; 25,31-46).
Uma demonstração da vitória sobre a oferta do Diabo na narrativa da tentação de Jesus, quando lhe é oferecido todos os reinos do mundo (Mt 4.8). Agora, após cumprir sua missão pela morte de cruz, Ele recebe toda autoridade do próprio Pai como Filho amado em que Deus se compraz pela sua fidelidade (Mt 3.17; 17.5). Robertson afirma:
O Cristo ressurreto, sem dinheiro, ou exército, ou estado governamental, comissiona este grupo de quinhentos homens e mulheres para conquistar o mundo. Ele os faz crer que a tarefa é possível, caso a empreendam com paixão extrema e poder sério. O Pentecostes ainda está por vir, mas a fé dinâmica reina nesse monte da Galileia. (ROBERTSON, 2016, p. 336).
Mateus não registra o evento da ascensão, mas nessa frase da autoridade recebida por Jesus está implícita a autoridade de quem está sentado à direita do trono do Pai, símbolo do poder e autoridade no céu e na terra. Storniolo (1991, p. 210) assevera que essa autoridade recebida é “[...] o triunfo do homem que obedece ao projeto de Deus. Este homem pode agora julgar a todos (Mt 25,31-46)”. Jesus participa do reinado de Deus sobre todas as coisas, e está prestes a delegar autoridade aos seus discípulos para continuarem a participar de sua missão (Mt 10.1).
II. Jesus Ordena que se Façam Discípulos (Mt 28.19)
Jesus agora faz um novo comissionamento aos seus discípulos. Diferente do primeiro, que era restrito aos filhos de Israel, agora a abrangência é para todas as nações. Lembra a promessa de Deus feita a Abraão, que nele seriam benditas todas as famílias da terra. 
a) Fazer discípulos em todas as nações (v. 19)
Jesus ordena que os discípulos continuem com a sua missão.Jesus já havia demonstrado aos seus discípulos que não fazia acepções de pessoas. Ele pregou, curou e atendeu tanto judeus como os estrangeiros que encontrou no território de Israel, bem como quando esteve em território vizinho. Carter argumenta contra o posicionamento de alguns de que neste momento a missão é exclusiva para os gentios e que a missão para Israel havia se encerrado:
[...] Alguns argumentaram que esta missão é limitada aos pagãos (ver 25,32), mas vários fatores indicam uma missão a todos, judeus e pagãos. (1) Não há nenhuma evidência de que a missão para Israel tenha terminado. Jesus havia limitado a missão para Israel durante sua vida (10,6), mas não declarou seu fim. (2) Outros incidentes (2,1-22; 8,5-13; 15,21-19) sugerem uma missão crescente aos pagãos, não que substitua Israel. (3) Não há nenhuma indicação em 21,33-45 e 22,1-14 de qualquer substituição de Israel dos desígnios de Deus. Os desígnios salvíficos de Deus incluem judeu e pagão. (4) o termo nações pode significar pagãos em contraste com judeus (10,5.18) ou judeus e pagãos, todo mundo habitado como em 24.9, 14 (declarações de missão) e 25,32. Não há nenhum contraste presente aqui. (5) O versículo 18 reconhece Jesus como tendo “toda a autoridade no céu e na terra”. Não há nenhuma oração de exceção. Uma missão para todo o mundo habitado, judeu e pagão, é considerada. (6) A frase “céu e terra” evoca a criação de Gênesis 1.1. Os projetos de Deus são universais e prometem bênção a “todas as famílias da terra” (Gn 12,3). Esta bênção é tornada disponível por meio da comunidade de discípulos de Jesus, filho de Abraão (1.1). (CARTER, 2002, p. 679-680).
Os discípulos deveriam pregar tanto na Judeia, Samaria e até os confins da terra. Para todas as pessoas, pois Jesus deixa bem claro que o evangelho e seu Reino são universais. Nos discursos de Mateus fica evidente a necessidade de edificar a vida espiritual ouvindo os ensinamentos de Cristo, mas não somente ouvindo, pois se não for praticado o ensino aprendido ele se tornaria em vão (7.24-27). Mateus demonstra constantemente a importância do discipulado com prioridade à busca do Reino dos céus (6.25-34), mesmo que se necessário arriscar tudo para seguir a Jesus (4.19; 8.18-22; 10.32-39; 16.24,25).
b) Batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Jesus ordena que os novos convertidos sejam inseridos formalmente na nova comunidade por meio do batismo. Uma forma de o novo crente demonstrar sua fé em Jesus publicamente. O batismo não é condicional para salvação, mas o ato formal do batismo torna mais forte o vínculo da pessoa com a nova comunidade.  Algumas pessoas podem desprezar o ato do batismo e até se negar a fazê-lo. Todavia, o próprio Jesus deu o exemplo, submetendo-se ao batismo de João (Mt 3.13-17) e valorizando esse ato como algo importante. No caso de Jesus foi o marco do início de seu ministério.
Jesus não somente ordena o batismo, como também orienta sobre os procedimentos. Ele ordena que os novos crentes sejam batizados em nome da trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Um momento tão importante na história de fé de uma pessoa que precisa ser formalizado com a presença no nome da trindade. Quando se afirma que o batismo é “no nome” traz consigo o significado de compromisso, posse e proteção. Não é preciso buscar em outros livros bíblicos para demonstrar a relação entre a trindade. Mateus menciona vários versículos que fala da relação de Jesus com o Pai ou dos novos discípulos com o Pai (Mt 5.16,45; 6.9; 7.21; 10.32; 11.25-27; 12.50; 13.43; 16.17; 18.10,14; 20.23; 23.9; 25.34; 26.29,38,42), de Jesus como o Filho que realiza a vontade do Pai e se mantém unido com Ele (Mt 2.15; 3.17; 11.25-27; 12.46-50). Até do Espírito Santo, que tem sua atuação mais acentuada no livro de Atos, está presente no Evangelho de Mateus como o Ajudador na vivência da vida, como na realização da missão divina (10.20 3.15; 12.18-21).
Portanto, Jesus ordena que o evangelho seja ensinado a todas as pessoas em todas as partes do mundo. As pessoas que resolvem tomar a decisão de ser um discípulo de Jesus devem ser batizadas em nome da trindade que atua para a libertação de toda pessoa que crê no Evangelho de Jesus Cristo.
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,   pp. 87-92.

Que Deus o(a) abençoe.

Para ampliar seus conhecimentos a respeito do conteúdo da lição, adquira o livro do trimestre: Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus.  Natalino das Neves.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens



Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Videoaula - Pr. Natalino das Neves


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