Betel Adultos – 3º Trimestre de 2018 – 08/07/2018 – Lição 2: A Escravidão dos Hebreus no Egito



Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Gênesis 15:13
3 Então, disse a Abrão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA

Êxodo 1:1-7
1 Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2 Rúben, Simeão, Levi e Judá;3 Issacar, Zebulom e Benjamim;4 Dã, Naftali, Gade e Aser.5 Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6 Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração,7 os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Explicar o fortalecimento do povo de Israel no Egito;
  • Mostrar que o Faraó levou a perseguição aos hebreus até às últimas consequências;
  • Conscientizar que, apesar dos momentos adversos, Deus sempre está com o seu povo.

INTRODUÇÃO

Prezados(as) professores(as), vocacionados(as) e mesmo alunos(as) da Escola Bíblica Dominical, que nos prestigiam com o seu acesso no site EBD Comentada, paz seja convosco!
Dando continuidade à série de estudos sobre o chamado da nação de Israel e o plano divino de redenção da humanidade, nesta lição abordaremos sobre a escravidão no Egito do povo que Deus iniciou através de Abraão, confirmando a promessa de sua posteridade ao seu filho Isaque e depois ao seu neto Jacó.
Estamos diante de uma bela história bíblica, onde mesmo debaixo de tão grandes promessas, este povo experimentou o sofrimento de se tornarem escravos de um governo cruel e maligno; e que não pouparia esforços para enfraquecer aqueles a quem Deus fortalecia e os fazia crescer, mesmo nas adversidades.
Uma história de angústia, clamor e resposta de Deus!
Vamos a ela…

1 – O FORTALECIMENTO DO POVO DE DEUS

Acerca da escravidão do povo hebreu pelos egípcios, vale considerar que eles se tornaram residentes neste país, quando José (filho predileto de Jacó), foi vendido pelos seus irmãos a uma companhia de ismaelitas que o negociaram como escravo no Egito (Gn 37.27-28).
Uma vez, lá, José passou a servir na casa de Potifar (capitão da guarda de Faraó) e foi acusado injustamente de assédio sexual (calúnia – 39.7-20).
Lançado na prisão, José interpreta os sonhos de dois funcionários da corte de Faraó de forma assertiva (Gn 40.9-23).
Posteriormente, o próprio Faraó tem dois sonhos que nenhum sábio ou vidente consegue interpretá-lo e então o copeiro-mor de Faraó (aquele a quem José interpretara o sonho na prisão), comenta acerca do jovem hebreu e como ele decifrara tão corretamente o seu próprio sonho e o do padeiro-mor que veio a ser morto conforme José havia predito (Gn 41.1-8).
José é chamado a presença do grande líder do Egito, os sonhos são expostos e José reconhece que o dom não era dele, mas do próprio Deus (Gn 41.16).
O Senhor lhe dá a interpretação dizendo que durante 7 anos, o Egito experimentaria uma grande fartura e depois destes 7 anos, haveria 7 anos de fome em toda a terra e propõe a Faraó constituir alguém com inteligência e sabedoria para tratar daquele negócio (Gn 41.17-37).
Faraó, certamente sobre o impacto da admiração de como José interpretou os sonhos e sobretudo, a Soberania de Deus sendo executada, José é empossado Governador de uma das maiores dinastias já existentes no mundo (Gn 41.38-44).
Ele administra com maestria o tempo de fartura, constrói celeiros, armazena grãos e quando chega o tempo da fome no mundo, somente o Egito, possuía reservas e assim toda a terra ia até o Egito, isto é, até José para comprar alimento, e entre todos estavam seus irmãos, filho do seu pai, Jacó.
Após revelar aos seus irmãos a sua identidade como filho de Jacó, sua família é convidada a residir na melhor porção de terra que havia no Egito (Gn 45.18) – terra de Gósen, situada a leste do delta do Nilo, região irrigada por muitos rios, principalmente o próprio rio Nilo!
No caminho em direção a Egito, o Senhor aparece a Jacó e lhe diz:

Gênesis 46:3
3 E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação (ARC)

Toda a casa de Jacó, com fazendas e gados, desceu ao Egito para ali habitar juntamente com José e sua família lá constituída (Gn 45.16-21)!
Foi desta forma que a descendência de Abraão se viu residente no Egito!
De algumas dezenas de almas (setenta – Êx 1.5), se tornaram em 603.550 homens de vinte anos para cima que podiam sair a guerra (Nm 1.45-46), sem contabilizar os levitas (Nm 2.32-33), mulheres e os demais de vinte anos para baixo; Caso estes fossem postos na conta, estudiosos afirmam que o número poderia ultrapassar a casa dos dois milhões de pessoas!

1.1 – Coisas inexplicáveis acontecem ao povo de Deus

Êxodo 1:77 os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. (ARC)

Uma das previsões proféticas do pacto Abraâmico falava na grande posteridade do primeiro patriarca do povo hebreu (Abraão – Gn 15.18).
É no livro de Gênesis que encontramos o destaque do pacto Abraâmico, repetindo-o por dezesseis vezes, de maneira completa ou incompleta (Gn 12.1-4; 13.14-17; 15.1-7; 17.1-8; 18.18 ss.; 22.15 ss.;26.4,5,24; 27.29; 28.3,4,14; 32.12; 35.9 ss.; 46.3,4; 48.4,16; 50.24. 
Curiosidade: Como entender que o Egito se esquecera de todo o bem que José fez a sua nação? Como compreender o fato de terem deixado a história de lado e os escravizados?O já falecido rabino, Dr. Isidore Epstein, narra que através de uma combinação de acontecimentos e circunstâncias, José subiu de escravo a vice-rei do Egito, na época em que esta nação estava sob o domínio dos hicsos (chefes estrangeiros ou reis pastores), estes haviam se tornado senhores do país desde cerca de 1730 a.C.Os hicsos eram de origem semítica (filhos de Sem), eram relacionados de perto com os hebreus, o que tornou perfeitamente possível a um hebreu como José, subir ao poder na corte egípcia.
Isso explica o porquê que o Faraó que imprimiu a escravidão aos hebreus não reconheceu o bem que José havia feito a sua nação, pois a boa ação de José se deu quando o país era governado pelos hicsos e uma vez retomado o território, os egípcios passaram a odiar os hebreus por causa da relação com aqueles que os havia conquistado (hicsos).
Quantos de nós ficamos pasmos diante de circunstâncias que não conseguimos compreender.
Por mais espiritual que possamos ser, por mais entendedores da Palavra de Deus que sejamos, sempre haverá situações que seremos arrastados para o território das interrogações.

Salmos 103:1919 O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. (ARC)

No entanto, Deus permanece soberanamente assentado no Seu alto e sublime trono, regendo a história (Jr 27.2-5) e Se manifestando nela milagrosamente para nos dar a vitória que necessitamos.
Portanto, a esperança sempre permeará o coração daquele que foi chamado por Deus e dEle têm promessas (Rm 8.28)!

1.2 – O povo se torna escravo

Segundo a enciclopédia digital Wikipédia, a escravidão (denominada também de escravismo, escravagismo ou escravatura) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, imposta por meio da força.
Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria ou como despojos de guerra.
Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, idade, procedência e destino.
Vimos que após a queda dos hicsos no território egípcio, o novo Faraó tratou de tornar o povo hebreu, antes residentes de honra em suas terras, como escravos oprimidos e infames.
Eugene H. Merrill afirma que a décima oitava dinastia do império egípcio foi fundada por Amósis, o responsável pela expulsão dos hicsos. É bem provável ter sido ele o que está descrito em Êxodo 1.8 como o novo rei que não conhecia José ou seu sucessor Amenotepe I.
Êxodo 1:8
8 Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, (ARC)
O termo “conhecera” neste texto é a raiz da palavra hebraica “yada”; e um dos seus significados é “considerar”, ou seja, o novo Faraó, como já foi visto no item 1.1, não foi benevolente a família de José (os hebreus) devido a proximidade deles com os hicsos que haviam acabado de serem expulsos.
O novo Faraó, pode ter ficado receoso de que a rápida multiplicação destes pudesse se constituir numa séria ameaça a sua autoridade e ao seu recente governo.
Os hebreus passaram a ser vistos como possíveis aliados dos inimigos do Egito (Êx 1.6-10).
Portanto, ele (Amósis), ou seu sucessor, Amenotepe I, foi o responsável pela política repressiva que se seguiu naqueles dias.
Vale ressaltar que esses nomes não são unanimidade entre os historiadores, arqueólogos e estudiosos das Escrituras.
Dentro da política opressora, incluía à escravidão com trabalhos forçados em projetos e construções públicas (Êx 1.11-14).
Em vista dos vários projetos de edificação que se iniciou com o Faraó tirânico, destacamos a necessidade de se produzir tijolos para tais construções (Ex 1.14).
Este era, provavelmente, o principal trabalho dado aos escravos hebreus. Faraó fez com que os escravos, filhos da promessa de Abraão trabalhassem em regime de escravidão, quase até a morte.
Em meio a tempos de prova, podemos perder a esperança e supor que o plano divino tenha falhado. Mas perdemos a esperança por motivo de ignorância, não percebendo que o plano opera tão bem nas trevas quanto na luz.
Não conhecemos bem o cronograma de Deus. Qualquer pessoa cativa no Egito, se lesse um relato do Pacto Abraâmico, acharia motivo de riso.
De acordo com a mentalidade humana, não havia como viesse a existir a nação de Israel, quanto menos conquistar a terra que Deus havia prometido a Abraão, dentro daquelas últimas circunstâncias em que prevalecia a escravidão por centenas de anos! Em outras palavras, o plano divino tinha “abortado”!
Não há menção de fracasso espiritual para que fossem atingidos por tão violenta provação, senão apenas o vaticínio que Deus deu a Abraão que isto aconteceria.
O conforto residia que aquele tempo haveria de passar, assim como todas as aflitas batalhas que atravessamos, também, tem um tempo previsto por Deus para acabar.
O nosso papel é confiar em sua Palavra e em suas promessas a fim de obtermos a vitória que tanto almejamos!
Por Cláudio Roberto de Souza
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