Lição 3, Os Ministros do Culto Levítico 3º Trimestre de 2018 - Adoração, santidade e serviço ao Senhor - Os princípios de DEUS para a Sua Igreja em Levítico

Comentarista: Pr. Claudionor Correia de Andrade, conferencista e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
Para Ajuda http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-mp-2tr11-ogenuinocultopentecostal.htm
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SLIDES
 
 
TEXTO ÁUREO
“Toma os levitas em lugar de todo primogęnito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos seus animais; porquanto os levitas serăo meus. Eu sou o Senhor.” (Nm 3.45)
 
 
VERDADE PRÁTICAO chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelęncia e dedicaçăo integral ao Senhor da Seara.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 29.34 Levi, o patriarca sacerdotal
Terça – Êx 32.26 O zelo dos levitas
Quarta – Nm 3.45 Os levitas são separados para DEUS 
Quinta – Nm 18.20,21 A herança dos levitas
Sexta – Ml 2.4,5 A aliança do Senhor com Levi
Sábado – Ml 2.6,7 A sabedoria dos levitas
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 8.1-131 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 2 - Toma a Arăo, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unçăo, como também o novilho da expiaçăo do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos păes asmos 3 - e ajunta toda a congregaçăo à porta da tenda da congregaçăo. 4 - Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregaçăo ajuntou-se à porta da tenda da congregaçăo. 5 - Entăo, disse Moisés à congregaçăo: Isto é o que o SENHOR ordenou que se fizesse. 6 - E Moisés fez chegar a Arăo e a seus filhos, e os lavou com água, 7 - e lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com ele. 8 - Depois, pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim; 9 - e pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés. 10 - Entăo, Moisés tomou o azeite da unçăo, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou; 
11 - e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los. 12 - Depois, derramou do azeite da unçăo sobre a cabeça de Arăo e ungiu-o, para santificá-lo. 13 - Também Moisés fez chegar os filhos de Arăo, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o SENHOR ordenara a Moisés.
 
OBJETIVO GERALConscientizar de que o chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a tribo de Levi como a tribo sacerdotal;
Explicar o chamamento e os requisitos do sumo sacerdote;
Indicar os direitos e deveres dos levitas.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Depois de estudar o culto levítico, na liçăo de hoje refletiremos a respeito do sumo sacerdote e os levitas, cuja funçăo era conduzir a adoraçăo e representar o povo diante de DEUS. Os hebreus haviam deixado o Egito e era preciso que a adoraçăo fosse institucionalizada e diferente do que tinham visto e aprendido durante os anos de escravidăo. Veremos que DEUS escolheu e separou uma única tribo, a de Levi, para a adoraçăo e o serviço no Tabernáculo. Ser escolhido para tal funçăo era um privilégio, uma honra, mas também uma grande responsabilidade e abnegaçăo já que os descendentes de Levi năo teriam herança como ŕs demais tribos. O Senhor seria a herança deles e o sustento viria das outras tribos. Era preciso ter fé e viver dela. 
DEUS determinou que os sacerdotes deveriam ser descendente de Arão. Também era exigido que as mulheres dos sacerdotes fossem israelitas de sangue puro. Mesmo depois da vinda de JESUS, para atuar como sacerdote, era preciso comprovar por meio de registros genealógicos a descendência de Arão. Mas, graças ao sacrifico de JESUS CRISTO na nova aliança, cada crente é um sacerdote santo, chamado para oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5).

PONTO CENTRAL
O chamamento divino exige separação, excelência e dedicação integral.
 
Resumo da Lição 3, Os Ministros do Culto Levítico
I – LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
1. O nascimento de Levi.
2. O zelo dos levitas.
3. A vocação sacerdotal dos levitas.
II – O SUMO SACERDOTE
1. Descendente de Arão.
2. Ungido para o ofício.
3. Vitalício no cargo.
4. Servo de DEUS.
III – DIREITOS E DEVERES
1. Viver do altar.
2. Santificar-se ao Senhor.
3. Tornar-se uma referência espiritual e moral.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - A Tribo de Levi foi escolhida e separada pelo Senhor para o serviço sacerdotal.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O Senhor estabeleceu que o sumo sacerdote deveria ser descendente de Arăo, ungido, vitalício e servo.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Eram deveres e direitos dos descendentes de Levi: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referęncia moral, ética e espiritual.
 
 

 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 3, Os Ministros do Culto Levítico
 
INTRODUÇÃO
Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio.
E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do testemunho.
E eles cumprirão as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar, para que não morram, tanto eles como vós.
Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós.
Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o serviço do altar; para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel.
E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós em dádiva pelo Senhor, para que sirvam ao ministério da tenda da congregação.
Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no tocante a tudo o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu, nisso servireis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial e o estranho que se chegar morrerá. Números 18:1-7
VAMOS ESTUDAR SOBRE AS PESSOAS, OU MINISTROS, OU SERVOS, OU SACERDOTES, QUE ERAM MINISTRANTES NO SERVIÇO DO CULTO A DEUS, OU CULTO LEVÍTICO.
Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. Êxodo 19:5,6 (ISRAEL).
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9 (IGREJA).
E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. Apocalipse 1:6 (IGREJA).
E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra. Apocalipse 5:10 (IGREJA)
 
Veremos nesta Lição:
Por que sacerdócio Levítico? Quem era Levi? Por que só a Tribo de Levi foi escolhida para o sacerdócio? De qual parte dos Levitas eram os sumo sacerdotes, começando por Arão? Quem era Arão? Quanto tempo durava o sacerdócio do sumo sacerdote? Quem ocuparia o sumo sacerdócio caso o sumo sacerdote viesse a morrer? Quais as condições necessárias para se exercer o sacerdócio Levita? Como eram sustentados os Levitas? Qual a maior responsabilidade dos Levitas, principalmente os sumo sacerdotes?
 
I – LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
1. O nascimento de Levi.
 
2. O zelo dos levitas.
 
3. A vocação sacerdotal dos levitas.
 
NA IGREJA TEMOS SERVOS QUE MINISTRAM A FAVOR DO POVO - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Efésios 4:11

Ministros - λειτουργος leitourgos - Dicionário Strong1) ministério público, empregado do estado
2) ministro, empregado 
2a) assim de trabalhadores militares 
2b) do templo 
2b1) de alguém ocupado com coisas santas 
2b2) de um sacerdote 
2c) dos servos de um rei

Ministério - διακονια diakonia - Dicionário Strong 
1) serviço, ministério, esp. daqueles que executam os pedidos de outros
2) daqueles que pelo pedido de Deus proclamam e promovem religião entre os homens 
2a) do ofício de Moisés 
2b) do ofício dos apóstolos e sua administração 
2c) do ofício dos profetas, evangelistas, anciãos, etc.
3) serviço daqueles que brindam aos outros os ofícios da afeição cristã esp. aqueles que ajudam a atender necessidades, seja pelo recolhimento ou pela distribuição de caridades
4) ofício do diácono na igreja
5) serviço daqueles que preparam e ofertam alimento

Servos - עבד Ìebed - Dicionário Strong1) escravo, servo 
1a) escravo, servo, servidor 
1b) súditos 
1c) servos, adoradores (referindo-se a Deus) 
1d) servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.) 
1e) servo (referindo-se a Israel) 
1f) servo (como forma de dirigir-se entre iguais)
 
 
II – O SUMO SACERDOTE
Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio.
E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do testemunho.
E eles cumprirão as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar, para que não morram, tanto eles como vós.
Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós.
Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o serviço do altar; para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel.
E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós em dádiva pelo Senhor, para que sirvam ao ministério da tenda da congregação.
Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no tocante a tudo o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu, nisso servireis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial e o estranho que se chegar morrerá. Números 18:1-7
 
1. Descendente de Arão.
 
2. Ungido para o ofício.
 
3. Vitalício no cargo.
 
4. Servo de DEUS.
 
 
 
III – DIREITOS E DEVERES
Então disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio.
E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do testemunho.
E eles cumprirão as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar, para que não morram, tanto eles como vós.
Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós.
Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o serviço do altar; para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel.
E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós em dádiva pelo Senhor, para que sirvam ao ministério da tenda da congregação.
Mas tu e teus filhos contigo cumprireis o vosso sacerdócio no tocante a tudo o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu, nisso servireis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial e o estranho que se chegar morrerá. Números 18:1-7
1. Viver do altar.
2. Santificar-se ao Senhor.
3. Tornar-se uma referência espiritual e moral.
Nem os filhos de Eli, nem os de Samuel, nem os de Davi foram dignos de representá-los e nem de representar DEUS.
 
1 Samuel 2:12 Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial oe não conheciam o SENHOR; 13 porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes em sua mão; 14 e dava com ele, na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló. 15 Também, antes pde queimarem a gordura, vinha o moço do sacerdote e dizia ao homem que sacrificava: Dá essa carne para assar ao sacerdote, porque não tomará de ti carne  cozida, senão crua. 16 E, dizendo-lhe o homem: Queimem primeiro a gordura de hoje, e depois toma para ti quanto desejar a tua alma, então, ele lhe dizia: Não, agora a hás de dar; e, se não, por força  a tomarei. 17 Era, pois, muito grande o pecado desses jovens perante qo SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.
FILHOS DE BELIAL. "Belial", uma palavra hebraica que literalmente significa "sem valor, imprestável", mas que é aplicada no sentido de iniqüidade. Isso significa que os filhos de Eli eram homens maus, obreiros degenerados na casa de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter ganho ilícito e praticar imoralidade sexual (vv. 13-17,22; cf. Fp 3.17,18). Seu pai, Eli, o sumo sacerdote, não os disciplinou, nem os destituiu do sacerdócio (ver v. 29).
2.23 OUÇO... OS VOSSOS MALEFÍCIOS. Eli protestou contra os atos vis de seus filhos, mas não os destituiu do seu encargo ministerial (cf. Nm 15.30,31). Essa falta da parte de Eli equivalia a desprezar a Deus (i.e., a natureza santa de Deus e os seus padrões para o ministério, v. 30). A Palavra de Deus declara que nenhum obreiro de conduta imoral pode ser dirigente do povo de Deus; os tais devem ser afastados dos cargos que ocupam.
2.25 O SENHOR OS QUERIA MATAR. Os filhos de Eli endureceram o coração e pecavam abertamente e sem constrangimento (cf. Nm 15.30,31). Daí, a advertência de Eli não teve efeito moral sobre eles. Para eles, já se passara o dia da salvação, estando, pois, destinados por Deus à condenação e à morte (Rm 1.21-32; Hb 3; 10.26-31). Iam morrer como resultado da sua própria e insolente desobediência e da sua recusa de arrepender-se.
2.29 HONRAS A TEUS FILHOS MAIS DO QUE A MIM. Eli foi um fracasso total na liderança espiritual da sua família e, por conseguinte, de Israel. (1) Como pai, não instruiu seus filhos no caminho da justiça. Quando estes seduziam as mulheres que ser-viam à porta do Tabernáculo (v. 22), Eli não exercitou sua vontade, nem sua autoridade espiritual para afastá-los do ministério (3.13; cf. Dt 21.18-21). (2) O fracasso de Eli, como pai e ministro do Senhor, resultou no seguinte: (a) o castigo divino sobre Eli, sobre seus filhos e sua família (vv. 30-36; 4.17,18); (b) relaxamento no respeito ao ministério (v. 17); (c) relaxamento espiritual do povo de Deus (v. 22-24) e (d) o afastamento da glória de Deus, de Israel (4.21). (3) A Bíblia inteira destaca a necessidade da santidade e do temor a Deus, como seu padrão para quem lida com o seu povo (cf. 1 Tm 3.1-10).
2.31 CORTAREI O TEU BRAÇO. Eli e os seus descendentes foram afastados para sempre das funções sacerdotais. A infidelidade e imoralidade de seus descendentes os reprovara permanentemente para a liderança espiritual e como exemplos de espiritualidade para Israel (vv. 30-34; 3.13,14).
2.35 UM SACERDOTE FIEL. Trata-se aqui de Samuel, que serviu como sacerdote, juiz (7.6,15-17) e profeta (3.20,21). Desde a mais tenra idade, Samuel foi instruído pelo sumo sacerdote Eli para o exercício dos seus sagrados deveres (vv. 1-11; 1.24-28). Ele, mais tarde, sucedeu a Eli como sumo sacerdote. Foi em tudo fiel a Deus em toda a sua vida. Deste modo, Samuel prefigura o sacerdote perfeito; Jesus, o Messias (o Ungido; cf. Sl 110; Hb 5.6). (1) Acima de tudo, o sacerdote era chamado para ser fiel, i.e., manter fidelidade irrestrita a Deus e à sua Palavra. Isso subentende total e constante lealdade, devoção e fidelidade e, também, recusa a tudo que pudesse distanciá-lo de Deus e de seus caminhos. (2) O NT nos ensina que somente os que manifestam inconteste fidelidade a Deus devem ser líderes espirituais do seu povo (Mt 24.45; 25.21; 1 Tm 3.1-13; 4.16; 2 Tm 2.2).
 
1 Samuel 8:1 E sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu aa seus filhos por juízes sobre Israel. 2 E era o nome do seu filho primogênito Joel, e o nome do seu segundo, Abias; e foram juízes em Berseba. 3 Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.
SEUS FILHOS. Samuel nomeou seus filhos juízes, na parte sul de Israel, mas eles não seguiram o bom exemplo do seu pai (v. 3). Eles decidiram proceder erradamente, e a Bíblia, neste caso, não culpa Samuel, como culpou Eli (2.29). Percebe-se que Samuel não lhes permitiu exercer o sacerdócio. O procedimento dos filhos de Samuel ensina que os filhos de pais convertidos devem ser levados a decidir quanto à sua vida espiritual.
 
Incesto, Assassinato, Rebeldia, Morte, Idolatria na Família de Davi - Amnom estrupa Tamar sua irmã, Absalão mata Amnom e destrona seu pai com um golpe de estado, Absalão é morto, Salomão mata donias seu irmão, Salomão cai na idolatria.
2 Samuel 13:32 Mas Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, respondeu e disse: Não diga o meu senhor que mataram a todos os jovens filhos do rei, porque só morreu Amnom; porque assim o tinha resolvido fazer Absalão, desde o dia em que ele forçou a Tamar, sua irmã.

É interessante ressaltar que o conselheiro de Amnom, no caso de se incesto com Tamar, filha de Davi, irmã de Absalão,  foi seu primo, filho de Siméia, irmão de Davi, Jonadabe, revelando-nos que até mesmo a família de Jessé foi arruinada pelo mal exemplo de seu filho real.
ASSIM, FURTAVA ABSALÃO O CORAÇÃO DE ISRAEL. Absalão conspirou durante quatro anos para apoderar-se furtivamente do trono do seu pai, e o povo se voltava cada vez mais contra Davi (vv. 1-15). O sucesso de Absalão revela que Davi, por causa do seu pecado e sua conseqüente incapacidade de administrar seu próprio lar, perdera muito do respeito do povo. Sua capacidade de liderar, que antes se baseara na sua inabalável fidelidade a Deus, agora sofrera erosão por causa do seu pecado e da sua reputação gravemente maculada
2 Samuel 18:15 E o cercaram dez jovens que levavam as armas de Joabe. E feriram a Absalão e o mataram. 
ABSALÃO! QUEM ME DERA QUE EU MORRERA POR TI. O pesar contínuo, que Davi sentia, era mais do que aquele que um pai sente por um filho; era o pesar por um filho 
morto na prática do ato da rebelião e do pecado.
 
CONCLUSÃO
 
 
COMENTÁRIOS DE VÁRIOS LIVROS
 
Cantores e músicos sim, levitas não
“Cantores e músicos cristãos não devem ser chamados de levitas”
Não sabemos quando começou, no meio cristão, o costume de se chamar cantores e músicos de levitas. Será que esse hábito está correto? Para respondermos a contento esta pergunta, necessitamos de recorrermos às Escrituras.
Primeiramente, quem eram os levitas? Os levitas eram descendentes de Levi – um dos filhos de Jacó (Gn 29.34). Os filhos de Levi eram um clã consagrado a Deus (Nm 3.12, 13) e responsável pelo cuidado do Templo. Eles ensinavam a Torá ao povo de Israel, serviam aos sacerdotes e cuidavam do Templo (Nm 3, 4).
Entre os levitas existiam homens designados para exercerem vários ofícios e atividades específicas no Santuário: eram sacerdotes (Ex 4.14; Nm 3.1-3, 10), porteiros (1 Cr 9.26), cantores (1 Cr 6.31-48), cuidavam dos utensílios sagrados (Nm 3.25-26, 31, 36, 37) e montavam e desmontavam a Tenda da Congregação no deserto (Nm 4). Vale salientar que até a varredura e a limpeza dos átrios do Templo eram de responsabilidade dos levitas, ou seja, eles desenvolviam uma espécie de serviços gerais na Tenda e, posteriormente, nos templos de alvenaria (de Salomão, de Zorobabel e de Herodes).
Corroborando essas verdades sobre os levitas, Souza Filho diz:
Biblicamente não existem equipes de levitas que se dediquem exclusivamente ao louvor da igreja. Os levitas eram uma tribo escolhida por Deus – e Deus tinha duas razões que eram a de compensar os primogênitos mortos no Egito – e deviam se dedicar unicamente ao serviço religioso, que incluía fazer a faxina do tabernáculo, carregar equipamentos, limpar banheiros, fazer o trabalho de açougueiro, cozinhar, lavar louça, e, entre eles, havia músicos que eram convocados para se dedicarem ao louvor contínuo.*
Após essa sucinta introdução acerca desses homens consagrados, compreendemos que é temerário chamarmos cantores e músicos de levitas, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a criação – ainda que informalmente – de uma classe especial de crentes dentro da Igreja de Cristo. Em o Novo Testamento (NT), em nenhuma parte lemos ou percebemos os apóstolos chamando cantores e músicos de levitas. Encontramos, sim, a palavra “levita” em Lucas 10.32 e em Atos 4.36; e “levitas” em João 1.19. Mas todas elas fazem referência aos legítimos filhos de Levi.
Como dito anteriormente, dentre os levitas existiam sacerdotes. Isso significa que, no Antigo Testamento (AT), todos os sacerdotes pertenciam exclusivamente à tribo de Levi. No entanto, quando olhamos para o NT, observaremos a quebra desse paradigma, pois Cristo, através do seu sacrifício expiatório, fez-nos reino sacerdotal: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9).
No AT apenas o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos (Lv 16.2). Todavia, Cristo rasgou-nos o véu de divisão do Templo, dando-nos pleno acesso ao Pai Celestial. Somos, agora, sacerdotes e sacerdotisas de Deus:
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água limpa (Hb 10.19-22).
A bem da verdade, todos os salvos, de certa forma, são “levitas espirituais”- porque são “sacerdotes” de Deus -, e não um grupo seleto que toca instrumentos e canta músicas nas igrejas. Portanto, cantores e músicos cristãos não devem ser chamados de levitas.
NOTA* SOUZA FILHO, João A. de. O livro de ouro do ministério de louvor. Santa Bárbara d’Oeste, SP: Z3 Editora, 2010, p. 143-144.
 
7. JESUS, O SACERDOTE ETERNO (CRISTOLOGIA - A doutrina de Jesus Cristo)
 
JUROU O SENHOR E NÃO SE ARREPENDERÁ: TU ÉS UM SACERDOTE ETERNO, SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE - SALMO 110.4
 
O sacerdócio de Cristo é superior ao de Arão porque ele mesmo apresentou-se como sacrifício pelos pecados da humanidade e, além disso, esse sacrifício foi único, perfeito e com validade eterna. A idéia de um Messias sacerdote vinha desde o Antigo Testamento tanto de maneira direta como nos vários tipos e figuras. Uma leitura preliminar na epístola aos Hebreus será de grande ajuda para melhor compreensão do assunto.
A TRANSITORIEDADE DA ORDEM DE ARÃO
A palavra hebraica para sacerdote é כֹּהֶן (kōhen), “autoridade principal ou oficial-mor, sacerdote” (HARRIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 704), seu sentido original perdeu-se com o tempo, às vezes, encontramos no Antigo Testamento a idéia de “príncipe” ou “ministro”. Em 1 Reis 4.5 kōhen é traduzido por “ministro”, na ARA e na TB, mas a ARC traduz por “oficial-mor”, e a Septuaginta, pela palavra grega ἑταρος (hetairos), “camarada, companheiro, amigo”. Algo semelhante acontece na passagem de 2 Samuel 8.18, a ARC traduz por “príncipe”, a ARA, por “ministro”, a TB, por “ministro de estado” e a Septuaginta, por αλάρχης(aularchēs), “maior do palácio, chefe da corte, do templo”. O mesmo ocorre em Jó 12.19, a ARC usa “príncipe”, a ARA e a TB empregam “sacerdote” e a Septuaginta, ἱερεύς (hiereus), “sacerdote”, o mesmo termo usado por ela para traduzir do hebraico kôhen, que aparece 31 vezes no Novo Testamento e ἀρχιερεύς (archiereus), “sumo sacerdote, principal dos sacerdotes”, 82 vezes. Convém salientar que as Escrituras do Antigo Testamento empregam kēhen também em referência aos sacerdotes de outras religiões, como os sacerdotes egípcios (Gn 41.45, 50; 46.20 ), filisteus (1 Sm 5.5; 6.2 ), de Baal (2 Rs 10.19) e dos demais deuses (2 Cr 34.5; Jr 48.7 ).
O Antigo Testamento emprega outro vocábulo כֹּמֶר (kōmer), “sacerdote, sacerdote idólatra” (HARRIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 728), que aparece apenas três vezes no texto sagrado (2 Rs 23.5; Os 10.5; Sf 1.4). A ARC, em Sofonias 1.4, emprega o termo “quemarins”, que é transliteração. Na época do declínio espiritual do reino do Norte, o profeta Oséias chama os sacerdotes de Samaria de sacerdotes das bezerras e não de Javé. Curioso é que Oséias não usou a palavra hebraica kōhen ou o seu plural kōhănîm, usual para os sacerdotes de Javé, mas kōmer, seu plural kemārîm, “sacerdote pagão”, que só aparece três vezes em todo o Antigo Testamento para designá-los. A vulgata emprega os termos latinos sacerdos, sacerdotum e pontifex, o último significa: “o que estabelece uma ponte”.
O sacrifício é o tema central do Antigo Testamento, isso salta à vista de qualquer leitor assíduo da Bíblia. Essa prática é tão antiga quanto a humanidade (Gn 4.4; 8.20). Todo o sistema sacrificial fundamenta-se na idéia de substituição e isso implica expiação redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). Porém, qualquer observância exterior, destituído de significado interior, não passa de mera cerimônia, porém os sacrifícios do tabernáculo eram simbólicos e típicos: “havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais” (Hb 8.4, 5).
O cordeiro pascoal foi sacrificado no Egito para a redenção de Israel. Depois do êxodo Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto ou da aliança, em que foram aspergidos o altar e o povo:
E enviou certos jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao SENHOR sacrifícios pacíficos de bezerros. E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos e obedeceremos. Então, tomou Moisés aquele sangue, e oespargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o SENHOR tem feito convosco sobre todas estas palavras (Êx 24.5-8).
Com esse “sangue do concerto” Israel veio a ser povo de Deus (Sl 50.5). Esses sacrifícios foram depois classificados e organizados na lei para serem aceitos por Deus. O sacerdócio arônico, com todo o sistema de sacrifício, tinha a função de construir uma ponte entre Deus e os seres humanos. Segundo Levítico 4, o sistema levítico mostra o rito quando alguém violava a lei, que implicava a quebra ou interrupção da comunhão com Deus. O sacrifício expiava essa ofensa e a comunhão era reestabelecida, porém, na prática isso nunca funcionou. O sistema era incapaz de estabelecer a relação com Deus, perdida desde o Éden, por isso o sacerdócio de Arão foi removido: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?” (Hb 7.11); “porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (Hb 8.7).
Deus prometeu um novo concerto e um novo sistema sacerdotal, o concerto com toda a humanidade (Jr 31.31-33). A Aliança anunciada por Jesus, por ocasião do estabelecimento da Ceia do Senhor: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22.20) e passagens paralelas (Mt 26.28; Mc 14.24), é o cumprimento das promessas de Deus. A expressão grega é ἡ καινή διαθήκη (hē kainē diathēkē), diathēkē significa “pacto, aliança, testamento” e é o mesmo termo empregado pela Septuaginta [Jr 38.31-33]. A ARA e a TB usam “aliança”. Em Hebreus 8.8-11 temos a confirmação do cumprimento da profecia de Jeremias, concluindo que o sistema arônico envelheceu: “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro” (8.13).
O novo concerto é conseqüência da mudança da ordem de Arão para o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque, que Deus também prometeu por meio do rei Davi: “Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4), confirmado em Hebreus 7.21. O sacerdócio segundo a ordem de Arão foi estabelecido com uma estrutura transitória. Foi exercido em Israel com a promulgação da lei que determinava ser exercido pelos levitas. Há relatos no Antigo Testamento que os sacerdotes precisavam provar sua origem genealógica, sob pena de expulsão da ordem (Ne 7.64). Foi exercido por uma linhagem, de 83 sumos sacerdotes, segundo Josefo, de Arão até à destruição do templo de Jerusalém, em 70 d.C. (Antiguidades, Livro 20.8.864), pois morriam e eram substituídos por outros. Por causa do seu caráter provisório, Deus já havia prometido uma ordem imutável, um sacerdócio livre no tocante às questões tribais (Hb 7.13-16).
A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
A narrativa de Gênesis 14 relata que uma confederação de quatro reis babilônicos guerreou contra cinco reis palestínicos, no vale do mar Morto, região onde Ló habitava. Os reis da região da Babilônia venceram e levavam os vencidos, com seus despojos, para sua terra. Quando Abraão soube que seu sobrinho estava entre os derrotados, foi no encalço deles, com alguns aliados e seus pastores, e conseguiu surpreender os caldeus e trouxe de volta Ló com os demais vizinhos e seus despojos. Na volta, encontra-se com Melquideseque, sacerdote do Deus Altíssimo e rei de Salém:
E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo (Gn 14.18-20).
Isso é tudo o que temos da vida de Melquisedeque. A maneira súbita como esse personagem surge nesse cenário parece indicar que era conhecido na época e não precisava de pormenores. O escritor da epístola aos Hebreus trouxe muitas informações inexistentes no Antigo Testamento, isso se deve, certamente, às fontes que desconhecemos na atualidade ou à revelação direta de Deus.
A expressão “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias e nem fim de vida” (Hb 7.3) tem levado alguns a pensarem num ser celestial, outros defendem a idéia de uma manifestação pré-encarnada de Cristo, uns como uma teofania semelhante a aparições do anjo de Javé, mas o relato histórico original fala de um Melquisedeque de carne e sangue. Fílon de Alexandria considerava como alegoria, afirmava ser o Logos Divino, Josefo referiu-se a ele como o primeiro sacerdote e fundador do templo de Jerusalém. Muitos rabinos da antiguidade afirmam ser ele Sem, o mais velho sobrevivente do Dilúvio, pois recusam-se a admitir a idéia de Abraão ter dado os dízimos a um estrangeiro. Isso significa que a sua genealogia não foi registrada para tipificar o sacerdócio eterno de Cristo e mostrar que a ordem de Melquisedeque independe de questões tribais (Hb 7.13-15).
Melquisedeque apareceu na história de maneira tão misteriosa como desapareceu dela. O breve relato a seu respeito registrado em Gênesis 14.18-20 não nos revela muita coisa. O seu nome é mencionado na profecia messiânica do Salmo 110.4 e em Hebreus 5.6-10; 6.20-7.28, em que apresenta relevância espiritual, transcendendo o contexto histórico original. Ele é apresentado como rei de Salém, que significa “paz”, antigo nome de Jerusalém (Sl 76.2). Seu nome vem de duas palavras hebraicas מֶלֶךְ (melek), “rei”, e צֶדֶק (tsedeq) , “justiça, retidão”. Trata-se de um Rei de Justiça reinando na Cidade de Paz (Hb 7.2). Assim, desde o limiar da história, Deus já havia escolhido Jerusalém para ser o palco da redenção.
O escritor aos Hebreus chama a atenção, ainda, para alguns detalhes do curto relato do encontro de Abraão com Melquideseque, como a menção dos dízimos e o fato de Abraão ser abençoado por ele (Gn 14.19, 20; Hb 7.6), revestindo de significado espiritual extraordinário. No sistema arônico, o dízimo é estabelecido pela lei e era tomado do povo (Nm 18.21; Hb 7.5), mas Abraão o fez espontaneamente. Nesse ato até Levi, bisneto de Abraão, pagou dízimo “porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro” (Hb 7.9). Assim, o patriarca, fundador da nação de Israel, foi abençoado, isso revela sua estatura espiritual visto que “o menor é abençoado pelo maior” (Hb 7.7), mostrando a superioridade da ordem de Melquisedeque.
O SACERDÓCIO DE CRISTO
Antes do sacerdócio levita, a Bíblia menciona Jetro, sogro de Moisés, como “sacerdote de Midiã” (Êx 2,16; 18.1), apesar de não se saber muito a seu respeito, o contexto parece tratar de um sacerdote do Deus de Israel, pois Moisés sacrificou e ofereceu holocausto junto com ele (Êx 18.12). Os sacerdotes mencionados em Êxodo 19.22, 24 não eram levitas, porque a ordem de Arão ainda não havia sido fundada, isso só aconteceu posteriormente (Êx 28.1, 41), mas o Comentário Bíblico Beacon afirma que os primogênitos exerciam as funções sacerdotais. A menção dos jovens que sacrificaram ao Senhor, em Êxodo 24.5, parece indicar uma escolha exclusiva de Moisés só para essa finalidade.
Os sacerdotes segundo a ordem de Arão eram limitados aos descendentes de Eleazar e Itamar, ambos filhos de Arão (Nm 3.3,4; 1 Cr 24.2), visto que Nadabe e Abiú morreram fulminados por trazerem “fogo estranho perante a face do SENHOR” (Lv 10.1, 2). Mesmo para os filhos de Eleazar e Abiú havia requisitos, exigiam-se santidade e perfeição física, como condição para o sacerdócio, conforme o capítulo 21 de Levítico, assim, não bastava ser membro da família. Apesar da incapacidade do sistema arônico, no tocante à salvação, o sistema sacrificial era sombra da obra salvadora de Cristo, no Calvário (Hb 9.9; 10.1).
A ordem de Melquisedeque, representada por Cristo, é sui generis por várias razões. Trata-se de um sacerdócio perpétuo: “mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). Jesus é antes do sacerdócio arônico e pertence a uma ordem que não depende de genealogia, e a ausência da genealogia de Melquisedeque serve para tipificar o sacerdócio eterno de Cristo: “mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre” (Hb 7.3). A palavra grega para “perpétuo”, nesse versículo, é ἀπαράβατος (aparabatos), “imutável, imperecível, inviolável, intransferível”, e só aparece aqui, em todo o Novo Testamento: “Deus pôs a Cristo neste sacerdócio, e ninguém mais pode introduzir-se nele” (ROBERTSON, tomo 5, 1989, p. 419).
O sistema levita era repetido, os sacerdotes arônicos ofereciam sacrifícios a cada dia para tirar os pecados, um animal era sacrificado em cada ritual, sendo esse sacrifício ineficaz para a salvação, mas Jesus, “havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10.11, 12), o Senhor Jesus ofereceu um sacrifício perfeito. A vítima do sacrifício foi ele mesmo: “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) e não um animal, pois o sangue de animais não era suficiente para pagar tão alto preço, por isso Jesus submeteu-se a si mesmo com o sacrifício, expiação como seu próprio sangue (Hb 9.11-14; 1 Jo 2.1,2). Na sua morte “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mt 27.51). Os demais evangelhos sinóticos registraram o fenômeno do véu rasgado (Mc 15.38; Lc 23.45). Trata-se de um sacrifício perfeito porque o próprio Jesus foi a oblação pelos nossos pecados, seu sacrifício foi único e resolveu para sempre o problema do pecado e entrou no santuário celeste, não desta criação: “porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus” (Hb 9.24); “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre’ (Hb 7.28).
O nosso sumo sacerdote preenche todos os requisitos como Cordeiro Imaculado, Sacerdos Impeccabilis:
Santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo (Hb 7.26, 27).
A santidade de Jesus é única e real, absoluta e perfeita, não se trata, pois, de uma santidade cerimonial, como muitas vezes a lei exigia dos sacerdotes levitas. Realizou um único sacrifício e resolveu para sempre o problema do pecado, seu sacerdócio é perfeito, por isso pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus” (Hb 7.25).
Uma vez envelhecido o sacerdócio levita e removido o sistema arônico, Jesus torna-se o Sumo Sacerdote, Mediador e Intercessor em favor do pecador diante de Deus-Pai. O Novo Testamento apresenta todos os cristãos como sacerdotes e isso em virtude na nossa relação íntima com Deus em Cristo: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’ (1 Pe 2.9). Isso tem raízes no Antigo Testamento, pois Deus disse o mesmo com relação a Israel pouco antes do Concerto do Sinai, Deus prometeu fazer de Israel: “propriedade peculiar dentre todos os povos; ... reino sacerdotal e povo santo” (Êx 19.5, 6). Porém, o sacerdócio dos crentes não está limitado a uma família, casta ou grupo especial na igreja, é um sacerdócio universal (Ap 1.6; 5.10). Assim, como havia um sumo sacerdote sobre o sacerdócio em Israel, da mesma forma, Cristo é o Sumo Sacerdote sobre a Igreja.
 
 
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR - BEP - CPAD
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto
para ensinar.”
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9 (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA). Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
  1. Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministerais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.
  2. O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.
  1. Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).
  2. O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1;
Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
  1. O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (32,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
  2. Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4 nota; Lv 10.2 nota; 21.7,17 notas; Nm 20.12 nota; 1Sm 2.23nota; Jr 23.14 nota; 29.23 nota).
  3. A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
  4. Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.
  1. O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.
  2. Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).
  1. As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).
 
OS PASTORES E SEUS DEVERES - BEP - CPAD
At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9 (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.
PROPAGANDO A FÉ. (1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9). (2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (20.26; ver nota). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).
GUARDANDO A FÉ. Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 nota; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.
  1. A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (20.30).
  2. Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (20.26, ver nota; cf. Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14 nota; Ap 2.2 nota).
  3. É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).
  4. A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (20.28-31; ver Gl 1.6 nota; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9 nota).
  5. A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver 12.5).
 
 
PRIMEIRA PARTE -  Os Sacerdotes E Os Levitas São Tipos Da Igreja (Manual Tipologia)
 
Se estudarmos os personagens no AT que tipificam nosso Senhor Jesus Cristo nos seus ofícios diferentes, descobriremos repetidas vezes que parecem estar vinculados aos pares. Temos, por exemplo, dois sumos sacerdotes, que tanto separadamente quanto juntos eram tipos, e que estavam estreitamente associados entre si durante sua vida. Arão e Eleazar, por exemplo, tipificavam como o sumo sacerdote, e em alguns aspectos seus ofícios eram diferentes entre si. Mesmo enquanto Arão ainda vivia, Eleazar tinha certas coisas alocadas a ele no serviço do Tabernáculo. Em Números 20.26 temos o relato da morte de Arão, e de Eleazar recebendo as vestimentas para assumir o seu lugar; prefigurando o grande sumo sacerdote que agora vive segundo “o poder de uma vida infinda”. Eleazar, portanto, parece ser o o tipo do sumo sacerdote na vida ressurreta, no poder do Espírito Santo; pois tinha ligação muito especial com o azeite que tipificava o Espírito Santo. Eleazar ficou encarregado “do azeite para a iluminação, do incenso aromático, da oferta costumeira de cereal e do óleo da unção [...] de todo o Tabernáculo” (Nm 4-16). Era “principal líder dos levitas” (Nm 3.32), e nos faz lembrar de Jesus que, na ressurreição, é o Pastor Principal. As duas ordens do sacerdócio, a de Arão e de Melquisedeque, são apresentadas diante de nós em Hebreus como tipos do sacerdócio do Senhor.
 
 
Em relação a Deus
Por propriedade
Os levitas serão meus. (Nm 8.14)
Pois são teus. Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu. E eu tenho sido glorificado por meio deles. (Jo 17.9,10)
Eles são os israelitas que deverão ser inteiramente dedicados a mim. (Nm 8.16)
Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. (Rm 14.8)
Eu os separei para serem meus em lugar dos primogênitos, do primeiro filho homem de cada mulher israelita. (Nm 8.16)
A fim de reunir dentre as nações um povo para o seu nome. (Act
15.14)
Eu mesmo escolho os levitas dentre os israelitas em lugar do primeiro filho de cada mulher israelita. (Nm 3.12)
A igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. (Hb 12.23)
Por aliança e juramento
Assim diz o Senhor: “Se vocês puderem romper a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de modo que nem o dia nem a noite aconteçam no tempo que lhes está determinado, então poderá ser quebrada a minha aliança com o meu servo Davi, e neste caso ele não mais terá um descendente que reine no seu trono; e também será quebrada a minha aliança com os levitas que são sacerdotes e que me servem”. (Jr 33.20,21)
Querendo mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento, para que, por meio de duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, sejamos firmemente encorajados, nós que nos refugiamos nele para tomar posse da esperança a nós proposta.
(Hb 6.17,18)
“Para que a minha aliança com Levi fosse mantida, diz o Senhor dos Exércitos”. (Ml 2.4)
Agora, porém, o ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas superiores. (Hb 8.6)
Por escolha
Pois, de todas as tribos, o Senhor, o seu Deus, escolheu os levitas. (Dt 18.5)
Mas eu os escolhi, tirando-os do mundo. (Jo 15.19)
O Senhor, o seu Deus, os escolheu para ministrarem e para pronunciarem bênçãos em nome do Senhor. (Dt 21.5)
Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe 2.9)
Somente os levitas podem carregar a arca de Deus, pois para isso o Senhor os escolheu. (1Cr 15.2)
Este homem é meu instrumento escolhido, para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. (Act 9.15)
Pois o Senhor os escolheu para estarem diante dele, para ministrarem diante dele e queimarem incenso. (2Cr 29.11)
Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. (Ef 1.4)
Com eles estavam Hemã e Jedutum e os outros designados. (1Cr 16.41)
Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os como apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar. (Mc 3.13,14)
Nominalmente designados. (1Cr
16.41)
Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. (Jo 10.3)
Por posição
O Senhor disse a Moisés: “Mande chamar a tribo de Levi e apresente- a". (Nm 16.10)
Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que outrora estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. (Ef 2.13)
Ele trouxe você e todos os seus irmãos levitas para junto dele. (Nm 16.10)
Pois por meio dele ambos temos acesso ao Pai, por um só Espírito. (Ef 2.18)
Associação com arão
Parentesco
Você, os seus filhos e a família de seu pai (Levi). (Nm 18.1)
Para se unirem a você (Levi = unir). (Nm 18.2)
Por isso, Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos. (Hb 2.11) Meu Pai e Pai de vocês. (Jo 20.17)
Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. (1Co 6.17) Pois somos membros do seu corpo. (Ef 5.30)
Dádiva
Dediquei os levitas como dádivas a Arão. (Nm 8.19)
Eles eram teus; tu os deste a mim. (Jo 17.6)
Serão escolhidos entre os israelitas para serem inteiramente dedicados a Arão. (Nm 3.9)
Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou. (Jo
17.24)
Eu mesmo escolhí os seus irmãos, os levitas, dentre os israelitas, como presente para vocês, dedicados ao Senhor. (Nm 18.6)
Eu os protegí e os guardei pelo nome que me deste. (Jo 17.12)
Apresentação
(A ele)
Apresente-a (tribo de Levi) ao sacerdote Arão. (Nm 3.6)
E apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. (Ef 5.27)
(Por ele)
Arão apresentará os levitas ao Senhor como oferta ritualmente movida da parte dos israelitas. (Nm 8.11)
Arão os apresentou como oferta ritualmente movida perante o Senhor (Nm 8.21)
Para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo. (Rm 15.16)
Aquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá- los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria. (Jd 24)
Adoração
Seus filhos (de Arão) levaram-lhe o sangue [...] Depois sacrificou o holocausto. Seus filhos lhe entregaram o sangue, e ele o derramou nos lados do altar. (Lv 9.9,12)
Portanto, irmãos, visto que temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo, e uma vez que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corações lavados com água pura. (Hb 10.1922)
Com ele na separação
Chame seu irmão Arão e separe-o dentre os israelitas, e também os seus filhos. (Êx 28.1)
Vocês morreram com Cristo. (Cl 2.20)
Já que vocês ressuscitaram com Cristo [... ] Pois vocês morreram e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. (Cl
3.1,3,4)
Com ele no serviço (Para o Senhor)
Os seus filhos Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar, para que me sirvam como sacerdotes. (Êx 28.1)
Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. (Jo 14.12)
Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma. (Jo 15.5)
(Para Arão)
Apresente-a ao sacerdote Arão para auxiliá-lo. (Nm 3.6)
Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam
 
seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir. (Mt 27.55)
Deus não é injusto; ele não se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os santos e continuam a ajudá-los. (Hb 6.10)
Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram. (Mt 25.40)
Trazidos com ele
Traga também os seus irmãos levitas. (Nm 18.2)
Ao levar muitos filhos à glória. (Hb 2.10)
Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. (1Pe 3.18)
Vestidos com ele
Para o seu irmão Arão, faça vestes sagradas que lhe confiram dignidade e honra [...] Depois de vestir seu irmão Arão e os filhos dele... [ou: com ele]. (Êx 28.2,41)
Ainda não se manifesta o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele. (1Jo 3.2)
Ungidos com Ele
Unja-os como você ungiu o pai deles. (Êx 40.15)
Porque Deus dá o Espírito sem limitações. (Jo 3.34)
Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento. (1Jo 2.20)
Santificados com ele
Consagrarei também Arão e seus filhos para me servirem como sacerdotes. (Êx 29.44)
Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade. (Jo 17.19)
Consagrados com ele
Assim você dedicará Arão e seus filhos. (Êx 29.9)
Nota da Versão do Rei Tiago (kjv): “encherá a mão de”.
Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e nele [... ] vocês receberam a plenitude. (Cl 2.9,10)
Com ele na obediência
Arão e seus filhos fizeram tudo o que o Senhor tinha ordenado por meio de Moisés. (Lv 8.36)
Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. (Jo 15.10)
Com ele na ressurreição
Na vara de Levi escreva o nome de Arão, pois é preciso que haja uma vara para cada chefe das tribos [...] No dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu que a vara de Arão, que representava a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo botões e flores, além de amêndoas maduras. (Nm 17.3,8)
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1Co 15.20)
Por seu poder, Deus ressuscitou ao Senhor e também nos ressuscitará.
(1Co 6.14)
E, se o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressucitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seu corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês. (Rm 8.11)
Com ele em luzes e perfeições
A respeito de Levi disse: “O teu Urim e o teu Tumim pertencem ao homem a quem favoreceste”. (Dt 33.8)
Eu sou a luz do mundo. (Jo 8.12)
Em quem (Cristo) estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Cl 2.3)
Eles examinaram seus registros de família, mas não conseguiram achá- los e foram considerados impuros para o sacerdócio. Por isso o governador os proibiu de comer alimentos sagrados enquanto não houvesse um sacerdote capaz de consultar Deus por meio do Urim e do Tumim. (Ed 2.62,63)
Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: “O Senhor conhece os seus”. (2Tm 2.19) Alegrem-se [...] porque seus nomes estão escritos nos céus. (Lc 10.20)
CARACTERÍSTICAS LEVÍTICAS E SACERDOTAIS
Vida e paz
A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz. (Ml 2.5)
A inclinação do Espírito é vida e paz. (Rm 8.6)
O temor ao Senhor
Que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu, e tremeu diante do meu nome. (Ml 2.5)
Sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor. (Hb 12.28)
Verdade
A verdadeira lei estava em sua boca. (Ml 2.6)
Seguindo a verdade com amor. (Ef 4.15)
Pureza de fala
Nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. (Ml 2.6)
Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. (1Pe 2.1)
Conhecimento
Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei. (Ml 2.7)
Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina. (Tt 2.1) Plenamente instruídos. (Rm 15.14)
Comunhão
Ele andou comigo em paz e retidão. (Ml 2.6)
Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. (1Jo 1.3)
Santidade
Pois os sacerdotes e os levitas haviam sido fiéis em se consagrarem. (2Cr 31.18).
Aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. (2Co 7.1)
Retidão
Pois os levitas demoraram menos que os sacerdotes para consagrar- se. (2Cr 29.34)
Para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo. (Fp 1.10)
Por isso, celebremos a festa, não com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade. (1Co  5.8)
Sinceridade
Disse do seu pai e da sua mãe: ‘Não tenho consideração por eles’. Não reconheceu os seus irmãos, nem conheceu os próprios filhos. (Dt 33.9)
Se alguém vem a mim e ama a seu pai e sua mãe, sua esposa e filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. (Lc 14.26)
E todos os que deixaram casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. (Mt 19.29)
Obediência
Guardaram a tua palavra e observaram a tua aliança. (Dt 33.9)
Ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. (Mt 28.20) Se alguém me ama, guardará a minha palavra. (Jo 14.23)
Capacidade
Eram capazes e aptos para a obra. (1Cr 26.8)
Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança. (2Co 3.6)
Fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. (Ef 6.10)
Separação
Dessa maneira você separará os levitas do meio dos israelitas. (Nm
8.14)
Portanto, “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor. “Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei”. (2Co 6.17)
Não lhes é suficiente que o Deus de Israel os tenha separado do restante da comunidade de Israel e os tenha trazido para junto de si? (Nm 16.9)
Para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada.
(Fp 2.15)
Seus filhos (os israelitas) têm agido corruptamente para com ele, e não como filhos; que vergonha! São geração pervertida e transviada. (Dt 32.5)
Diversidade
Entre jovens e velhos, mestres e discípulos. (1 Cr 25.8)
Assim, há muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de você!”. Nem a cabeça pode dizer aos pés: “Não preciso vocês!”. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis [...] Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. (1Co 12.2022,27)
Abstendo-se do vinho
Depois o Senhor disse a Arão: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. É um decreto perpétuo para as suas gerações”. (Lv 10.8,9)
(O vinho tipifica os prazeres inebriantes etc.)
Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito. (Ef 5.18)
Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (1Jo 2.15- 17)
PREPARAÇÃO PARA O SERVIÇO Nascimento na família
Somente os levitas poderão carregar a arca de Deus. (1Cr 15.2)
É necessário que vocês nasçam de novo. (Jo 3.7)
Os que são dominados pela carne não podem agradar a Deus. (Rm 8.8)
Expiação
Arão [...] fez propiciação por eles para purificá-los. (Nm 8.21)
Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor, mediante quem recebemos agora a reconciliação.
(Rm 5.11)
Identificação com os sacrifícios
Depois que os levitas impuserem as mãos sobre a cabeça dos novilhos, você oferecerá um novilho como oferta pelo pecado e o outro como holocausto ao Senhor, para fazer propiciação pelos levitas. (Nm 8.12)
(Com a oferta pelo pecado.) Que me amou e se entregou por mim. (Gl 2.20)
(Com o holocausto)
A qual nos deu gratuitamente no Amado. (Ef 1.6)
Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre os que estão cerimonialmente impuros os santifica de forma que se tomam exteriormente puros, quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, de modo que possamos servir ao Deus vivo! (Hb 9.13,14)
Se for o sacerdote ungido que pecar, trazendo culpa sobre o povo, trará ao Senhor um novilho sem defeito como oferta pelo pecado que cometeu. (Lv 4.3)
Limpeza
Separe os levitas do meio dos israelitas e purifique-os. A purificação deles será assim: você aspergirá a água da purificação
Tendo os corações aspergidos de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. (Hb 10.22)
sobre eles; fará com que rapem o corpo todo e lavem as roupas, para que se purifiquem. (Nm 8.6,7)
Examine o homem a si mesmo. (1Co 11.28)
Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo que contamina o corpo e o espírito. (2Co 7.1)
Purificação
Os levitas se purificaram e lavaram suas roupas. (Nm 8.21)
A fim de nos remir de toda maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
(Tt 2.14)
Expurgar
Ele se assentará como um refinador e purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça. (Ml 3.3)
Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra. (2Tm 2.20,21)
Para que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, seja comprovada como genuína e resulte em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado. (1Pe 1.7)
Confissão pública
Então ficou em pé, à entrada do acampamento, e disse: “Quem é pelo Senhor, junte-se a mim.” Todos os levitas se juntaram a ele. (Êx 32.26)
Aquele que não está comigo é contra mim. (Lc 11.23)
Portanto, saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele suportou. (Hb 13.13)
Lavagem
Traga Arão e seus filhos [...] e mande-os lavar-se. (Êx 29.4)
Mas vocês foram lavados. (1Co 6.11)
 
Cristo amou a igreja e entregou- se a si mesmo por ela para santificá- la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra. (Ef 5.25,26)
Lavagem das mãos e dos pés
Colocou a bacia entre a Tenda do Encontro e o altar, e encheu-a de água; Moisés, Arão e os filhos deste usavam-na para lavar as mãos e os pés. Sempre que entravam na Tenda do Encontro e se aproximavam do altar, eles se lavavam, como o Senhor tinha ordenado a Moisés. (Êx 40.30-32)
Respondeu Jesus: “Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo.” (Jo 13.10)
Roupas*
Traga os filhos dele, vista cada um com uma túnica. (Êx 29.8)
Revistam-se do Senhor Jesus Cristo. (Rm 13.14)
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam- se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência [...] Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. (Cl 3.12, 14)
O sacerdote que oferecer um holocausto por alguém ficará com o couro do animal. (Lv 7.8)
Para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. (Ef 1.6)
E um gorro na cabeça. Ponha também os cinturões em Arão e em seus filhos. (Êx 29.9)
Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade. (Ef 6.14)
Vistam-se de retidão os teus sacerdotes. (Sl 132.9)
Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (Jo 14.6)
Vestirei de salvação os teus sacerdotes. (Sl 132.16)
E o capacete da esperança da salvação. (1Ts 5.8)
Vestindo a couraça da justiça. (Ef 6.14)
E este é o nome pelo qual será chamado: O Senhor é a Nossa Justiça. (Jr 23.6)
É porém por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção. (1Co 1.30)
O Senhor é a minha luz e a minha salvação. (Sl 27.1)
Pois os meus olhos já viram a tua salvação. (Lc 2.30)
Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. (Gl 3.27)
Unção
Unja-os e consagre-os. (Êx
28.41)
É Deus [...] que nos ungiu. (2Co 1.21)
A unção que receberam dele permanece em vocês. (1Jo 2.27)
Santificação e aspersão
E consagre-os, para que me sirvam como sacerdotes. (Êx 8.30) A seguir [Moisés] pegou um pouco do óleo da unção e um pouco do sangue que estava no altar e os aspergiu sobre Arão e suas vestes, bem como sobre seus filhos e suas vestes. Assim consagrou Arão e suas vestes, e seus filhos e suas vestes. (Lv 8.30)
Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. (1Ts 5.23) Escolhidos de acordo com o pré- conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue. (1Pe 1.2) Sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel.
(Hb 12.24)
Dedicação
Você o sacrificará [o cordeiro]. Pegue do sangue e coloque-o na ponta da orelha direita de Arão e dos seus filhos, no polegar da mão direita e do pé direito de cada um deles. (Êx 29.20)
Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. (Rm 12.1)
Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, o qual receberam de Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (1Co 6.19,20)
Prontidão para o serviço
Depois disso os levitas passaram a ministrar na Tenda do Encontro sob a supervisão de Arão e dos seus filhos. Fizeram com os levitas como o Senhor tinha ordenado a Moisés. (Nm 8.22)
Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. (Rm 6.18)
Provisão sacerdotal
Propiciação
Eles comerão dessas ofertas com as quais se fez propiciação para sua ordenação e consagração; somente os sacerdotes poderão comê-las, pois são sagradas. (Êx 29.33)
Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa. (Jo 6.54-57)
A oferta de cereal
O que restar da oferta de cereal pertence a Arão e a seus descendentes; é parte santíssima das ofertas dedicadas ao Senhor preparadas no fogo. (Lv 2.3)
Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. (1Jo 1.3) Nós temos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo. (Hb 13.10)
Então Moisés disse a Arão e aos seus filhos que ficaram vivos, Eleazar e Itamar: “Peguem a oferta de cereal que sobrou das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo, e comam-na sem fermento junto ao altar, pois é santíssima. Comam-na em lugar sagrado, porquanto é a porção que lhes cabe por decreto, a vocês e a seus filhos, das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo; pois assim me foi ordenado. (Lv 10.12,13)
Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho. (1Co 9.13,14)
Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. (Jo 1.16)
E toda oferta de cereal, amassada com óleo ou não, pertence igualmente aos descendentes de Arão. (Lv 7.10)
A oferta de comunhão
Das ofertas de comunhão dos israelitas, tomei o peito* que é movido ritualmente e a coxa que é ofertada, e os dei ao sacerdote Arão e a seus descendentes por decreto perpétuo para os israelitas. (Lv
7.34)
Para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. (Ef 3.17-19)
"O peito indica o local dos afetos; a coxa [lit. “ombro”] o local do poder.
E a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força. (Ef 1.19)
No lugar sagrado
Pertencem a Arão e a seus descendentes, que os comerão num lugar sagrado, porque é parte santíssima de sua porção regular das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo. E decreto perpétuo. (Lv 24.9)
Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. (Ef 2.6)
E se aproximarão da minha mesa. (Ez 40.16)
Não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (1Co 10.21)
Os primeiros frutos
Todos os primeiros frutos da terra que trouxerem ao Senhor serão de você. Todos os da sua família que estiverem cerimonialmente puros poderão comê-los. (Nm 18.13)
Cristo, o primeiro [...] Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1Co 15.23, 20)
Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. (Rm 4.25)
Tudo o que for consagrado
Tudo o que em Israel for consagrado ao Senhor será deles. (Ez 40.29)
Tudo o que em Israel for consagrado a Deus pertencerá a você. (Nm 18.14)
Porque todas as coisas são de vocês, seja Paulo, seja Apoio, seja Cefas, seja o mundo, a vida, a morte, o presente ou o futuro, tudo é de vocês, e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus. (1Co 3.21-23)
Suficiente e com sobras
Ezequias perguntou aos sacerdotes e aos levitas sobre essas ofertas; o sumo sacerdote Azarias, da família de Zadoque, respondeu: “Desde que o povo começou a trazer suas contribuições ao templo
Comida de sobra. (Lc 15.17) Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. (Mt 14.20)
do Senhor, temos tido o suficiente para comer e ainda tem sobrado muito, pois o Senhor tem abençoado o seu povo, e esta é a grande quantidade que sobra”. (2Cr 31.9,10)
Estou amplamente suprido. (Fp 4.18)
Satisfeitos
“Satisfarei os sacerdotes com fartura; e o meu povo será saciado pela minha bondade”, declara o
Senhor. (Jr 31.14)
Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”. (Jo 6.35)
Uma porção diária
Eles estavam sujeitos às prescrições do rei, que regulamentavam suas atividades diárias. (Ne 11.23)
Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano. (Lc 11.3)
Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar- nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. (2Co 4.16)
Não deve ser comida por leproso ou imundo
Nenhum descendente de Arão que tenha lepra [...] poderá comer das ofertas sagradas até que esteja purificado [...] Aquele que neles tocar ficará impuro até a tarde. Não poderá comer das ofertas sagradas, a menos que se tenha banhado com água. Depois do pôr-do-sol estará puro, e então poderá comer as ofertas sagradas, pois são o seu alimento. (Lv 22.4,6,7)
Caindo em si, ele disse: Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!״ (Lc 15.17)
Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
(1Jo 1.6,7)
O estrangeiro
Nenhum estrangeiro comerá das coisas sagradas. (Lv 22.10 ra)
Naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de
 
Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo [...] Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus. (Ef 2.12-19)
O hóspede
Não poderá comê-la o seu hóspede. (Lv 22.10)
Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos. (1Jo 2.19)
O empregado
Nem o seu empregado [poderá comê-la]. (Lv 22.10)
Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, eu lhes tornei conhecido. (Jo 15.15)
Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’. — Lc 15. 18,19
Deve ser comida por Alguém foi comprado pelo sacerdote
Mas, se um sacerdote comprar um escravo [...] esse escravo poderá comer do seu alimento. (Lv 22.11)
Vocês foram comprados por alto preço. (1Co 6.20)
Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso
 
sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito. (1Pe 1.18,19)
Para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. (Act 20.28)
Ou nascido na sua casa
Ou se um escravo nascer em sua casa, esse escravo poderá comer do seu alimento. (Lv 22.11)
Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. (1Pe 1.23)
Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação. (1Pe 2.2)
A DESIGNAÇÃO DO SERVIÇO O modelo entregue
Entregou-lhe também as plantas de tudo o que o Espírito havia posto em seu coração acerca dos pátios do templo do Senhor e de todas as salas ao redor, acerca dos depósitos dos tesouros no templo de Deus e dos depósitos das dádivas sagradas. Deu-lhes instruções sobre as divisões dos sacerdotes e dos levitas e sobre a execução de todas as tarefas no templo do Senhor e os utensílios que seriam utilizados. [...] Disse Davi a Salomão: “Tudo isso a mão do Senhor me deu por escrito, e ele me deu entendimento para executar todos esses projetos.”
(1Cr 28.12,13,19)
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. (Ef 4.11-13)
Eu lhes dei exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. (Jo 13.15)
A nomeação de Arão
Arão e seus filhos entrarão no santuário e designarão a cada homem a sua tarefa e o que deverá carregar. (Nm 4.19)
É como um homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. (Mc 13.34)
Todo o serviço deles, tudo o que devem fazer e carregar estará sob a direção de Arão e de seus filhos. Designe como responsabilidade deles tudo o que tiverem que carregar. (Nm 4.27)
Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazer boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Ef 2.10)
Seus parentes, os outros levitas, foram encarregados de cuidar de todo o serviço do tabernáculo, o templo de Deus. (1Cr 6.48)
Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1Ts 5.18)
Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres e também os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. (1Co 12.28)
A ordem do rei
O serviço foi organizado e os sacerdotes assumiram os seus lugares com os levitas em seus turnos, conforme o rei ordenara. (2Cr 35.10)
De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. (1Co 12.18)
Asafe, Jedutum e Hemã estavam sob a supervisão do rei. (1Cr 25.6) Todas as ordens dadas pelo rei aos sacerdotes e levitas, inclusive as ordens relativas aos tesouros, foram seguidas à risca. (2Cr 8.15)
Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. (Jo 14.21)
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. (Jo
15.14)
De acordo com as normas
Eles exerciam suas funções de acordo com as normas estabelecidas. (1Cr 6.32)
Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme determina. (1Co 12.11)
O PERÍODO DO SERVIÇO
Dia e noite
Pois dia e noite se dedicavam à sua própria tarefa. (1Cr 9.33)
Sejam sempre dedicados à obra do Senhor. (1Co 15.58)
Continuamente
Oferecer, continuamente, holocaustos. (Jr 33.18)
Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros, pois de tais sacrifícios Deus se agrada. (Hb 13.15,16)
O trabalho de todos os dias
Davi deixou Asafe e seus parentes diante da arca da aliança do Senhor para ali ministrarem regularmente, de acordo com as prescrições para cada dia. (1Cr 16.37)
Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos. (Act 2.46, 47)
Sem ir embora
Os porteiros que guardavam cada porta não precisaram deixar os seus postos. (2Cr 35.15.
Bem-aventurado o servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. (Mt 24.46)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segunda parte: SACERDOTES E LEVITAS (Manual Tipologia)
SACERDOTES E LEVITAS Como tipos da igreja
 
Introdução
No princípio, Deus.” Essas são as primeiras palavras que lemos ao abrir a Bíblia. Ao estudar a história dos levitas, ou qualquer outro assunto na Palavra, não podemos fazer melhor do que começar por aqui. Foi a livre graça de Deus que escolheu os levitas dentre as demais tribos, assim como foi a sua graça que chamou Abraão de Ur dos caldeus, e a nós, “das trevas para a sua maravilhosa luz”. Nada havia em Levi que o recomendasse diante de Deus. ERRADO - MATARAM MUITOS ISRAELITAS QUANDO ESTAVAM PECANDO CONTRA DEUS E POR ISSSO FORAM ESCOLHIDOS. Pelo contrário, diriamos, ao ler em Gênesis 49 que Levi era um dos piores filhos de Jacó. Deus, todavia, na sua graça soberana, podia dizer: “O Senhor teu Deus o escolheu dentre todas as tribos” (Dt 18.5). “Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” ERRADO - APENAS TIVERAM QUE SE APRESENTAR PARA SERVIREM A ARÃO, POIS JÁ TINHAM SIDO ESCOLHIDOS PÓR DEUS PARA ISSO. Os levitas deviam estar no meio daqueles que ficaram longe quando a lei foi promulgada no Sinai, mas Deus diz a Arão: “Mande chamar a tribo de Levi e apresente-a” (Nm 3.6), e nós, que “antes estávamos longe, fomos aproximados pelo sangue de Cristo”.
Quando estudamos a história da tribo de Levi em relação a Arão, o grande sumo sacerdote, aprendemos muitas lições belas.
Não existe tipo mais notável de Cristo que Arão, desde a primeira menção a ele, em Exodo, até a última, em Hebreus. É citado pela primeira vez emExodo 4, onde Deus diz a Moisés: “Não é Arão o levita o seu irmão? Sei que ele fala bem”. Depois de Jesus, “que é mais chegado que um irmão”, ter vindo habitar na carne humana, a primeira declaração de Deus foi: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” e, no monte da transfiguração, acrescentou: “Escutem a ele”. E os que realmente fizeram isso foram obrigados a confessar que “nunca um homem falou como este Homem”.
A obra de Arão no tabernáculo, vestido de roupas de glória e de beleza, prefigura maravilhosamente Aquele que, coroado de glória e honra, ainda caminha entre os candelabros de ouro. O sumo sacerdote levava nos ombros e no peitoral os nomes dos israelitas, assim como nosso Sumo Sacerdote nos leva sobre os ombros do seu poder inesgotável. Dentro daquele peitoral maravilhoso, suspenso dos ombros, havia o Urim e o Tumim, as luzes e as perfeições, mediante os quais a vontade de Deus era revelada a Israel: “A respeito de Levi disse: ‘O teu Urim e o teu Tumim pertencem ao homem a quem favoreceste”’ (Dt 33.8). As luzes e as perfeições ainda estão com Jesus “em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”. Mas, ao mesmo tempo que disse de si mesmo: “Eu sou a Luz do mundo”, também disse aos seus seguidores: “Vocês são a luz do mundo”, e “sejam perfeitos, como é perfeito o seu pai no céu”. É vontade sua agora que as luzes e perfeições sejam vistas nos seus seguidores. Mas isso só é possível quando habitamos no peito do Senhor e somos sustentados pelo seu poder. O Urim e o Tumim eram indicação da mente de Deus, e o mundo deve ter a possibilidade de aprendê-la agora mediante a vida do povo de Deus.
No tempo de Esdras, alguns sacerdotes não conseguiam comprovar sua ascendência. Acreditavam ser filhos de Arão, mas não podiam demonstrar o fato: “Eles examinaram seus registros de família, mas não conseguiram achá-los e foram considerados impuros para o sacerdócio. Por isso o governador os proibiu de comer alimentos sagrados enquanto não houvesse um sacerdote capaz de consultar Deus por meio do Urim e do Tumim” (Ed 2.62,63). Não precisamos esperar (como eles) que um sumo sacerdote apareça, antes, podemos nos regozijar porque o nosso nome está escrito no céu e “o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: ‘O Senhor conhece os seus’” (2Tm 2.19).
A contagem dos levitas nos apresenta uma questão de grande interesse e demonstra que, em associação com seu grande sumo sacerdote, ficaram inteiramente separados das demais tribos e lhes foi poupada a condenação que recaiu sobre o restante de Israel.
Em geral se declara que, de todos os que saíram do Egito, somente a Calebe e Josué foi permitida a entrada na terra prometida. Entretanto, mediante o estudo cuidadoso da história dos levitas, mostra-se que eles também foram isentados da ruína geral no deserto. As razões que levam a essa conclusão são as seguintes.
A tribo de Levi não enviou nenhum espia para a missão de reconhecimento da terra de Canaã (v. Nm 13.1-16) PORQUE NÃO PODIAM MAIS SEREM CONTADOS COM AS OUTRAS TRIBOS, POIS, FORAM SEPARADOS PARA O SERVIÇO SACERDOTAL., e a maldição caiu por causa do relatório mau dos espias e da conseqüente murmuração do povo:
Cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram contra mim [...] Durante quarenta anos vocês sofrerão a conseqüência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra [...] Os homens enviados por Moisés em missão de reconhecimento daquela terra voltaram e fizeram toda a comunidade queixar-se contra ele ao espalharem um relatório negativo; esses homens responsáveis por espalhar o relatório negativo sobre a terra morreram subitamente de praga perante o Senhor. De todos os que foram observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, sobreviveram (Nm 14.29,34,36-38).
Conforme declarado na passagem acima citada, os que caíram no deserto tinham sido contados de vinte anos em diante e são descritos, ainda, como “guerreiros”. “Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometí sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, que seguiram o Senhor com integridade de coração.” (Nm 32.11,12) “Os israelitas andaram quarenta anos pelo deserto, até que todos os guerreiros que tinham saído do Egito morressem, visto que não tinham obedecido ao Senhor.” (Js 5.6) “Passaram-se trinta e oito anos entre a época em que partimos de Cades-Barnéia, e a nossa travessia do vale de Zerede, período no qual pereceu do acampamento toda aquela geração de homens de guerra, conforme o Senhor lhes havia jurado.” (Dt 2.14)
Que os levitas não se contavam entre os guerreiros é mostrado muito claramente no primeiro capítulo de Números, onde somos informados: “O Senhor falou a Moisés no deserto do Sinai [...] Ele disse: ‘Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel [...] Você e Arão contarão todos os homens que possam servir no exército, de vinte anos para cima, organizados segundo as suas divisões’”. Assim se fez, e no fim do capítulo lemos: “As famílias da tribo de Levi, porém, não foram contadas juntamente com as outras, pois o Senhor tinha dito a Moisés: ‘Não faça o recenseamento da tribo de Levi nem a relacione entre os demais israelitas”’ (Nm 1.1-3 e 47-49; tb. 2.33).
Os levitas foram contados separadamente, “de um mês de idade para cima [...] Não foram contados junto com os outros israelitas porque não receberam herança entre eles” (Nm 26.62). Esta última frase do texto explica também por que a sua tribo não era representada por nenhum espia.
Portanto, os israelitas que morreríam sem entrar na terra prometida foram os recenseados no deserto do Sinai, quando, segundo já vimos, os levitas não foram incluídos. Imediatamente antes de atravessarem o Jordão, a contagem foi feita de novo, não por Moisés e Arão, mas por Moisés e pelo sacerdote Eleazar quando contaram os israelitas nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, frente a Jericó. Nenhum deles estava entre os que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão quando contaram os israelitas no deserto do Sinai. Pois o Senhor tinha dito àqueles israelitas que eles iriam morrer no deserto, e nenhum deles sobreviveu, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. (Nm 26.63-65).
Eleazar e Finéias entraram na terra prometida. Eleazar estava com Josué quando este dividiu a herança entre as tribos (Nm 34.17), ao passo que Finéias foi enviado como um dos mensageiros às tribos de Rúben, de Gade, e à meia-tribo de Manassés. Nenhum desses homens, porém, foi mencionado como exceção à condenação geral. Eleazar, pelo menos, e talvez também seu filho, devia ter mais de vinte anos de idade quando saiu do Egito.
Os textos que se referem ao assunto mencionado acima foram citadas com pormenores a fim de se enxergar claramente a posição dos levitas. Se a conclusão for correta, que realmente foram isentos da maldição que caiu sobre os demais israelitas, podemos ver neles, assim como também em tantos outros pormenores, um retrato notável dos crentes verdadeiros. A sentença de morte recai sobre todos em seu redor, mas “agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.” (Jo 3.18) “Eu lhes asseguro: ‘Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida.’” (Jo 5.24)
A posição dos levitas era diferente da do restante dos israelitas, em muitos aspectos. Posto que duas porções tinham sido alocadas a José e que seus filhos foram contados como filhos de Jacó, Levi formou a décima terceira tribo e, desse modo, como se indicou, manteve uma posição entre elas semelhante à de Paulo entre os apóstolos.
Quando os levitas foram contados a partir de um mês de idade, foram contados na sua fraqueza (Nm 3). Com isso, conforme alguém já disse, ficamos sabendo que a posição deles na tribo dependia não daquilo que tivessem feito em favor de Deus, mas do que Deus fizera em favor deles. No capítulo seguinte (Nm 4), são recenseados segundo seus anos de força, a partir de 30 anos de idade — a idade de José quando compareceu diante do faraó, de Davi quando começou a reinar e de nosso Senhor quando entrou no seu ministério público. Era a idade para início do serviço dos levitas no período do deserto, mas depois disso, quando os trabalhos exigiríam menos força física, mas mais ministros, a idade ficou sendo 25 anos; e Davi, em 1Crônicas 23.24-27, a altera para 20.
Na história da tribo de Levi, há um grande contraste entre antes e depois de ser tirada do Egito. Nos tempos antigos, Jacó disse: “Simeão e Levi são irmãos; suas espadas são armas de violência” (Gn 49.5), mas depois guardavam “todos os utensílios da Tenda do Encontro” (Nm 3.8). Jacó também disse: “Que eu não entre no conselho deles, nem participe da sua assembléia”. Entretanto, depois de terem atravessado o mar Vermelho, Deus disse a Arão: “Traga também os seus irmãos levitas, que pertencem à tribo de seus antepassados, para se unirem a você” (Nm 18.2). Levi tinha sido motivo de vergonha para Jacó, mas agora Deus o chama a essa posição de alto privilégio em associação com o sumo sacerdote. O significado do nome Levi é “apegado”, conforme lemos em Gênesis 29.34, e é por estar apegado a Arão que é abençoado assim.
A história de crueldade e de derramamento de sangue a qual Jacó se refere acha-se em Gênesis 34, que narra o assassinato de todos os homens da cidade de Siquém. Quanta diferença do quadro de João 4, onde se diz aos homens da mesma cidade, que não eram melhores do que aqueles nos tempos de Simeão e Levi: ‘“Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo?’. Então saíram da cidade e dirigiram-se a ele” (v. 29). O próprio João, o discípulo amado, revelou algo do espírito desses filhos de Jacó quando quis pedir que fogo descesse dos céus contra os samaritanos. O Mestre o repreendeu, dizendo: “Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los” (Lc 9.56).
Simeão e Levi foram amaldiçoados por sua crueldade e seu pecado, e o castigo foi assim declarado: “Eu os dividirei em Jacó e os espalharei em Israel”. Essa sentença foi executada literalmente, mas a maldição foi transformada em bênção e, embora tenham sido dispersos entre as tribos, sem receber nenhuma herança na terra prometida, a razão, posteriormente citada, fala de graça incomparável, e uma promessa substitui a sentença do juízo. Os levitas foram separados “para carregar a arca da aliança do Senhor, para estar diante do Senhor [... ] pronunciar bênçãos em seu nome [... ] E por isso que os levitas não têm nenhuma porção de terra ou herança entre os seus irmãos; o Senhor é a sua herança, conforme o Senhor, o seu Deus, lhes prometeu” (Dt 10.8, 9). Nós também estávamos debaixo de uma maldição por causa do nosso pecado, mas “Cristo nos redimiu da maldição da lei, sendo feito maldição por nós”, e agora estamos abençoados “com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1.3). A sentença pronunciada contra nós por causa do nosso pecado foi: “Você certamente morrerá”. Mas Cristo tirou da morte o aguilhão, de modo que podemos dizer, juntamente com Paulo: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. A MALDIÇÃO DE LEVI FOI TRANSFORMADA EM BÊNÇÃO QUANDO ESCOLHEU DEFENDER A CAUSA DE DEUS PERANTE SEUS IRMÃOS.
 
Temos também um contraste marcante nas ocupações dos levitas nesses dois períodos de sua história. Na terra do Egito, os levitas, juntamente com os demais israelitas, foram sujeitos a “cruel escravidão”, e os egípcios “tornaram-lhes a vida amarga, impondo- lhes a árdua tarefa de preparar o barro e fazer tijolos, e executar todo tipo de trabalho agrícola; em tudo os egípcios os sujeitavam a cruel escravidão” (Êx 1.13,14). Construir as cidades-celeiros para o faraó não foi tarefa fácil, mas que diferente foi a vida deles mais tarde, quando “foram encarregados de cuidar de todo o serviço do tabernáculo, o templo de Deus” (1Cr 6.48) e “receberam a responsablidade de tomar conta das salas e da tesouraria do templo de Deus” (1Cr 9.26).
Além disso, o trabalho era realizado para um Mestre muito diferente e sob supervisão muito diferente. Os egípcios “estabeleceram, pois, sobre eles chefes de trabalhos forçados, para os oprimir com tarefas pesadas” (Êx 1.11). Mas Arão não era nenhum chefe cruel de trabalhos forçados e foi ele quem, nas peregrinações pelo deserto, designou “a cada homem a sua tarefa e o que deverá carregar” (Nm 4.19). Depois foram sujeitos à ordem do Rei.
Os fardos no Egito eram pesados e lhes amargavam a vida, de modo que clamaram a Deus “por causa da escravidão”, e Deus tirou “o peso dos seus ombros” (Sl 81.6). Mas Deus lhes deu um fardo leve quando “os levitas carregavam a arca de Deus nos ombros” (1Cr 15.15), o que nos faz lembrar do convite amoroso que nosso Senhor nos faz em Mateus 11.28 — que todos os cansados e sobrecarregados vão até ele para descansar e depois carregarem seu jugo suave e seu fardo leve.
Os levitas, portanto, tanto em sua história remota quanto nos dias posteriores à nomeação para servirem e adorarem a Deus, tipificavam o sacerdócio real, de quem foi chamado “das trevas para a sua maravilhosa luz” e “do poder de Satanás para Deus”.
 
LEVITA, SISTEMA (Dicionário Teológico)
- Elenco de leis, estatutos, regras e cerimônias, visando o adequado exercício do sacerdócio levítico, cujo principal objetivo era representar a nação de Israel diante de Deus, e apresentar a Israel as reivindicações divinas concernentes à purificação ritual e à adoração.
 
SACERDOTE (Almeida.dctx)
No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21; 1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hb 7.1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1.6; 5.10; v. SACERDÓCIO).
Sacerdote (Dicionário Teológico)
[Do heb. cohen , sacerdote] Sacerdote  hebreu no Antigo Testamento. Proveniente da tribo de Levi, tinha o cohen, como incumbência, zelar pelo culto ao Deus Único e verdadeiro. Com a destruição do Santo Templo, em 70 d.C., os sacerdócio levítico foi desativado, porque, desde então, os israelitas viram-se desprovidos de seu lugar para adoração e para o ofe- recimento de ofertas ao Senhor. 
 
Sumo-sacerdote. (Strong Português) αρχιερευς archiereus1) sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
2) Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumo-sacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
3) Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
 
LEVITAS - (Strong Português) -  λευιτης Leuites1) um da tribo de Levi
2) num sentido restrito, os chamados levitas, não pertencendo à família de Arão, para quem o sacerdócio era reservado com exclusividade, eram assistentes dos sacerdotes. Era seu dever manter os utensílios e o templo limpo, providenciar os pães sagrados, abrir e fechar os portões do templo, cantar os hinos sacros no templo, e fazer muitas outras coisas.
 
 
SACERDOTES E LEVITAS (Dicionario Champlin)
SACERDOTES E LEVITAS
Ver os artigos separados intitulados Levitas-, Levr, Tribos (Tribos de Israel); Sacrifícios e Ofertas; Sumo Sacerdote; Sumo Sacerdote, Cristo Como; Sacerdote, Crentes Como-, Melquisedeque-, Sacerdote Eclesiástico.
Esboço:
I.    Desenvolvimento Histórico
II.    Distinções no Ofício e nas Funções Sacerdotais; Argumentos dos Críticos
III.    Características e Funções
IV.    As Vestes Sacerdotais Bibliografia
I. Desenvolvimento Histórico
Antes do desenvolvimento formalizado do sacerdócio levítico, na família de Arão (o que, segundo alguns estudiosos, só teria sido plenamente organizado depois do cativeiro babilônico), houve as seguintes fases:
1.    O homem santo, dotado de poderes psíquicos e espirituais, que era consultado como um oráculo. Esse antigos sacerdotes, fossem eles hebreus ou não, usualmente tinham um santuário (embora tosco), orações, encantamentos etc., tudo o que fazia parte do seu trabalho. Além disso, com freqüência ele era uma figura importante, social e politicamente falando. Esperava-se dele que servisse de mediador entre algum poder divino e os homens, e que também fosse capaz de pronunciar-se sobre questões éticas e legais, além de prever o futuro.
0 brahmanismo, na índia, é um exemplo de como tal ofício tornou-se hereditário e veio a fazer parte de um sistema de castas. Os sacerdócios egípcios eram altamente organizados, sob o controle do rei, que era o sumo sacerdote do sistema religioso. Na Babilônia, uma classe especializada ocupava-se dos deveres sacerdotais. Nas culturas grega e romana, porém, a questão era um tanto mais livre. Qualquer indivíduo que demonstrasse possuir habilidades psíquicas e espirituais podia tornar-se um sacerdote, embora a história demonstre que havia um número maior de sacerdotes nobres do que plebeus. Com freqüência, nessas culturas todas, o sacerdócio funcionava sob o controle do Estado. Na história posterior de Roma, o imperador tornou-se o equivalente ao sumo sacerdote, e era considerado um vulto divino. Em seus primórdios, o budismo e o islamismo não contavam com um sacerdócio.
Na antiga cultura hebréia, qualquer homem podia ser sacerdote, se mostrasse possuir a capacidade para tanto, mas, durante o período patriarcal, o sacerdócio era desempenhado pelo cabeça de cada família (verGên. 8:20; 22:13; 26:25; 33:20). Os sacerdotes por muitas vezes tornavam-se líderes nacionais, conforme se vê no caso de Melquisedeque. Embora seja muito duvidoso que ele fosse um hebreu, é certo que ele era semita. E também podemos pensar no caso do Moisés, que foi líder nacional e sacerdote.
2.    O Estágio Deuteronômico. Nos tempos de Moisés, os sacerdotes eram todos da família de Arão. Todavia, isso não sucedeu de modo absoluto, pelo que, se é geralmente correto dizer que todos os sacerdotes pertenciam à tribo de Levi (através de Arão), isso não ocorria no caso de todos eles. Pode-se dizer que, se um levita pudesse ser achado, ele era a preferência natural; mas, houve exceções a essa regra. Assim, Samuel exercia poderes sacerdotais, mas ele mesmo não era da tribo de Levi. Talvez seja correto dizer que Salomão foi um rei-sumo sacerdote; e, no entanto, ele era da tribo de Judá. Os profetas também desempenhavam certa função sacerdotal, posto que não formal, no tabernáculo ou no templo. Em face da sua ocupação, os sacerdotes também eram juizes. O filho de Mica, que era efraimita, atuou como sacerdote (Juí. 17:5). Outro tanto fizeram alguns dos filhos de Davi (II Sam. 8:18), Gideão (Juí 6:26) e Manoá, este da tribo de Dã (Juí. 13:19).
3.    O Estágio de Transição. Nos capítulos quarenta a quarenta e oito do livro de Ezequiel, foram favorecidos os sacerdotes zadoquitas (de Jerusalém), o que estreitou a opção de onde podiam proceder os sacerdotes, em Israel.
4.    O Estágio Pós-Exílico. O sacerdócio foi monopolizado pelos descendentes reais ou supostos de Arão, enquanto outros levitas ocuparam posições subordinadas e, algumas vezes, manuais. Foi durante esse último estágio de desenvolvimento que emergiu o verdadeiro sumo sacerdote de Israel, embora Arão tivesse sido um protótipo do ofício. Os sacerdotes tinham o direito de receber dízimos e porções determinadas das oferendas. Eles cuidavam do santuário e das formas externas do culto, e envolviam-se no sistema sacrifical. Eram os guardiães das tradições e protegiam a pureza da adoração No judaísmo posterior, o sacerdote (no hebraico, cohen) retinha o privilégio de pronunciar a bênção sacerdotal, e de ser o primeiro a ler o livro da lei. Quando o sacerdócio formal caiu e desapareceu da história, os rabinos retiveram o trabalho dos sacerdotes, em forma simbólica, embora também literal em outros sentidos, tomando-se então os líderes espirituais do pcvo de Israel.
5.    Divisões dos Sacerdotes Levíticos. Três famílias davam prosseguimento ao sacerdócio, em Israel: os descendentes de Gérson, de Coate e de Merari. Outros levitas ajudavam nos cultos, mas, até que ponto, é disputado pelos historiaac-es bíblicos (ver Núm. 3:5 ss.). Sabemos que cs levitas que não pertenciam a essas famílias contavam com seus santuáncs em certos lugares. Mas isso terminou por ocasião das reformas instituídas por Ezequias (ver II Reis 18:423;8 ss). Outrossim, conforme já vimos, alguns não-levitas envolviam-se nos deveres sacerdotais.
II. Distinções no Ofício e nas Funções Sacerdotais; Argumentos dos Críticos
Na onmeira seção deste artigo, mostrei algumas dessas divisões. Quando a família de Arão obteve o monopólio do sacerdócio em Israel, houve uma tríplice divisão. Mas alguns não-levitas receberam funções e autoridades sacerdotais. A relação entre os sacerdotes que eram descendentes de Arão e os levitas (da linhagem geral, mas não especificamente de Arão) é algo disputado entre os eruditos. E o problema vê-se complicado ante o fato de que as próprias referências bíblicas a respeito nem sempre são claras, sem falar no fato de que a própria prática seguida nem sempre foi coerente. Assim, enquanto os levitas normalmente assumiam uma posição subordinada aos sacerdotes, em alguns casos eles chegaram a exercer plenos poderes. E por que não, visto que até não-levitas algumas vezes assim o fizeram?
A Tríplice Divisão. O ofício e as funções sacerdotais estavam divididos entre o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas. Todos eles descendiam de Levi. Assim sendo, todos os sacerdotes eram levitas. Porém, nem todos os levitas eram sacerdotes. As obrigações menores, algumas vezes até manuais, como de limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não-sacerdotais. Seus deveres são descritos emÊxo. 13: 2,12,13; 22:29; 34:19,20Lev. 27:27; Núm. 3:12,13,41,45; 8:14-17; 18:15; Deu. 15:19. Eram os descendentes diretos de Arão que, normalmente, desempenhavam o ofício superior do sacerdócio. Essa questão é mais desenvolvida no artigo intitulado Levitas, que deveria ser lido juntamente com o presente artigo.
Julius Wellhausen fez um extenso estudo sobre a questão das ordens, da hierarquia e dos serviços prestados pelos sacerdotes, e então sobre a relação entre os levitas e os sacerdotes. E grande parte do estudo crítico sobre essas questões gira em torno de suas observações, bem como das confirmações e negações de tais observações. Sua obra encontra-se em seu Prolegomena à História de Israel, em dois capítulos, intitulados «Os Sacerdotes e os Levitas» e «Os Dotes do Clero».
Elementos Básicos das Idéias de Wellhausen:
1.    Ele enfatizava o desenvolvimento do código sacerdotal (ver sobre P.(S.), em J.E.D.P.(S.), o qual, presumivelmente, reflete uma fruição posterior do ofício sacerdotal.
2.    Ezequiel mencionou como os levitas seriam impedidos de entrar no ofício sacerdotal (ver Eze. 44:6-16). E daí, Wellhausen deduziu o alegado fato de que, antes disso, os levitas desempenhavam funções sacerdotais, embora nos dias de Ezequiel eles fossem pouco mais do que escravos do templo.
3.    Os sacerdotes descendentes de Zadoque seriam isentados dessa drástica alteração no sacerdócio, porquanto tinham servido no santuário em Jerusalém e não se tinham envolvido nas corrupções dos lugares altos, os lugares de adoração não-autorizada e quase pagã.
4.    Supondo-se que a distinção feita por Ezequiel, entre sacerdotes e levitas, parecia ser apenas uma inovação, e não o retorno a um anterior modus operandi, ele chegou à conclusão de que o livro de Números não existia ainda nos dias de Ezequiel.
5. O código sacerdotal P.(S.), da teoria J.E.D.P.(S.), alegadamente frisa somente o sacerdócio aarônico. Em seguida, a esse documento foi negada autenticidade histórica, e seu conteúdo seria mera «ficção». 0 mesmo argumento afiança que tudo foi uma invenção, para dar autoridade a uma casta sacerdotal que, na realidade, só teria vindo à existência muito mais tarde.
6.    Um violento contraste foi feito entre a elaborada natureza do culto no deserto e a descentralização que houve no período dos juizes de Israel. Presumivelmente, a adoração teria desempenhado um papel secundário nessa versão posterior, o que talvez seja indicado em Juizes 3-16. E Wellhausen acreditava que esse período posterior foi a verdadeira fonte das formas de adoração que ali se desenvolveram. Teria tudo começado com chefes de família que dirigiam os próprios santuários particulares (como o de Eli, em Silo).
7.    Uma ilustração foram as radicais diferenças das duas formas de adoração. Assim, Samuel (que era efraimita, e não levita) servia a cada noite ao lado da arca (I Sam. 3:3), enquanto o décimo sexto capítulo de Levítico mostra que somente um sumo sacerdote podia aproximar-se da arca, e isso somente uma vez por ano.
8.    Quando a monarquia centralizou o governo, assim também aconteceu com o sacerdócio, e então a família dos zadoquitas adquiriu grandes poderes. Davi nomeou os zadoquitas, juntamente com Abiatar, a fim de substituírem os familiares de Eli. Não demorou muito, nos dias de Salomão, foi estabelecido um santuário permanente no templo, e então ficou assegurada a proeminência especial de uma casta sacerdotal. Jeroboão teve santuários reais, e os sacerdotes eram responsáveis diante dele, como se ele fosse cabeça do culto religioso (o que também sucedera nos dias de Salomão), seguindo a filosofia egípcia da religião, o conceito do rei-sacerdote.
9.    A centralização do culto foi fortalecida ainda mais, quando Josias aboliu os lugares altos.
10.    Presumivelmente, além da composição do código sacerdotal como uma espécie de base documentar da nova situação (dando-lhe uma falsa antigüidade), veio à tona o ofício sumo sacerdotal (vide), mas isso somente já nos tempos pós-exílicos, visto que, no tempo da monarquia, o próprio rei era uma espécie de sacerdote. Esse desenvolvimento, de acordo com Wellhausen, representa um tempo em que governos estrangeiros tinham perturbado a monarquia, pelo que o poder religioso foi transferido para o sumo sacerdote, que então se tornou uma espécie de rei-sacerdote. O código sacerdotal deu ao sistema da época uma espécie de autoridade, com base (mediante invenção) na história antiga.
11. Sentiu-se que a posição atribuída aos levitas no código sacerdotal (ou seja, uma posição humilde em contraste com os fatos históricos) é o tendão de Aquiles daquele documento, revelando que ele é apenas uma invenção, e não um verdadeiro documento histórico no tocante ao culto religioso de Moisés e do tempo de Arão. De acordo com o pensamento de Wellhausen, esse código, que divide o ministério religioso em sumo sacerdote, sacerdotes e levitas, seria uma contradição com o verdadeiro quadro, onde só haveria sacerdotes leviticos.
Objeções e Argumentos Contra Essa Teoria Crítica
Enquanto alguns aumentavam, e outros reduziam as teorias de Wellhausen, o ponto de vista crítico lhes dava muito valor, pelo que uma resposta a essas teorias serve de uma espécie de resposta geral aos críticos como um todo.
1. A teoria de Wellhausen depende pesadamente da idéia do J.E.D.PJS.J, acerca da qual escrevi um artigo, e onde há alguns comentários contrários a essa idéia. A reconstituição do material do Antigo Testamento, em supostos blocos, cada um dos quais com seu conteúdo e suas ênfases especiais, parece ser uma atividade muito artificial, e quase sempre exagerada.
2 . As teorias de Wellhausen dependem demais do pressuposto de que os levitas, que tinham sido convidados (segundo Deu. 18:6,7) para servir no santuário central, foram justamente aqueles que foram desligados de sua função, quando da abolição dos lugares altos, durante os dias de Josias. Mas as evidências em favor dessa idéia não são convincentes, e o trecho de II Reis 23:9 parece dizer precisamente o oposto.
3.    A teoria supõe que não havia nos dias de Arão uma clara distinção entre os sacerdotes e os levitas; mas isso parece ser contradito pelo fato de que foi feita uma distinção entre eles no tocante às responsabilidades do povo para com as duas classes. Ver Deu. 18:3-5 e 18:6-8. A própria expressão «sacerdotes e levitas» mostra alguma forma de distinção. Ver Deu. 17:9,18; 18:1; 24:8; 27:9.
4.    As passagens que parecem contradizer as teorias dos críticos são tachadas por eles de interpolações, e assim eles fazem-se surdos às evidências que desdizem as idéias deles, pois nenhum argumento veterotestamentário contrário a essas teorias é levado em conta, nem é considerado autoritário.
5.    Contradição Acerca dos Dízimos. Os trechos de Núm. 18:21 ss. e Lev. 27:30 ss. falam sobre os dízimos dados aos levitas. Porém, a passagem de Deu. 14:22 ss. permite que os israelitas comessem os dízimos em uma refeição sacrifical, o que, presumivelmente, refletiría duas situações contraditórias, talvez originárias de duas diferentes fontes informativas do Pentateuco. Isso, como é óbvio, reforçaria a noção básica da teoria J.E.D.P.(S.). Os intérpretes do Antigo Testamento tradicionalmente têm reconciliado a questão supondo que havia um segundo dízimo, conforme também é explicado no Talmude, que o chama de Ma'aser Sheni. E alguns estudiosos têm pensado que havia variações nos dízimos, por razões desconhecidas, ou que a ausência de imposição de leis específicas fazia parte de situações aparentemente contraditórias. Nesse caso, o livro de Números exporia o ideal quanto aos dízimos, ao passo que o livro de Deuteronômio refletiría o que sucedia na prática, durante o tempo da conquista da terra de Canaã e da fixação de Israel naquele território. Mas o ponto de vista da alta critica é que o livro de Números contém a ordem original das coisas, enquanto Deuteronômio mostra aquilo que foi determinado depois que os levitas teriam sido depostos, nos tempos do rei Josias.
6.    Wellhausen acreditava que a denúncia feita por Ezequiel (44:4 ss.) foi o desmantelamento da ordem original e a redução dos levitas a virtuais escravos do templo, de modo contrário à prática antiga. Mas os eruditos conservadores supõem que essa denúncia, na verdade, reduziu os levitas idólatras à posição mais limitada que lhes cabia, ou seja, uma posição de subserviência. E, nesse caso, Ezequiel não estabeleceu nenhum costume novo, apenas reverteu a situação ao que havia sido em seu estado original.
7.    Apesar de o título sumo sacerdote ser de origem posterior, isso não significa que o próprio ofício não tivesse sido inaugurado na pessoa de Arão. E assim, aquele ofício não veio à existência somente em tempos pós-exílicos. É lógico que qualquer sistema sacerdotal tivesse de ter um cabeça. Também é natural que tivesse havido desenvolvimentos no ofício, mas a essência do sumo sacerdócio, em Israel, começou com Arão. 0 próprio título aparece somente em II Reis 12:10; 22:4,8 e 23:4. Porém, em I Sam. 21:2 encontramos a expressão «ao sacerdote» (aplicada a Aimeleque), o que também sucede em II Reis 11:9,10,15 (em alusão a Joiada), e em II Reis 16:10 ss. (em alusão a Urias). Nesses casos, o artigo definido «o» (dentro de «ao») poderia ter o significado de «sumo».
8.    Não parece que o sumo sacerdote tivesse qualquer autoridade de um monarca.
9.    A suposição de Wellhausen, de que o sumo sacerdote foi ofício originário de tempos posteriores, é uma contradição histórica com aquilo que sabemos acerca das práticas semíticas de uma remota antiguidade, onde havia, sem dúvida, um sumo sacerdote, e não meramente um tipo democrático de sacerdócio sem alguma forte autoridade central. Além disso, é provável que a minimização do ofício sacerdotal tão-somente indique que, no tempo da monarquia, esse ofício se tivesse degenerado, e não reflita alguma condição existente antes de seu desenvolvimento.
10.    Albright opinava que levitas, distintos em sua ordem e função, algumas vezes eram promovidos àquele ofício sacerdotal, pelo que não havia linhas de diferenciação muito rígida embora tal distinção fosse mantida de forma geral.
Argumentos e contra-argumentos abundam quanto à questão, mas não parece haver razão sólida para aceitarmos os pontos de vista radicais dos críticos ou para duvidarmos da historicidade básica do Pentateuco, quanto ao assunto do sacerdócio em Israel.
III. Características e Funções
No que tange especificamente aos levitas, forneci amplas informações sobre eles, no artigo a respeito. Mas aqui podemos considerar os seguintes sete pontos:
1.    Os sacerdotes eram ordenados a seu ofício e às suas funções mediante um elaborado ritual (Êxo. 29; Lev. 8).
2.    Eles usavam vestimentas especiais, como sinal de seu ofício, e cada peça de seu vestuário, ao que se presume, tinha significados simbólicos (Êxo. 28).
3.    O sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficiar no dia da expiação, entrando no Santo dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio. Também tinha o dever de oferecer a refeição diária (ver Lev. 6:19 ss.). Ver o artigo separado intitulado Sumo Sacerdote.
4.    Os sacerdotes comuns realizavam todos os sacrifícios (Lev. 1-6), cuidavam de questões sobre alimentos próprios e impróprios (Lev. 13-14), e estavam encarregados de diversos outros deveres secundários (Núm. 10:10; Lev. 23:24; 25:9).
5.    Eram sustentados mediante dízimos, primícias do campo, primícias dos animais e porções de vários sacrifícios (Núm. 18).
6.    A função original de um sacerdote (no hebraico, cohen) era a de ser o intermediário de um oráculo, alguém que dava instruções por inspiração divina, segundo dele se esperava. E isso continuou a ser uma parcela importante do ofício sacerdotal, mormente no caso do sumo sacerdote. Os sacerdotes também eram os guardiães e mestres dos documentos e das tradições sagradas. Finalmente essa função foi transferida para os rabinos, com o desaparecimento do sacerdócio em Israel. Como é óbvio, os profetas compartilhavam dessas atividades; e, de fato, atuavam quase como se fossem sacerdotes, embora sem fazerem parte do sacerdócio, de maneira formal.
7. Os sacerdotes eram guardiães dos ritos sagrados, os quais promoviam o conhecimento sobre a santidade de Deus e a necessidade de os homens aproximarem-se dele sem a poluição do pecado, mediante os holocaustos apropriados e a mudança de vida a eles correspondentes. Eles queimavam o incenso sobre o altar de ouro, no lugar santo, o que era mesmo um símbolo das funções sacerdotais. Também cuidavam das lâmpadas, acendendo-as a cada novo começo de noite, e arrumavam os pães da proposição sobre a mesa própria, a cada sábado (ver Êxo. 27:21; 30:7,8; Lev. 24:5-8). Eles mantinham a chama sempre acesa no altar dos holocaustos (Lev. 6:9,12); limpavam as cinzas desse altar (Lev. 10,11); ofereciam os sacrifícios matinais e vespertinos (Êxo. 29:38-44); abençoavam o povo, após os sacrifícios diários (Lev. 9:22; Núm. 6:23-27); aspergiam o sangue, e depositavam sobre o altar as várias porções da vítima sacrificial; sopravam as trombetas de prata e o chifre do jubileu, por ocasião de festividades especiais; inspecionavam os imundos quanto à lepra (Núm. 6:22 ss. e capítulos 13 e 14); administravam o juramento que uma mulher deveria fazer, quando acusada de adultério (Núm. 5:15); eram os mestres da lei e agiam como juizes quanto às queixas do povo, tomando decisões válidas quanto aos casos apresentados (Deu. 17:8 ss.; 19:17; 31-5).
IV. As Vestes Sacerdotais
Nem os sacerdotes comuns nem o sumo sacerdote usavam vestes especiais quando não estavam servindo em suas funções. A mais antiga vestimenta dos sacerdotes parece ter sido o 'epod bad, uma espécie de pano passado à cintura, e que nossa versão portuguesa chama de «estola sacerdotal» (ver II Sam. 6:14,20) Somos informados, nessa passagem e em I Sam. 22:18, que essa peça era feita de linho. Já o sumo sacerdote usava uma estola sacerdotal de material mais caro, o ses (linho finíssimo), trabalhado em ouro, púrpura e escarlate. Parte dessa peça descia da altura do peito até os quadris, e era mantida no lugar por duas tiras que passavam por cima dos ombros e por outras duas que davam um laço à altura aa cintura (ver Êxo. 39:1-26). Além disso, havia uma estola que era usada para dar oráculos, e que ficava pendurada em um lugar especial, no templo (ver I Sam. 21:9). Os sacerdotes comuns, por sua vez, usavam uma peça que cobria seus quadris e suas coxas ^ver Êxo. 28:42,43; Lev. 16:4); e também dispunham de uma longa túnica bordada, com mangas (ver Êxo. 28:40; 39:27), e também um elaborado cinto feito de linho torcido, azul, púrpura e escarlate (ver Êxo. 28:40; 39:27) Uma espécie de turbante lhes cobria a cabeça (ver Êxo. 28:37, 3929;6;39.28). Não podiam usar nenhuma peça feita de lã, uma regra que também era mantida no Egito e na Babilônia, no tocante aos sacerdotes (ver Eze. 44:17). Além disso, no templo, não podiam calçar sandálias (ver Êxo. 3:5; 19:20). Ali, precisavam andar descalços (ver Êxo. 3:5; Jos. 5:15), sem dúvida como sinal de respeito, Quanto às vestes distintivas do sumo sacerdote, ver o artigo intitulado Sacerdotes, Vestimentas dos.
1.0 sacerdócio do Antigo Testamento tinha Cristo como seu antitipo. Ele incorpora em si mesmo todos os tipos e funções do sacerdócio veterotestamentário. Essa é a mensagem central da Epístola aos Hebreus, parecendo muito radical quando foi exposta pela primeira vez, pois anulava uma porção extensa e importante do Antigo Testamento, substituindo-a por um único sacrifício, o de Cristo, no Calvário. Finalmente, a história fez essa substituição tornar-se um fato, posto que o judaísmo moderno retém símbolos que levam avante o espírito da casta sacerdotal do Antigo Testamento. Ler a Epístola aos Hebreus, mormente trechos como 2:14-18, 4:14-16; 5:1-10 e seu sétimo capítulo.
2.    Jesus Cristo também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de Melquisedeque (ver Heb. 7). Ver o artigo sobre Melquisedeque.
3.    Os deveres sacerdotais de Cristo cumpriram-se após o sacerdócio aarônico ter cumprido seu papel, sendo um cumprimento desse sacerdócio; e seu ofício como sacerdote seguiu a ordem ou categoria de Melquisideque. Ver o artigo intitulado Sumo Sacerdote, Cristo Como.
4.    Todos os crentes são sacerdotes. Ver sobre Sacerdotes, Crentes Como. As passagens neotestamentárias cêntricas que ensinam essa doutrina são I Ped. 2:5,9; Efé. 1:5 ss. Os sacerdotes do Novo Testamento (todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de seu Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Heb. 10:19-22). O sacerdócio dos crentes é vinculado à filiação deles, o que, por sua vez, é uma maneira de definir a salvação da alma. Visto haver acesso pessoal a Deus, por meio de Cristo, não há necessidade da intermediação de qualquer casta sacerdotal.
Princípios do Sacerdócio Bíblico:
1.    Deus Pai ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato divino. Ver Heb.5:4-6.
2.    Sacerdotes eram nomeados mediadores entre Deus e os homens, sobretudo no tocante ao pecado, à expiação e à reconciliação dos homens com Deus. Ver Heb. 5:1.
3.    A expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o centro das funções sacerdotais. Ver Heb. 8:3.
4.    O trabalho intercessório dos sacerdotes do Novo Testamento (os crentes) repousa sobre a natureza eficaz da expiação de Cristo. E é ai que os crentes obtêm a Deus. Ver Heb. 8:1 ss.
5.    O novo pacto, com base no sacerdócio superior de Cristo, envolve melhores promessas que aquelas do antigo pacto (Heb. 8:6). De fato, o novo pacto anulou totalmente o antigo (a totalidade da Epístola aos Hebreus).
Bibliografia. L ALB M B BRIN E ND ORR PF UN WEL Z
 
SACERDOTE (Enciclopédia Ilumina)
SACERDOTE
 
No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28; 29; Lv 21; 1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hb 7.1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1.6; 5.10; v. SACERDÓCIO).
SACERDOTES, LEVITAS (Enciclopédia Ilumina)
SACERDOTES, LEVITAS
 
INTRODUÇÃO
Em tempos atuais, a palavra "sacerdote" é usada para uma pessoa que lidera uma igreja. A palavra "sacerdote" é usada também quando falamos de todos os cristãos, Por exemplo, Pedro escreveu que a igreja era um "sacerdócio real" (1 Pedro 2:9). Mas quando que os sacerdotes começaram a fazer a obra de Deus? O que significa ser um sacerdote? Para encontrar as respostas para essas perguntas, precisamos dar uma olhada na bíblia e nos eventos históricos que ajudaram moldar os sacerdotes de hoje. No Velho Testamento, havia três classes de obreiros religiosos: os profetas, os mestres e os sacerdotes e levitas.
 
Os profetas eram servos da relação de Deus com Israel. O seu trabalho normalmente envolvia chamar pessoas desobedientes de volta para Deus durante períodos difíceis. Apesar dos profetas terem um trabalho muito importante, eles não eram profissionais, e eles não eram pagos pelo seu trabalho. Os profetas faziam esse trabalho especificamente por que Deus os tinha chamado para isso.
 
Os mestres eram líderes do governo e professores. A maioria das classes que eles ensinavam eram sobre moral e comportamento divino, mas eles também faziam outras tarefas que não envolviam religião ou adoração.
 
Os sacerdotes e os levitas preenchiam várias tarefas religiosas e tinham muito em comum com os sacerdotes de hoje. Os sacerdotes e os levitas eram homens profissionais que eram pagos pelo seu trabalho religioso em tempo integral. Eles lideravam serviços religiosos e ajudavam os israelitas a tentarem ter um bom relacionamento com Deus. Era um trabalho muito digno e poucas pessoas eram qualificadas para fazê-lo.
 
OS SACERDOTES
As pessoas não decidiam se tornar sacerdotes. Elas se tornavam sacerdotes pela virtude da descendência sacerdotal. Em razão disso, os primeiros sacerdotes foram os quatro filhos de Arão: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Esses quatro foram ordenados ao mesmo tempo em que Arão foi ordenado sumo sacerdote (Êxodo 28:1). Assim como Arão, os sacerdotes tinham roupas especiais que eram basicamente parecidas, apesar de faltar peças de roupa distintas do sumo sacerdote (o ephod especial, chestpiece e a coroa). Depois que os sacerdotes morriam, seu trabalho era passado para seus filhos e netos.
 
Deus queria que todos os sacerdotes fossem santos, então ele deu aos israelitas leis específicas para os sacerdotes. O homem teria que ser descendente de Arão para ser sacerdote, mas ele também tinha que ter várias outras qualificações. Ele não poderia ser casado a uma mulher divorciada ou uma ex-prostituta (Levíticos 21:7). Se ele tivesse algum tipo de doença ou defeito de nascença, ele não poderia se tornar um sacerdote. Isso incluía cegueira, deficiência física, mutilação, ou ser corcunda ou anão (Levítico 21:16-23). Os princípios para escolher um sacerdote eram parecidos com os princípios para escolher um animal que seria sacrificado. Somente animais (e sacerdotes) que estivessem livres de defeitos ou falhas serviam para o serviço divino.
A bíblia nos dá alguma informação sobre as tarefas específicas dos sacerdotes antigamente em Israel. Por exemplo, Eleazar era responsável pelo tabernáculo e suas ofertas (Números 4:16). Ele também assistia Moisés em várias tarefas, tais como um censo dos israelitas e dividir e terra (Números 26:1-2; 32:2). Mais adiante, Eleazar também serviu como conselheiro a Josué. Itamar era responsável pela construção do tabernáculo (Êxodo 38:21) e supervisionava as famílias dos gersonitas e dos meraritas (Números 4:28-33). A bíblia não nos fala muito sobre Nadabe e Abiú, porque eles morreram logo após sua ordenação por causa de um ato pecaminoso, que pode ter sido embriagueis (Levítico 10:1-9).
 
As tarefas sacerdotais, em geral, tinham três áreas (Deuteronômio 33:8-10). Primeiro, os sacerdotes eram responsáveis, juntamente com o sumo sacerdote, por declarar a vontade de Deus ao povo. Segundo, eles tinham que ensinar as ordenanças e as leis de Deus ao povo de Israel (Deuteronômio 33:10). E por último, eles tinham que ser servos do tabernáculo e participar nos sacrifícios e adorações de Israel. Havia várias outras tarefas que os sacerdotes podem ter tido, mas em geral eles devem ter dividido isso com os levitas.
 
Os sacerdotes, juntamente com os outros levitas, não possuíam nenhuma terra como as outras tribos tinham. O seu trabalho era pra ser completamente dedicado a servir a Deus. No entanto, por que eles não possuíam nenhuma terra, eles não podiam plantar comida para comer. Por causa disso, a lei de Deus decretava que todos os israelitas tinham que sustentar os levitas pelos seus serviços. Quando o povo adorava no tabernáculo, eles traziam porções de animais, milho, vinho, óleo e lã para os sacerdotes.
OS LEVITAS
O termo "Levitas", inclui todas as pessoas descendentes de Leví, incluindo aqueles que eram sacerdotes. Todos os sacerdotes eram levitas, no entanto nem todos os levitas eram sacerdotes. Quando o termo "levita" é usado juntamente com" sacerdote" se refere aos membros da família de Levi que não eram sacerdotes. Como os sacerdotes, os levitas serviam no tabernáculo, apesar de eles serem subordinados aos sacerdotes. Eles também eram profissionais e eram pagos pelos seus serviços. Apesar de eles não herdarem seus próprios territórios (nenhum levita podia ser dono de uma propriedade), a bíblia diz que havia várias cidades que eram separadas para o seu uso (Número 35:1-8). Pastos também eram separados para os animais dos levitas. Os levitas eram divididos em três famílias principais, os descendentes de Coate, Gérson e Merari e cada uma dessas famílias tinha uma responsabilidade particular envolvendo o cuidado e o transporte do tabernáculo (Números 4). Os filhos de Coate carregavam os móveis do tabernáculo (depois que havia sido coberto pelos sacerdotes). Os filhos de Gérson eram responsáveis por cobrirem as telas. Os filhos de Merari carregavam e montavam a moldura do tabernáculo.
Esses levitas só podiam ser servos do tabernáculo entre seus 25 a 50 anos (Números 8:24-26). Apesar de as tarefas dos levitas serem de certa forma mundanas, eles também tinham um papel religioso muito significativo. A lei exigia que todos os primogênitos, fossem entregues a Deus, o que lembrava os israelitas do tempo em que Deus matou todos os primogênitos egípcios antes do Êxodo. O papel dos levitas na religião era de serem aceitos por Deus como substitutos pelos primogênitos de Israel (Números 3:11-13). Do mesmo modo, o gado dos levitas substituía o gado primogênito dos israelitas. No entanto, num censo feito no tempo de Moisés, o número de primogênitos israelitas excedia o número de levitas, e uma taxa de redenção tinha que ser paga por cada pessoa em excesso (Números 3:40-51). A lei escrita em Deuteronômio especifica vários deveres que devem ter recaído tanto sobre os levitas como sobre os sacerdotes (apesar da bíblia não ser totalmente clara). Esses deveres incluíam a participação na atividade dos tribunais como juízes, talvez com referência especial a crimes religiosos (Deuteronômio 17:8-9), tomar conta do Livro da Lei (Deuteronômio 17:18), controlando as vidas e saúde de leprosos (Deuteronômio 24:8) e participando diretamente em cerimônias para a renovação da aliança de Israel com Deus (Deuteronômio 27:9).
 
 
LEVITAS (Dicionario Davis)
LEVITAS
1. Nome dos descendentes de Levi, filho de Jacó. Teve três filhos: Gérson, Coate e Merari, cada um dos quais fundou uma família tribal, Gn 46:11; Êx 6:16; Nm 3:17; 1 Cr 6:16-48. Moisés e Arão eram levitas da casa de Anrão e da família de Coate, Êx 6:16, 18, 20, 26.
2. Homens da tribo de Levi que tomavam conta do santuário. Arão e seus filhos foram separados para o sacerdócio que se perpetuou na sua família. Mas o tabernáculo e o culto nele celebrado sofreram alterações que exigiam grandes cuidados. O zelo, o transporte do rico santuário, o preparo dos materiais necessários ao culto, reclamavam serviços que excediam as forças de um homem ou de uma família. Precisava-se de auxiliares. O cuidado pelo tabernáculo era cargo muito honroso. Quem o poderia desempenhar? O primogênito pertencia ao Senhor, de acordo com as circunstâncias em que se deu o livramento do cativeiro da terra do Egito. No momento em que se deu a mortandade dos primogênitos dos egípcios, as casas dos hebreus que tinham o sangue espargido nas ombreiras de suas portas, foram poupadas; nem um dos primogênitos dos hebreus foi morto, e, por isso, pertenciam ao Senhor, Êx 13:11-16. Porém, em lugar dos primogênitos de todas as tribos, foram escolhidos os levitas para o serviço que se relacionava com o tabernáculo. A razão deste preferência encontra-se no fato seguinte: Quando o povo quebrou o pacto de obediência a Jeová, fabricando o bezerro de ouro, somente os levitas permaneceram fiéis à sua aliança com Deus, 32:26-29; Nm 3:9, 11-13, 40, 41, 45 e seg. 8:16-19. O número dos primogênitos do sexo masculino, excluindo os dois levitas, era de 22.273, quando se fez o censo do Sinai, Nm 3:43, 46. Havia 22.000 levitas, 39. Porém os cálculos mencionados nos vv. 22, 28 e 34, dão 22.300. Atribui-se este aumento a erro de cópia ou a número dos primogênitos dos levitas que não podiam servir de substituto dos primogênitos das outras tribos. Os 22.000 foram substituídos. Os 273 primogênitos que excediam ao número dos levitas, foram remidos pelo pagamento de cinco siclos cada um, Nm 3:46-51. Competia aos levitas transportar o tabernáculo e os seus utensílios, sempre que se mudava o acampamento; e quando se estabelecia um novo local, eram eles que outra vez o levantavam e assistiam os sacerdotes nas suas várias funções, Nm 1:50-53; 3:6-9; 25-37; 4:1-33; 1 Sm 6:15; 2 Sm 15:24. Como os filhos de Arão fossem sacerdotes e ao mesmo tempo levitas, freqüentemente os seus nomes são incluídos nesta designação, Dt 33:8-10; Js 14:3; 21:1-4; Ml 3:3. Também como oficiais de altas funções ou como levitas, poderiam a seu critério, e quando o julgassem necessário, desempenhar quaisquer serviços deste cargo.
 
A idade legal para entrar no serviço do tabernáculo era de trinta anos, Nm 4:3; 1 Cr 23:3-5, de vinte e cinco, Nm 8:24, e de vinte anos, 1 Cr 23:24-27. A prática divergente em diferentes períodos da história, explica em parte, a razão dos números. Parece que houve uma redução na idade, para a entrada no ofício e um aumento para terminação do prazo do mesmo ofício, alterações que Moisés fez, durante o período dos quarenta anos de viagem pelo deserto, e outras que fez Davi. Deve notar-se que, tanto no livro de Números como no livro de Crônicas, a idade de trinta anos é imediatamente seguida por outra menor. Também em Nm cap. 4, o serviço dos levitas de trinta anos de idade é definido por uma cláusula explicativa: "Desde os trinta anos, e daí para cima, até os cinquenta em que estavam empregados no ministério do tabernáculo e em levar as cargas", 47, 49. E de fato o serviço particular é especialmente definido em todo o capítulo. Não é, pois, para se duvidar de que aos trinta anos de idade, os levitas eram elegíveis para todo o serviço que a eles pertencia no santuário, inclusive a alta função de carregar o tabernáculo e todos os seus utensílios em procissão pública, e mais tarde para exercerem os cargos de profetas e juízes, Nm 4:1-33; 1 Cr 23:3-5. Mas os levitas entravam no ministério geral aos vinte e cinco anos quando começavam os vários serviços pertencentes a seu cargo com exceção dos já notados, Nm 8:24-26; 1 Cr 23:25-32. Davi julgou que devia fazer uma redução na idade, quando os mais simples deveres lhe poderiam ser confiados e ordenou que os levitas deviam entrar para o serviço na mesma idade em que os outros israelitas entravam para o serviço militar, isto é, aos vinte anos, 1 Cr 3:24, 27. Não havendo mais necessidade de transportar a arca, 25, 26, e achando-se regularizado o cerimonial do santuário, fez-se sentir a necessidade de certo preparo regular para exercer os deveres eclesiásticos. Daqui em diante a idade legal para os levitas passou a ser vinte anos, 2 Cr 31:17; Ed 3:8. Nesta idade começavam como assistentes dos sacerdotes e dos principais levitas, 1 Cr 23:28-31; cp, 2 Cr 29-34; 35:11, parece, porém que só depois de chegarem aos trinta anos, é que eram considerados elegíveis para os altos cargos de porteiros, membros da orquestra do templo, administradores ou juízes, 1 Cr 23:3-5. Aos cinquenta anos retiravam-se do serviço ativo, mas tinha a faculdade de assistir aos levitas que os sucediam no serviço do santuário, Nm 8:25, 26.
 
Os levitas não se distinguiam por meio de vestimentas especiais; somente nas grandes solenidades vestiam túnicas de linho, 1 Cr 15:27; 2 Cr 5:12. Foi inovação quando os cantores levíticos do primeiro século da era cristã, conseguiram licença do rei Agripa, sancionada pelo Sanedrim para trazerem sempre roupas de linho à semelhança dos sacerdotes, Antig. 20:9, 6. Os levitas não eram obrigados a servir a vida inteira no santuário, nem a ficar perto dele. Na distribuição das terras de Canaã, tomaram parte em várias cidades, Js 21:20-40. Fora as cidades que foram dadas aos levitas que eram sacerdotes, as quais se achavam situadas nas tribos de Judá, Simeão e Benjamim, havia ainda trinta e cinco cidades espalhadas pelas outras tribos do norte e de leste, Js 21:5-7. Uma vez que os levitas eram consagrados ao Senhor em benefício dos filhos de Israel e destinados ao serviço do tabernáculo, era natural que, nos distritos do norte, onde não havia sacerdotes levitas, a ordem inferior dos levitas fosse chamada pelo idólatra, Mica e depois dela pelo danitas a fim de fornecer-lhes um homem que lhes servisse de sacerdote, Jz 17:8-13; 18:18-20, 30, 31. No reinado de Davi, os levitas eram divididos em quatro classes: 1. Assistentes dos sacerdotes na obra do santuário; 2. Juízes e escribas; 3. Porteiros; 4. Músicos. Cada uma destas classes com a possível exceção da segunda era subdividida em 24 turmas ou famílias, para servirem alternadamente, 1 Cr 24;25; 26; cp 15:16-24; 2 Cr 19:8-11; 30:16, 17; Ed 6:18; Ne 13:5. Quando se deu a divisão do reino muitos levitas e sacerdotes, deixaram o reino do norte e vieram para Judá e Jerusalém, 2 Cr 11:13-15.
LEVÍTICO, Referente aos levitas. (Dicionario Davis)
LEVÍTICO, Referente aos levitas.
Nome do terceiro livro do Pentateuco. Logo que se ergueu o tabernáculo e se nomeou um sacerdote para servir no altar, seguiu-se a regulamentação do culto divino. É isto que se encontra no livro de Levítico. Sem sacerdotes e sem sacrifícios, ninguém se podia aproximar de Jeová. As relações com Deus exigiam condições de pureza e santidade, tanto morais como cerimoniais. Para se conseguir isto, prepararam-se vários manuais que vieram formar o livro de Levítico:
 
1. Diretório sobre o modo pelo qual o pecador podia chegar-se a Deus e pelo qual o sacerdote devia oferecer os vários sacrifícios, Lv 1:1 até cap. 6:7, e o livro sobre o modo de dispor os sacrifícios, 6:8 até 7:36. Este diretório foi promulgado no Sinai, depois de levantado o tabernáculo. O livro que regulava o cerimonial dos sacrifícios foi escrito no mesmo tempo quando ele ordenou aos filhos de Israel que oferecessem oblações a Jeová, 1:1; cap. 7:38 cp. 1:2.
2. Direção sobre o modo de ordenar a Arão e a seus filhos para o ofício sacerdotal, caps. 8 e 9, ato oficial ditado a Moisés durante a sua primeira subida ao Sinai, Êx cap. 29, criando o sacerdócio. A estas leis, segue-se a narração da morte de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, por haverem oferecido a Deus um fogo estranho e mais uma legislação destinada a suprir as deficiências das leis anteriores, Lv cap. 10. 3. Direções sobre a pureza cerimonial, caps. 11-16, contendo leis a respeito dos alimentos sobre enfermidades e sobre as purificações de ordem pública já mencionadas em Êx 30:10. Esta legislação é atribuída a Moisés, como representante de Jeová, Lv 11:1, etc, quando Israel estava no deserto, 14:34; 16:21. 4. Lei sobre a santidade caps. 17-26, estatutos sobre a santidade da vida, dados por Moisés, 17:1; no Sinai, 25:1; 26:46; cp. 24:10.
 
As diversas coleções de leis são acompanhadas de um apêndice sobre votos, dízimos e cousas consagradas, cap. 27. Ocasionalmente algumas leis se repetem em referência a casos diversos e diferentes fins. Às vezes as leis se interrompem para darem lugar a uma narrativa de acontecimentos que originavam novas leis, Lv 10:1-7, 12-20; 21:24; 24:10-23. É possível que algumas leis elaboradas depois da saída do Sinai, fossem inseridas por amor à conveniência no seu próprio lugar, sobre o mesmo assunto. Em todo o livro trata-se de um só santuário, de um só altar para todo o Israel e de um só altar para todo o Israel e de um só sacerdócio da casa de Arão, 19:21; 1:3; 8:3; 17:8, 9; 1:5. Os levitas são mencionados incidentalmente, 25:32, 33. As variações de leis que se encontram no Levítico e no Deuteronômio, explicam-se facilmente quando nos lembramos de que:
 
1. O Levítico é manual para os sacerdotes, com o fim de guia-los na técnica do ritual, ao passo que o Deuteronômio não é propriamente uma legislação mas antes um livro destinado a instruir o povo sobre o cumprimento dos seus deveres, exortando-o a ser fiel. O Deuteronômio omite certos pormenores referentes ao sacerdócio.
2. As leis do Levíticos são datadas do Sinai, uma geração antes do Deuteronômio, promulgado em Sitim. Portanto a legislação levítica pressupõe-se existir no Deuteronômio. É este o ponto de vista da Bíblia. Os efeitos da legislação levítica refletem-se na história desde o reconhecimento do sacerdócio de Arão. Até onde chega a evidência dos fatos, este sacerdócio compunha-se exclusivamente de filhos de Arão, Dt 10:6; Js 14:1; 21:4, 18; 1 Rs 2:26; Jz 20:27, 28; 1 Sm 1:3; 2:27, 28; 14:3; 21:6, com 1 Cr 24:3; 1 Sm 22:10, 11, 20; 23:6; 2 Sm 8:17 com Ed 7:3 e 1 Cr 24:3.
 
Os levitas eram itinerantes e subordinados, Jz 17:7-9; 19:1; 1 Sm 6:15; 2 Sm 15:24. Compare com a casa de Deus, Jz 18:31; 19:18; 1 Sm 1:7, 24; 3:3; 4:3, com a festa do Senhor no tabernáculo visitado por todo o Israel, Jz 21:19; 1 Sm 1:3; 2:14, 22, 29. (Ver sacerdote, Sumo Sacerdote, Levitas, Altar, Deuteronômio).
SUMO SACERDOTE (Dicionario Davis)
SUMO SACERDOTE
 
(Veja Quadro da Linha dos Sumo Sacerdotes Hebreus)
 
Pontífice supremo e representante da nação judaica perante Jeová. Arão foi designado para este ofício logo depois do pacto do Sinai e do estabelecimento do santuário, ou tabernáculo, Êx 27:21; e cap. 28. A referência em Êx 16:33, 34, em que Moisés ordena a Arão que tomasse um vaso novo e o enchesse de maná e o pusesse diante do Senhor não é uma antecipação de seu ofício. Esta ordem poderia ser dada muito depois, mas acha-se registrada aqui para entrar no corpo da história do maná, 31-35. As primeiras indicações a respeito da entrada dos filhos de Arão para o alto cargo de sacerdotes, encontram-se depois da proclamação do pacto, Êx 24:1, 9. A distinção que lhes foi conferida não quer dizer que eles representassem o sacerdócio nacional. Arão não era o Sumo sacerdote nesta ocasião; era apenas o profeta de Moisés. Seus filhos entraram na comissão designada para testemunhar as manifestações da glória de Deus. isto quer dizer que os filhos de Arão seriam herdeiros do seu ofício. O chefe legal da casa de Arão entrou nas funções deste cargo; ou sucessores deveriam ser os primogênitos, a menos que houvesse restrições legais, Lv 21:16-20. Motivos de ordem também entravam na escolha destes funcionários, 1 Rs 2:26, 27, 35. Segundo as tradições, não poderiam tomar posse do cargo antes de 20 anos de idade. Todavia Aristóbulo já era sacerdote aos 17 anos, Antig. 15:3, 3. O proceder do sumo sacerdote era regulado por uma legislação especial, Lv 21:1-15. Tinha de fiscalizar o santuário, de dirigir os atos de culto e de guardar os tesouros do templo, 2 Rs 12-7 e seg. 22:4. No dia da expiação competia-lhe entrar no Santo dos Santos e consultar a Jeová pelo Urim e Tumim. Além dos deveres inerentes a seu cargo, também podia exercer quaisquer outras funções sacerdotais. Competia-lhe oferecer os sacrifícios nos dias de sábado, das luas novas e das festas anuais, Guerras 5:5, 7. Presidia ao conselho do Sanedrim, sempre que tinha de resolver alguma questão religiosa, Mt 26:57; At 5:21.
 
As suas vestes oficiais consistiam, além da camisa de linho branca em comum com os demais sacerdotes:
1. O Racional do Juízo, feito de ouro, de jacinto, de púrpura, de linho fino retorcido, obra tecida de várias cores, ornado com quatro ordens de pedras preciosas, três em cada uma onde estavam inscritos os nomes de cada tribo dos filhos de Israel, cada um em sua pedra, conforme a ordem das doze tribos. Neste Racional do Juízo, estavam o Urim e Tumim, Doutrina e Verdade.
 
2. O Êfode, de ouro, de jacinto, de púrpura, de escarlate tinta duas vezes, de linho, com duas aberturas , uma de cada lado, servindo para a frente e para as costas do sacerdote, feito em duas partes, unidas por cima dos ombros, por duas pedras cornelinas. Cada uma destas, teriam gravados os nomes dos filhos de Israel, seis nomes em cada uma. Teriam dois ganchos de ouro e duas pequenas cadeias, também de ouro. O êfode ficava por baixo do Racional do Juízo, unido a este por duas argolinhas e por uma fita de jacinto, de púrpura e de linho retorcido.
 
3. A túnica do êfode, mais comprida que este, toda de cor de jacinto, sem mangas, adornada na parte inferior com umas romãs alternadas com campainhas de ouro. Vide Campainhas.
4. A Tiara, turbante de linho ao qual se sobrepunha outro de jacinto. Sobre ele usava uma chapa de ouro com a inscrição "Santidade ao Senhor" atada com uma fita de jacinto, Êx cap. 28; Ecclus. 45:8-13; Antig. 3: 7: 1-6; comp. 1 Mac 10:20.
O sumo sacerdote usava estas vestimentas oficiais, quando desempenhava funções privativas, exceto no dia da expiação, em que as punha de lado para entrar no Santo dos Santos. O modo de consagração dos sacerdotes é descrito no cap. 29 do livro de Êxodo. Entre outras cerimônias derramava-se óleo sobre a cabeça, Êx 29:7; Lv 8:12; Sl 133:2. O sumo sacerdote distingue-se dos outros sacerdotes pela expressão "Ungido", Lv 4:3, 5, 16; 21:10; Nm 35:25. Os sacerdotes comuns eram consagrados, aspergindo óleo pelos seus vestidos, Êx 29:21; Lv 8:30. As tradições rabínicas faziam distinção no modo de ungir os sacerdotes e o sumo pontífice; consistia apenas na quantidade do óleo, sendo mais abundante para a cabeça do sumo sacerdote, sobre a qual era derramado, ao passo que na cabeça dos sacerdotes era aspergido apenas um pouco. A princípio o ofício do sumo sacerdote, pertencia-lhe durante a vida; mais tarde porém, Herodes e os romanos, invejosos das prerrogativas sacerdotais exercidas durante a vida, nomeavam e destituíam os sacerdotes da nossa confissão, de que eram tipos os dignitários da velha dispensação, Hb 3:1-13; 8:1-6; 9:24-28
 
ARÃO (Enciclopédia de Bíblia,Teologia e Filosofia)
ARÃO
1. Significado do nome. Não há certeza quanto ao que esse nome quer dizer. Pelo menos desde os dias de Jerônimo, pensava-se que vem de um vocábulo hebraico que significa monte de força. Outros, porém, têm conjecturado montanhista ou iluminador,
Visto que a própria Bíblia não nos dá explicação sobre o sentido desse nome, nenhum sentido especial tem sido vinculado ao mesmo. Somente Aarão, irmão de Moisés, tem esse nome na Bíblia inteira.
 
2. Família. Aarão foi o filho mais velho do levita Anrão e de Joquebede (lho. 6:20; Núm. 26:59). Era irmão de Moisés e Miriã, sendo três anos mais velho do que o legislador (Êxo 7:7). Conjecturas situam seu nascimento em torno do ano 1725 A.C., que foi o ano anterior ao decreto de Faraó acerca da eliminação dos meninos hebreus. Os trechos de Êxo. 6:16-20e I Crôn 6:1-3 indicam que Aarão estava na terceira geração depois de Levi, pelo que teríamos Levi, Coate, Anrão, Aarão, embora as genealogias com freqüência fossem apenas representativas, e não completas. Seja como for, Aarão era levita por parte de seu pai e de sua mãe (Núm. 26:29). A esposa de Aarão foi Eliseba, irmã de Naassom, aparentemente o príncipe de Judá, que foi ancestral de Davi (Êxo 6:23; Rute 4:20; I Crô 2:10; Mat. 1:4). Aarão e Eliseba tiveram quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Os dois mais velhos foram mortos pelo fogo caldo do céu, por motivo de um ato de sacrilégio (Lev. 10:1 ss.), A classe dos sumos sacerdotes deriva-se dos outros dois filhos, em Israel (I Crô. 24:1 5S ). 3. Nomeação divina. Moisés foi nomeado por Deus para tirar o povo de Israel do- Egito. Deus também nomeou Aarão para ser assistente e porta-voz de Moisés, por ser mais eloqüente do que este (Exo 4:14-16; 7:1). O hebraico aqui é pitoresco. De Moisés é dito que ele era «pesado de boca e pesado de língua•. E sobre Aarão declara-se: «Certamente ele pode
falar". Moisés foi instruido a deixar Midiã (onde estivera durante quarenta anos, aproximadamente de 1688 a 1648 A.C., preparando-se no deserto para a sua missão), a fim de retornar ao Egito. Encontrou-se com Aarão no monte Horebe que para ali fora mandado por divina orientação (Exo.4:29-31). No dia seguinte, apresentaram-se a Faraô, e o grande drama teve inicio.
4. Resistência de Farao. Faraó não deu crédito à mensagem, nem se deixou assustar por Moisés e Aarão, como embaixadores divinos. A principio, expulsou-os de sua presença com opróbrio; intensificou os labores dos israelitas, para não serem infectados pelo desejo de liberdade. Então os dois irmãos enfrentaram a oposição do próprio povo de
Israel, porquanto aumentara muito o peso das cargas e da opressão contra eles. Porém, os dois irmãos mantiveram-se firmes, reiterando o propósito divino, encorajando o povo a suportar a servidão e a buscar a liberdade (Êxo. 5). Novos encontros com Faraó tiveram lugar, envolvendo espantosos milagres. Em todas essas entrevistas, Aarão usou sua eloqüência em favor dos escravizados hebreus (Êxo 6;9). Mas Faraô, pensando no trabalho escravo sobre o qual se alicerçava a economia egípcia, não tinha intenção de dar atenção à mensagem dos -fanâticos. irmãos. Ouvimos em seguida sobre Aarão quando o êxodo já era um sucesso. A narrativa de Exo. 17:8 55 descreve o ataque dos amalequitas contra Israel. Ele e Hur seguraram as mãos de Moisés, a fim de que Israel
prevalecesse em batalha.
Aarão, seus filhos sobreviventes e os setenta anciãos tiveram permissão de ver a glória o Senhor de longe, enquanto só Moisés pôde contemplá-Ia de perto (Exo. 24:1,9,10). Isso, naturalmente, juntamente com o incidente do bezerro de ouro, demonstra a inferiorida·
de da espiritualidade e da missão de Aarão, em contraste com Moisés.
5. O sacerdôcio, Moisés recebeu as tábuas da lei no monte Sinai. Foi nessa ocasião que Aarão e os anciãos de Israel viram de longe a glória do Senhor (Êxo 24:1-11). Foi então que o sacerdócio foi estabelecido. Aarão e seus filhos receberam esse oficio, e, subsequentemente, a tribo inteira à qual pertencia Aarão, a tribo de Levi, tomou-se a casta sacerdotal e erudita (Lev. 8). O trecho de Sal. 133:2 traz o nome de Aarão como o primeiro sacerdote a ser designado.
6. A impaciência produziu um lapso. Moisés demorou-se por quarenta dias no monte. ...O povo se impacientou e exigiu que Aarão fabricasse deuses para eles adorarem, porque haviam desistido de Moisés (Êxo, 33:1 ss ), Foram dissolvidos todos os tipos de objetos de ouro. Usando o material, Aarão fabricou um infame bezerro de ouro. O bezerro provavelmente representava o deus-boi, Ãpis, deMênfis, cuja adoração era comum no Egito inteiro.Tão pusilânime quanto o povo, Aarão proclamou o absurdo que aquele era o deus que tirara Israel do Egito. O incidente inteiro exibe a natureza primitiva da fé hebréia nesse estágio da hist6ria. Moisés foi informado acerca do lapso do povo (Êxo. 32:7). Imediatamente Moisés desceu o monte, trazendo consigo as tábuas da lei. Ao aproximar-se do acampamento, ele jogou as tábuas no solo, quebrando-as. Moisés exigiu arrependimento, e foi atendido.
7. Arrependimento e consagração. A principio, Aarão buscou justificar-se de seu lapso, mas então reconheceu a necessidade de arrependimento. Como sempre, Deus usou homens imperfeitos, pecaminosos, mas perdoados, a fim de ajudarem na realização de Sua obra. O tabernáculo foi erigido e as instituições foram estabelecidas. Aarão e seus filhos foram consagrados com óleo santo, e foram investidos com as vestes sagradas (Êxo. 40; Lev. 8). Porém, nem bem as cerimônias foram instituídas quando os dois filhos mais velhos de Aarão ousaram queimar incenso no tabernáculo com fogo estranho (Lev. 10:1-11). Por causa do sacrilégio, foram mortos pelo fogo divino. Assim Aarão perdeu seus dois filhos mais velhos. Mas sofreu a perda com magnanimidade.
8. Longa fidelidade, Aarão aplicou-se aos seus deveres por quase quarenta anos. Sim, teve problemas de ciúmes com Moisés, seu superior. Ele e sua irmã, Miriã, apoiando-se no fato de que Moisés cassara-se)em segundas núpcias com uma mulher cuxita, puseram em dúvida a autoridade do legislador. O provável problema de Miriã é que ela temia a perda de seu lugar de honra, agora que outra mulher fora trazida para o acampamento, que provavelmente estaria mais próxima de Moisés do que ela. Miriã foi castigada Com lepra temporária, o que devolveu o bom senso a Aarão. Ele buscou e obteve o perdão para ambos (Núm. 12).
9. Moisés e Aarão sob ataque. O trecho de Núm. 16 mostra como Moisés e Aarão foram os alvos da rebelião encabeçada por Coré, Datã e Abirão. A praga enviada por Deus demonstrou o desprazer divino ante o incidente. A revolta envolvia a autoridade sacerdotal exercida por Aarão e seus filhos, e também a autoridade civil investida em Moisés. Corê, da tribo de Levi, e Datã e Abirão, da tribo de Rúben, queriam modificações radicais que resultariam na exaltação deles, quando poderiam exercer autoridade. A resultante luta pelo poder terminou mediante a praga, que Aarão (por ordens de Moisés) fez cessar, quando encheu um incensário com fogo tirado do altar, correu e «pôs-se em pé entre os mortos e os vivos.. (Núm. 16:48). O incidente inteiro demonstrou ao povo que a autoridade constituída permaneceria. Foi dado um sinal adicional. Entre as varas dos diferentes filhos de Israel, somente a de Aarão floresceu (Núm. 17:8). Essa vara foi guardada na arca como testemunho contra qualquer rebelião
futura. (Núm. 17:10).
10. Fracasso. Aarão não recebeu permissão para entrar na Terra Prometida em face de sua incredulidade (compartilhada por Moisés), manifestada quando a rocha foi ferida, em Meribá (Núm 20:8-13).
11. Morte. Pouco depois desse fracasso, Aarão morreu, com 123 anos (Núm. 33:32). Por ordem de Deus, Aarão, seu filho Eleazar e Moisés subiram ao topo do monte Hor, à vista de todo o povo. Ali as vestes pontificiais foram transferidas para Eleazar, e, pouco depois, Aarão morreu (Núm. 20:23-29). Seu -filho e seu irmão sepultaram-no em uma caverna da montanha. (Ver as notas sobre Hor, Monte). Houve lamentação por trinta dias por Aarão. Até hoje, no monte Abe, os judeus organizam uma cerimônia, comemorando a morte de Aarão. Os árabes apontam para o local tradicional de seu sepulcro, que seria em Petra. Naturalmente, a localização exata é desconhecida.
12. Descendentes. O trecho de los. 21:4,10,13 chama-os de «os filhos de Aarão... Eles formavam o sacerdócio em geral. Seus descendentes diretos foram os sumos sacerdotes, oficio limitado ao primogênito na sucessão. Nos dias de Davi, seus descendentes formavam um grupo muito numeroso (I Crô. 12:27).
13. Caráter e lições espirituais de Aarão(). Ele foi um homem eloquente, espiritualmente forte a longo prazo, mas com alguns lapsos sérios. Sua devoção era séria, embora ocasionalmente fosse vitimado por alguma súbita tentação.
14. Símbolo. Seu sumo sacerdócio foi designado para ser «sombra das realidades celestes», para conduzir a comunidade religiosa para coisas «melhores..,
quando um outro Sacerdote, da ordem de Melquisedeque, houvesse de aparecer, suplantando todos os sacerdócios anteriores. Esse Sacerdote foi Jesus Cristo (Heb, 6:20e 7). Como tipo de Cristo. 1. Como sumo sacerdote, oferecendo holocaustos, Heb. 8:1 ss. 2. Como o sacerdote que oferecia expiação ao entrar no Santo dos Santos, Heb. capo 9; 10. 17:3. 3. Ao ser ungido , passou a atuar como intercessor. Sua unção prefigurou o poder do Espírito Santo na vida de Cristo, e subsequentemente, na vida de Seus irmãos,
Rom. 8:14. 4. Ele transportava todos os nomes das tribos de Israel em seu peito e em seus ombros, assim representando a todos eles. Cristo é o Salvador universal (Efé. 1:10,23; João 3:16; 12:32).5. Ele foi o mediador das mensagens divinas, utilizando-se dos místicos Urim e Tumim. Cristo é o nosso Mediador (Heb. 8:6 ss ; 9:15; I Tim. 2:5). (FA S Z)
 
 
ARÃO (Enciclopédia Ilumina)
VISÃO GERAL
Arão era irmão de Moisés. Ele foi também o primeiro Sumo-Sacerdote de Israel. No Velho Testamento Arão falou por Moisés, começando no Egito quando este confrontou Faraó. Era assistente de Moisés durante o êxodo dos Israelistas do Egito. Três anos mais velho que Moisés, tinha 83 anos quando ambos confrontaram Faraó pela primeira vez. (Êxodo 7:7). A irmã deles, Miriam (Números 26:59), deve ter sido a filha mais velha. Atuou como mensageira quando o bebê Moisés foi achado pela filha de Faraó. (Êxodo 2:1-9)
 
VIDA FAMILIAR
Arão e sua esposa, Eliseba, tiveram quatro filhos (Êxodo 6:23). Todos seguiram seus passos, tornando-se sacerdotes em Israel (Levítico 1:5). Dois deles, Nadabe e Abiú, violaram as instruções de Deus. O sacrifício que ofereceram não foi agradável a Deus e em consequência morreram queimados. (Levítico 10:1-5) O sacerdócio então foi passado aos seus dois irmãos, Eleazar e Itamar. Estes também não seguiram fielmente os mandamentos de Deus (Levítico 10:6-20).
 
Arão foi um personagem importante no Êxodo, em parte porque era irmão de Moisés. Quando Deus escolheu Moisés, tentou evitar que, por causa de um problema na fala, o líder de Israel ficasse numa situação constrangedora. Deus reconheceu em Arão o dom da oratória e disse a Moisés que Arão falaria por ele. Porém, algumas vezes, Arão fez mal uso de suas habilidades de líder, como quando ajudou o povo a construir um ídolo para adoração no deserto enquanto Moisés se demorava no encontro com Deus no Monte Sinai.
 
ARÃO NO EGITO
No início da vida de Arão, o povo hebreu era escravo no Egito. Moisés tinha sido apresentado como egípcio por uma das filhas de Faraó. Mas ele fugiu para o deserto de Midiã depois de matar um escravo egípcio que espancava um hebreu (Êxodo 2:11-12). Quando Deus chamou Moisés de volta para libertar o seu povo (Êxodo 3-4), chamou também Arão para encontrar Moisés no deserto(Êxodo 4:27). Depois de tantos anos de exílio, Moisés era um estranho para seu povo. Assim, Arão fez contato com os anciãos de Israel por ele. (Êxodo 4:29-31). Quando Moisés e Arão foram encontrar o Faraó, Deus falou ao líder egípcio através dos dois para que libertasse os israelitas (Êxodo 5:1) . Ao invés disso, Faraó tornou a vida dos escravos hebreus ainda mais difícil. Entretanto, Deus começou a mostrar o Seu poder para o governante egípcio através de uma série de milagres (Êxodo 5-12) . Deus operou os três primeiros milagres através de Arão, usando uma vara (provavelmente um cajado usado pelos pastores de ovelhas). Havia mágicos no palácio de Faraó que faziam truques semelhantes. Depois que Deus mandou sobre todo o Egito a praga das moscas, os encantadores egípcios admitiram a derrota e disseram "Isto é o dedo de Deus!" (Êxodo 8:19) Então Deus mandou mais pragas através de Moisés. A desgraça final foi a morte de todos os primogênitos egípcios. Arão estava com Moisés (Êxodo 12:1-28) quando Deus lhe revelou como redimiria os israelitas que tivessem os lares devidamente identificados. Deus pouparia seus filhos na noite em que as crianças egípcias morressem. Aquele evento era a origem da festa da Páscoa ainda hoje observada pelos judeus. (Êxodo 13:1-16) .
LIDERANÇA NO DESERTO
Deus guiou os israelitas em segurança e destruiu os perseguidores egípcios. Arão ajudou Moisés a conduzir o povo na sua longa peregrinação pelo deserto e a viagem para a Terra Prometida (Êxodo 16:1-6). Mais tarde, lutando contra o exército de Amaleque, Arão ajudou a sustentar os braços de Moisés erguidos em oração para manter as bênçãos de Deus (Êxodo 17:8-16). Embora Moisés conduzisse os israelitas, Arão era visto como um importante líder (Êxodo 18:12). Deus o chamou para estar com Moisés quando lhe deu a lei no Monte Sinai (Êxodo 19:24). Arão foi um dos que ratificaram a lei de Deus no Livro da Aliança (Êxodo 24:1-8). Arão subiu com esses líderes em direção ao monte santo. Ele teve a visão do Deus de Israel (Êxodo 24:9-10). Arão e Hur ficaram cuidando do povo enquanto Moisés estava com Deus no alto do monte (Êxodo 24:13-14). Foi aí que os problemas começaram. Moisés esteve ausente por quase um mês. Num momento de fraqueza, Arão cedeu ao apelo do povo por um ídolo para adorar. Ele fundiu algumas peças de ouro para fazer a estátua de um bezerro (Êxodo 32:1-4). Inicialmente, Arão pensou que estava fazendo algo agradável a Deus (Êxodo 32:1-4). Mas perdeu-se o controle da situação e uma festa selvagem e pecaminosa aconteceu em redor do ídolo (Êxodo 32:6). Deus estava irado a ponto de destruir o povo, mas Moisés intercedeu por ele. Ele lembrou a Deus Sua promessa de multiplicar a descendência de Abraão (Êxodo 32:7-14). Moisés estava furioso com a imoralidade e idolatria. Mas Arão lançou a culpa do ocorrido sobre o povo, sem admitir a sua própria culpa (Êxodo 32:21-24). Os idólatras foram punidos com a morte (Êxodo 32:25-28) e toda a terra com uma praga (Êxodo 32:35). Arão não foi punido. Moisés disse que Arão estava em grande perigo, mas foi poupado porque Moisés orou por ele. (Deuteronômio 9:20).
 
No segundo ano de peregrinação no deserto, Arão ajudou Moisés a realizar um censo para contar o povo (Números 1:1-3,17-18). Mais tarde Arão teve inveja de Moisés por sua posição de liderança. Ele e Miriam, sua irmã, começaram a conspirar contra ele, embora Moisés fosse o homem mais humilde na face da terra (Números 12:1-4). A ira de Deus sobre eles foi aplacada pela oração de Moisés. Miriam sofreu pelo seu pecado (Números 12:5-15). Arão novamente escapou da condenação. Com Moisés, enfrentou uma rebelião em Cades-Barnéia. (Números 14:1-5) e com ele permaneceu numa outra rebelião posterior. (Números 16). Os israelitas quase se revoltaram de novo em Meribá. Deus acusou Moisés e Arão de não terem acreditado na Sua palavra e negou-lhes a entrada na Terra Prometida (Números 20:1-12).
 
 
DEUS ORDENA ARÃO SUMO SACERDOTE. (Historia dos Hebreus)
Capítulo 9
Deus ordena Arão sumo sacerdote.
 
120. Êxodo 28, 29, 30 e 40. Tudo estava preparado, e não restava mais que consagrar o Tabernaculo. Deus então apareceu a Moisés e ordenou-lhe que fizesse a Arão, seu irmão, sumo sacerdote, porque era mais digno que qualquer outro para esse cargo. Moisés reuniu o povo, falou-lhe das virtudes de Arão e do interesse deste pelo bem público, que tantas vezes o fizera arriscar a vida. E todos não somente concordaram com a escolha, mas o aprovaram com alegria.
Então Moisés assim lhes falou: "Todas as obras que Deus havia ordenado estão terminadas, segundo a sua vontade e segundo as nossas posses. Como vós sabeis, Ele quer honrar este Tabernaculo com a sua presença, mas é necessário, antes de tudo o mais, criar o sumo sacerdote, aquele que é o mais competente para bem desempenhar esse cargo, a fim de que cuide de tudo o que se refere ao culto divino e ofereça a Ele os vossos votos e as vossas orações. Confesso que, se essa escolha tivesse dependido de mim, eu teria podido desejar essa honra, seja porque todos os homens são naturalmente levados a desejar incumbência tão honrosa, seja porque vós não ignorais quantas dificuldades e trabalhos sofri pelo bem vosso e da República. Mas Deus mesmo, que destinou Arão há muito tempo para esse sagrado ministério, conhecendo-o como o mais justo dentre vós, o mais digno de ser honrado, deu-lhe o seu voto e julgou em seu favor. Assim, Arão oferecer-lhe-á de ora em diante, por vós, orações e votos, e Ele os escutará tanto mais favorávelmente quanto, além do amor que vos tem, eles lhe serão apresentados por aquele que Ele escolheu para ser o vosso intercessor junto dEle".
121. Essas palavras agradaram bastante ao povo, que aprovou por sufrágios a escolha feita por Deus. Arão era, sem dúvida, o que devia ser elevado a tão alta dignidade, quer por causa de sua descendência, quer pelo dom de profecia que recebera, quer pela eminente virtude de Moisés, seu irmão. Ele tinha, então, quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
122. Moisés determinou que o resto do que se ofertara à construção do Tabernáculo fosse usado para a confecção do que era necessário à sua cobertura, bem como para se cobrir o candelabro de ouro, o altar de ouro, sobre o qual se fariam as incensações, e, do mesmo modo, todos os outros vasos, a fim de que quando se levassem essas coisas para o campo não fossem deterioradas pela chuva, nem pela poeira, nem por algum outro inconveniente do ar. Reuniu depois o povo e ordenou-lhe que cada um contribuísse ainda com meio sido, que é uma moeda dos hebreus, cujo valor é de quatro dracmas áticas. Eles executaram a ordem imediatamente, e então seiscentos e cinco mil e quinhentos homens deram essa quantia, embora somente as pessoas livres e da idade de vinte e cinco até cinqüenta anos tivessem contribuído. Esse dinheiro foi imediatamente empregado em benefício do Tabernáculo.
123. Moisés, então, purificou o Tabernáculo e os sacerdotes, deste modo: tomou quinhentos sidos de mirra escolhida, o mesmo peso de lírio roxo e a metade de canela e de bálsamo. Mandou bater tudo isso num him de óleo de oliveira, uma medida que contém dois coros áticos, e com isso fez um bálsamo, ou óleo, que tinha ótimo perfume e com o qual ungiu o Tabernáculo e os sacerdotes, e assim os purificou. Ofereceu, em seguida, sobre o altar de ouro, uma grande quantidade de excelentes perfumes, que, para não aborrecer o leitor, não descreverei em particular. E nunca deixou de queimá-lo duas vezes por dia, para fazer a incensação antes do nascer do sol e ao seu ocaso. Guardavam também o óleo purificado para alimentarem as lâmpadas do candelabro de ouro, das quais três ardiam durante o dia e as outras três à tarde. Bezalel e Aoliabe empregaram sete meses para fazer as obras de que acabo de falar e, então, passou-se o primeiro ano depois da saída do Egito. Eram dois artífices admiráveis, principalmente Bezalel, e eles, por si mesmos, inventaram várias coisas.
124. Êxodo 40. No começo do ano seguinte, no mês que os hebreus denominam nisã e os macedônios xântico, na lua nova, foi consagrado o Tabernáculo e todos os vasos que lá estavam. Deus então deu a conhecer que não fora em vão que o seu povo trabalhara numa obra tão magnífica, testemunhando o quanto ela lhe era agradável e como Ele queria ali morar e dar-lhe a honra de sua presença. Eis de que modo isso aconteceu: o céu era sereno, em toda a sua extensão, mas sobre o Tabernáculo apareceu uma nuvem, não tão espessa como as do inverno, mas suficiente para impedir que se pudesse ver através dela, e um pequeno orvalho caiu, o qual significava, para os que tinham fé, que Deus lhes ouvira os votos e os honrava com a sua presença.
125. Moisés, depois de recompensar todos os operários, cada qual segundo o seu mérito, ofereceu sacrifícios à entrada do Tabernáculo, como Deus lhe havia ordenado, isto é, um touro com um carneiro e um bode, pelos pecados. Direi como se faziam essas cerimônias quando falar dos sacrifícios e enumerarei as vítimas que eram oferecidas em holocausto e que deviam ser inteiramente queimadas e quais as que deviam ser comidas, segundo a permissão da Lei.
126. Levítico 8. Moisés borrifou com o sangue dos animais imolados as vestes de Arão e de seus filhos e os purificou com água da fonte e com o bálsamo de que há pouco falei, para que fossem feitos sacerdotes do Senhor. E continuou durante sete dias a fazer a mesma coisa. Santificou também o Tabernáculo e todos os vasos, com esse bálsamo e com o sangue dos touros e dos carneiros, dos quais todos os dias se matava um de cada espécie.
Levítico 9. Ordenou em seguida que se festejasse o sétimo dia e que cada qual sacrificaria segundo as suas posses. Eles obedeceram, com alegria, e ofereceram vítimas à porfia, as quais, apenas eram colocadas sobre o altar, e um fogo proveniente dele as consumia completamente, de uma vez, como se fosse um raio, na presença de todo o povo.
127. Levítico 10. Arão sentiu então a maior dor que podia sentir um pai. Como tinha a alma elevada, julgou que Deus a havia permitido e suportou-a generosamente. Nadabe e Abiú, seus dois filhos mais velhos, tendo oferecido outras vítimas que não as determinadas por Moisés, as chamas se lançaram contra eles com tanta violência que lhes queimaram o estômago e o rosto. E eles morreram, sem que fosse possível socorrê-los. Moisés determinou que o pai e os irmãos levassem os corpos para fora do acampamento, a fim de serem sepultados honrosamente. E, embora todo o povo chorasse essas mortes tão inesperadas, proibiu-lhes que os lamentassem, de modo a ensinar-lhes que, tendo sido alguém honrado com a dignidade do sacerdócio, a glória de Deus lhe devia ser mais sensível que o afeto particular.
128. Esse santo e admirável legislador recusou em seguida todas as honras que o povo lhe queria conceder, para entregar-se totalmente ao serviço de Deus. Não subia mais ao monte Sinai para consultá-lo, mas entrava no Tabernáculo a fim de ser instruído por Ele em tudo o que devia fazer. Continuou sempre, por modéstia, quer no vestuário, quer em tudo o mais, a viver como homem simples, sem ser diferente dos outros, exceto no cuidado que tinha da República. Dava por escrito ao povo as leis e as regras que deviam observar para viver em união e em paz e ser agradáveis a Deus. E eles nada faziam em tudo isso que não fosse conforme as ordens que dele recebiam.
129. A seu tempo, falarei dessas leis. É preciso, porém, acrescentar aqui uma coisa que eu havia omitido no que se refere às vestes do sumo sacerdote, e é que Deus, para impedir que os que usavam essas vestes, tão santas e tão magníficas, pudessem abusar dos homens sob o pretexto do dom da profecia, jamais lhes honrava os sacrifícios sem dar sinais visíveis de sua presença, não somente ao seu povo mas também aos estrangeiros que lá se encontrassem. Quando lhe aprazia fazer esse favor, uma das duas sardônicas de que falei (e de cuja natureza seria inútil dizer algo, porque todos as conhecem bastante) — a que estava sobre o ombro direito do sumo sacerdote — lançava tal claridade que podia ser percebida de muito longe, o que, não lhe sendo natural e não acontecendo fora da ocasião, devia causar admiração àqueles que fingem parecer sábios, pelo desprezo que votam à nossa religião.
Eis, porém, aqui, outra coisa ainda mais admirável. É que Deus se servia ordinariamente dessas doze pedras preciosas, que o sumo sacerdote trazia sobre o seu essém, ou racional, para pressagiar a vitória. Pois antes que se levantasse o acampamento, delas saía tão viva luz que todo o povo ficava sabendo que a soberana Majestade estava presente e prestes a ajudá-los. Isso faz com que todos dentre os gregos que não têm aversão pelos nossos mistérios e se persuadiram pelos seus próprios olhos desse milagre chamem o essém de logiom, que significa "oráculo", ou "racional". Mas quando comecei a escrever isto, havia duzentos anos que essa sardônica e esse racional não lançavam mais tal resplendor e luz, porque Deus está irritado conosco, por causa de nossos pecados, como direi em outro lugar. Vou agora retomar o fio da minha narração.
130. O Tabernáculo foi consagrado, e terminaram-se todas as coisas referentes ao serviço de Deus. O povo, fora de si pela alegria de ver que Deus se dignava morar no acampamento e ficar no meio deles, só pensava em entoar cânticos em seu louvor e em oferecer-lhe sacrifícios, como se não houvesse mais perigos nem males a temer e se tudo fosse suceder-lhes dali por diante segundo desejassem.
As tribos em geral e cada um em particular ofereciam presentes à sua adorável Majestade. Os doze chefes e príncipes dessas tribos ofereceram seis carros atrelados cada um com dois bois, para levar o Tabernaculo, e cada um deles ofereceu ainda um vaso do peso de setenta sidos, uma bacia do peso de cento e trinta sidos e um turíbulo que continha dez dáricos, que se enchiam de diversos perfumes. O vaso e a bacia serviam para pôr-se a farinha misturada com óleo, que se usava no altar dos sacrifícios. Para a expiação dos pecados, ofereciam-se em holocausto um novilho, um carneiro e cordeiros de um ano, juntamente com um bode. Cada um desses príncipes oferecia também outras vítimas, a que chamavam salutares e que consistiam em dois bois, cinco carneiros, cordeiros e cabritos de um ano. Isso faziam por doze dias em seguida, cada um somente no seu dia.
Moisés, como eu disse, não subia mais ao monte Sinai, no entanto entrava no Tabernaculo para consultar a Deus e saber dEle que lei queria estabelecer. Essas leis foram tão excelentes que só podiam ser atribuídas a Deus, e nossos antepassados as conservaram tão religiosamente durante alguns séculos que nunca julgaram que os prazeres da paz ou as necessidades da guerra os pudessem tornar desculpáveis, se as violassem. Mas me reservarei para falar disso num trabalho à parte.
 
 
 
SUIBSÍDIOS DA LIÇÃO 3 - CPAD - REVISTA 3TRIMESTRE 2018
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP1“Os levitas
Levi, um dos doze filhos de Jacó, tinha três filhos: Gérson, Coate e Merari (Gn 46.8,11). Quando a família aumentou durante a estada no Egito, a família de Levi passou a ser uma tribo e as famílias dos três filhos se tornaram divisões tribais. Arão, Miriã e Moisés nasceram na divisão coatita da tribo (Êx 2.4; 6.16-20; 15.20). Quando os judeus adoraram o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, foram os levitas que se uniram a Moisés contra a idolatria e na consagração a DEUS. Ao tomarem essa atitude, eles destruíram muito dos idólatras. Sua consagração resultou em se envolverem na construção do Tabernáculo (Êx 28.1-30) e em cuidar dele. Quando o Tabernáculo foi removido, os coatitas levaram a mobília, os gersonitas , as cortinas e seus pertences, e os meratitas transportaram e instalaram o Tabernáculo propriamente dito (Nm 3.35-37; 4.29-33).
Segundo Números 3.40-51, os levitas agiram como substitutos dos primogênitos de toda casa judia. Em vista de DEUS ter poupado a vida dos primogênitos judeus por ocasião da primeira Páscoa (Êx 11.5; 12.12,13), o primogênito pertencia tecnicamente ao Senhor, mas os levitas deviam atuar no serviço de DEUS em lugar deles. Por serem separados para o serviço de DEUS, não se esperava que fossem à guerra (Nm 1.3; cf. v. 49) ou plantassem seus próprios alimentos numa área tribal. Eles deviam espalhar-se por toda a Terra Prometida e viver entre o povo (Nm 35.1-8) e deviam ser sustentados com os dízimos do povo (Nm 18.21) (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 325, 326).
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“O sumo sacerdote
Dentro da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v. 33); Eleazar cuidava dos coatitas (v. 16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição (Nm 5.5-15). 
O sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral. 
Arão tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes e o sumo sacerdócio passou então para Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29). Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família de Itamar. Foi Salomão quem fez retornar a linguagem de volta à família de Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio nos dias dos macabeus. Neste período posterior, os sumo sacerdotes eram indicados pelo poder reinante (Anás foi deposto pelos romanos e substituído por Caifás — veja Lucas 3.2; Jo 18.13-24), mas quando eles se tornaram forte o bastante para resistir às autoridades, adotaram seu próprio estilo de soberania” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 326, 327)
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“Os levitas eram descendentes de Levi, o escolhido por DEUS no deserto durante a época de Moisés, encarregados de deveres específicos em relação ao Tabernáculo, embora proibidos de ministrar diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de DEUS em assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo e ajudar os sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão oficial do território, pois DEUS seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e vilas foram separadas com os lugares onde deveriam viver. 
Os três filhos de Levi — Gersón, Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiram as bênçãos divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo. Quando Arão e seus familiares foram escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para ajudá-los e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções sacerdotais. 
Os levitas recebiam uma posição apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam localizados em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada casa de DEUS
[...] Os levitas estavam localizados entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário senão morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 1148,1149).
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Os Ministros do Culto Levítico”, responda:
Quem foi Levi? R- Foi um dos filhos de Jacó com Lia.
Descreva o caráter de Levi.R- Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família. Após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro. Eram homens da maior firmeza.
Como se deu a chamada dos levitas? R- O Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão. De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência. Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a DEUS separá-la para o sacerdócio. Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a DEUS. 
Quais as características do sumo sacerdote? R- Descendente de Arão, ungido para o ofício, vitalício no cargo e servo de DEUS.
Quais os deveres e direitos dos levitas? R- Viver do altar, santificar-se ao Senhor, tornar-se uma referência espiritual e moral.

 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 75, p. 37
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP
fonte http://www.apazdosenhor.org.br/