ESCOLA DOMINICAL PALAVRA E VIDA - Conteúdo da Lição 8

Lição 8
OUVINDO CONSELHOS SÁBIOS
Texto Básico: Colossenses 3.8-11
A trajetória dos que desejam viver para a glória de Deus envolve ouvir bons conselhos. Uma questão relevante por conta desta verdade é saber que tipo de conselho você está ouvindo e de quem está ouvindo.
Em nossa análise, nesta carta aos Colossenses, percebemos quanto é valioso ouvir conselhos sábios e de pessoas comprometidas com Deus. Aqueles que desejam desenvolver uma caminhada de fé saudável não podem desprezar essa dinâmica abençoadora.
O apóstolo Paulo, em sua instrução aos irmãos da cidade de Colossos, é enfático: “Mas, agora, livrai-vos de tudo isto: raiva, ódio, maldade, difamação, palavras indecentes do falar” (3.8 – Almeida Século 21). Qual deve ser o seu posicionamento diante desse conselho e exortação?

1. Fuja das práticas do velho homem
O termo que aparece no versículo 8 é “livrai-vos de tudo isto”.
O verbo é usado para indicar o despir de uma roupa velha e suja para, em seguida, vestir-se com uma roupa nova. A ideia é de remover ou se despir de práticas que não glorificam a Deus. O termo simboliza o fim das práticas da velha vida.
Descobrimos que existe um conjunto de práticas ou vícios do velho homem que não podem mais pertencer àquele que se tornou servo de Cristo.
Vejamos quais são as práticas que devem ser abandonadas:
1.1 Raiva (Ira) – O termo pode ser classificado como obra da carne.
“Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira...” (Gl 5.19-20 – NVI). Obviamente existem comportamentos diferenciados em relação à ira, já que em algum grau convivemos com ela. Existem pessoas que se iram com facilidade, vivendo de forma desequilibrada e os que se iram, mas não permitem o descontrole e o pecado (Ef 4.26).
Quem deseja viver para a glória de Deus deve se lembrar da Palavra de Deus: “É melhor ser paciente que poderoso; é melhor ter autocontrole que conquistar uma cidade” (Pv 16.32 - NVT). Aquele que vive de forma desequilibrada compromete sua própria vida. A ira é obra da carne e está no mesmo nível da idolatria e da feitiçaria. Fuja desta prática!
1.2 Ódio – “Indignação”. Relacionada com o termo “ferver” no grego, significando irritação violenta e breve como fogo na palha. Ela não pode fazer parte da vida de quem deseja viver em adoração.
Fuja desta prática!
1.3 Maldade – Aponta para uma natureza viciosa, que se inclina a fazer o mal para os outros. A maldade ou malícia, aqui, pode ser classificada como qualquer comunicação que venha prejudicar ou destruir a reputação do próximo.
A palavra daqueles que se tornaram filhos de Deus precisa estar sustentada no amor, pois deve ter o desejo de encorajar e não de destruir maliciosamente. Fuja desta prática!
1.4 Difamação – “Maledicência” ou uma linguagem maledicente. Russell Shedd diz que “Paulo teria em mente palavras proferidas com intenção de abusar, caluniar e destruir o valor de uma pessoa nas mentes dos ouvintes” (At 13.45; 1Tm 6.1). Temos como exemplo a fofoca e os comentários maliciosos.
Um comportamento maledicente não combina com um cristão verdadeiro.
Fuja desta prática!
1.5 Palavras indecentes no falar – No grego o termo significa “linguagem obscena” ou “linguagem abusiva” (aiskrologían). Temos aqui qualquer expressão vergonhosa para um discípulo de Jesus. Paulo instrui os irmãos de Éfeso contra esta prática ao dizer: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Ef 4.29 – NVI).
Diante dessa exortação, devemos nos lembrar de que as velhas práticas já não devem fazer parte da vida de quem serve a Cristo e foi alcançado pelo amor de Deus. Nunca se esqueça que para glorificar
a Deus através de sua vida, você precisa fugir das velhas práticas.
Se você já tem feito isso, observe o outro conselho:

2. Siga o padrão do novo homem

Cada servo de Cristo deve estar atento à sua conduta espiritual, pois agora segue outro padrão de vida.
Neste caminho, Paulo afirma: “Não mintais aos outros, pois já vos despistes do velho homem com suas ações” (3.9 – Almeida Século 21).
É bom entender que esse despir-se começou na conversão, e prossegue no processo de santificação e crescimento através da obra do Espírito Santo. Aquele que sofreu a ação divina em sua vida deve lembrar que tem novas vestes, por isso, a mentira não pode fazer parte de sua vida (Ef 4.25).
O “não mintais” é uma proibição para um estilo de vida falso, uma grande exortação que nunca se tornará desnecessária, pois o discípulo pode ser tentado a mentir.
Mentir significa, no fundo, aliar-se com satanás, que é o pai da mentira (Jo 8.44). Por que o discípulo não deve mentir? Porque já se despiu dos velhos comportamentos. “E vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento; segundo a imagem daquele que o criou” (3.10 – Almeida Século 21).
Se o antigo modo de vida foi abandonado, as velhas práticas não fazem sentido (2Co 5.17).
A verdadeira conversão se caracteriza pelo vestir-se do novo homem e despojar-se do velho. A orientação é para uma ação contínua de renovação. A Nova Versão Internacional diz: “E se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador” (3.10). O renovar que Paulo se refere leva o discípulo ao “pleno conhecimento”, que ultrapassa o conhecimento dos falsos mestres.
O apóstolo faz questão de afirmar aos colossenses que este processo é um privilégio para todos que experimentaram de Cristo: “Nesse caso, não há mais grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou homem livre, mas, sim, Cristo, que é tudo em todos” (3.11 – Almeida Século 21). O texto mostra que no âmbito do novo homem não há divisão dentro do Reino de Deus. 
Os privilégios espirituais representados supremamente pelos judeus caíram por terra. Não importa se um homem nasceu em Atenas ou em Jerusalém.
Não existe “circuncisão nem incircuncisão”, isto é, nenhum uso legal, sacramental ou cerimonial faz qualquer diferença (Rm 10.4). Não existe “bárbaro”. Os gregos (orgulhosos e exclusivistas) chamavam os Persas e outras nações civilizadas de bárbaros, o que era simples alusão ao seu idioma ininteligível.
Não existe “cita”. O termo era aplicado a tribos selvagens que assaltavam a área do mar Mediterrâneo
Oriental, deixando uma trilha de terror.
Eles eram nômades cavaleiros guerreiros e eram comparados quase com animais selvagens. Não existe “escravo ou livre”. Os escravos ocupavam a mais baixa posição nas camadas sociais. Este verso é uma forte condenação a qualquer tipo de discriminação entre os cristãos. Algo que precisa ser observado sempre pela Igreja em nossos dias.
O verso 11 termina: “... mas, sim, Cristo, que é tudo em todos”. A obra de Deus em Cristo transforma todos, não importando o costume, cultura, língua ou nação. Isso demonstra a capacidade de Deus em agir na vida dos homens e em sua proposta de que este homem siga um novo padrão de vida.

Para pensar e agir:
Observamos duas questões relevantes na exortação paulina: fugir das velhas práticas ligadas ao estilo de vida anterior sem Cristo e seguir o novo padrão do homem transformado pelo poder do Evangelho (Rm 1.16). Estes são conselhos sábios sempre presentes nas Escrituras e que não podemos desprezar.

Faça sua avaliação:
Como você se avaliaria em relação o fugir das velhas práticas?
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
Como você se avaliaria em relação a seguir o padrão estabelecido por Deus?
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
Saiba que essas questões são relevantes aos que desejam glorificar o nome de Deus e fazer diferença neste mundo.

Faça esta oração: Senhor, minha vida está em Suas mãos. Eu quero assumir o compromisso de fugir de todas as práticas que não glorificam o Seu nome. Elas ofuscam Sua luz em minha vida. Ajuda-me a seguir sempre o padrão do novo homem, pois desejo viver para Sua glória. Em nome de Cristo, amém!

Fonte: Revista Palavra e Vida

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