ESCOLA DOMINICAL PALAVRA E VIDA - Conteúdo da Lição 9


Lição 9
PRATICANDO UM ESTILO DE VIDA QUE AGRADA A DEUSTexto Básico: Colossenses 3.12-17
John F. MacArthur Jr. afirma que “nossa esperança não é apenas teológica; é ética. Tem consequências em nosso comportamento...
O conhecimento de que um dia você será como Cristo, deverá motivá-lo a tornar-se semelhante a Ele agora”1. A. W. Tozer destaca: “Receio que nós, cristãos modernos, somos fartos no falar e faltos na conduta”2. Essas são verdades que precisam ser levadas a sério.
Aquele que teve um encontro legítimo com Jesus deve praticar um estilo de vida que agrada a Deus.
No verso 12 do capítulo 3 existe uma recomendação oportuna quando pensamos em praticar um estilo de vida que agrada a Deus:
“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (3.12 - NVI). Revestir é uma metáfora do despir e do vestir que já apareceu nesta carta. Paulo tinha a convicção da posição concedida por Deus aos colossenses e mostrava a necessidade de uma postura ética adequada.
Como deve ser a conduta daqueles que pertencem a Cristo?

1 - JR. John F. MacArthur. Chaves para o Crescimento Espiritual. São Paulo: Fiel, 2001
2 - TOZER, A.W. O Poder de Deus. Tradução, Odayr Olivetti. São Paulo: Mundo Cristão, 1995

1. Deve ser marcada pelo equilíbrio
Veja qual é o caminho de uma vida equilibrada, através das peças do vestuário do discípulo de Cristo recomendadas por Paulo no texto:
1.1 Profunda Compaixão (ou “coração cheio de compaixão” – Almeida Século 21). O termo indica as entranhas, usualmente as porções mais vitais do organismo.
Os antigos pensavam que as emoções tinham sede nesses órgãos vitais. Daí a palavra veio indicar “compaixão”, “afeto”. Paulo exortava seus irmãos para que exercessem amor, misericórdia e compaixão uns para com os outros, que é um aspecto do fruto do Espírito.
1.2 Bondade – É a bondade em atitudes e atos. Mostra o espírito amigável e ajudador, que procura suprir as necessidades dos outros em atos generosos. Uma atitude ou disposição bondosa para com o próximo.
1.3 Humildade – É o reconhecimento da própria fraqueza, mas também do poder de Deus. É uma virtude observada em Cristo (Mt 11.29; Fl 2.5-8). Os humildes são exaltados por Deus (Tg 4.10).
Os humildes são os maiores no Reino do céu (Mt 18.4). No mundo grego, e para a maioria dos povos não cristãos, a humildade não era vista como uma virtude, mas para quem pertence a Cristo ela é uma grande virtude e algo a ser cultivado (Ef 4.2).
1.4 Mansidão – É a qualidade de manter os poderes da personalidade sujeitos à vontade de Deus, pelo Espírito Santo. A palavra indica uma submissão obediente a Deus, com uma fé não vacilante que se faz através de atos gentis para com outras pessoas.
1.5 Paciência (Longanimidade) – Refere-se a suportar as situações desagradáveis sem vingança ou retaliação. Significa exercer equilíbrio frente a qualquer provação e ser tolerante diante das falhas e defeitos dos outros.
Todas essas virtudes (que formam as peças do nosso vestuário) têm por finalidade abafar a natureza humana normalmente egoísta.
Praticar um estilo de vida que agrada a Deus envolve desenvolver uma vida equilibrada na presença de Deus e do próximo.
Como deve ser a conduta daqueles que pertencem a Cristo?

2. Deve ser marcada por atitudes que fortalecem a comunhão
No versículo 13 está escrito: “Suportando e perdoando uns aos outros...” (Almeida Século 21). Aqui fica claro que deve ser uma ação contínua. A harmonia da Igreja deve ser construída através desse suportar e perdoar (Ef 4.32). Deus nos perdoou em Cristo, por isso devemos fazer o mesmo. Paulo chama a atenção dos irmãos em Colossos para a necessidade de estar pronto para perdoar quando for necessário.
O texto prossegue: “Se alguém tiver alguma queixa contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, também perdoai.” (Almeida Século 21). Queixa dá a ideia de um motivo de tristeza. Essa palavra só aparece aqui, em todo o Novo Testamento.
Deus teria muitas queixas contra nós (motivos de tristeza), mas Ele nos perdoa. Por isso, devemos aprender esta grande lição do perdão, buscando sempre o mesmo caminho.
Quem deseja praticar um estilo de vida que agrada a Deus deve atentar para o fato de que precisa exercer uma conduta que venha fortalecer a família de Deus, e jamais o contrário. Suas atitudes estão fortalecendo a comunhão da Igreja?
O versículo 14 diz: “E, acima de tudo, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição” (Almeida Século 21). Revesti-vos – Novamente a metáfora do vestir. Diante das peças do vestuário de Cristo já mencionadas, o amor recebe um lugar de destaque: “Acima de tudo”.
Pode transmitir a ideia de que o amor deve estar por cima de todas as demais roupas a serem vestidas.
A Nova Versão Internacional diz: “Revistam-se do amor; que é o elo perfeito”. O termo “vínculo” ou “elo” descreve o elemento unificador. Jesus é a fonte e perfeita expressão desse amor. Todas as virtudes são unificadas pelo amor, que é a base para o progresso do caráter cristão.
No versículo 15 o apóstolo fala da necessidade da tolerância, ao afirmar: “A paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um só corpo, domine em vossos corações, e sede agradecidos” (Almeida Século 21) A instrução bíblica é para que a paz de Cristo seja o juiz (mediador) nos corações, visto que cada discípulo foi chamado para pertencer ao corpo. Assim, deve viver em paz, com o coração cheio de gratidão pela obra de Deus em sua vida. Martin diz que: “A chamada aqui é para não permitir que nenhum espírito estranho se infiltre nos relacionamentos dos membros da Igreja destruindo aquela paz” 3.
A paz é um dos aspectos do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
Jesus estabeleceu esta paz (Rm 5.1) e ela deve ser a mediadora dos relacionamentos. Nosso coração deve ser agradecido e contar com um poder que regula toda a vida: a paz de Cristo.
Como deve ser a conduta daqueles que pertencem a Cristo?

3. Deve ser marcada pela valorização da Palavra de Deus
“A palavra de Cristo habite ricamente em vós em toda a sabedoria...” (3.16 – Almeida Século 21). A expressão “Palavra de Cristo” tem o mesmo sentido que “Palavra de Deus”, sendo esta mais usada que aquela (At 4.31; 11.1; 2Pe 3.5; 2Tm 2.9). Outras expressões são usadas:
Palavra do Senhor (1Ts 1.8); Palavra da promessa (Rm. 9.9); Palavra da reconciliação (2Co 5.19); Palavra da verdade (2Co 6.7) e Palavra da vida (Fl 2.16).
A palavra “habitar”, aqui, pode ser vista como “Morar, residir, viver em”. Vem do vocábulo grego oikos “casa ou moradia”. A palavra ricamente significa de forma abundante ou rica. Os colossenses deveriam ter a Palavra de Cristo integralmente em suas vidas. Observamos nos dias de hoje uma desvalorização da Palavra de Deus e, como consequência, uma espiritualidade empobrecida percebida na vida de tantos que, mesmo no ambiente da fé, ainda não estão levando a sério o ensino bíblico. D. L. Moody diz que “A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida4.
Lembremos de que uma vida bem-sucedida espiritualmente exige instrução e aconselhamento realizados com sabedoria na dependência do Espírito Santo (Cl 1.28; Tg 3.13-17). Assim sendo, somos capazes de perceber e combater a falsa sabedoria e agradarmos ao Senhor nosso Deus. O apóstolo Paulo tinha esta convicção: “... ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração” (3.16 – Almeida Século 21).
Eles deveriam ensinar e aconselhar (exortar) uns aos outros. O ensino e a exortação colaboram para a saúde da Igreja e são indispensáveis.
O ensino produz maturidade espiritual e a exortação corrige as falhas - um alerta para a importância da Igreja e do verdadeiro ensino. A expressão “uns aos outros”, verificada no texto, reforça os princípios da mutualidade na vivência da comunidade dos que pertencem a Deus.
O final do verso 16 traz uma orientação relevante: “... com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”. O louvor autêntico traz desdobramentos abençoadores. O
texto mostra a realidade do cântico coletivo, mas também o cântico individual do coração. Russel Shedd disse que: “A música vocalizada deve ser acompanhada pela música do coração” 5. Transforme seu louvor em um instrumento que exalta a Deus e edifique outras pessoas.
Isso também é praticar um estilo de vida que agrada a Deus.
Sigamos o conselho de Paulo: “E tudo quanto fizerdes, quer por palavras, quer por ações, fazei em nome do Senhor Jesus, dando graças por ele a Deus Pai!” (3.17 – Almeida Século 21).

3 - MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987.
4 - Moody, apude. WARREN, Rick. Uma Vida com Propósitos. Tradução, James Monteiro dos Reis. São Paulo: Vida, 2003.
5 - SHEDD, Op. Cit.
Para pensar e agir:
Praticar um estilo de vida que agrada a Deus será sempre um desafio para o discípulo de Jesus e deve ser valorizado na jornada da fé, pois quem foi transformado pela ação divina não tem outro caminho a seguir.
Assim, algumas questões precisam ser respondidas com sinceridade.
Como uma pessoa que pertence a Jesus, você está vivendo de forma equilibrada?
Você está fortalecendo a comunhão através de atitudes abençoadoras?
Você está valorizando a Palavra de Deus?
Suas respostas podem revelar saúde ou deficiência espiritual. Seja humilde, guarde sempre o ensino
da Palavra de Deus, viva com seriedade e faça a diferença na vida de outras pessoas. Essa é a forma de glorificar o nome de Deus!

Fonte: Revista Palavra e Vida

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