Esse post é assinado por Eliel Goulart

Texto Áureo

“E o que a si mesmo se exalta será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” – Mateus 23.12

Verdade Prática

Cuidado com o orgulho e a arrogância espiritual, pois ambos são pecados perante Deus e devem ser confessados e abandonados.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 18.9-14
9 – E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros.
10 – Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11 – O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12 – Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13 – O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
O Senhor Jesus ensinava por meio de parábolas tanto falando aos discípulos quanto aos fariseus, que eram seus inimigos. Para os discípulos, as parábolas eram meio de convencimento. Para os fariseus, eram de condenação.
Nesta parábola, o Senhor Jesus adverte contra os que confiam e desprezam os demais. O que deve motivar o crente, ao aproximar-se em oração diante do Senhor, é o espírito de humildade.
Há a apresentação de um contraste entre o fariseu orgulhoso e presunçoso e o contrito publicano, cobrador de impostos.
Porém, em sete coisas eles se assemelhavam:
1 – Ambos eram da nação de Israel;
2 – Foram ao mesmo lugar;
3 – Foram na mesma hora;
4 – Com a mesma finalidade;
5 – Os dois dirigiram-se a Deus em oração;
6 – Ambos estavam de pé;
7 – Ambos falaram de si mesmos.
E em três coisas eles se diferenciavam:
1 – Em como orar;
2 – Entre o que orar;
3 – Quanto aos resultados das orações.
É o que vamos aprender juntos nesta lição, acentuando duas virtudes que caracterizam o verdadeiro crente: arrependimento e sinceridade.

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO

1 – O fariseu

Os fariseus eram um grupo importante que surgiu na Palestina, desde o final do século II a. C., tendo duração até ao final do Século I d. C.
Quanto à origem do nome fariseu, várias etimologias são propostas. Porém, a mais aceita e aprovada em geral é a que se origina do aramaico paris parisayya, com o significado de “separado”. E assim eles se consideravam: separados. (Stephen Taylor).
Mais do que uma seita, eram também um partido político dominante no judaísmo daquela época. Para usar uma palavra tão em voga, podemos dizer que o farisaísmo era a ideologia da maioria dos escribas e doutores da Lei. Eram considerados guardadores da Lei e intérpretes da Lei.
É importante saber e considerar que as instituições judaicas, citadas no Novo Testamento, quais sejam, a sinagoga e o sinédrio, eram farisaicas.
O historiador Flávio Josefo é uma das fontes de todo o conhecimento que chegou até nós, sobre os fariseus. Ele informa que a origem do movimento dos fariseus é desconhecida, mas eles se tornaram pela primeira vez uma força relevante nos negócios judaicos durante o reinado de Hircano I (134-104 a. C. ).
Eram dedicados à aplicação e observância diária da Lei. Acreditavam na existência de espíritos e de anjos, na ressurreição e na vinda do Messias. E criam que a vontade do homem estava limitada ao plano de soberania de Deus. Eram escrupulosos em observar as leis da purificação e do dízimo.
Os quatro evangelhos apresentam a oposição dos fariseus contra Jesus como um tema constante.

2 – O publicano

Publicano – substantivo masculino grego telónés. Cobrador de impostos.
Como uma classe, eram detestados pelos judeus, tanto por cobrarem impostos para os invasores romanos, quanto pela sua fama de aspereza, cobiça e corrupção. Ocorre 21 vezes no Novo Testamento. (Strong).
Eram odiados pelos judeus, porque nomeados pelo Império Romano, a nação dominadora, cobravam os impostos e, em geral, cobravam mais do que devia, praticando a corrupção. Assim eram vistos e fortemente repudiados pelos fariseus.
Quando alguns deles aproximaram-se de João Batista, conforme Lucas 3.12 e 13, foram advertidos a não tomarem mais do que estava legalmente ordenado a recolher:
“E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer?
E ele lhes disse: Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado.”
Os mais conhecidos nos Evangelhos são Mateus e Zaqueu. Mateus foi chamado para ser apóstolo – Marcos 3.18 – e Zaqueu recebeu a Jesus em sua casa, convertendo-se de suas más práticas – Lucas 19.1 a 10.

3 – A oração

Pastor Eliel Goulart
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